Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

Surrupiei a idéia deste post da ZDNet. Utilizei o Google Trends pra ver a quantas e por onde anda a "atenção" no mercado de sistemas operacionais. Saca só:


Como o pessoal da ZDNet descobriu, parece que o Ubuntu vem atraindo mais atenção (buscas) até mesmo que o OS X da Apple!?! E dá uma lavada no Chapeuzinho Vermelho. Cool...

Mas veja o gráfico inferior: parece que nossa "prensa" especializada quase que só fala do Vista. Hehe, eu sei, eu sei. O estudo aí não tem o menor valor científico. Mas coloca (ou deveria colocar) pulgas em alguns devidos lugares.

Nesta entrevista com Mark Shuttleworth, "criador/mentor" do Ubuntu, especula-se que já seriam entre 3 e 4 milhões de usuários.


Há tempos a IBM vinha se apresentando ao mercado como uma empresa legal, antenada com os tempos da "nova" economia de suporte e colaboração. Fez gracinhas doando centenas de patentes e até alguns produtos, como o Eclipse, por exemplo. Fez juras de amor ao Universo do Software Livre e promessas de que nunca reclamaria 'patentes' ou 'direitos autorais' que por um acidente qq fossem 'desrespeitados' em distros Linux e similares. Tudo muito BEM, tudo muito BOM.

Porisso fica muito difícil entender a ação que a IBM tá movendo contra a Amazon. Propaganda on-line é uma invenção patenteada pela IBM? Que idiotice é essa?

Seria engraçado - afinal a Amazon reclama ser detentora da patente da "compra com um click" - não fosse tão perigoso o precedente: simplesmente a IBM poderia cobrar de todo mundo que faz propagandas na web. Imaginou o tamanho do impacto?

Nossa sorte é que toda economia 'baseada em muros' tem vida curta. Resta torcer que essa idéia descabida da IBM seja ainda mais breve.


Tempo suficiente para algumas rápidas conclusões:

  • Melhor uso dos recursos: não fiz nenhum upgrade de hardware. Sigo com meu modesto AMD Athlon 2000+ e 512 Mb de RAM. Mas a maquininha, com o Kubuntu, parece suportar bem mais carga do que quando estava sob os auspícios do WinXP. Coloco aplicações em 4 desktops (um recurso que não existe no Win), dentre elas Firefox (guloso por natureza, sempre com meia dúzia de abas) , AmaroK (que dá de 1000 no Media Player da MS), Evolution (get out outlook), e uma aplicação de escritório (pois é, eu trabalho também). Além disso, o Gaim, o Skype, o Firestarter e outros brinquedinhos mínimos seguem na bandeja. O swap deve ser bem mais inteligente, pq nem reparo quando ele ocorre.
  • Performance: conseqüentemente parece que minha máquina ganhou um turbo. Tudo ficou consideravelmente mais rápido. O Firefox então, parece novo. Apesar d'eu seguir com a versão 1.5. A impressão que dá é que até a banda que utilizo (Velox - Telemar) ficou mais larga. Pq será?
  • Tranquilidade: ok, trata-se de algo psicológico. Mas o sistema agora transmite mais confiança. É mais honesto. Por exemplo, numa tela de configuração da "aparência" tem uma opção chamada "Habilitar Transparência" ou algo do tipo. Quando vc aproxima o ponteiro do mouse daquela opção aparece a seguinte tip: "No, no, nooooo". Hehehe. Você acaba estabelecendo uma relação de amizade com o Kubuntu, e não de "funcionário" dele.

Mas a lua-de-mel com o Kubuntu não é feita só de doçuras e delícias. Mesmo sem ter muito tempo pra isso, tentei convertê-lo para Gnome (o ambiente gráfico nativo do Ubuntu - no Kubuntu o default é o KDE. Essa é a única diferença de ambos*). Ganhei uma certa confusão nos menus e aplicações redundantes. Nada que não seja remediado sem traumas. Mas a lição é seguinte: veja screenshots de ambos os ambientes e decida antes qual vai utilizar. Repito a dica do post anterior sobre o tema: o Gnome parece mais indicado para quem vem do WinXP.

Outra coisa que pode dar uma certa amolação: tenho outro disco, com 200Gb, que serve exclusivamente para armazenar minhas coleções e trabalhos (não necessariamente nessa ordem). Dado seu tamanho, fiquei com uma preguiça danada de reformatá-lo e 'voltar' aquela montanha de backups. Ou seja, meu disquinho seguiu com o sistema de arquivos do Win, o NTFS. Pois bem, ainda não existe uma coisa legal no mundo Linux que permita a escrita no NTFS, só leitura. É questão de tempo pq o último beta do NTFS-3g quase chegou lá. A versão final deve estar disponível no início de 2007. Se você for eliminar definitivamente o Win da sua vida, é aconselhável que vc reformate todos os seus discos e utilize o sistema de arquivos do Linux. Se vc for manter a máquina com dual-boot, tenha uma estratégia de utilização de discos mais inteligente do que a minha.

Aliás, em se tratando de estratégia eu ando um desastre. Acabou de sair a versão 6.10 do (K)Ubuntu. Todo mundo já sabia pq os cronogramas deles são de verdade. E, de 6 em 6 meses há uma versão nova do sistema. Não custava nada o apressadinho aqui ter planejado melhor a transição, né? Ops, transição não. Reintegração de posse do meu PC.


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* Sorry se soo didático d+. Essa é a humilde intenção destes posts tageados com "Take Back your Desktop").



Graffiare #359

30 outubro 2006



If, after using its one reassignment right, a customer again exceeds the tolerance for updated components, the customer can purchase an additional license or seek remediation through Microsoft's support services.

- Trecho da nova licença do Vista



Dúvida do Adrian Kingsley-Hughes, da ZDNet:

Are Microsoft having a laugh?



Quase não acreditei quando vi a notícia: Bush 'autorizou' a construção de um muro de 1200km na fronteira dos EUA com o México. Já deixei no BlueNoir minhas lamentações. Não, não estou lamentando a oportunidade perdida de poder entrar na terra prometida através d'um buraco qualquer naquelas cercas de arame farpado que serão aposentadas. Quem me conhece sabe que nunca tive o menor pingo de vontade de conhecer (pessoalmente) o país que nos deu Kerouac, Coppola, Miles, Hendrix e Bill Gates. Fico satisfeito em conhecer suas obras. Daqui mesmo, onde Judas ganhou sandálias de humildade.

Mas o papo aqui é outro. Impossível não traçar o paralelo entre muros de átomos (e concreto e cercas elétricas) e os muros de bits (e DRM's e WGA's e Windows "starter editions" etc). Não é coincidência que ambos estejam surgindo no mesmo lugar. O "mind set" que os cria é idêntico. A grana que os financia é a mesma. Vocês sabiam que o Bill foi um dos maiores investidores na campanha do Bush? Então...

É tudo farinha do mesmo saco de medos e mesquinharias.
Do mesmíssimo saco de maldades.

Prometeram que o México deixaria de ser aquele tapete roto na porta do sul dos EUA. Não cumpriram. E nem sacaram que todos os latino-americanos um pouco acima ou bem abaixo do Equador usam o mesmíssimo tapete. Agora colocam um trava na porta.

Prometeram tecnologia nas pontas de todos os dedos, micros em todas as casas. Mas acham justo cobrar nas esquinas do terceiro mundo preços que nem os 'abastados' do primeiro mundo engolem. Agora enchem de travas os sistemas operacionais, aplicativos e até os arquivos de músicas e filmes.

Qual será o próximo passo? Mandar os piratas pra Guantanamo?




Hehe..

Além de defender uma CAUSA pra lá de legal, a turma do Defective by Design também chama a atenção pela limpeza e inteligência de seus protestos. Saca só o que fizeram na Amazon!


Seqüência (não programada) deste post. Este é um desvio (não previsto) da série "Gerenciando o Trabalho Criativo" que está sendo desenvolvida no Finito.

Fotos de Marya/emdot (Flickr)


Como eu escrevi 2 semanas atrás, começamos agora nosso terceiro e último "filtro". Relembrando: o primeiro é a seleção de currículos e o segundo aquela maratona Dinâmica+Entrevistas+Testes descrita nas três partes anteriores desta série. Chegamos aqui com condições de avaliar se aqueles 6-10 candidatos estão aptos a desenvolver o trabalho criativo que nosso projeto requer. Estão?

Até agora nosso estudo possibilitou a validação de dois fatores fundamentais em qualquer tipo de contratação:
  • Habilidades Técnicas: o candidato realmente domina aquela área para a qual ele se ofereceu? Qual o seu nível de conhecimento/domínio daquela área? Quanta experiência ele tem em projetos similares?
  • Habilidades Sociais: o candidato se comunica bem? Qual sua postura no 'jogo coletivo' incentivado na dinâmica? Qual o seu perfil?
O primeiro fator é mais *quantitativo*, mais fácil de ser mensurado. Já o segundo depende de muita observação e percepção. Aqui a coisa toda é muito pessoal. Você pode gostar ou não do estilo, do perfil daquele candidato. Se você for o responsável direto pela condução do projeto, pesa o fato de que aquela pessoa irá conviver contigo por um período considerável. O caminho mais fácil sempre será o descarte do candidato. Isso é mais comum do que imaginamos.

Tão freqüente quanto a "espiral decrescente de contratações". Explicando: "os fundadores contratam uma pessoa que podem considerar um A - perfeita para o cargo, inteligente, produtiva e encaixada culturalmente na empresa. Depois, eles permitem que essa pessoa contrate seus funcionários e estes, por sua vez, contratam outros, e assim por diante. O problema é que as pessoas A freqüentemente contratam subordinados que não as ameacem nem desafiem - pessoas B, para continuar com a metáfora de Aldous Huxley. Essas pessoas B repetem o padrão, contratando subordinados C e assim por diante, até que a empresa seja literalmente consumida por pessoas dos níveis C e D, que lá estão por todas as razões equivocadas". [Trecho surrupiado de "A Busca", de John Battelle].

Pode parecer meio facista esse papo de pessoas A, B e C, mas acho que você pegou a mensagem. Para uma empresa (o caso acima trata da Google) ou um projeto, a hipótese de deixar escapar um grande talento por questões menores (birra ou temor do líder/contratante) deveria acionar sinais de alerta por todos os cantos. Mas, como eu disse anteriormente, isso é mais comum do que imaginamos.

A Google contornou o problema formalizando um Comitê de Contratação. Uma unidade totalmente independente dos projetos e seus líderes. Como eu escrevi nas duas primeiras partes desta série, eu sempre contei com o apoio das "meninas do RH" e de 2 ou 3 companheiros de time. A contratação ou eliminação de um candidato sempre exigia unaminidade. Os votos contrários não eram aceitos se não fossem acompanhados de uma boa justificativa. Não é coincidência: só tivemos problemas quando esse processo não foi respeitado. Mas isso é assunto pra outro dia.


Cadê a Criatividade?

Chegamos então ao ponto em que temos uma lista com pessoas que demonstraram as habilidades técnicas e sociais requeridas pelo projeto. Mas o título desta série não é "Contratando Gente Criativa"? Então, cadê a Criatividade? Afinal de contas, o que caracteriza uma pessoa criativa?

Taí uma questão que vale ouro. Muitos acham fácil identificar uma pessoa criativa. Mas de que tipo de criatividade estamos falando? Porque, se for qualquer uma, bastaria chamar qualquer participante do "Se vira nos 30", certo? Como criatividade e inovação são alvos da moda, muita bullshitagem rola por aí. Eu prefiro as características documentadas por Domenico de Masi em "Criatividade e Grupos Criativos". Para ele, os criativos se caracterizam:
  1. Por atribuir ao seu trabalho um valor expressivo;
  2. Na satisfação com que empregam uma linguagem especializada;
  3. Por usarem a fantasia com prazer e catarse;
  4. Pelo forte senso estético;
  5. Na multiplicidade de interesses culturais; e
  6. Ao apresentarem perspectivas de longo prazo.
Novamente um conjunto de fatores bastante subjetivo, de difícil validação. Daí que a interação direta proporcionada pela dinâmica e pelas entrevistas individuais ganham um novo significado. É ali que todos os 'avaliadores' devem buscar respostas para as características listadas acima. Os itens 2, 3 e 4 são mais fáceis de serem percebidos durante a dinâmica. Os demais devem ser 'provocados' durante a realização das entrevistas individuais.

É com esta última bateria que "passamos a régua", destacando aqueles candidatos que podem realmente agregar um toque de criatividade que será crucial para o sucesso do projeto. Quase nunca teremos um balanceamento perfeito entre as habilidades técnicas, sociais e a capacidade de criação de um candidato. Ele pode ser meio 'fraquinho' em comunicação, por exemplo. Tanto quanto os pontos positivos apresentados por um candidato, é importantíssimo avaliarmos se a equipe e o projeto 'suportarão' seus pontos negativos.


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Ufa. Quando comecei isso aqui em 14/set não sabia que iria tão longe. E consegui terminá-la antes da "série oficial", "Gerenciando o Trabalho Criativo", que estou escrevendo no Finito. Espero que seja útil.

Uma última observação: o trabalho criativo, segundo Domenico de Masi, é uma combinação de "Fantasia e Concretude" (aliás, este é o título original do seu livro "Criatividade e Grupos Criativos"). Nesta série tentei mostrar um processo que ajuda na seleção de Gente Criativa. Por favor, receba-a (a série) só como uma série de palpites e provocações. E como contraponto pra toda aquela bullshitagem sobre inovação, motivação, exercícios exotéricos e afins. E lembre-se sempre que necessário da frase do John Keats:


"Aquilo que é criativo deve criar a si mesmo."



Deu no IDG Now!:

"Versão do Vista para integradores é atrasada em duas semanas por vulnerabilidade que forçaria usuário a reinstalar sistema operacional."

Assim, em cima da hora, a equipe descobre um pequeno detalhe que "pegou todo o time do Windows Vista de surpresa", como disse Ethan Allen, líder do time de CQ. Um detalhe que forçaria a reinstalação completa do Vista?!?

Hmm.. lembram-se que a maravilhosa licença do Vista só permitirá 2 instalações?

Caramba.. o Vista então será uma fábrica de $$: Instala - pau - instala - pau - compra outra! A MS tá inventando o primeiro SO descartável da história!


Reintegração de Posse

25 outubro 2006

Há algum tempo eu ando tão coerente aqui no Graffiti quanto um médico fumante. Vivo detonando a MS Mon Amour, incentivando o uso de um sistema operacional (SO) mais LegaL, mas... que vergonha... minha maquininha de trampo e diversão seguia guiada e (des)amparada por aquela coisa chamada "Windows". Pois é, mudei o tempo dos verbos no parágrafo: eu disse "seguia".

Há tempos ensaiava o upgrade, mas uma série de motivos sempre o adiavam: "tenho que ter tempo para refazer toda máquina"; "preciso de tempo e saco para aprender um monte de coisa nova"; "tenho medo de perder algumas aplicações-xodó"; "tenho que me acostumar com a idéia de viver em um ambiente mais 'rude' (menos amigável)". Quanta bullshitagem. Quanto tempo eu perdi!

Na última segunda-feira eu respirei fundo e comecei o processo de reintegração de posse do meu PC. Backup de tudo, CD de instalação devidamente obtido via eMule (não gosto dos gerenciadores de download do Firefox), um último bye-bye para o ambiente que me suporta (no sentido de aturar) diariamente desde o início do ano. Fui...

Optei pelo Kubuntu, o Ubuntu com o ambiente gráfico KDE. Sei lá pq o escolhi. Indico o Ubuntu original, com Gnome. Principalmente para os iniciantes. Sou um iniciante-metido-a-besta. O CD de instalação é também um LiveCD. Ou seja, quando a máquina faz o boot com ele, já dá pra "sentir" o que o bicho é antes de instalar qq coisa. Mesmo considerando todo o tempo que se gasta nas preliminares, como na (re)organização do(s) disco(s) rígido(s), o processo é rápido. E super amigável. Passo por um breve "next-next-finish" (com algumas configurações, como localização, linguagem etc) e depois o bicho anda sozinho. O que vem depois exigiu um pré-req que não vi em nenhum manual de instalação: um babador!

Como toda criança na frente de um brinquedo novo, tentei de cara explorar todas as possibilidades. O processo é mais ou menos assim: abri todos os menus e seus respectivos itens. Gastava menos de 20" em cada opção. 1'30" naquelas mais curiosas. Aos poucos, durante a navegação, você vai adaptando seus vícios "win" para um novo modus-operandi. Aliás, tudo no processo de adaptação é uma constante analogia com aquele outro SO. Dica para os escritores de plantão: um livro "Guia de Migração do WinqqCoisa para Ubuntu" é sério candidato a best-seller. Continuando..

Cerca de uma hora e três babadores depois, já me sentia um novo (power) usuário. Sentindo falta do meu Firefox, já me meti no acachapante processo de instalação e atualização de aplicações do Kubuntu. Saca só:


Ok. Naquele SOzinho tem um tal "Adicionar e Remover programas" que a gente só usa pra "remover" (o que quase sempre resulta em lixo que fica esquecido para sempre em algum canto do disco). A história aqui é muito diferente.

Foram organizados repositórios de aplicações Livres. Eles são acessados via internet (óbvio). Você indica se só quer aquelas aplicações 'atestadas' pelo pessoal que cuida do (K)Ubuntu, se inclui as 'não-atestadas', 'comerciais' e por aí vai. Usando tags ou buscas diretas você pode filtrar as seleções. E solicitar o download e instalação de qq coisa q vc quiser. Precisa dizer que tudo isso é totalmente de graça? Precisa dizer que funciona que é uma beleza? hehe.. O mesmo bichinho aí (que no Ubuntu chama-se Synaptic e é ainda mais legal) cuida de todas as atualizações pra gente. (Ok, igual o tal 'winupdate' mas com uma imensa diferença - o Adept/Synaptic cuida de TODO o seu ambiente, de TODAS as suas aplicações além do próprio SO). Detalhezinho que descobri agora: o Synaptic foi escrito pelo Alfredo Kojima, brasileiro!! Seguindo...

Antes de validar o perfil "trampo" da meu recuperado PC, cuidei de configurar uma das coisas mais importantes do meu "ambiente": SOM! Minha pequena coleção ocupa cerca de 150gb de um dos discos. Meu frio na barriga era: "será que tem algo tão legal e completo como o WinAMP?". Tem! E é superior!?!



Chama-se amaroK o brinquedinho acima. Além de catalogar minha coleção de maneira muito eficiente, o cara usa como ninguém os recursos disponíveis na web. Sabe aquela sidebar azul ali? Pois bem, ela mostra letras, biografia da banda (via Wikipédia), e sugestões de músicas que devem se encaixar bem naquela playlist!! Acho que ele se baseia na Last.fm e na minha própria coleção para elaborar as sugestões. Wathever... It's Fantastic!!

Ok, ok. Tô parecendo uma criança na frente de um novo videogame. E já gastei mais de uma caixinha de lenços descartáveis (não achei babadouros). Aos poucos vou documentando aqui minhas experiências e babações.

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Pronto! Taí o primeiro post do Graffiti redigido numa máquina 100% reintegrada. Tchau invasores, DRMs maledetos, cagüetas famigerados, SOzinhos bugados e licenças draconianas.

Btw, posso revender minha licença de WinXP ou ela tem que ir direto para a recycle bin?


graffiare #357

23 outubro 2006

I would like to gather from the community some examples of works you would like to see made free, works that we are not doing a good job of generating free replacements for, works that could in theory be purchased and freed.

Dream big. Imagine there existed a budget of $100 million to purchase copyrights to be made available under a free license. What would you like to see purchased and released under a free license?

Photos libraries? textbooks? newspaper archives? Be bold, be specific, be general, brainstorm, have fun with it.

I was recently asked this question by someone who is potentially in a position to make this happen, and he wanted to know what we need, what we dream of, that we can't accomplish on our own, or that we would expect to take a long time to accomplish on our own.

- Jimmy "Jimbo" Wales (em "Dream a Little...")



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Datacenter Portátil

20 outubro 2006



Em novembro do ano passado essa idéia grandiosa (em vários sentidos) já tinha aparecido aqui no Graffiti (colando do Roberto X). Então a suspeita girava em torno da Google: ela lançaria datacenters embalados em contêineres?

Quase um ano depois me aparece o protótipo (real) da Sun. Nome? Blackbox!

Céus. Saca só o 'slogan' que pinta na página que apresenta o projeto:

"An extraordinarily simple idea"


Ok. Concordo. É extraordinária e promissora. (Bancos? Seguradoras? Grandes eventos? Locação de datacenters? - Acredite, pode ser um grande negócio. Cada caixinha deve custar algo em torno de US$ 2 milhões. Dinheirão pra qq um, principalmente pra Sun). Mas...

... Quem receberá os royalties pela extraordinária idéia: a Google ou o Roberto X?



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Coisa pra deixar Clausewitz, Mintzberg e Porter boquiabertos. E definitivamente defasados. Saca só:

Em agosto de 2004 a MS liberou o SPé2 (Service Pack 2) para o WinXPé. O pacotinho corrigia uma séria série de bugs, holes, crateras e afins. Até firewall meia-boca o XPé ganhou. Beleza.

Beleza auto-degradante. O volume de problemas com o XPé seguiu crescendo. Ao ponto da MS adotar a tática Dudu (aquele amante de sandubas, 'amigo' do Popeye): "te pago na terça". Os SPés passaram a ser liberados nas terças, de forma 'programada'.

O volume de problemas já justificaria um SPé3. A MS sabe disso. Seus usuários desconfiam. Poucos se atreveram a pedir o pacotinho formalmente. Até então conviveram com a promessa de que neste segundo semestre de 2006 o pacotinho 'corretivo' seria liberado. Ops...

Será que ainda existe alguém que acredita nos cronogramas da MS?

Segundo a própria MS, o SPé3 só sai em 2008!!

Uai, peraí. Vamos tentar entender. Em janeiro de 2007, apesar da gagueira do Allchin, o Vista deve invadir prateleiras do mundo todo. Descontos, cupons (free upgrade) e pré-venda (via Amazon, por exemplo) são as táticas "wait 4 me, Santa!" que a MS adotou para fazer o Vista começar a pagar logo os US$ bilhões (8, 9, 10?) investidos. Não deve ser suficiente. O que fazer?

Oras, torne o XP um "cara indesejável". Nome da nova tática?

  • Cuspida aero-disfarçada no próprio-prato-pato XP
  • Salto no vácuo com joelhada no saco
  • Pq esperar pelo SPé3 se o Vista tá na mão?
Meu caro pobre usuário que por alguma ra$ão qq não pretende cair na estratégia (armadilha) da MS. Não se desespere. Sempre há alternativas. Por exemplo, você pode chamar o Lafayette!


Ou então começar a considerar uma guinada estratégica para a esquerda.


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graffiare #356

18 outubro 2006

I can see the problems now … you buy a copy of Windows Vista, install it on your existing PC and activate it. Later on, you discover that your existing PC isn't really up to the job of running Vista, so you either buy a new PC or upgrade your existing one. When you install Vista this time, that's it – your copy of Vista is now stuck on that PC forever. If your new PC dies or has a hardware failure, as they so often do, then not only is it time for a replacement but also time for a new Vista license too. That sounds plain crazy and is nothing more than a trick to move money from the pocket of the user and into the Microsoft coffers.

- Adrian Kingsley-Hughes*



* Da ZDNet, descobrindo que o diabo mora nos detalhes (da licença do Vista, o primeiro SO da história que é anti-usuário, anti-consumidor e antipático até falar chega).

Update (20/out): "That policy is stupid, arrogant, and short-sighted". Assim, simples, Ed Bott encerra este artigo da ZDNet que trata da maravilhosa nova política de licenciamento da MS, válida para o Vista.


Para parecer modernoso: "Demorô!". A IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) incluiu 20 tupiniquins na listinha de 8000 "piratas" que ela vai processar. Ela tá atrás daquele povo que disponibiliza zigabytes de MP3 para download gratuito via web (leia-se eDonkey, xxTorrents etc). É a primeira vez que algo do tipo chega em Pindorama.

Mas a tática é a mesma que já foi utilizada nos EUA e na Europa: FUD (de Medo, Incertezas e Dúvidas). É só pra assustar mesmo.

A notícia tá no IDG Now! e apareceu até no JN de ontem. Aliás, no JN teve até depoimento emocionado da Alcione: "vocês estão roubando o ganha pão dos artistas e poetas". Lindo!

Dona Alcione, não seria mais eficaz ir direto na raiz do problema? Saca só:

Dona Alcione, com todo respeito, se a Sra não encontra (respostas) é pq tá rondando a cidade errada.

A nossa sorte, sua inclusive Dona Alcione, é que ainda tem gente pensando no lado de cá (dos consumidores e fãs). Na mesma matéria do JN o Bonner disse que a FGV falou que os processos movidos pela IFPI são inconstitucionais. Ainda bem que este estudo da UFPE fala que suas estratégias (inclusive ou principalmente de Precificação) estão redondamente enganadas. Devemos agradecer o fato de termos por aqui gente como o Dr. Joaquim Falcão e o Hermano Vianna, criador do OverMundo.


Web 2.0 ++

17 outubro 2006

A única coisa que parece certa e aceita sobre a Web 2.0 é o fato de seu conteúdo ser gerado "de baixo para cima" - por meros mortais. Seu histórico muito curto e meio nebuloso aponta a seguinte linha evolutiva (não necessariamente linear. Na verdade trata-se de uma árvore):

As comunidades ficam mais verticais, especializadas em determinados tipos de conteúdo. Aí poderíamos pensar: "bem, se já chegamos em áudio (Last.fm) e vídeo (YouTube), então encerramos boa parte das oportunidades". Ops... grave engano. A melhor parte começa agora!

Que tal uma ferramenta que nos permite criar ferramentas para criar comunidades? Ok. Ela nem é tão nova assim e, se não me falha a memória, já foi anunciada por aqui. Trata-se do Ning. Let me try again:

Que tal uma ferramenta que nos permite criar aplicações - sem exigir nenhum conhecimento de programação? Hmm... essa "idéia" é quase tão velha quanto o COBOL.



Mas na web? Aproveitando esse espírito de "conteúdo gerado de baixo para cima"?

É, o Coghead merece uma olhada. Inclusive entrar na fila para virar beta-tester. Quem sabe não tá aí a próxima aquisição da Google?





Surrupiei da Kathy Sierra (Creating Passionate Users) um desvio/complemento bem legal para minha (não programada) série "Contratando Gente Criativa". O artigo "Knocking the exuberance out of employees" é um tapanacara e, infelizmente, bastante verdadeiro.

Ela fala, por exemplo, pq os robôs são melhores empregados. Saca só:

  1. Eles não desafiam o status quo
  2. Não fazem perguntas desconcertantes
  3. São 100% obedientes
  4. Não precisam de dias "pessoais"...
  5. ... porque não têm uma vida pessoal
  6. Nunca fazem o chefe parecer estúpido (burrinho, incompetente etc)
  7. Se vestem e falam como você quer

Hehe. Nem traduzi a lista toda. O artigo (em inglês) merece ser lido por inteiro.


Se eu for esperar vender a marca Brasil para realizar negócios no exterior, eu me aposento e não consigo fazer isso.

- Hiraclis Nicolaidis Jr (Diretor de tecnologia da Politec)



Surrupiado de "A Certificação Resolve?", mesa-redonda promovida e bem documentada pela TI Inside.


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Google na Globo

12 outubro 2006

Ok, 12/out - 0:30. Não é hora de postar nada. Mas não resisti.

O Jornal da Globo começou com um editorial sobre a (empresa) Google. Tipo assim:

"A empresa de dois caras com 33 anos de idade tem menos de 10 anos de idade. Mas já vale US$100 bi. Virou notícia nesta semana pq adquiriu por US$1,6 bi uma empresinha de 2 caras com 29 anos de idade. A empresinha (YouTube) não tinha nem 2 anos de idade."

A Christiane Pelajo concluiu assim seu editorial:

"Pq q isso não acontece por aqui?"

Tchan tchan!! pfiu...

Enganaram a Pelajo: a matéria que veio na seqüência nem passou pela pergunta dela...

Sacanagem*...

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Ainda mais pq tive q ver de novo os gols do Lanus...


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Estupidez sem Limites

11 outubro 2006

"With this copy protection the film industry clearly overshot the mark, the premium customer who spent a lot of money on his multimedia home cinema and who, for quality reasons, would never even consider watching anything else but an original DVD, is being slapped in the face. These customers with their shelves stuffed with rightfully acquired DVDs, can't watch their videos."


Quem disse foi Giancarlo Bettini, CEO da SlySoft. Ele tá comentando o lançamento do Protect-DVD Video, um assombro. O cúmulo da inversão de valores que caracteriza o capitalismo do século XXI. Quer mais? Parece que o grande gênio por trás do 'Protector-tabajara' é o mesmo cara que há pouco tempo criava programinhas para burlar travas semelhantes. Maiores detalhes neste artigo da ZDNet.

Não lembro onde foi que eu vi, mas saca só esta tese: se os detentores de IP (Propriedade Intelectual) parassem de gastar tanta grana com mecanismos protetores (DRM e demais porcarias) e agentes defensores (advogados e demais @#$@$), o preço de seus produtos e serviços cairia, por baixo, cerca de 40%. Tenhamos fé. Um dia eles aprendem um cadinho de matemática e economia. Há luz no fim do túnel. Saca só o que disse uma executiva da Disney (por 2x escolhida a mulher mais importante de Hollywood):

"We understand now that piracy is a business model. It exists to serve a need in the market for consumers who want TV content on demand. Pirates compete the same way we do - through quality, price and availability. We we don't like the model but we realise it's competitive enough to make it a major competitor going forward."


Pena que ela ainda não entendeu tudo, como mostra o Cory Doctorow (Boing Boing): para ela conteúdo é tudo.

Cory:

"Conteúdo não é tudo. Se eu te mandar para uma ilha deserta e te der duas opções, levar seus amigos ou seus filmes, você levará seus amigos. Se vc escolher os filmes nós o chamaremos de sociopata. Prosa, bate-papo é tudo. Conteúdo é só algo sobre o qual vc conversa".



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É fazendo muita merda que se aduba a vida.

- Ricardo Pereira*



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* Que não deve ser o autor da frase, mas tem coragem de mantê-la como "mensagem pessoal" em seu MSN Messenger.


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Depois das minhas desventuras, aventuras e algumas vitórias - parcialmente narradas em "A Arte da Guerra dos Burros" - fiquei curioso. Afinal, quantos ataques, tentativas de ataques, contaminações e invasões de nossa privacidade acontecem? Resolvi contabilizar alguns 'grandes números', só na minha maquininha Graffiteira mesmo (que fica ligada e plugada em regime 6x24). Saca só:

  • São mais de 60000 tentativas de invasão por dia.
    [Bloqueadas pelo ZoneAlarm. Acabei de trocá-lo pelo Agnitum Outpost Firewall, que parece ser bem melhor]
  • Uma média de 50 spams diários.
    [Bloqueados pelo GMail, que agora utilizo como único leitor de email, inclusive de minhas contas POP]
  • Cerca de 20 spywares/adwares por semana.
    [Utilizo o Spybot]
  • Apenas 1 vírus detectado por semana.
    [Meu protetor é o AVG da Grisoft]

Não tenho dúvidas de que esses números mudam bastante de usuário para usuário. Dependem muito do tipo de uso que se faz do micro, dos sites que são visitados, das mensagens que são abertas etc etc. Estranhei o fato dos ataques menos freqüentes serem aqueles que mais merecem espaço na mídia.

Também não sei se é normal, mas nas últimas 12 horas só recebi tentativas de invasão na porta UDP (4672). Originadas em mais de 35000 endereços IP diferentes. Ignorância dá um certo frio na barriga, hehe.

Mas o fato é que com um monte de serviços e produtos 'free' (as in beer), há mais de 20 dias estou conseguindo trabalhar com uma certa tranquilidade. De novo. Até quando? Garanto que ninguém sabe.


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Seqüência (não programada) deste post. Este é um desvio (não previsto) da série "Gerenciando o Trabalho Criativo" que está sendo desenvolvida no Finito.



Hard skills - as habilidades técnicas de um candidato - são, teoricamente, de fácil avaliação. Eu escrevi na parte anterior que o candidato é dispensado de testes dependendo dos diplomas e certificações que ele apresentar. O que mais precisaria provar um desenvolvedor que tem, por exemplo, um certificado de 'Arquiteto Java' assinado pela Sun?

Se todos os passos anteriores foram realizados, "nada" é a resposta. O que não significa, como veremos logo abaixo, que a(o) cara já pode se considerar contratado. É importante deixar claro para o candidato que hard skills atestados são um "plus", mas não dão garantia nenhuma de admissão.

Mas vamos supor que o candidato em questão não é "certificado", ou não possui certificados ou diplomas suficientes. Suficientes para garantir que ele é indicado para determinado cargo. O cara escreveu no currículo seu Objetivo - se candidatou para aquela vaga. Tem empresa por aí que nem chama o cara para um bate-papo caso ele não tenha preencha alguns requisitos. Tem sua lógica, mas acho que as empresas que agem assim perdem belas oportunidades de conhecer gente interessante. Afinal, mesmo ciente das restrições aquela pessoa se candidatou para aquela vaga. Se o seu currículo atesta que ele já assumiu aquele perfil em outros projetos, por que eliminá-lo do processo seletivo? É outra infeliz idiotice de alguns deptos de RH que existem por aí.

Oras, se uma pessoa consegue assumir determinadas responsabilidades sem nunca ter recebido uma educação formal para aquilo, ela deveria merecer, no mínimo, um pouco de curiosidade. As empresas buscam cada vez mais profissionais que tenham boa capacidade de aprendizado. Mas ao mesmo tempo eliminam a possibilidade de contratar "auto-didatas de verdade"! Sei que é um aspecto um tanto polêmico dos processo de formação de equipes. Sei também que tem muito picareta por aí. Mas na nossa área (TI), que só agora ameaça algum tipo de formalização, algumas exigências são míopes. Ainda mais quando tratamos de projetos que vão exigir altas doses de criatividade - leia-se: capacidade de aprendizado e assimilação de informações.

Voltando ao ponto: nosso candidato diz ter certas 'habilidades duras' mas não apresentou nenhuma 'prova' (certificado ou diploma). Por desconfortável que seja, é recomendável que ele passe por um pequeno teste. Pequeno mesmo. Independente da disciplina, sabemos que 4 ou 5 questões bem formuladas são suficientes para garantir se um candidato domina ou não aquele tema. Se estou avaliando um Analista de Sistemas que deve dominar a linguagem UML, por exemplo, peço que ele desenvolva 2 ou 3 diagramas fundamentais a partir de um determinado problema/solução. Complemento o teste pedindo que ele corrija um diagrama de classes, diretamente relacionado com o problema tratado nos diagramas anteriormente desenvolvidos. Nada que alguém que saiba o que falou que sabe não faça em questão de 30 ou 60 minutos. Uso o mesmo modelo (4-5 questões inter-relacionadas) para todo tipo de teste: SQL, Java, .Net etc.

A primeira questão vale 1 ponto, a segunda 2 e assim por diante até 5. Portanto, cada questão representa um grau de dificuldade maior em relação à anterior. O candidato que não conseguir somar 10 pontos (de um total de 15), está com sérios problemas. Mas não pode ser automaticamente eliminado do processo de seleção. Devemos excluir apenas aqueles que não conseguiram somar 6 pontos. Alguma coisa muito errada aconteceu no processo de seleção dos currículos. Ou na sua elaboração, o que pode ser indicativo de algo ainda mais grave. Mas, neste momento, deixa de ser um problema nosso.

Vamos relembrar algumas coisas: no momento em que os testes são aplicados estão acontecendo, simultaneamente, uma dinâmica e uma série de entrevistas individuais. Como foi colocado na 2ª parte desta série, estamos lidando com algo entre 6 e 10 candidatos. A aplicação do teste não exige acompanhamento de ninguém. O candidato só precisa de uma sala, papel e caneta. Ops... podemos trocar papel e caneta por um micro. Sem prejuízo para o processo. Ops 2: desde que o micro não esteja conectado na Internet, né? Como sou um tanto jurássico, ainda prefiro papel e caneta.

Durante o processo (que é um tanto cansativo), é praticamente impossível tirar conclusões. Não pode ser nosso objetivo sair desta 'maratona' de avaliações com uma equipe formada. Como eu já coloquei anteriormente, o mais importante aqui é ouvir e observar. Ao final do processo devemos ter informações suficientes para apoiar nosso 3º e último "filtro". Na próxima semana a gente conversa sobre ele.


Eu Agarantcho

09 outubro 2006

Mr. Emerson and I discussed a variety of investment structures wherein Microsoft would 'backstop,' or guarantee in some way, BayStar's investment.... Microsoft assured me that it would in some way guarantee BayStar's investment in SCO.


A declaração aí em cima é do Larry Goldfarb, da BayStar. Xi... tb não se lembra do que se trata? Lembra quando a SCO, há pouco mais de 2 anos, desafiou o mundo Linux? Lembra que ela processou a Chrysler e outras empresas usuárias? Lembra que ela tá processando a IBM e vice-versa?

Então.. o caso segue na justiça. E o Sr Goldfarb resolveu contar um pouco mais do que ele sabe. Faço minhas as dúvidas registradas no Groklaw:

"Why ever would Microsoft guarantee BayStar's investment in SCO? What would be the business purpose here? What would Microsoft's benefit or payback be? What were they hoping for as the return on the investment? And why didn't they wish to invest directly? Pray do explain. Joke. Joke. Anyhow, after the investment was made, Goldfarb says, 'Microsoft stopped returning my phone calls and emails, and to the best of my knowledge, Mr. Emerson was fired from Microsoft.'"

Mr Emerson, assim como o Mr Anderson (Neo), realmente desapareceu na MS-Matrix. Bilhetinho azul. Pq sabia demais ou pq deu garantias de mais?

Outro Lado

A MS já se manifestou. Declarou que não sabe de nada, não viu nada do que foi relatado pelo Goldfarb.

Minha última dúvida: será que em país do 1º mundo também rola $$ em zorba-boxer??


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Tardou um cadinho, mas não falhou não. Acabaram de anunciar que o Google papou o YouTube pela bagatela de US$1,6 bi.

Tem uns 2 meses que muita gente "fixou" o preço. Tem uns 2 meses que muita gente diz que a aquisição do YouTube é uma furada. Uai? Direitos Autorais. Parece que tem muito bicho papão da grande mídia incomodado com o enorme sucesso do YouTube.

Mas ninguém estava tão incomodado quanto o Google. Tudo indica que eles não aceitarão ninguém jogando no seu campo (publicidade) com o placar favorável. O YouTube tava dando uma surra no Google Video. O Google tem pressa e nenhuma paciência com projetos de longa maturação. Resultado: compra o adversário. E que venham os bois da cara preta dos grandes estúdios. Tudo indica que o Google já tem uma resposta para eles. Devidamente guardada na carteira.


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OZZIE'S PLAN will take the company in the right direction. The question is how much progress it will manage to make. Microsoft is a giant corporation with 70,000 employees, and Ozzie is basically telling all of them to change how they think about their jobs. It's probably one of the hardest things Microsoft has ever attempted.

Imagine being an airline mechanic. You're accustomed to waiting for planes to roll into the hangar to be fixed. One day, someone tells you that from now on, you're going to have to maintain the planes while they're in the air. That's what Microsoft is facing. For most of its life, it rolled the Windows and Office planes into the hangar and retooled them. Now it needs to write software that can be maintained more easily on the fly. Once you turn on a service, like an online word processor, "it's on forever," one former Microsoftie says. "It doesn't ever go off. So when you add features or want to fix something, you have to do it while it's running. It changes your mindset in terms of what's possible and what's impossible."

- Fred Vogelstein (no artigo "Rebuilding MS", p/ a Wired)



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A figura central do artigo é Ray Ozzie, o inventor do Notes que está há 18 meses na MS. É o 'substituto' do Bill. O cara não precisava provar mais nada, mas topou encarar um dos dois maiores desafios gerenciais do século XXI: reconstruir a MS. (A outra luta inglória é a salvação do duo GM/Ford). Faço minhas as palavras do Cory Doctorow, do Boing Boing:

I know tons of really excellent 'Softies, solid nerds who do great work that they believe in. What's weird to me is how the collective output of all that great work by great people produces such lousy outcomes -- DRM-crippled OSes like Vista, stupid products like the Zune, grotendously complex apps like Office, and promising research projects that go nowhere, security holes that you can drive a truck through, and a browser that is more broken business-strategy than utility software...

Not to mention the naked jockeying to turn open standards into proprietary products, the blind worship of software patents (even as they're being shredded by them), the convulsive distaste for open source (years after David Stutz's blazing resignation letter in which he told the company exactly how to respond to open source) -- it's this kind of weird alchemy that turns great people doing great work into a kind of fumbling evil.

I sure hope Ray can do something for them -- if only for the sake of my friends in Redmond. It can't possibly be good for your soul to work hard and have nothing good come of it.

BlogBlogs.Com.Br

Cê já Vu

05 outubro 2006

Wow. Quando sugeri na última segunda (02/out) que a MS utilizasse uma técnica "Missão Impossível" para proteção de conteúdo digital eu não sabia, juro, eu não sabia que ela já tinha pensado nisso. No caso, para livrar o Vista dos ganchos inoxidáveis dos milhões de Capitães de Areia que existem mundo afora. Saca só:

O Vista sairá do forno com o WGA (Win Genuíííno Advantage) tatuado no kernel (aka Bornal). Ele e seu irmãozinho chamado Volume Activation 2.0! Pois bem...

... durante 30 dias o educado Vista te mostrará um 'countdown'. Bem "Missão Impossível" mesmo: "Faltam 11 dias, 14 horas, 37 minutos e 45 segundos para eu zangar sua experiência. Registra o Vista ou perca-me de vista!"

Bem, vamos supor que por algum motivo que vc não terá coragem de confessar, vc não fez o registro. Não ativou sua cópia do Vista. (Ahhh moleque... - hehe. Se o Vista fosse tupiniquim ele falaria assim: "Ahhh moleque...").

Neste exato momento todos aqueles badulaques legais (a interface Aero e até o Windows Defender!!!!) serão desativados!!! Vc ficará limitado a uma versão Windows para ladrões de galinhas!!! Podadinho, podadinho. Mas, espere. Tem mais! Depois de uma hora ele também desativará sua conexão com a Internet... Pode?? Duvida?? Não inventei nada não. É a Mary Jo super-insider-MS quem tá falando.

Ai que saudades dos tempos em que a Lotus fazia um buraquinho nos disquetes...




De novo: não defendo pirataria e a MS pode fazer o q quiser com seus produtos. É um direito dela. E também usa-os quem quer. O problema é que o WGA não funciona direito!! E tá desagradando muitos fregueses.


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So the consultants, now having lost their primary customer, were at a bar one day, and one of them (named L. Ron Hubbard) said: "This nickel-a-line-of-code gig is lame. You know where the real money is at? You start your own religion." And that's how both Extreme Programming and Scientology were born.

- Steve Yegge





Trecho surrupiado d'um artigo (Good Agile, Bad Agile) pra lá de graffiare (provocante), esclarecedor e relevador. Mais sobre ele (o artigo) em breve.


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graffiare #351

04 outubro 2006






Protesto civilizado em país civilizado é outra coisa, né? Acima alguns exemplos do que uns caras muito LEGAIS fizeram numa loja do Wal Mart. Nesta página do Flickr tem várias outras demonstrações do que foi o Dia Internacional de Combate ao DRM.

Como aqui em Vga-MG não tem Wal Mart, FNAC e afin$, nem ninguém vendendo zunes e i(não)pods e melecas afin$, eu não tinha o que fazer na rua. A única coisa jóia é que meu lamento aqui foi capturado e linkado no blog da MacMagazine. Tks Nelson Biagio Jr.


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Defeituosos por Natureza

03 outubro 2006



Hoje é o Dia Internacional de Combate ao DRM. A tchurma tá colocando nesta área do Flickr algumas fotos, quase em tempo real. A mídia tradicional não vai noticiar nada a respeito, é claro. DRM é uma ferramentinha que eles usam ou esperam usar. Então...

Pouquíssimos se manifestarão. Nas esquinas do terceiro mundo então... quase ninguém.

Ninguém liga? Não, quase ninguém sabe do que se trata.

É triste, pq se trata de algo que afeta tudo na vida digital de todos. Esta página, em português, esclarece todos os pontos. Se vc ficou preocupado, divulgue-a.

O 'R' de DRM significa Direitos (Rights). Quem inventou essa aberração preocupou-se exclusivamente com os 'direitos' de alguns grandes conglomerados. Gravadoras, estúdios de cinema, produtoras de software e grupos de mídia. Os fregueses foram sumariamente ignorados. Os 'direitos' que eles defendem, de maneira totalmente arbitrária (via DRM), fere vários de nossos direitos como consumidores e, pior ainda, como cidadãos livres. Saca só:


Alguns dos direitos afetados pelos DRMs são:

O direito de ler e ao livre acesso à cultura: os DRMs permitem que um terceiro conheça tudo que vemos, escutamos, lemos e expressamos, e possa monitorar, controlar e até impedir que o façamos.

O direito à privacidade: Para decidir se outorgam ou não acesso a cada obra, estes sistemas precisam vigiar-nos. Dessa forma, um terceiro terá informação sobre o quê, como e quando lemos, ouvimos música, escutamos rádio, vemos filmes e acessamos qualquer conteúdo digital.

O direito de realizar cópias em casos particulares: Várias legislações de direito autoral reconhecem o direito das pessoas de efetuar cópias das obras para uso privado. Isto inclui a possibilidade de realizar cópias de segurança, cópias para acessar em diferentes dispositivos e até cópias para compartilhar com pessoas de relacionamento próximo, sempre sob a condição de que não impliquem transações comerciais. Estes direitos são impedidos completamente com a implementação de DRM.

A realização de obras derivadas: a realização de obras derivadas é um processo comum na criação cultural. Muitas obras são trabalhos derivados de obras anteriores. Isto inclui traduções, realização de remixes e outras formas de expressão. Estas ações básicas da produção cultural se tornam impossíveis frente a DRM.

A crítica e o comentário público, incluindo o direito à livre expressão, em particular por parte de jornalistas: Quem trabalha em crítica literária, cinematográfica, musical e até política utiliza o recurso da citação para comentar obras publicadas. O sistema de DRM impõe travas técnicas a esta possibilidade, com a conseqüência direta de pôr ferrolhos técnicos à liberdade de expressão.

O "fair use" e as exceções ao direito autoral: Esta expressão comum para a jurisprudência norte-americana é outra das vítimas da aplicação de DRM. Em muitos casos, as leis de direitos de autor fixam exceções para o âmbito educativo ou para pessoas com alguma incapacidade que precisem realizar cópias de obras para poder acessá-las (como traduções para Braille ou a utilização de áudio-livros). Estes recursos ficam eliminados com os sistemas de DRM.

O domínio público: As restrições técnicas de acesso não têm data de vencimento. Portanto, quando as obras entrem em domínio público, as restrições permanecerão, vedando o acesso e a cópia de materiais que legalmente poderiam ser copiados. O mesmo ocorre com obras que já estejam em domínio público e que se tornam inacessíveis para as pessoas quando algum provedor de conteúdo as distribui sob um sistema de DRM.

A presunção de inocência: As medidas técnicas de restrição de acesso e cópia declaram o cidadão culpado antes de que se prove o contrário, privando-o de uma série de direitos de forma preventiva, sem que se haja cometido qualquer delito. Por outro lado, o desenvolvimento e utilização de mecanismos para inibir os DRMs se converte em um crime ainda que se realize para fins de investigação ou para acessar um conteúdo que se tenha adquirido legalmente, ainda que não se viole qualquer direito autoral.

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Um dia um alto executivo da Disney disse que se descobríssemos o que representa o DRM, eles teriam falhado. Tá na hora da gente descobrir e agir! Algumas sugestões:

  • Não compre músicas ou vídeos protegidos por DRM, seja no iTunes, no UOL ou qq outra loja virtual.
  • Não compre CD's "protegidos" contra cópias. Mesmo que seja facílimo driblar a tal 'proteção'.
  • Não compre aparelhos 'equipados' com DRM.
  • Não baixe o Windows Media Player versão 11. Aliás, pare de utilizar qq versão dessa droga. Existem vários players mais educados e bem melhores por aí. Procure um que seja LIVRE.



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F...d By MS and DRM

02 outubro 2006



Cuidado com o presente que você pedirá para Papai Noel. Seja Zune, Seja iPod.
Cuidado com o upgrade do Win Media Player. Dizem as boas línguas que ele é o cúmulo da ignorância, um Robin Hood do mal: rouba-lhe inclusive os direitos sobre músicas que você comprou (legalmente)!!

Amanhã (3/out) é Dia Internacional de Combate ao DRM. Na verdade vc não precisa combater nada. Basta não ser idiota o suficiente para comprar (ou baixar) coisas que detonam seus direitos.


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It is clear to us that development will only be ensured if there is a balance between intellectual property rights and obligations and the public interest, as had been highlighted by the Ambassador of Argentina, on behalf of the Group of Friends of Development. If such balance is lost we will violate the nature of knowledge itself: we should never forget Thomas Jefferson's words, according to which there would not be any one thing less susceptible than all others of exclusive property than ideas, whose sharing does not necessarily harm anyone....

- Gilberto Gil (discurso na WIPO)



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Deu na ZDNet:

"When it comes to keeping its digital rights management (DRM) technology for preventing content piracy from getting hacked, Microsoft's technological options appear to be limited. Now, shortly after hackers cracked Microsoft's code for the second time (a fix still does not exist), the software giant is suing the developers of FairUse4WM, the 'leading utilty' for stripping content of any Microsoft DRM. This will be an interesting test case, since the hackers aren’t being accused of pirating content. They’re being sued for creating the tools that enable piracy. Are legal options the last resort to protecting software-based DRM?"

Eu já falei: a única solução técnica para o problema que a MS tá tentando resolver (PEC - Proteção Estúpida de Conteúdo) é aquela utilizada em "Missão Impossível":

"Esta música (ou filme ou qq coisa) se auto-destruirá em 10 segundos..."

Compra. Escuta. Explode. Compra de novo... (ou não, afinal as musiquinhas de hj são tão descartáveis mesmo...).


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