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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
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O Graffiti mudou!

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Matando Jobs

29 agosto 2008

Ontem a Bloomberg matou o Jobs. Todo mundo já sabe. Mas ninguém sabe se há alguma coisa por trás do 'deslize' - informação privilegiada ou intenção não confessada. Não importa - a Bloomberg já recebeu as merecidas marteladas.

Muito pior (e insensível) é a carona da Forbes. Apressadinha, na cola do 'tropeço' da Bloomberg, tratou de listar as "5 coisas que o Jobs deveria fazer antes de morrer". Quanta infelicidade. Quanta falta de tato.

E quanta falta de noção! Saca só a listinha do descuidado Brian Caulfield:

  1. Computador "tablet"
  2. Televisão (de verdade, não a AppleTV)
  3. Um Controle Remoto (!?! - hehe... até que a idéia é boa, um iControl)
  4. Um Livro Digital (um Kindle-Killer)
  5. Um PC - o PC do século XXI.
Sensível e sensato como um Bush, Brian termina o artigo falando: "Vamos lá Steve... você tem muito trabalho a fazer". Não sei se é pra rir ou pra chorar.

A sociedade está se aprimorando em selecionar o que presta e o que deve ser jogado fora, e um novo tipo de percepção vem se desenvolvendo... Cada vez mais as pessoas pensam: Meu tempo - e não meu dinheiro - é a coisa mais preciosa que possuo. Vou protegê-lo daqueles que pretendem roubá-lo de mim... Isso afeta a vida das empresas. Elas devem ter certeza de que não estão fazendo ninguém perder o tempo.

David Brooks (jornalista do NYT - citado no livro que dá título ao graffiare).


O livro de Normann Kestenbaum, lançado pela Campus agora em 2008, tem exatas 108 páginas. Começo assim o elogio ao trabalho para mostrar como Normann é objetivo em sua mensagem. Caramba! O livro deveria ser obrigatório em todas as empresas, particularmente as prestadoras de serviços de TI.

São 14 capítulos. Apresenta uma metodologia e ricas dicas para a Expressão Visual. Ensina o essencial sobre apresentações baseadas em Powerpoint, por exemplo. Mas o livro trata, principalmente, da valorização de nosso maior ativo: o Tempo!

O estilo de redação do Normann me tirou um imenso peso das costas. Mas isso é outro assunto. O importante aqui é destacar o quanto seu texto é agradável, leve (apesar do pesado tema). E, como diz Paulo Novis no prefácio, "o livro é escrito em português, não em bullshitol".

Um monte de gente vive dando desculpas para ler tão pouco (ou nada). A mais frequente é a falta de tempo. Deveriam tentar ler pelo menos este livro.

Quem disse que aquele projeto está parado? Muito pelo contrário!



Há uma semana o Hailton (arquiteto, desenvolvedor, designer etc) liberou as propostas de layout. Só segurei até agora por absoluta falta de tempo. E também porque ainda não fiz uma opção. Trata-se de um projeto que, como prometi, será 100% aberto. Mas não sei se vou "terceirizar" a decisão do melhor desenho, cores etc. Hehe... (sacanagem).

Quer conhecer as opções (ainda isentas de minhas 'intrometidas')? Então:

Obs.: É claro que aquele slogan não é o definitivo... só foi colocado para preencher espaço.

As iterações são de 2 semanas. Mas o Hailton fez uma (correta) opção por um processo mais *calmo*. Acontece que ele vai gerar um relevante sub-produto: um framework PHP (que, como tudo no projeto, será liberado como software livre). Como já prometi anteriormente, uma versão 'beta' (pública) do serviço só deve rolar entre setembro ou outubro. DEVAGAR e sempre, como um bom projeto mineiro deve ser...

Mas, claro, todas as novidades continuarão pintando por aqui. Pensei em abrir um blog específico para o projeto. Mas seria 'blog' demais né? Dispersão demais d'uma rala audiência. Então vou concentrar a documentação do projeto por aqui mesmo, no Graffiti.

.:.

E passou da hora d'eu brigar (mitigar? haha) contra o maior risco do projeto: Conteúdo! Preciso encontrar escritores. Info básica aos interessados:
  1. A Rendiconti será especializada em livros de TI e negócios;
  2. Ao contrário do que aparece no estudo do layout, há uma editora sim: A Opção Artes Gráficas e Editora (que cuidará de toda a parte burocrática da publicação de um livro (inclusive registro ISBN), além da produção e distribuição das obras);
  3. Não há nenhum tipo de restrição em relação ao formato e tipo de obra. Livros, artigos, revistas, apostilas... o limite é a criatividade dos autores.
  4. Autores que também definirão o valor (líquido) que receberão pelas obras. O preço final será definido pela gráfica, em comum acordo com os autores.
  5. Haverá um trabalho de seleção de obras. Sei que se trata de um processo meio antipático. Mas ele visa exclusivamente a manutenção de um padrão mínimo de qualidade de todas as obras disponibilizadas na loja.
  6. Os autores manterão total propriedade sobre suas obras. Definirão tipo de licença (copyright / copyleft) e opções de distribuição (apenas versão impressa ou versão digital também será liberada?).
Pra quem boiou: a Rendiconti é uma loja virtual que venderá trabalhos que serão impressos por demanda (POD - Print on Demand). Ao autor bastará o cadastro da obra e seu upload para o site. A loja cuidará de todo o resto. Simples assim. Moderno desse tanto! hehe..

Uma idéia solta que há dias pede para ser apresentada aqui: uma forma de contornar a inevitável falta de conteúdo no momento do lançamento da loja é o lançamento de uma revista. Uma revista oficial da loja: independente (leia-se totalmente isenta de patrocinadores); com conteúdo rico (e não matérias curtas e superficiais); bimestral e vendida como as outras obras do site. Vou convidar alguns colegas, particularmente aqueles que já mantém blogs e afins. Mas a porta está aberta para todos que quiserem mostrar seus traçados e idéias para o mundo.

Outra idéia solta: vou documentar melhor o processo de criação de meu livro. Todos os acertos e, principalmente, os erros. Acho que é uma forma de incentivar colegas. Por exemplo, pense no seguinte: se você escrever 1 página por dia, em um ano terá um livro de 365 páginas! Hehe.. eu sei, não é assim tão simples. Mas é uma bela provocação, não? Quer outra? Você pode abrir uma fonte alternativa de receita que gerará, em um ano, mais de R$ 30 mil (um carro zero). Para tanto basta um livro legal, bem direcionado, que custando R$ 30 interesse 1000 pessoas. Dá pra pensar, não?

(Pensar que apelei bem feio agora, hehe. Perdão... é SEXta!).

Quem não pode ver a abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, que acabou de acabar, não tem idéia do que perdeu. Foram 4 horas de evento. Teve a parte meio chata do desfile das delegações, sempre muito longa. Mas que não diminuiu em nada o impacto do show.

É impossível colocar em palavras o que vi. Como expressar então o que senti? Critico demais nossa hipocrisia ao acomodar e 'bajular' uma nação como a China. Nunca deixarei de considerar um absurdo a diferença de tratamento que merecem Cuba e China - países que, em teoria, sustentam as mesmas coisas. Mas como não se emocionar com a China que acabou de se apresentar para o mundo?

Aquela harmonia perfeita de cultura milenar e uma tecnologia acachapante vem de onde? Será aquela beleza toda pura maquiagem?

O mundo anda espantado com a potência China - com a força de sua economia. O espanto, a partir de hoje, é outro. Como aquilo tudo foi possível?

A impressão que o evento deixou é outra, ainda mais espantosa: parece que a China disse ao mundo "prazer, somos a China! O maior império do Mundo que, pela primeira vez em sua história, quer de fato conquistar o mundo."

Assustador. Mas, gente, quanta beleza! Quanta harmonia! Quanta humanidade!?!

Lá nos idos de 19/jul a Oi havia informado que o "trabalho de manutenção" duraria até o dia 31/jul. Entre a última sexta (1/ago) e o dia 6/ago a instabilidade de seu serviço Velox persistia. Na terça, 5/ago, boa parte de Varginha sofreu um apagão total que durou cerca de 3 horas. Não sei dizer qual a amplitude do problema. Mas nosso colega Antonio Fonseca, lá de Belém do Pará, já reportou problemas semelhantes.

Considerando a distância entre Belém e Vga. Considerando o nível do atendimento da Oi/Telemar. Podemos dizer que é quase um caso de calamidade pública, certo? Alguém liga? Sim... os telefones fixos ainda funcionam... Aliás, como já disse no meu chororô anterior, só a telefonia fixa é "protegida" pela nossa legislação. Sua indisponibilidade se torna, de fato, um caso de calamidade. Internet e telefonia móvel são tratados como 'luxo' - são supérfluos (para a nossa legislação).

Isso se reflete nas políticas de empresas como a Oi. Saca só: dada a irritante instabilidade do serviço, contatei-os para solicitar que o período em que o serviço não estava disponível seja abatido da próxima fatura. Fui informado que, como sou assinante do plano "Oi Conta Total", o serviço Velox é um "benefício"! Se entendi bem, eles disseram que é "de graça"? Que não caberia um desconto?!? Muito menos a obrigação de sua disponibilidade? Para encerrar o bolo, uma cereja: a atendente se recusou a informar o telefone da Anatel: "Liga 102".

E por falar em Anatel: aquela agência, que deveria nos proteger, foi desenhada com todas as proteções possíveis para as operadoras. Razão de minha conclusão: ao registrar uma reclamação, não nos é oferecido nenhum recurso para acompanhar o processo. Não merecemos uma mísera vírgula da comunicação que ocorre (ocorre?) entre Anatel e operadora. Só um número de protocolo que não serve para nada...
Outro presente da privataria dos nossos serviços de comunicação. Ê vida de gado...

Restam então dois alertas:

  1. Cuidado Paulistas: a Oi tá chegando por aí;
  2. Cuidado Brasil: a fusão da Oi com a Brasil Telecom só vai aumentar o vermelhão daquele mapinha ali em cima.