Acho que há uns 2 anos eu reportei aqui: algumas grandes empresas européias, com filiais em solo tupiniquim, não renovaram o SA (Software Assurance) - um contrato com garantia de atualizações de software da MS. Principal razão: "pago 25% do valor do software por ano. Se o ciclo de atualizações da MS é de 4 anos, qual a vantagem?". Com um certo atraso, outras empresas começaram a reparar o pequeno dreno de recursos. Segundo o Gartner, algo entre 40% e 50% das empresas não estão renovando o SA. Problemas para a MS?

Que nada, a solução ballmerniana é sempre muito simples: o SA se tornará obrigatório!?!?

É o tipo de solução bem típica de um monopólio. Assim como outras, citadas no artigo da ComputerWeekly. Tipo: tornar algumas features exclusivas para assinantes do SA. A MS quer garantir suas "receitas recorrentes" - fluxo contínuo e ininterrupto de muito $$.

A raiz do problema - o ciclo de atualizações - segue intocada. Tanto que o Windows Se7en está programado para 2010. Como nada mudou (com exceção da aposentadoria do Jim das Selvas), esperem o bichinho para 2011.

Primeiro a Sun e depois a Canonical (Ubuntu) mostraram que é possível manter um ciclo fixo de atualizações. Em ambos os casos, 6 meses. Mas a MS está confortável demais pra se preocupar com algo tão bobo.