Na estréia da série Paroletion, o Marco "Boo-Box" Gomes citou outro projetinho (no bom sentido) seu: o oportuno FaxïnaR. Hehe, a idéia é melhor do que o gerador automático de missões corporativas, do Dilbert.

Mas, caramba, ô Marco: pode apertar a torneira aí. O 3º parágrafo da Paroletion, redigido para soar muito idiota, ficou só com 2,74% de idiotice!!! Caramba... onde foi que eu errei?

Já tem um tempinho que ensaio criar uma nova série (de duração indeterminada, a la graffiare) aqui no Graffiti. Sem numeração ou qualquer ordem lógica. Pra variar, tava debaixo do nariz a deixa: nossa área (mais que as outras), adora neologismos e afins. Cria termos e combinações risíveis. O último, que vi na última semana não sei onde, foi o estopim que eu precisava:

Business-Driven CIO

Aparece em boa hora para nos lembrar que, ao contrário do que se imagina, nem todo CIO liga muito para o negócio que banca seus brinquedinhos. Portanto, para delimitar a necessária diferenciação, surgem os fantásticos Business-Driven CIO's!

Orientados pelo negócio do negócio; motivados pela obtenção e manutenção de vantagens competitivas sustentáveis; comprometidos com metas de todas as unidades de negócios; alinhados ao negócio como "unha e carne"; e dispostos a cortar 50% do budget toda vez que alguma BU faz uma "cagada daquelas". Não é fácil a vida do Biz-Driven CIO. Mas ele não inveja seus co-irmãos. Muito pelo contrário.

Antônios e Antônimos

Mirror-Driven CIO: é aquele que todo dia aparece na frente do espelho e questiona: "Espelho, espelho meu, tem no mundo um CIO que apareça mais na mídia do que eu?"

Supplier-Driven CIO: um dos mais antigos. Da época de slogans como "ninguém é demitido por comprar IBM". O fornecedor mudou, o CIO não.

Fashion-Driven CIO: desfilam como Bündchens com seus gadgets de última geração. Claro que boa parte de seus budgets são dirigidos para a última moda em caixinhas.

CEO-Driven CIO: "se o CEO der um mergulho, o CIO morre afogado". Quando o CEO faz coisinhas pouco legais, o CIO é o primeiro a ir para o xilindró.

MIS-guided CIO: não deixe a sigla te enganar. Significa mal guiado mesmo. Um CIO amparado por uma equipe de técnicos mais perdidos que FDP em dia dos pais.

Belo slogan do Linspire, que promete ser o Linux mais amigável do mercado. Sabe onde ele começa? Usando o Ubuntu! Sabe onde ele termina? Com outro acordo draconiano com a MS.

Pamela "Groklaw" Jones resume bem todos os 'direitos' dos usuários Linspire após o acordo com a MS:

Don't think.
Don't modify.
Don't share.
Don't explore.
Don't improve.
Don't innovate.
Don't distribute.
Don't sublicense.
Don't do "unauthorized" things.
Don't do nuttin' or you might get sued.

Creiam, é real. Não sacou? Pois bem, a maquininha acima é um mini-forno que se encaixa naquela baia de 5 1/4" que tá disponível no gabinete do seu micro. Mais uma desculpa para você não sair de jeito nenhum da frente dele!

Pena, mas os projetistas não pensaram em pão de queijo. Mas a Sadia, com seus lanches "pocket", deve ficar animadíssima com a novidade. Hehe.. céus!!

Wow (10x)! Não é só marketing viral. Não é só inovação. Nem uma provocação (graffiare) apenas. Na linha "PopSexyCool" para conquista de mercados (leia-se "Propagação d'um Conceito"), a Tribo Ubuntu pega na veia. Marketing brutal!


Tks Nelson pela dica. Maiores detalhes na Tribo ou em Terramel.

Segundo um político estadunidense, elas "ameaçam a segurança nacional"! haha..

O autor da pérola é do Partido Democrata, e da Califórnia (leia-se Hollywood). Lógico que P2P é um problema para eles. Mas não de segurança nacional, né? Mas, como o próximo presidente (presidenta?) com certeza será Democrata, podemos esperar um horizonte nada belo para eMulas, eBurros e afins.

Quanto mais você apertar suas mãos, Tarkin, mais sistemas estelares escaparão por entre seus dedos.

- Surrupiado do badcoffee - um excelente post sobre o último Harry Potter.

Acho que há uns 2 anos eu reportei aqui: algumas grandes empresas européias, com filiais em solo tupiniquim, não renovaram o SA (Software Assurance) - um contrato com garantia de atualizações de software da MS. Principal razão: "pago 25% do valor do software por ano. Se o ciclo de atualizações da MS é de 4 anos, qual a vantagem?". Com um certo atraso, outras empresas começaram a reparar o pequeno dreno de recursos. Segundo o Gartner, algo entre 40% e 50% das empresas não estão renovando o SA. Problemas para a MS?

Que nada, a solução ballmerniana é sempre muito simples: o SA se tornará obrigatório!?!?

É o tipo de solução bem típica de um monopólio. Assim como outras, citadas no artigo da ComputerWeekly. Tipo: tornar algumas features exclusivas para assinantes do SA. A MS quer garantir suas "receitas recorrentes" - fluxo contínuo e ininterrupto de muito $$.

A raiz do problema - o ciclo de atualizações - segue intocada. Tanto que o Windows Se7en está programado para 2010. Como nada mudou (com exceção da aposentadoria do Jim das Selvas), esperem o bichinho para 2011.

Primeiro a Sun e depois a Canonical (Ubuntu) mostraram que é possível manter um ciclo fixo de atualizações. Em ambos os casos, 6 meses. Mas a MS está confortável demais pra se preocupar com algo tão bobo.

... e uma agradável e perigosa tendência.



Dion Hinchcliffe, da ZDNet, escreveu um artigo muito bom sobre mashup's em empresas. Ou, como ele sugere/pergunta, um novo "modelo para desenvolvimento de aplicações".

É muito jóia ver as massas tentando se liberar dos monolitos e planilhódromos. Mas saca só o gráfico acima: quantos usuários têm acesso aos web services, API's, códigos e widgets da própria empresa?

Alguém aí disse 1/2 dúzia? Hmm... otimista você, hem?

Meia solução é igual meia verdade, certo? Igual 1/2 grávida, 1/2 pobre, 1/2 feliz. No meio dessa zona toda, popularmente conhecida como "caos aéreo", o que não falta é 1/2 solução. A última que vi tem cara de 1/3: "não vou mais pousar em Congonhas. Decolar tudo bem."

Quanta bullshitagem. Se quer forçar algo que os governos não têm coragem de fazer, o boicote tem de ser completo. Simplesmente parem de usar Congonhas... até para os cafezinhos.

A genial 1/2 solução criaria um incrível tráfego de aviões vazios, se dirigindo para Congonhas só pra pegar os comodistas que têm preguiça de ir pra Guarulhos. Céus...

Queria evitar o assunto, mas não tem jeito. Então vou apelar para palpites inteiros:

• Marta, Garcia, Pires, presidentes da ANAC e Infraero e o japa do Min da Aeronáutica: RUA! Por falta de estofo para ocupar seus cargos;
• Quem voa um cadinho, como eu, sabe que aeroporto é sinônimo de inferno há tempos, desde 98 (no mínimo). Quem lê Gaspari sabe que a Infraero tem prioridades erradas há tempos, desde 94 (no mínimo).
• A mídia que hoje critica é a mesma que fez maravilhosas matérias sobre as maravilhosas reformas de Congonhas. Nossa mídia é irresponsável e omissa: ou só agora aprenderam que segurança é (ou deveria ser) prioridade máxima em aeroportos?
• O número de mortos em nossas rodovias só neste primeiro semestre foi 180x o número de mortos no 3054.
• Cuidado com nossas prioridades. E...
  
• ...CHEGA DE SOLUÇÕES PELA METADE!

É preciso saber, porque a coisa tá ficando uma bagunça só. Uma bagunça que se faz muito visível em seu produto-carro-chefe: o Windows Vista. Resumo da ópera:

• Tão logo o produto foi lançado, começaram as especulações em torno do SP1 (Service Pack 1);
• Justificativa dos usuários (corporativos): só depois do SP1 eles começariam a pensar no upgrade;
• Primeira providência da MS: 'spread the word': o Vista é muito seguro, confiável e coisa e tal. Não precisa esperar o SP1!
• Primeira providência dos usuários (corporativos) 'medrosos': nenhuma providência;
• Investimento (MUITO) alto requer retorno (MUITO) rápido: vide iPhone e suas 700k unidades vendidas em uma semana;
• Então a MS (alguém lá) mudou o discurso: não será mais no final de 2007 - o SP1 será liberado em julho! Um "beta público". Quem sabe assim os 'medrosos' pulam no bonde;
  
• Ops... esqueceram de combinar com a turma que produz a coisa...
• "There will be a Windows Vista service pack and our current expectation is that a beta will be made available sometime this year...";
• Adoro os cronogramas da MS: "sometime this year...";
• Eu amo a objetividade da MS: "Spread the word to stop misinformation."

Uai cara-pálida... quem tá espalhando 'misinformation'? E quem vai colocar ordem em Redmond? O Steve 'butthead' Ballmer?!?

I can't deal with stuff that "might" work. ...I'm not interested in wasting half my processing and rendering power to have semi-transparent menus. That's just retarded. I'm not ready to install 4 gigs of ram in machines to get the same performance I would get out of 1 gig if I'm using XP. I don't want to teach users yet another gui for both the OS and the office application. I simply cannot stand going to OOXML and lose all choice forever. Microsoft says they're "people ready." I'm still wondering if I'm Microsoft ready.

- Mais um sem-vista, falando com o Roberto X.

... conheça um dos maiores "ladrões-espiões" da Internet:

Não é 100% eficaz, mas alguns sites tupiniquins caem como patinhos...

E não me culpe. Este e outros 'hacks & roubos' podem ser aprendidos em "Rule the Web", livro politicamente-não-muito-correto de Mark Frauenfelder, co-criador do BoingBoing.

Btw, fiquei sabendo do livro pelo Guy Kawasaki, aquele mesmo chapa-japa que o Mini quer que seja o substituto do Ballmer. Hehe... isso sim é um paradoxo: Kawasaki cuidando da MS!

Para ser corretamente entendido, deve ser lido depois deste post.

Um dia avisaram o gerente do 'projetão' que todo o seu código fonte seria roubado. Ambiente turbulento, esse parecia ser - e era - o menor de seus problemas. O diabinho em seu ombro direito aconselhou: "trava tudo - coloca senha em tudo - pede a assinatura de um NDA para todos os integrantes da equipe - com ameaça de cadeia - blablablá".

O gerente optou pela dica do anjinho que, vez em quando, pousava em seu ombro esquerdo: pegou toda a parte mais crítica e complexa do projeto e autorizou que ela fosse publicada em um repositório de Software Livre.

Este foi o fim do menor dos problemas.

A história que vou contar abaixo me foi ensinada pelo Dr Ricardo Marques, médico veterinário do 3º 'B' do Triângulo Mineiro, há muito tempo - idos de 1994. Nunca tentei confirmá-la: história boa é história boa e ponto. E o doutor, fantástico, tem todo o crédito do mundo.

Gregos e Troianos travavam uma guerra devastadora. Depois de um certo tempo, os troianos perceberam a principal vantagem competitiva dos gregos: seus cavalos. Eram mais fortes, ágeis e resistentes. Como aqueles quadrúpedes eram o principal meio de transporte de soldados e mantimentos, o futuro dos troianos não era nada animador.

Até que um anônimo herói apresentou um plano: dois espiões entrariam em um acampamento grego. Deveriam descobrir as éguas que estavam no cio. Depois, deveriam inserir tufas de algodão na vagina delas. Tudo da forma mais silenciosa possível. Logo depois da égua ser coberta por um garanhão, eles deveriam correr até ela, arrancar o novelo encharcado de esperma, e levá-lo rapidamente até uma equipe de maratonistas que ficava bem perto dali. Cada corredor colocava a encomenda em uma pasta (tipo carteiro) e saía em disparada.

Chegando ao seu acampamento, procurava o herói anônimo, autor da idéia. Ele já havia separado todas as éguas do plantel que também estavam no cio. Pegava o novelo do corredor e o inseria em uma das éguas.

Assim, sem alarde, e sem que os gregos demonstrassem uma mínima desconfiança, em pouco tempo os troianos desenvolveram uma geração de cavalos totalmente nova, capaz de brigar com o plantel grego.

Contei tudo isso só pra dizer que TI, por si só, não aumentou nem diminuiu a segurança das informações das empresas (e exércitos). Ladrão-espião sempre existiu e sempre vai existir. Antes de torrar uma fábula em sistemas de segurança, as empresas deveriam conhecer melhor as pessoas que contratam. E tratá-las bem. É mais barato e, com certeza, mais eficaz.

Ah, ia me esquecendo: o potencial de inovação de uma organização é inversamente proporcional ao número de travas que ela 'disponibiliza' para seus colaboradores.

Com apenas R$ 60 contos, converte-se um maligno caça-níqueis numa generosa maquininha de aprendizado (Powered by Linux). Não sabia, mas a CPU das ilegais é um Intel Celeron de 1.8GHz! Bela iniciativa do governo carioca. Que não fique só nas 2 maquininhas demonstradas.

É sempre assim: o time tá muito ruim? Manda embora o técnico. A empresa vai mal das pernas? Nomeia outro CEO-super-herói. O produto é ruim pracas? Manda embora o seu dono, oras!

No último dia 6/jul eu comentei aqui "O Pior Projeto da MS". O maravilhoso Xbox alcançaria ali outra marca inédita: outro US$ 1 bi de prejuízo - um dos recalls mais caros da história.

Precisa dizer que o Mr Moore já não está mais na folha de pagamentos da MS? Pois é, mas não se preocupe. Ele já conseguiu um belo cargo na Electronic Arts. Presidente!

Imagine a library that collected all the world's information about all the world's books and made it available for everyone to view and update. We're building that library.

Só.. hehe. Se a Wikipedia é tão atacada, imagina o que acontecerá com a Biblioteca Aberta e sua nada modesta missão.

Os evangelistas estão chegando
Estão chegando os evangelistas

Eles são espalhafatosos e barulhentos
Moram bem longe dos homens
Escolhem com carinho a hora (qq hora é hora)
E o tempo do seu precioso trabalho
São impacientes, assíduos e perseverantes
Executam, segundo regras esqueléticas
Desde a trituração a fixação
A enrolação e a iteração
Trazem consigo livrinhos
Telhados de vidro, verdades de louça
Todos bem, e iluminados
Buscam qualquer relação com pessoas
Que espalhem a evangelização

Os evangelistas estão chegando
Estão chegando os evangelistas

Perdão grande evangelista Jorge Ben, pelo sacrilégio. Teus alquimistas estão bem preservados aqui. Mas não resisti quando vi, logo cedo, um subject que dizia: "somos todos evangelistas". Please... me inclua fora dessa... hehe...

Mas tem coisa pior que um evangelista de plantão. Os gurus!! Não é mera coincidência: em dez/2004 eles também mereceram uma homenagem musical do Graffiti.

WiFi, touchscreen (pen ou dedão), nada de DRM, som de alta qualidade, nada de contratos draconianos com operadoras de telefonia móvel, tela de 2.8" VGA, USB 1.1, Bluetooth 2.0, GPS integrado, totalmente destravado (oi!), etc, etc e... LINUX!

Por US$300. Se pintar por aqui, o Openmoko deve ser meu próximo cel. Talvez seja mais correto dizer: meu 1º cel de verdade.

G1: James Blunt diz que 'vendeu' irmã no eBay

Já pensou? Vai ter promoção de sogras. Com cunhados indo de brinde. E o molecão esperto pode colocar um anúncio mais ou menos assim:

Pacotão exclusivo: vendo minha mãe e meu pai, e minha irmãzinha vai de brinde. São usados, mas estão em perfeito estado de conservação (mamãe usa Botox e papai é um atleta - joga bocha e não brocha!). Minha irmãzinha tem futuro como advogada assistente, secretária executiva de distribuidoras de bebidas ou tocadora de harpa. Sem custo de frete: eles vão na mini-SUV 1994, diesel. Outro brinde. Troco tudo por um pastor alemão novo (máximo 5 anos - adestrado) ou por uma guitarra Fender verde-limão.

Tem mais de dois anos que eu espero a queda do Ballmer. Já escrevi aqui que do ano passado ele não passava. Passou. E, pelo visto, chegará até o término do ano fiscal de 2008 (que, para a MS, se encerra em junho do próximo ano). Só tenho uma explicação para tamanha longevidade: o conservadorismo da MS - o incrível medo de mudanças que caracteriza a empresa de Redmond há mais de 10 anos.

Então o pimpão fala para as massas de parceiros: garante que a MS será agressiva na Web 2.0. Para variar, não abre planos e nem se compromete com datas. Promessas vazias que há tempos parecem funcionar bem. Parceiros MS são os mais fiéis do mundo, independente da quantidade de sacanagens que sofrem. Tanto que não devem ter percebido que qualquer estratégia "Web 2.0" que a MS lance mexerá demais com seus negócios. Traduzindo: tirarão receitas. Quem se importa? Eles sabem que as estratégias da MS não funcionam muito bem. Devem se lembrar daquela história da Avanade: "Adoramos nossos parceiros, mas Andersen é a Andersen, né?".

Uma coisa que eu acho que nunca fiz foi imaginar o sucessor do Butthead. O Mini abusou, e sugeriu Guy Kawasaki! Wow! Guy é um revolucionário. Colocaria Redmond de cabeça para baixo. Demoliria algumas subsidiárias, começando por aquelas instaladas no mundo em desenvolvimento. Mas calma... Guy nunca aceitaria. Não é só o fato d'ele ser apaixonado pela Apple. Também não é pelo fato dele estar milionário. Acontece que o Guy sabe que é impossível fazer pela MS o que o Gerstner fez na IBM. Questão de princípios, senso de urgência (a água tá longe de bater no gogó) e desejo de mudar. A MS não quer mudar.

Por isso eu acho que o nome ideal para ocupar a cadeira do Ballmer é ... Mr. William Gates III.

Sim, eu sei, ele falou que vai se aposentar. Mas tá muito novo pra isso. E a única pessoa do mundo capaz de dar uma guinada de 180° no curso da MS e ser respeitado por colaboradores, parceiros e clientes é o pai da criança. Ninguém mais.

Ok, ainda é quarta. Mas eu não resisti. Nenhuma imagem baterá o imbatível Ballmer:



Aliás, o blog mais gozado dos últimos tempos é o Diário Secreto de Steve Ballmer. Impagável.Vai lá e saca o que o "Júnior" fez com o iPhone que ganhou de presente, por exemplo. Ou então as opiniões do João Grandão sobre o sacrilégio cometido por um 'xicano' que ousou tomar o 1º lugar do coleguinha Bill.

Mais engraçado é a quase-certeza de que um blog do Ballmer de verdade não seria muito diferente. Saca só a última dele:

“Consumers expect a move in this (Web) direction.”

Primeiro o Google é uma ilusão - não um desafio. Agora o Google é o caminho. Titubeia, erra feio e gera prejuízos ainda mais horrendos. Pero, para desespero do Mini, o cara não cai de jeito nenhum!

O Dunga cairá por muito menos...

A MS falou, a MS avisou:

Note: This is the desktop version of Ubuntu. Ubuntu is a community developed operating system that is perfect for laptops, desktops, and servers. Whether you use it at home, at school or at work Ubuntu contains all the applications you'll ever need, from word processing and e-mail applications, to Web server software and programming tools. Ubuntu is and always will be free of charge. You do not pay any licensing fees. You can download, use and share Ubuntu with your friends, family, school or business for absolutely nothing.Version 7.04, named "Feisty Fawn," adds the Ubuntu Studio, a multimedia editing and production suite, to the distribution.

A empresa da piada pronta fica cada vez mais gozada...

"Todos os dias, Morina liga seu computador às 8 horas da manhã e começa a digitar uma infinidade de linhas de código - uma seqüência de números e caracteres que para um leigo faz tanto sentido quanto grego. Como fios que costuram uma roupa, essas linhas indecifráveis, juntas, darão origem a um sistema coeso, como um internet banking, por exemplo. Dessa mesma maneira são feitos os programas que controlam as chamadas telefônicas das operadoras, administram a frota de uma companhia aérea ou organizam o fluxo de pedidos de uma siderúrgica. Sistemas são essenciais para companhias de todos esses setores, mas desenvolver linhas de código não é a atividade principal de nenhuma delas. À medida que as empresas terceirizam essa função, fornecedores especializados contratam mais e mais gente."

Assim começa a matéria da EXAME sobre 'Fábricas de Software'. Dá uma tristeza. Não dá vontade de comentar. Nem de perguntar o que acontecerá quando a automação chegar nas fábricas...

Mas juro que bateu uma vontade danada de fazer um remake do clássico do Chaplin.

A GPLv3 foi liberada no mesmo dia do lançamento do iPhone. Ficou escondida no meio daquele tanto de análise e paparicação do gadget ultra-cool da Apple. Mas seu impacto, particularmente no mundo corporativo, será mais forte e duradouro.

Uma das principais alterações em relação a versão 2, de 1991 (!), foi incorporada "na última hora". Motivados pelo acordo MS+Novell, os autores trataram de vetar esse tipo de conluio na nova GPL. A MS berra e diz que não será afetada. Mary "Jo Jo Gunne" Foley pergunta se os advogados da MS são assim tão... "bobinhos".

Polêmica, a GPLv3 poderia se transformar no maior engano do Universo do Software Livre. Se ninguém a apoiasse. As incertezas começam a dissipar: o SAMBA, muito popular, adotará a licença. Irônico early adopter: o SAMBA adora conviver (pacificamente) com redes Windows.

Um monte de gente vai registrar a "coincidência". Eu ia passar batido não fosse minha agendinha: hoje é o Dia Mundial da Lei. Por uma infeliz coincidência, hoje também é o Dia da Pizza!

Ah Brasil, como seríamos diferentes se LEI, para o alta escalão da sociedade, não fosse sinônimo de pizza.

Apesar de todo o chororô do MacDonald, acho que ele se engana quando fala que o Win2000 foi o pior projeto da MS. Em termos técnicos, pode até ser. Mas, financeiramente falando, o Win2000 foi muito lucrativo. Aliás, acho que só o Bob e o Me conseguiram ser Windows deficitários. O Vista pode entrar para a família de ovelhas negras, mas ainda é cedo pra dizer. Apelido novo ele já tem: Me 2... hehe...

Mas o pior projeto da MS, ao que tudo indica, é o Xbox360. É tanto prejú, e falhas técnicas, e mais prejú, que não sei como cabeças e cadeiras ainda não rolaram. Vejamos:

A MS topou perder algo em torno de US$ 126 por console vendido. Estratégia "ou dá ou desce!" No penúltimo ano fiscal, encerrado em junho do ano passado, a divisão de entretenimento registrou um prejuízo de US$ 1,26 bi. Grande parte debitada na conta do Xbox. Até aí tudo bem, gasto previsto é gasto previsto. Segundo o grande plano (divulgado pelo Grande Ballmer), em 2007 o bichinho ficaria azul. Não fica mais...

Bugs e outros insetos preçonhentos forçarão a MS a torrar outro US$ 1 bilhão, consertando, trocando Xcaixinhas e pedindo milhões de desculpas.

Vi na Wikipedia (aliás, o verbete Xbox360 na Wikipedia é um show!), que o Xbox360 consegue até detonar dvd's de jogos!! Detonar no mau sentido mesmo.

Quando se limitava ao mundo dos bits, a MS se dava bem com produtos bugados. Deixa a turma baixar SP's (service packs) e pronto. No mundo dos átomos, todo recall é muito mais complicado. E, claro, muito mais caro.

Sorte da MS que a previsão do Peter Moore (chefe da divisão de entretenimento, dando uma de Ballmer na foto acima) tá longe de ser cumprida. Senão o prejú seria de US$ 10 bi!!

Ligadíssimo na Web 2.0? Curte toda a interatividade? Você bloga, flicka, orkuta e tuba? Então periga que teu próximo browser seja o Flock. Ele tava sumidão, mas pintou com uma versão 0.9 bastante promissora.

Não brinco quando falo que a MS é a anti-apple. Elas são realmente diferentes em tudo. Citei no mesmo post de ontem que a Apple é uma 'caixa preta'. Explicando: raramente a gente vê algum funcionário falando sobre a empresa, seus produtos, projetos ou processos. Para usar uma analogia mais simpática: a Apple é a mais mineira das empresas hi-tech: "come caladíssima".

Por outro lado, parece que a MS é um livro aberto, escancarado: uma 'caixa branca'. E não tô falando só dos rebeldes-sem-options, como o Mini. Parece que todo mundo na MS (exceto a MS-BR), fala pelos cotovelos. Beaves & Butthead (aka Bill & Ballmer) vivem dando uma de lula-ffhh-marta. Mas seus subordinados também adoram falar. O último é o MacDonald (supersize?), numa entrevista para a Mary "Jo Jo Gunne" Foley. Saca só uns trechinhos:

"It’s funny now. I look back at all the travails of the past couple of years. But nothing was worse than Windows 2000. People outside are going and saying, “Vista this and Vista that.” But nothing was worse than Windows 2000. They just don’t remember. That was the worst-run project of all time."

Projeto ruim e mal executado gera produto ruim, certo? Será que avisaram para o Ronald que ainda tem Win2000 pra caramba ao redor do globo? Não pode cuspir no prato que ainda tá na mesa, né Supersize? Mas coitado, ele explica porque foi o pior:

"We finished that project and I spoke to someone who said I worked 30 seven-day weeks this year. That was someone who worked for me. I knew I worked a lot more seven-day weeks than she did. It was dumb. You should never run a project like that. In the long run, there were some great things we did, but we also made some just fundamentally stupid decisions."

210 dias sem parar... sem sair de cima! Quem consegue ser produtivo assim? Como não tomar "stupid decisions" quando a pessoa está 10 pontos acima do nível aceitável de estafa? Mas nosso herói mereceu férias. Foi pegar cangurus na Austrália quando, de repente:

"I got a call from Brian (Valentine). He was whipping me. He said, this will be on the front page of the paper, you know."

Ele tá falando de alguma vulnerabilidade qualquer, descoberta quando ele tentava colocar a cabeça no lugar (treinando numa bolsa de canguru). Empresas pouco humanas e mal estruturadas fazem isso: chamam seus colaboradores a qualquer momento. Não importa que ele esteja do outro lado do mundo. Descansando!!

Tamanho cansaço deve justificar seu último deslize:

"I think security is a ten-year job. We started in 2002, so we’ve still got years to go on that."

Ah... entendi...

Aliás, acho que agora todos os usuários de Win, Win95, Win98, Win2k e WinXP entenderam. Será que os usuários do Vista entenderão?

O iPhone escancarado. Assim como alguns notes e algumas pessoas, é uma belezura por fora, mas incrivelmente feio 'por dentro'.

Sabe porque é bom sempre manter baixas expectativas? Você raramente se decepciona. E de vez em quando até se surpreende. Foi o que aconteceu com a matéria de capa da EXAME da quinzena. O trabalho do Ricardo Cesar foi muito bom, destacando bem algumas características da Apple. Quem se limitar aos highlights e sub-títulos (tompetersnianos) perderá muita coisa. Haha.. tompetersnianos foi boa. Saca só:

1. Transforme os clientes em devotos
2. Não deixe a burocracia matar o sonho
3. Aposte na inovação de resultados
4. Não reinvente a roda. Melhore
5. Blinde-se contra a concorrência
6. Destrua seu negócio e reinvente-o
7. Tenha um bom garoto propaganda

Kkk... não é gozação. É sério! Se duvida, vai lá e compra a revista. Mas, como eu disse, não se deixe enganar pelas besteirinhas. A matéria é boa. Razoável...

Endeusa demais o Jobs (tanto que a sétima lição é a sétima lição: Jobs é o tal garoto propaganda). E ignora o principal trampo dele, comentado aqui no final de maio.

Como a matéria diz que a Apple é uma verdadeira "caixa preta", acaba fazendo um mea culpa para a superficialidade do texto. Mas nada justifica as duas participações pra lá de superficiais de nosso queridíssimo John "marta suplicy" Dvorak. Coisas do tipo: "a Apple sabe o valor do bom design e da aparência". Tchan! pelamordedeus...

Último azedume: a pesquisa da Booz Allen citada no texto é muito "nada a ver". Não faz sentido comparar investimentos em pesquisa e desenvolvimento pelos valores absolutos. Não custava nada a EXAME ter trabalhado um cadinho mais e mostrado o percentual do faturamento total que é investido em inovação. Da forma como foi colocado, a coisa ficou ainda mais feia para a anti-apple, digo MS (mon amour). Enquanto a empresa de Redmond torra US$ 6,2 bi, a firminha de Cupertino gastou só US$ 534 milhões em P&D.

E por falar em Redmond, pintou um graffiare excepcional do Bill que eu não tinha visto. Saca só:

Eu gostaria muito de ter o gosto do Steve. A forma como ele faz as coisas é diferente.

Caraca! Será que ele autoriza a Apple a utilizar sua frase na próxima campanha do iPod? Ou do OS X? Hehe... quem não tem Jobs caça com Ballmer.

Evitei utilizar este post no flashback de ontem pq senti falta de estatísticas mais atuais, para fazer uma comparação. Sincronicidade: o jornal Hoje de agora mesmo acabou de tirar minhas dúvidas:

Três vírgula um por cento. Meu post de três anos atrás falava em 10% - outra mentirinha governamental. Dá para imaginar uma criança ou jovem hoje estudando sem o apoio da Internet? Dá para imaginar o tamanho do estrago - da nossa diferença em relação aos outros povos?

Mas desgraça sempre vem acompanhada, como se diz por aqui. Saca só:


Três livros! Não temos futuro. Não temos passado. Talvez por isso o presente seja tão desgraçado.

Conforme programado. Foi só o tempo de baixar a versão 64bits do Kubuntu, planejar o setup, respirar fundo e mandar bala. Explicando a tomada de ar: a fama do Linux em notebooks, no geral, não é muito boa. "Os notes têm muita coisa proprietária" e coisa e tal.

Mesmo assim, eu estava decidido. Não posso conviver com um SO que, para algumas coisinhas básicas como IM, me rouba 5min (para carregar o Live!). Isso sem falar na incrível chatice e nos DRM's da vida.

Tirando uma bobeirinha com o Live CD do Kubuntu (noapic, nolapic - para os iniciados), o processo fluiu normalmente, como ocorre em um desktop. Impressionante, mas o Kubuntu reconheceu tudo na máquina. A instalação foi rapidíssima e sem dor. Em se tratando de um note, mais especificamente de um note BR (localizado), é quase uma proeza. Mostra bem o estágio de maturação do Kubuntu e seus irmãos.

Para não dizer que foi tudo tranquilo, pintou uma bobeirinha que me roubou alguns minutos. A interface wireless (Dell/Broadcom) foi a única coisa que não funcionou de primeira. Exigiu algumas pesquisas e um processo um tanto draconiano de correção (qq coisa que envolva o uso do MAKE significa uns 5 pontos negativos para o Kubuntu). Estranho é que se trata d'uma coisa da Dell (o note é HP). A mesma Dell que tornou o Ubuntu sua distribuição oficial. Era de se esperar um suporte minimamente razoável.

Mas tudo bem. O que importa é que o note também ganhou sua carta de alforria. E a diferença de performance em relação ao Vista é tão gritante que vai me incentivar a fazer um breve benchmarking. Amanhã ou depois eu publico os resultados.

Se vc pegar algumas revistas da área de alguns anos atrás, vai ver algumas figurinhas estranhas alçadas ao pódio de "feras" do mercado de TI nacional.

Tem lá gente que vendeu projeto grande e nunca entregou. Gente que tem um produtinho bem '1/4' de boca, mas é chamado de gênio. Tem de tudo.

Aí, nas edições mais recentes, nada deles. Uai, q q aconteceu?

Simples: jabá de anjo anda raro. Quem vendeu, vendeu. Quem comprou, se finou-se.

(Jabá de gravadora podia ter o mesmo fim, né?)

Publicado há 3 anos, aqui no Graffiti.