Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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Tempo

29 setembro 2007

Há muito tempo prometi aqui no Graffiti comentar sobre produtividade em Sampa. Falava então (sorry, não vou vasculhar o arquivo para achar a postagem original - Tô com preguiça) que a hora (60 minutos) aqui no Sul das Geraes vale muito mais que a hora de Sampa. Claro, em Sampa perde-se muito tempo (trânsito e afins). Mas não é só isso.

Ontem eu fiz uma maratona entre a Rua dos Pinheiros, Ana Rosa, Paulista e Vila Olímpia. Um total de 4 reuniões e 1 palestra. Trampo que rolou direto, das 9 até 21 horas. Em todos os compromissos cheguei com, no mínimo, uns 10 minutos de antecedência. Tive reunião de 20 minutos. Outra de hora e meia. Mas nada fugiu do planejado. Não tô (ou até estou) fazendo propaganda do meu planejamento. Mas eu queria era reclamar d'um terrível e nocivo hábito paulistano: a falta de respeito pelo tempo alheio.

Trânsito e afins viraram desculpas e agora viraram hábito: há pouco respeito pelo tempo dos outros. Caramba, TEMPO é a moeda mais cara dos dias de hoje. Não se recupera um minuto perdido. Grana você até recupera. TEMPO, nunca!

Na cola do hábito, marcam eventos às 9hs, por exemplo, com a expectativa de que ele comece "pontualmente" às 9h30. 30 minutos jogados no lixo! Dependendo do profissional, estamos falando de quase uma centena de reais. Dependendo da platéia da reunião, estamos falando de milhares de reais. E daí? A impressão é que muita gente não liga para isso.

Sem medo de errar: Sampa joga fora uma fortuna todo dia.

Mas o problema piora quando o hábito escorre para outras coisas. Projetos, por exemplo. É engraçado aquele cliente que exige o cumprimento do cronograma mas nunca chega na hora da reunião. É ridículo aquele coordenador que cobra entregas mas nunca consegue realizar uma reunião com horário e duração programados.

Só reclamo porque me preocupo: a coisa virou hábito. E hábitos não são eliminados com muita facilidade...

SOA e os cágados míopes

26 setembro 2007

Parece que esse é o único tipo de notícia sobre SOA (Arquitetura Orientada a Serviços) que pinta nos últimos 2 anos e tanto. Claro, além daqueles "maravilhosos" press-releases. Ah, li outro dia que quem mais sabota iniciativas SOA são os próprios departamentos de TI. Razão? Medo...

Não vejo outra origem para a longevidade dos quatro mitos citados por Joe McKendrick (a saber, se vc não foi no artigo: Web Services, Tecnologia, Custos e Registry): tudo a ver com os (cágados míopes) deptos de TI. Acho que desde o primeiro artigo publicado na face da terra sobre SOA o alerta é o mesmo: SOA é diferente de web services... Adianta? patavina nenhuma... Adianta falar que tecnologia é a peça menos relevante da proposta? necas... Só com esses 2 mitos fica fácil entender o terceiro: Custos!

Mas os deptos de TI não podem levar a culpa sozinhos. Alguns fornecedores ajudam muito na (manutenção) da confusão. Razão? Medo... e um tanto de ignorância também.

graffiare #441

25 setembro 2007



Taí, o dia que der tempo (e $) vou ter um case assim. Com uma pequena adaptação: vou usar o treco que gela água para gelar um choppinho.

Fina Arte

24 setembro 2007

Na última sexta, em um grupo de discussão, encerrei um comentário falando que [uma coisa*] fazia parte da "fina arte do gerenciamento de projetos". Não sei porque, naquele momento, decorei a frase com a "fina arte". Nunca tinha usado o termo. Para falar a verdade, ficaria com os 2 pés atrás quando a visse. Desconfio muito quando um programador, por exemplo, fala que programação é uma arte. É que em 90% das vezes não é. É só trabalho técnico (e repetitivo, quando ferramentas e processos são arcaicos). Mas sobram 10%...

E [*aquela coisa] era sobre arte ou, para ser mais preciso, sobre a "administração da tensão criativa": Dois ou mais integrantes da equipe entram em um tipo de duelo, competindo mesmo, para criar a "melhor solução possível". Eles estão criando. É um tipo de arte. Então, administrar esse processo criativo também deve ser. Afinal o coordenador cria junto, sabendo perguntar e intermediar. Mais: sabendo extrair o melhor da equipe. Aquele papo de que o conjunto deve ter um valor maior que a soma dos indivíduos. É algo dificílimo. Uma "fina arte"?

Acho que seguirei desconfiando. Quando conheci o livro do Scott Berkun, "The Art of Project Management", quase passei direto. Só por causa do título. Só não o ignorei por causa das indicações. Sorte minha. Mas agora, sabe-se lá a razão, uma nova edição do livro sairá com outro título. Será por causa da "arte" no título? Pode ser...



Seguindo com mashups de áreas, gosto de aprender sobre gerenciamento em outras áreas, particularmente no cinema. Na primeira versão do Graffiti, por exemplo, cheguei a falar que Alfred Hitchcock foi o melhor coordenador de projetos de todos os tempos. Qualquer dia explico minha conclusão. Agora só queria passar uma dica: o Fernando Meirelles, um dos diretores de "Cidade de Deus", está filmando "Ensaio sobre a Cegueira", de José Saramago. Sorte nossa: Fernando criou um blog para documentar todo o projeto. Bela e agradável fonte de conhecimentos. Mais: fonte de inspiração! Vale a pena, mesmo que você considere esse papo sobre "arte" uma bullshitagenzinha.

Ele também não costuma fazer parte dos planos estratégicos de empresas míopes. Por isso, com um certo (e merecido) chororô, a prensa estadunidense vai dizendo "bye bye" para a SCO.

David Berlind, da ZDNet, brincou com "SEs": SE a SCO não caisse no conto da IP (Propriedade Intelectual); SE a SCO, ao invés de brigar com o Linux, tivesse aproveitado a onda; SE a SCO e a Canonical (Ubuntu) tivessem trabalhado juntas.. Como eu disse, "SE" não joga. E o Berlind omitiu o principal "SE": SE a SCO não tivesse aceitado aquela grana da MS...

Mas, de uma forma até meio melancólica, a SCO se vai. Muitos que trupicam aqui no Graffiti não têm a menor idéia de quem foi a SCO (antigamente, Santa Cruz Operation). Lá em meados dos anos 80 ela tinha o melhor Unix para a plataforma Intel. Representava, sem dúvida, a melhor alternativa de SO para plataforma baixa. A Novell até arriscou um rival de respeito, o Unixware, mas também não soube brigar.

Foi uma época de grandes decisões, como a que vivemos agora. A MS tinha o DOS e uma sacanagem na manga (driblar a IBM - de novo!). A IBM tinha o OS/2 e muita ingenuidade. A Novell tinha o Netware e nenhuma visão. A SCO, sem a grana das outras, tinha um produto muito promissor. Era multiusuário e multitarefa de verdade, rodava em máquinas menos parrudas, se integrava sem muita dor com plataformas superiores (leia-se mainframe e supermicros - equipamentos de médio porte dotados de CPU's Motorola (mesma linha que equipou os Macs por um bom tempo) e variações do Unix). Aí a MS usou aquela carta que tava na manga... o resto da história todo mundo sabe.

No meio do resto da história que todo mundo sabe, a SCO negou seu passado de inovação e aceitou virar uma laranja californiana. Cheia de agrotóxicos. Era de se esperar que ela despencasse do pé. Bem podre.

Apple, Mon Amour!!

19 setembro 2007

Confesso, sou infiel. Melhor, virei polígamo. Depois de três anos destilando minhas juras de amor - tag: ms_mon_amour - resolvi "me juntar" com outra "parceira": Apple. Minha maçã do amor! Decisão difícil.

Afinal, não foram poucas as vezes que derramei elogios para a empresa de Cupertino. Sigo achando a Apple o melhor exemplo de inovação em TI. Seguirei babando pelo design de seus produtos. Mas não aguento mais as práticas arrogantes e imbecis dos caras.

Quando era só uma questão de DRM, até que tudo bem. Todo mundo erra. Jobs até confessou que se tratava d'uma bela cagada. Mas não fez muito para nos livrar daquele mal. Tudo bem.. relevei.

Chamei o cara de mentiroso, mas bastou ver o iPod Touch para esquecer. Já tava até preparando a encomenda: seria meu presente de aniversário.

Até que o Cory nos contou que os novos iPods não podem se relacionar com meu querido Amarok. Aliás, não funcionarão em nada no Linux. Nasceram com a missão de espalhar ainda mais o tal iTunes.

Eu sei, é o tipo de bobeirinha que logo será driblada por hackers mais espertos. Outra bobeirinha insana. Mais grana no ralo. Mas a questão não é essa.

Não dou um centavo meu para qq empresa que não me deixe usar seus produtos com liberdade. Não dou um mísero centavo para qq empresa que force vendas casadas. Enfim, não torro 1/2 pataca em empresas de 1/2 tigela que não respeitam sua única razão de exitir: o freguês.

Portanto, amada Apple, a partir de hoje és minha nova cônjuge. Apple, mon amour!

Pé Torto

18 setembro 2007

Haha... me divirto muito com meus chutes desengonçados. Lembram quando comentei sobre os novos lançamentos da Apple - sobre a provável motivação dela para um lançamento tão antecipado? Então.. lá eu coloquei fichas na Sony (40%) e numa eventual nova linha da Apple (a ser lançada em novembro: 20%). Mas também cravei boa parte das fichas na Nokia, "que sabe inovar e gastar dinheiro".

Então: a Nokia acaba de anunciar o "desejo" de comprar a Enpocket, uma empresa de Boston especializada em propaganda em dispositivos móveis. Quando ninguém é de ninguém, todo mundo pode comer todo mundo, certo? Boatos inventaram (?) o Google Phone. Money$ coloca a Nokia no mercado da Google. Quem curte xadrez (o jogo) deve adorar esses movimentos. Peões movidos com inteligência ímpar.

E o próximo lance, será de quem? Google ou Apple?



Ah, o jogo do tabuleiro ao lado (MS >> RIM) foi adiado. Faltou cadeira para os players...

Quando você começa a desconfiar do futuro da sua empresa? Existem vários sinais: o caixa, o valor das ações, o volume de reclamações no Procon...

Sinais fracos, né? O primeiro só o dono e o CFO conhecem. O segundo pode ser mentiroso. E como é! E o terceiro então... se valesse alguma coisa, os bancos não seriam o negócio mais lucrativo de Pindorama...

Mas vamos supor que você esteja muito preocupado com o futuro da empresa que paga teu salário. Como saber quando ela "tá maus"? Olha, tem um sinalzinho que é imbatível:



Quando ela contrata um guru! O presságio é muito ruim se o objetivo do guru é "motivar" peão. Mas é ainda pior quando o guru chega falando que "survivors underperform". E se ainda pintar um slide falando que não há "última palavra"... atualize teu currículo meu irmão!

Ah, o slide acima é do guru dos gurus, Tom Peters. É da palestra que ele ministrou na MS no último dia 13...

Para quem não sabe, é assim que o Graffiti tira o atraso: com rapidinhas. Vamos lá (a semana até que foi razoável):

Torço para não ter entendido nada mas, se entendi direito, o WU (Windows Update) fuça na sua máquina independente de sua vontade. Mais trampo para a área que mais trabalha em Redmond: Relações Públicas. "A gente entende que precisa ser mais transparente". Hehe.. Nunca na atual administração. Transparência quebraria a firma do Bill.

Por falar em quebradeira, o parceiro-tácito acaba de pedir um tipo de concordata. Abandonado, surrado, desprezado, humilhado e agora quebrado. Parece a história do Timão com a MSI. Mudam os atores, mas o enredo é idêntico! Tomara que, pelo menos aqui, alguém pare na cadeia.

Outro parceiro-tácito anda prestando excelentes serviços para a MS. Quero crer que seja sem querer, mas a Dell tá ferrando com o Ubuntu. Queimei a língua. Mas seguirei insistindo no modelo: só a distribuição em massa (promovida por um SÉRIO vendedor de ferro), pode levar o Linux para outro patamar (comercial). Lenovo? HP? Positivo e CCE? hmm...

A Sun tá fora - virou parceiro-explícito! Imagina, a Sun vendendo Windows! Outro engano meu: juro que um dia acreditei que o Schwartz era sério. Dá um belo tiro no pé e desagrada toda a comunidade Solaris (que, pensando bem, não é lá essas coisas).

Casório mais estranho é aquele da Google com a Cap Gemini. Os últimos, não tem muito tempo, treinavam parceiros-explícitos da MS. Traição pequena é bobagem: agora ajudam a Google a vender um "complemento do Office". Quem caiu no papo do "complemento" não entendeu nada. A MS entendeu.

Agora pegando leve, para relaxar e encerrar. E aqui passo a bola para as meninas, imbatíveis. A blogosfera tupiniquim tem duas feras. Viciei no Favoritos, da Luiza Voll. Funciona melhor que o StumbleUpon! Apesar daqueles posts bem "clube da Luluzinha". E a coleguinha Lu Schmoeler, do Blog.MacMagazine, deu uma agradável aula sobre o símbolo da Apple. Provas definitivas de que aquela campanha do Estadão (contra blogs e blogueiros) já pode ser considerada a maior varada n'água de 2007!

graffiare #440

13 setembro 2007

Provocação (graffiare) para este post, de Seth Godin:

Organizing the world's information is a laudable goal.
But we're only an inch down the road.

Seth fala dos mecanismos de busca, e sua ineficácia quando queremos fazer buscas "horizontais" - alternativas, sugestões, conjuntos lógicos. Seth não fala sobre a principal barreira para a implementação de buscas mais ricas: nossas informações são burras. Elas não se conhecem e não se explicam. Sim, estou (de novo!) falando de meta-dados, web semântica e afins. E o Seth acertou no diagnóstico: caminhamos só alguns centímetros nesta estrada de milhares de quilômetros.

Geralmente sou um otimista mas, neste caso, nada abala meu ceticismo. Vou dar alguns exemplos práticos:
  • Quando você ripa um CD, ele busca informações (nome da música, artista, álbum, ano...) em uma base de dados disponível na Web (CDDB, FreeDB...). Não raro, alguma informação vem incorreta. Na realidade, o próprio modelo do banco é falho (discos duplos são um pesadelo que, pelo que eu saiba, só o Amarok soube resolver). Estatística pessoal: de cada 10 CD's que ripo, uns 4 demandam correção de tags.
  • Músicas baixadas então, são um show de desinformação (particularmente aquelas compartilhadas por tupiniquins). Não raro, não há nenhuma tag preenchida.
  • Gosto do exemplo das músicas porque é o tipo de mídia que mais circula na Internet. Se as tags não estão legais, seu iPod ou qualquer media player fica, literalmente, perdidinho. E você também. Mostro o que estou ouvindo até aqui no Graffiti. O "dedo-duro" é a last.fm. Se as tags estão erradas, o serviço simplesmente recusa a faixa enviada. Mas vamos sair das músicas.
  • O MS Office e seu irmão legal, o OpenOffice, permitem a colocação de tags em todos os documentos. Chute: nem 5% dos usuários utilizam o recurso. Então, quando fazemos uma busca por determinado tipo de conteúdo, o mecanismo tem que ralar olhando "dentro" do documento.
  • 5% é um número otimista. Se 5% de todo o conteúdo disponibilizado na web estivesse devidamente classificado, já teríamos algumas buscas mais ricas.
  • Como eu disse em outra oportunidade, nunca haverá um esforço estruturado para "organizar" a web. A coisa acontecerá "de baixo para cima", de forma totalmente voluntária. Del.icio.us, Flickr, YouTube e outros serviços são os melhores exemplos.
  • Mas, saca só minha "nuvem de tags". Mesmo o chato e sistemático aqui conseguiu fazer uma bela zona. Tags são abandonadas. Algumas têm uma grafia só entendida pelo seu autor. Como é algo orgânico (humano) e totalmente livre, eu nunca terei uma "nuvem perfeita".
  • O que não será necessariamente um problema, no dia em que TODO MUNDO tiver sua "nuvem de tags". As ligações entre páginas e tags serão a principal variável dos mecanismos de buscas. Mas quanto TODO MUNDO terá sua "nuvem"?
  • As maiores interessadas deveriam ser as empresas. Alguém aí conhece alguma que tenha seu "del.icio.us" particular?
  • Sem um rico catálogo de meta-dados, falar em business intelligence, data mining e afins, é tão esperançoso quanto querer ganhar o mundial de Fórmula 1 com a Honda e o Rubinho.
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Encerrei o post e pintou uma dúvida: por que o Google não gosta de tags? Uma suspeita: num mundo de informações "organizadinhas", o Google perde muito de seu apelo. Ou seja, a bagunça lhe interessa.

Vingança

09 setembro 2007

Surrupiado integralmente da coluna do Elio Gaspari de hoje, na Folha.

Chegou a hora da desforra para as pessoas que navegam na internet e são submetidas à tortura de anúncios coloridos que estouram nos seus monitores, incomodando a visualização e dificultando a leitura das páginas. Um programa chamado "AdBlock Plus", capaz de bloquear ou filtrar anúncios está se propagando à razão de 300 mil novos usuários por mês. É grátis, mas só funciona no navegador Firefox. Parece impossível que venha a aparecer uma versão do bloqueador para o Explorer.

A propagação de um bloqueador de anúncios pode mudar o mercado da internet. Para pior, porque serviços como o do Google só existem porque há anunciantes que pagam para entrar na telinha das pessoas. Para melhor, porque ensinarão os publicitários a respeitar suas vítimas.

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Breves comentários:
  • Quem usa o Firefox, há tempos conhece os bloqueadores de anúncios. Não é novidade. Novo é o destaque dado pelo Gaspari, que é publicado em meios de grande circulação (sua coluna sai na Folha e no Globo).
  • Articulista que presta é bom no que explica e no que deixa de explicar. Saca só a última frase do primeiro parágrafo. Sacou?
  • Mas o Gaspari é um otimista. O mercado não mudará por causa dos bloqueadores. Talvez em 10 anos. Gaspari confia em um tipo de aprendizado que é muito lento. Vide seu bloqueador de spams. As mensagens indesejadas sumiram? Ou aumentaram?
  • Nossas cidades ainda têm "carros volantes" (aqueles municiados com pobres e estridentes auto-falantes - "olha a pamonha!!"). Lojas daqui e das periferias dos grandes centros também gostam de intrusivos auto-falantes (e sons de péssimo gosto). É o mesmo tipo de invasão, de "forçação" de barra. Publicidade mal educada. Realizada por gente que custa a aprender. Demora mais porque tem muita gente que "compra", né?
  • Sorte dos que não "compram" que inventaram o Firefox e os ad-blocks!

graffiare #439

06 setembro 2007

A focus on replicating what Microsoft or others are doing and putting it in a browser isn’t Office 2.0. That’s the wrong vision. The key is innovation and doing it differently, redefining the work experience. The reason I use spreadsheets from Google is not because of advanced features but because I can create easily and share it.

- Danny Kolke (na "Office 2.0 Conference")

O título é uma homenagem ao novo xodó da Fiel, o Nilton, que acertou aquele chute acachapante contra o Santos. O post é sobre chutes (alguns óbvios, outros nem tanto).

Graffiti, 4/set:
"Amanhã a Apple lançará um iPhone sem phone, ou seja, um iPod com a cara (e a tela widescreen) do iPhone. Um iPod sem os problemas (leia-se AT&T) do iPhone."

ZDNet, 5/set:
"What’s the biggest hangup with the iPhone? The AT&T network that comes with it. The fix: Give customers everything but the phone part."

Como eu disse ontem mesmo, esse aí foi fácil. O movimento da Apple era um tanto lógico. Menos óbvio será o desdobramento. Neste ponto meu post difere daquele da ZDNet. Eles apostam que o novo iPod Touch vai "canibalizar" o mercado do iPhone. Eu acho que nem tanto.

Por enquanto, de certo, só uma coisa: nunca os "early adopters" foram sacaneados em tempo tão curto. Pouco mais de 2 meses (o iPhone foi lançado em 29/jun) depois, a Apple cortou até US$ 200 nos preços dos aparelhinhos. Estavam mais que certos aqueles que "descobriram" que a margem de lucro do iPhone batia os 50%.

Mas fica uma dúvida: por que a Apple não adiou o lançamento da nova linha de iPods e, consequentemente, o corte nos preços do iPhone? Início de novembro, época de lançamentos natalinos, seria uma data mais lógica. Por que agora? Espaço para mais chutes. E, vocês devem ter reparado, adoro chutes.

Ameaça da MS não é. Tanto que a empresa de Redmond se viu obrigada a baixar os preços do Zune. Aliás, por falar na penúltima varada n'água da firma do Bill, é imperdível a opinião do Steve "fake" Ballmer sobre os novos iPods.

Seria da Google? Pouco provável. Se o G-Phone aparecer um dia, será num dia de 2008.

Sobram Nokia e Motorola, fora outros players menos relevantes. Vantagem para a primeira, que sabe inovar e gastar dinheiro. Mas eu não colocaria minhas fichas nela. Não todas.. 40% eu ainda reservaria para a Sony, apesar de todas as varadas da empresa japonesa nos últimos tempos.

Mas existe um outro chute, razoavelmente lógico: entre novembro e dezembro, a Apple apresentará mais novidades. Coloco 20% das minhas fichas aqui.

2ª Imagem da (curta) Semana

05 setembro 2007


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Bidu! Tava muito fácil acertar essa. Mas, mesmo assim, quando o adivinhão dá uma espiada nos bichinhos, sempre rola um espanto e um sorriso de satisfação. Como esses caras são bons de design, né?



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Quer saber mais? Então vai direto na fonte (Blog.MacMagazine, é claro):

Em tempos de convergência de tudo com quase tudo, quem antes parecia tão distante quanto Varginha é de Timbuktu, pode estar em rota de colisão. Ganha força o papo sobre o G-Phone, o celular da Google. Brigará pelo mesmo mercado com a Apple, mas com um modelo de negócios muito diferente. Digo, se for verdadeiro o papo. A Google não fará dinheiro com o aparelho. Periga que ele seja distribuído de graça. Por isso não importa se ele é "a cara do Blackberry".

Aliás, quem tem que ficar preocupada com isso é a MS que, dizem as lavadeiras, estaria interessada na RIM (Blackberry). Cadeiras planando em Redmond: "Caramba! Basta a gente querer ganhar dinheiro com alguma coisa e esses caras aparecem de novo, dando tudo 'de graça'!?!?!" (sic). Como eu disse: quem tinha que ganhar dinheiro com a RIM já ganhou. Em se confirmando a entrada da Google no mercado de telefonia celular, o destino da RIM é ladeira abaixo. Ladeira encharcada de azeite de dendê...

Mas a Apple conhece os riscos. Quem tem um plano sempre antecipa riscos. Quem tem um (BOM) plano parece imune a riscos. Amanhã a Apple lançará um iPhone sem phone, ou seja, um iPod com a cara (e a tela widescreen) do iPhone. Um iPod sem os problemas (leia-se AT&T) do iPhone. Autofagia? Que nada. Ela já vendeu 1 milhão de iPhones. Agora reposiciona sua linha de áudio e vídeo. Não sem cruzar o caminho da Google novamente.

Acontece que a 6ª geração de iPods deve confirmar uma tendência: a Web de bolso. Esqueça os números do iPhone, Blackberry, Palm e afins. A Apple começa agora a pisar um terreno habitado por centenas de milhões de usuários. É claro que a Google não quer ficar de fora.

Amanhã a confirmação do novo iPod. Será que, ainda assim, a MS insistirá em divulgar sua "revolucionária" suite Live?

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Vocês se lembram daqueles engraçados mixes de animais? Tipo, hipopótamo com galinha, ganso com jacaré. Onde saía mesmo? Bom, não me lembro. Mas que bicho dá o mix de cágado com centopéia?



Surrupiado daqui.

Hard work is where our job security, our financial profit, and our future joy lie.

It's hard work to make difficult emotional decisions, such as quitting a job and setting out on your own. It's hard work to invent a new system, service, or process that's remarkable. It's hard work to tell your boss that he's being intellectually and emotionally lazy. It's easier to stand by and watch the company fade into oblivion. It's hard work to tell senior management to abandon something that it has been doing for a long time in favor of a new and apparently risky alternative. It's hard work to make good decisions with less than all of the data.

- Seth Godin ("Labor Day")



Seqüência de "Sobre Trabalho e Produtividade".

Ontem os EUA comemoraram o dia do trabalho. Seth Godin festejou o feriado com um post pra lá de provocador. Vale mais que uma pilha daqueles livros de auto-ajuda que tentam ensinar que "o segredo é trabalhar menos". Aqui no Sul das Geraes também rola um dito popular um tanto perigoso: "Quem trabalha demais não tem tempo pra ganhar dinheiro". O Seth tá falando exatamente sobre isso: qual o seu conceito de 'hard work' ou 'long work'?

Você rala mais de 12 horas por dia e não vê o fruto de seu trabalho?

Não estás só. Deu hoje no 'Bom Dia Brasil' o resultado de um estudo da Organização Mundial do Trabalho: "A produtividade do trabalhador brasileiro é baixíssima - empata com Uganda!". Enquanto um ralador estadunidense gera US$65k/ano, o tupiniquim produz só US$14k/ano.

Achas que um assunto não tem nada a ver com o outro? Pensa bem...

Por onde andamos, de um shopping até um boteco, passando por bancos e repartições públicas, vemos pessoas "trampando por obrigação", que não fazem a menor questão de esconder sua insatisfação em estar ali. Este é só um dos exemplos que comprovam nossa pobre produtividade.

Outro exemplo bem visível, particularmente em nossa área, são aquelas pessoas que ralam mais de 12 horas por dia, tentando tirar atrasos de projetos, tentando fazer em 2 dias o que não fizeram em 20...

Ou seja: não é que a gente trabalhe pouco. A gente trabalha errado, com pessoas erradas, em empreendimentos errados...

A Miriam Leitão, no mesmo 'Bom Dia Brasil', deu uma receitinha: investimento em treinamento e qualificação das pessoas. Não tenho receitinha, mas acho que tem buraco mais em cima também.

Há 3 anos, aqui no Graffiti, pingou a seguinte listinha:

  • Little Bughorn
  • (Doesn’t)MatterHorn
  • (Laughing)MatterHorn
  • FogHorn - Since the release date and feature list is always foggy…
  • TooHorny
  • SecurityHoleHorn
  • patchhorn, hackmehorn, nevertoolatehorn the possibilities are endless!
  • Windows XP SP 3
  • Rodeo Clown
  • As with XP (Extra Profit) it should be Longhorm MP (Longing for More Profit)
  • MAD COW
Agora, com o animal devidamente reconhecido, eu ficaria com a opção "Windows XP SP 3". Mas aí algum engraçadinho inventou de chamá-lo de Me2...

"Não é a cara do vovô?"

graffiare #437

03 setembro 2007

"What does it say about a company when it takes six months for it to release the schedule of when it will release the beta of the fix to the operating system it took more than five years to build?"

- Roberto X, no InfoWorld. Saca só outro graffiare do mesmo artigo:

"At Microsoft, quality is job SP1."