Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

graffiare #016

28 dezembro 2004

"Poetas imaturos imitam; poetas maduros roubam."
- T.S.Eliot

Não detesto todos os "gurus", como minha paródia pode fazer crer. Há os legais: gente honesta que REALMENTE tem o q dizer. Prefiro aqueles que chamo "Provocadores" (tanto que no meu site há uma seção só pr'eles). Pr'eu, um guru de verdade só faz provocar.

Não vou perder tempo detonando os falsos profetas. Prefiro mostrar um trabalho sério. Uma grande provocação. Saca só:

Message: 19
Date: 1.1.95
From: nicholas@media.mit.edu
To: lr@wired.com
Subject: Bits and Atoms

The $400 Limit Applies to Atoms Only
When returning from abroad, you must complete a customs declaration form. But have you ever declared the value of the bits you acquired while traveling? Have customs officers inquired whether you have a diskette that is worth hundreds of thousands of dollars? No. To them, the value of any diskette is the same - full or empty - only a few dollars, or the value of the atoms.

I recently visited the headquarters of one of the United States's top five integrated-circuit manufacturers. I was asked to sign in and, in the process, was asked whether I had a laptop computer with me. Of course I did. The receptionist asked for the model, serial number, and the computer's value. "Roughly US$1 to $2 million," I said. "Oh, that cannot be, sir," she replied. "What do you mean? Let me see it."

I showed her my old PowerBook (whose PowerPlate makes it an impressive 4 inches thick), and she estimated its value at $2,000. She wrote down that amount and I was allowed to enter.

Our mind-set about value is driven by atoms. The General Agreement on Tariffs and Trade is about atoms. Even new movies and music are shipped as atoms. Companies declare their atoms on a balance sheet and depreciate them according to rigorous schedules. But their bits, often far more valuable, do not appear. Strange.


Hehe. É Nicholas Negroponte, do MIT. Reparem a data do e-mail (artigo da Wired): 1/Jan/95! Daí minha homenagem. "Vida Digital" vai fazer 10 anos!!



Mais um trechinho, 'profecia' dos últimos passos do Google:

Library of the Future
Thomas Jefferson introduced public libraries as a fundamental American right. What this forefather never considered was that every citizen could enter every library and borrow every book simultaneously, with a keystroke, not a hike. All of a sudden, those library atoms become library bits and are potentially accessible to anyone on the Net. This is not what Jefferson imagined. This is not what authors imagine. Worst of all, this is not what publishers imagine.

The problem is simple. When information is embodied in atoms, there is a need for all sorts of industrial-age means and huge corporations for delivery. But suddenly, when the focus shifts to bits, the traditional big guys are no longer needed. Do-it-yourself publishing on the Internet makes sense. It does not for paper copy.


Uma última provocação, agora de 01/Fev/95:

Bits Are Bits
But I did learn a few things as Imined my columns for the themes that run throughout Being Digital. The first is that bits are bits, but all bits are not created equal. The entire economic model of telecommunications -based on charging per minute, per mile, or per bit - is about to fall apart. As human-to-human communications become increasingly asynchronous, time will be meaningless (five hours of music will be delivered to you in less than five seconds). Distance is irrelevant: New York to London is only five miles further than New York to Newark via satellite. Sure, a bit of Gone with the Wind cannot be priced the same as a bit of e-mail. In fact, the expression "a bit of something" has new and enormous double meaning.

Furthermore, we are clueless about the ownership of bits. Copyright law will disintegrate. In the United States, copyrights and patents are not even in the same branch of government. Copyright has very little logic: you can hum "Happy Birthday" in public to your heart's delight, but if you sing the words, you owe a royalty. Bits are bits indeed. But what they cost, who owns them, and how we interact with them are all up for grabs.


O negrito é meu. Prá lembrar q em 95 ainda não existiam Napsters, Kazaas e eDonkeys da vida... Ele já questionava copyrights e patentes bem antes do CC e dos movimentos de Software Livre. Como Negroponte é coerente pracas, dá prá se deliciar com todas as colunas q ele escreveu prá Wired aqui. Aproveite!

O Meu Guru

22 dezembro 2004

Uma pequena homenagem aos verdadeiros malandros, particularmente aos imortais Dvorack (Walter Mercado de TI), Nick (New) Carr e Tom(a-lhe) Peters...

O Meu Guru


Quando, seu moço, careço d'um alento
D'uma [declaração de] Visão prá enxergar
Já vou correndo atrás d'um homi
D'alguém que tenha um nome prá mostrar
Como vou comprando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua caretice ele um dia me disse
Que Enxergava lá
Olha aí
Olha aí, ai o meu Guru, olha aí
Olha aí, é o meu Guru
E ele chega

Chega com carro veloz e relusente
E traz sempre o presente pra me encabular
Tanta tendência de ouro, seu moço
Que haja bolso prá bancar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Note, palm, terço e patuá
Insenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me achar, olha aí
Olha aí, ai o meu Guru, olha aí
Olha aí, é o meu Guru


(Surrupiada de 'O Meu Guri', do grande Chico Buarque.)

Ontem eu arrisquei um chute: até 2006 a MS vai perder 15% do mercado desktop. Vou replicar aqui um trecho surrupiado da coluna de David Berlind de ontem:

" The question isn't about what desktop Linux will do to Windows. It's about what a $50-per-seat business productivity contract -- which, in addition to JDS (Java Desktop System), Novell has helped to legitimize in introducing NLD (Novell Linux Desktop) -- will do to Microsoft. Forget what's under the hood. If a solution delivers productivity reliably and securely, if it's manageable, if it costs less than $100 a seat (even on an annual subscription basis), and if Novell, Sun, and others (for example, IBM, which just launched a sub-$100 express version of its Lotus Workplace client productivity offering) end up in blood bath to prove who can do a better job delivering that contract and there's nuclear desktop fallout, then the majority of that fallout will be felt where there's something to lose and that's Redmond -- particularly if Microsoft doesn't respond."

A MS responderá? Ballmer já anda falando de WinXPLight por menos de US$50 e Office por US$2,50 (em países 'pobres', como a Índia). Aqui no Brasil rola um comercial de TV (com uma estranhíssima edição na última fala do garoto-propaganda) que mira as pequenas empresas. Outras iniciativas parecidas vão pipocar em 2005, com certeza.

Pergunto: Mkt basta? Pacotes de produtos 'podados' são a solução?
Seguinte: só reviso meu chute prá cima.

"Tentar? Isso não existe. Só existe fazer e não fazer!"
-Yoda (O Império Contra-Ataca)

Anteontem o New York Times publicou artigo de 2 páginas falando do Firefox (The Fox Is in Microsoft's Henhouse (and Salivating)). Saca só a ilustração:



Saca só um trechinho:

"With Firefox, open-source software moves from back-office obscurity to your home, and to your parents', too. (Your children in college are already using it.) It is polished, as easy to use as Internet Explorer and, most compelling, much better defended against viruses, worms and snoops."

Daí e dos 10 milhões de downloads o "estrondoso sucesso" que falei no post anterior.

Depois dos vários 'distros' GNU/Linux e do estrondoso sucesso do Firefox vem aí outra onda. Já está em fase de testes 'beta' a versão 2.0 do OpenOffice. Trata-se do maior projeto de Software Livre em desenvolvimento. Trampo pesado: 7,5 milhões de linhas de código.



A disponibilização de uma suite de escritório parruda e competente é vital para a consolidação de um mercado de desktops 100% baseados em Software Livre. Pequenos sinais, como o lançamento de um laptop Linspire pelo Wall-Mart (por menos de US$500), indicam o surgimento da onda. A Lenovo deve jogar pesado nesse campo, já que HP e Dell deixaram o flanco aberto. A Novell vai pegar carona.

O desktop é o único mercado realmente dominado pela MS (mais de 90% de mkt share). Qq % aqui significa milhares de micros. Pelos próximos 2 anos é bom ficar com um olho no placar e outro no campo.

Chute meu (nada a ver com IDC's e Gartner da vida - é só um chute mesmo): até 2006 a fatia da MS diminui, no mínimo, uns 15%.

"Poucos percebem o óbvio"
-Peter Drucker

As Boas, As Más e as Feias

20 dezembro 2004

Conforme prometido, uma "viagem" pelo panorama ITupiniquim:

As Boas: São tão raras que chegam a ser confundidas com 'lendas urbanas'. De alguns anos prá cá a coisa melhorou, principalmente com o advento das incubadoras e com a febre (louca) de investimentos em TI. Mas ainda é muito pouco pr'um país do tamanho de Pindorama. 99,9% das pequenas empresas de TI não nascem em torno d'alguma inovação. Elas chovem no molhado e escorregadio campo da "prestação de serviços". Não dá prá entender pq tanta publicidade em torno da nossa "Criatividade". Nosso "espírito empreendedor". Quando vão mostrar algum caso de sucesso sempre vemos as mesmas coisas: urnas e 'tecnologia" bancária'. Sinceramente? É muito barulho por NADA! A tal 'tecnologia bancária' é uma colcha de retalhos medonha. Boa parte baseada em tecnologia proprietária e antiga. Somos ágeis? Sim. Prá confecção de gambiarras somos praticamente imbatíveis! Mas existem boas pequenas empresas. Particularmente em torno das grandes (e sérias) universidades (São Carlos, Campinas, USP) ou em iniciativas como o CESAR.

As Más: As 'malvadas' globais se limitam a seguir aqui o q é traçado lá fora (portanto, pr'elas vale o q eu disse no post anterior). Já as 'malvadas' (grandes empresas) nacionais são muito particulares. As principais seguem um de dois modelos de negócio: ou vendem 'suor especializado' ou vendem sistemas integrados de gestão (assim eles eram conhecidos quando nasceram. Aí já foram rebatizados n vezes, de acordo com a moda). Vale o mesmo veredicto: é muito pouco pro tamanho de Pindorama. P&D? Piada. As poucas que "pesquisam e desenvolvem" tecnologia estão presas nos anos 80. Naquela cabecinha de "reserva de mercado" (o q explica o fato delas detestarem padrões? Delas inventarem linguagem de programação?!?!). Sinto pelos seus usuários e clientes. E o modelo 'body shop'? O q dizer? O q falar dos belíssimos projetos para desenvolvimento de sistemas contratados desta forma? Nada... eles falam por si.

As Feias: Ao contrário das feias globais (presa fácil das Más), as Feiosas tupiniquins podem ser a salvação da lavoura. Suas carteiras de clientes e seus portfolios de produtos/serviços não são "inquestionáveis" (da forma como são para as Más). Ou seja, elas podem (e deveriam) ser mais flexíveis que as grandes empresas. Diversificação ou especialização (depende do modelo) podem ser alcançadas através da aquisição de algumas poucas 'Boas' (pequenas). Dependendo do modelo as 'Feias' ficam exatamente entre o cliente e uma 'Má' (normalmente global). Tal posição na cadeia de valor é um inferno e um paraíso. O inferno todas já vivem (parcerias de meia tijela, hipocrisia, regras voláteis...). Resta aprender a andar na escadaria pro paraíso. Creio que gestão do relacionamento com clientes (de VERDADE, não aquela lorota vendida em caixinhas), VISÃO e AGILIDADE são os 1os degraus. Respeito por padrões e participação ATIVA em sua evolução são pre-req.


Ou seja: nosso mundo (TI) é igual, mas aqui TUDO é diferente. Ou não?


"Quem se mata de trabalhar merece mesmo morrer."
- Millôr Fernandes

comentei brevemente a orgia que marcou o mercadão de TI nos últimos dias. O tema merece mais algumas linhas e palpites.

O McKinsey Quarterly cravou: "The high-technology sector displays all the characteristics of a mature industry overdue for restructuring: slowing growth, slim profit margins, fragmentation. Soon, price pressures and the changing behavior of customers will probably get consolidation going. Smaller companies will have to choose between being acquired or working within the sphere of larger vendors."

Dan Farber, em seu blog na ZDNet, segue na mesma linha: "if you don't get big fast, you will be left behind. If you are swift, small and innovative, you'll likely get scooped up by a big fish. Companies in the middle will have the hardest time surviving in the current consolidation phase."

Agora eu:

The Good: a grande maioria das inovações que balançaram nosso mundinho nos últimos anos (www, pda, google, napster, etc) nasceu em pequenas organizações. Apple, HP, MS e outras são o q são pq um dia foram pequenas notáveis (e/ou espertas). Patentes, copyrights e a orgia da consolidação podem criar um mundo mais chato, lento e feio.

The Bad: IBM, Oracle, MS e outras poucas realmente "grandes" estão certas. É mais fácil e rápido "comprar" do que "desenvolver" conhecimento. Mas tem que existir um limite. Particularmente a MS e a Oracle precisam rever, urgentemente, sua estratégia de P&D. Passei o ano criticando, particularmente a MS. É inadimissível que a montanha de $$ destinada prá pesquisa renda tão pouco. É vergonhoso que só o desafio d'um 'Google Desktop', por exemplo, faça a MS perceber que seu mecanismo de buscas é bisonho.

The Ugly: Saca aquela definição de classe média? "Rico demais prá ser considerado pobre, Pobre demais prá ser considerado rico". Aqui estavam/estão (!) Vantive, JD Edwards, Peoplesoft, Veritas, Symantec, Documentum, Xerox, Rational, Lotus... Pq são feias? Pq parecem opção de "empresa pobre". Pq seus usuários vivem a temer seu destino inevitável: virar comida d'um peixe maior. Primeira reação imediata ao violento movimento de consolidação: esse pessoal não fecha mais uma única venda! Todos morrerão de medo de comprar uma "tecnologia" que pode morrer horas depois do pedido colocado. Feia é pesado? Então pode chamá-las "bonitinhas" (aquelas feinhas simpáticas).



A lógica "Boa, Má e a Feia" se aplica em terras tupiniquins? Não. Mas trato disso semana q vem...


...ps nada a ver: a ressaca (ainda) tá brava!

2o ps nada a ver: eu citando um bang-bang spaghetti???

Aconteceu ontem uma reunião rara e agradabilíssima. Pude rever dezenas de colegas. Alguns que eu não encontrava desde 2000! (Daí o 'graffiare' de hoje).



Vou surrupiar um trecho do e-mail de agradecimento do pessoal:

"Uma das frases mais interessantes que foram ditas esta noite é que as pessoas vivem tentando reeditar suas melhores experiências em grupo formando comunidades e a ITGROUP se sente honrada em proporcionar, mesmo que uma vez ao ano, uma oportunidade para que tantos amigos se conheçam, se reencontrem e relembrem algumas de suas melhores experiências."

Eu puxei o tema. Mas com certeza ele aconteceu em diversos outros pontos da imensa mesa em "U". Pois é. Há poucos dias eu reclamei o pouco valor que as empresas dão ao seu "capital intelectual". Que bom que toda regra tem exceção.



ps nada a ver: Vale até a ressaca! Pô, um convite nunca devia dizer "das 19hs até o último chopp"!!

Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos. - Elmer G. Letterman

graffiare #011

16 dezembro 2004

"I'm proud to announce that we've been able to increase safety here at the plant without increasing the cost to the consumer or affecting management pay raises. However, for you semi-skilled workers, there will be no Christmas bonuses. Oh, and one more thing: Merry Christmas!" - Mr. Burns

Opinião do Chico Beto:

"[Nossos integradores e prestadores de serviços] são empresas muito familiares, caseiras, "caixas pretas". Falar de fusão com esse povo é muito difícil. Não acontecerá."

Pois bem, sei de pelo menos 2 (com certeza são dezenas) empresas muito legais, que há 5 anos mais ou menos eram queridinhas do mercado e da mídia "especializada". Eram então "especialistas" (vide curto debate no Finito).

O tal "mercado" (compradores s/ noção e vendedores s/ freios) jogou-as em projetos "bomba". Elas eram excelentes programadoras visuais. Péssimas programadoras de sistemas. Se meteram onde não deviam e agora penam. É muito conhecimento e muita experiência que simplesmente vai se evaporar. Não as experiências individuais, mas o QI coletivo (em futebol chamamos, simplesmente, de entrosamento. Mas é mais q isso). Nossa economia (que devia ser ponta de lança!, a tal TIC) não tem a mínima idéia do que seja "Capital Intelectual". Não sabe que vivemos uma "Nova Economia" (blergh!). Ainda... Besteira? Pega a coluna do Gaspari (Folha ou Globo) do último domingo.

Putz... deve ser o espírito mesmo:

.IBM -> Lenovo
.Peoplesoft -> Oracle
.Nextel -> Sprint
.Veritas -> Symantec (boataria, ainda)

Mais de US$50bi mudando de mãos... e bocas...



E eu passei o ano todo aguardando o início da "consolidação" do nosso mercado de ilustres integradores e prestadores de serviços de TI... Somos lentos em tudo mesmo, né? Tanto peixinho morto de fome por aí. Agora, nem concordata poderão pedir mais...

“Nesses tempos, em que acredita-se na existência de atalhos para tudo, a grande lição a ser aprendida é que o caminho mais difícil é, no longo prazo, o mais fácil.” – Henry Miller

Goooooooooooooooooooogle

14 dezembro 2004

O Google dá outro passo gigantesco prá conquistar o mundo (web, por enquanto). Assinou acordo com a biblioteca de Nova York e com as universidades Harvard, Stanford, Oxford e Michigan, para digitalização e disponibilização do conteúdo de centenas de milhares de livros. Michigan e Stanford vão disponibilizar a biblioteca inteira!! As outras ainda colocam restrições, principalmente sobre materiais ainda 'protegidos' por direitos autoriais.

Há mais de ano a Amazon vem trabalhando pesado na digitalização de livros. Seu objetivo é possibilitar a busca no conteúdo dos livros. O Google oferecerá a mesma coisa, sem o intuito de vender livros. A política de P&D e o modelo de negócios do Google é realmente intrigante. Saca aquele jogador de truco que não se incomoda em jogar pesado, em gritar "6 mio ladrão!" em todas as rodadas?

"Oracle's rottweiler-in-chief, Larry Ellison, showed yet again that his bite is as bad as his bark as he prevailed Monday in a long, bloody takeover battle with PeopleSoft."

Assim começa um artigo do San Francisco Chronicle.

Relembrando: (Peoplesoft + Vantive + JDEdwards) * Oracle ...

Não sei se deu tempo d'algum merge tecnológico da People com o JD. O CRM da People é um mosaico com 90% de código Vantive. Agora, segundo o artigo, em 3 anos os "antigos" (?) sistemas Peoplesoft receberão "tempero" Oracle. Q salada, né? Acho q quem mais sofre neste primeiro momento são os usuários JD. Não são nem lembrados mais...

Quem deve ganhar um pouquinho de share é a SAP. Lá. E aqui? Será que os fornecedores nacionais de ERP's e CRM's estão prontos pr'essa bela oportunidade?

“Os ativos intelectuais, ao contrário dos ativos físicos, aumentam de valor com o uso.” – James Brian Quinn

Estudo da Universidade de Stanford comprova: a qualidade do código do GNU/Linux é muito, mas MUITO superior a de seus equivalentes "fechados". Foram detectados 985 bugs em 5,7 milhões de linhas de código. Dá 0.17 bugs prá 1000 linhas de código. Prá se ter uma idéia, versões "comerciais" costumam apresentar de 20 a 30 bugs por 1000 linhas de código. Prá usar um jargão boleiro: trata-se d'uma baita goleada!!

Conclusão: o modelo de desenvolvimento de software livre (um dia tido como caótico e sem controle) é um belíssimo "tapa na cara" do mercado (me incluo aqui). Agora não só como negócio, mas também como referência de qualidade. E agora?

Timidamente nobres representantes do "mercado" (IBM, Bea, Sun e até a MS) estão "abrindo código". Cada um d'uma forma diferente, e quase sempre com tecnologias ou produtos periféricos ao seu "core". Mas parece que, independente da montanha de $$$ torrada em CMMs e 6sigmas da vida, nunca conseguirão a eficiência, flexibilidade e agilidade dos equivalentes "livres". E agora?

Acho que iniciativas como o "Avalanche" se tornarão mais comuns. Prá quem não conhece, trata-se d'uma cooperativa de grandes empresas estadunidenses (Cargill, BestBuy, Thomsom e Medtronic, dentre outras) que compartilham IP (Propriedade intelectual). Ou seja, trocam código, desenvolvem e contratam em conjunto, além de manterem um grande repositório de ativos de software reutilizáveis.



Revolucionário? Nem tanto. Como tá muito bem documentado no livro de Martin Campbell-Kelly (From Airline Reservations to Sonic the Hedgehog : A History of the Software Industry), a IBM usou a mesmíssima receita lá nos idos de 1960 prá salvar seu negócio. Os usuários achavam muito caro e demorado desenvolver e manter software...
A história se repete? E Agora?

Nhac!

13 dezembro 2004



Uma novela começa, outra termina. Finalmente a Peoplesoft cede, e por meros US$10bi vira comida da Oracle. Ellison diz que manterá o porfólio da People. Até quando?

ou "We still haven't found what we're looking for"

Saca só o q o Bob Muglia (Windows Server Chief) já tá falando:

"WinFS in not in the Longhorn client," ... "It is also not in Longhorn Server."



Muuu....

Já tem gente falando em "próxima década"... no Windows chamado Blackcomb.
[Blackcomb!?!?! Piranha Preta?? hehehe...]

Não acredita? Saca só!

"The thing with the guitar is it has six strings and I only have five fingers."
- Bono Vox



O OneStat registrou: no último sábado o Mozilla Firefox bateu a marca de 10 milhões de downloads. Na 3a semana de novembro a Raposa já tinha quase 8% de "market share". 5% a mais q maio. Os mesmos 5% q a MS perdeu. Mas enquanto isso, em Redmond, ouve-se o seguinte:

..."and what neither of these count is corporate intranets where users aren't actually hitting the Web." - Gary Schare, Microsoft's director of product management for Windows.

Do blog de Ross Mayfield:

"I believe their commoditization strategy is more than hardware. Levono was spun out of the Chinese Government's ICT Academy of Sciences, a hotbed of open source which also created Red Flag Linux, the Chinese Linux distribution. Given their competencies in open source, longer term political and business incentives, the leverage of their home market size and acquired 3rd place global market share -- this is the company to bring open source to the desktop."

Jonathan Schwartz suggests the commoditization move will be a shift from PCs as products to PCs as services. I'd suggest that that's Dell & HP's move, not Levono's. IBM wins not just in exit and financial performance -- they are forcing the commoditization of non-core business while encouraging the opening of the client they need to compete with MIcrosoft. Jeff Nolan points out that IBM is taking a 18.9% stake in Levono. Consumers, of course, win.

The press and blogs have given zero attention to the open source implications of Levono. The above is speculation and it will take either patience or real investigation to get to the bottom of this story.


+Ideas & Speculations...

Não é q a tal "comoditização" tá deixando nosso mercado MUITO divertido!


ps nada a ver: Tão divertido qto brincar de pique-esconde com babaca.

"It's no secret that a liar won't believe anyone else"
-U2 (The Fly)

graffiare #006

09 dezembro 2004

Two questions have often bothered me about software work. First, why do competent software professionals agree to completion dates when they have no idea how to meet them? Second, why do rational executives accept schedule commitments when the engineers offer no evidence that they can meet those commitments?
-Watts Humphrey

Thunderbird 1.0

08 dezembro 2004

Nasceu ontem o mano caçula da Raposa de Fogo: o Thunderbird 1.0. Trata-se d'um leitor de e-mails totalmente LIVRE.



Vale prá todos que já fugiram do IE em busca de segurança. O mecanismo anti-spam e outros features colocam o Trovãozinho na frente do Outlook, fácil fácil.

By the way: o Firefox 1.0 já passou da marca de 9 (nove) milhões de downloads. Tudo indica que o Thunderbird deve seguir o mesmo caminho. Começa aqui!

Atualização: Thunderbird 1.0 = Bullshitdigger

Pois é, andei falando sobre filtros e purificadores de notícias. Um dos novos features do Thunder é exatamente a possibilidade de cadastrar feeds RSS como se fossem contas. Dependendo da configuração, vc recebe um post exatamente como ele está no site ou blog. Muito legal.

..." Doubters will point to Apple’s time-tested ability to innovate in a way that has kept its operating system and user interface ahead of Windows since the dawn of PC-time. But to not have faith in Microsoft is one thing. To not have faith in the highly motivated open-source movement and all those behind it (Red Hat, SuSE, Sun, etc.) to bring desktop Linux up to speed is misguided. They’re the underdog. Never underestimate the underdog.
The question then becomes, what will happen when that day arrives? Will Apple have built such a large entertainment business that it might be willing to let the systems business die on the vine? Or, will it finally cough up an Intel-based version of OS X? Or, as I fantasized in a recent column, is there some crazy mixed up world where Apple ends up merging with another Unix server specialist like Sun with the end result being a magical blend of GNU/Linux, OS X, and Solaris that’s compatible with AMD and Intel, that’s light years ahead of any other desktop *ix on the market, that provides a killer platform for running and developing Java, and that affords the Apple technology a re-entrance into the corporate market through Sun’s customer base. Even I have to admit that the idea is crazy. But, in response to my column, my e-mail suggests that there are people who will get in whatever line they have to in order to get access to such a technology.
Stranger things have happened."

...

"Since I love wild speculation, allow me to embellish. Perhaps IBM needs to hedge in the event that some combination of intellectual property lawsuits ends up in the death of Red Hat. By not buying Red Hat, IBM gets to minimize its legal exposure while offering Linux-based solutions that target its nemeses Microsoft and Sun. By virtue of precedent, anything that kills Red Hat would also leave Novell mortally wounded (down, but not out). Nothing would leave IBM more exposed than a fatal blow to Red Hat. Enter Apple. As said earlier, it and IBM already share a passion for the PowerPC processor and Apple has some very slick servers and storage solutions (so slick that sed the storage gear). Also, given IBM's resources, the engineering work to swap the much more legally secure OS X for Linux would be child's play (perhaps it will also ring the cash register for IBM's Global Services division). Finally, a joint venture between Apple and IBM could flush out the oft-rumored OS X-on-Intel skunkworks project, thus giving IBM a much stronger and fully indemnified Intel-based desktop offering than what it currently has in Lotus Workplace.

Off the two longshot options -- acquisition vs. joint venture -- a JV is the more likely. I can't imagine Steve Jobs as an employee of IBM, nor can I imagine IBM running a bunch of retail stores. Big Blue has always failed at selling to consumers (should we dredge up the history of the Lotus acquisition?) and its ownership of Apple would almost certainly kill the company.

Isn't speculation fun?"


Ideas & Speculations by David Berlind.

"Na maioria das vezes, um pepino é somente um pepino."
-Freud

graffiare #004

07 dezembro 2004

Prazos largos são fáceis de subscrever. A imaginação os faz infinitos.
- Machado de Assis (Dom Casmurro)

Final Feliz?

06 dezembro 2004

A IBM vai realmente abandonar o negócio de PC's. A Lenovo (China) deve assumir as plantas, a clientela e o abacaxi.



▶중국 베이징시 상디에 있는 롄샹 본사. 임직원들이 드나드는 현관 위에 'Lenovo'라는 영문 사명이 큼직하게 자리잡고 있다. 이전의 사명인 'Legend'에 '혁신'을 뜻하는 'Novo'를 합친 것으로 '매일 혁신하는 롄샹'이란 의미다. 롄샹 측은 지난 1월 방문한 기자에게 "공장 견학은 하되 사진은 안 된다"면서 본사 빌딩 사진만 촬영을 허용했다. [김경빈 기자]

O IBM-PC desenhou a indústria como a conhecemos. Acidente ou não. Erro catastrófico (como diz o chato do Larry Ellison (Oracle)) ou não, o fato é que muita gente (boa?) não estaria aí não fosse a IBM. Quando ela escolheu MS (em detrimento da Digital Research) e Intel (ao invés de Zilog), ela definiu (sem querer) os dois monstros que mandariam no mundo nos próximos 20 anos. Ninguém pode garantir q DR e Zilog não fariam o mesmo. Mas, diz aí, vc contrataria o cara?


A única coisa que interfere com meu aprendizado é a minha educação. - Albert Einstein

O Newsmap (q sugeri na última semana) ganhou um concorrente legal. O 10x10 tbém se propõe a classificar notícias, mas oferece uma interface bem diferente daquela do Newsmap. Pena que não há a possibilidade de seleção de assuntos ou origem, como o Newsmap.

graffiare #002

03 dezembro 2004



Source: www.despair.com (muito bom!)

Apelei:: Cross Selling!!!

02 dezembro 2004

Depois de mais de mês, tem post novo (muito bom!, kuakua) no Finito. Não Percam!

Tem gente q vive me perguntando: "mas vc realmente lê aquilo tudo?".

Pô, fazendo as contas dá prá ver que não caberia num dia de 30 horas né? Então formalizo aqui algumas dicas legais prá acompanhar esse mundo lôco de TI e driblar, a la Carlitos, a tal "poluição informativa":

1. RSS (Really Simple Syndication):: Todo serviço minimamente decente de notícias oferece uma versão XML (RSS). Vc "assina" o tipo de notícias que te interessa e é avisado assim que uma nova é publicada. Costumo "trazer" minhas notícias favoritas para o MyYahoo (eWeek, graffiti e finito... hehe). Outra forma joinha de alimento prá cabeça é o IM (Instant Messenger) Miranda. Além de falar MSN, Yahoo e ICQ, ele tb recebe feeds RSS. É open source (só podia!). Q seria d'eu sem Miranda?

2. Newsmap:: Indiquei o bichinho aí n'um dos meus primeiros posts. Ele ainda é uma "experiência", mas funciona bem pracas. O Newsmap funciona assim: é uma ferramenta de BI que se "pluga" no serviço de notícias do Google e classifica-as (por importância, atualidade e número de referências). No início estranhamos um pouco aquela interface toda colorida (vide screenshot abaixo). Mas, com o tempo, vc repara que é um dos melhores filtros de "poluição informativa" que existe. Experimenta!



3. Finja que sabe TUDO sobre leitura dinâmica quando passar por títulos nacionais "especializados" em TI como Info (EGO) Corporate, Computer(OLD)World e afins:: Dá uma folhada e faz cara de intelectual. Só pare quando o assunto ocupar mais de 4 páginas e não tiver nenhuma foto de CIO fazendo pose e ocupando mais de meia página.

Taí. Bom divertimento!

Pois é. O mano aqui, L.Lawrence, é executivo de contas da MS (EUA). Depois do meu post anterior fiquei curioso prá conhecer um dos miletantos blogs de MSlaves. Parei no Lorenço e no post chamado "Does Microsoft Matter?". Saca só:

Today, I had a 2 hour meeting with a customer to review the agenda for a 3 day onsite briefing with their "technology evaluation team" next week. We're competing against IBM and another vendor for the privilege of being chosen as the company's technology standard for extranet portal infrastructure. This customer, very much like my other customers, has had a long standing relationship with IBM. Most of their major projects have been won by IBM, and most of their current mission critical systems and applications are based on IBM technology. So, any time there's an opportunity for a technology standard to be established, Microsoft is usually the overwhelming underdog. This can be really frustrating, but I try to look at it as a worthwhile challenge, which makes winning all the more satisfying.

Halfway through the meeting, someone blurts out, "We need something that can integrate with all of our existing applications [which are mostly J2EE-based]. We just can't change or get rid of any of them." Then, another person asserts, "Support for WSRP is very important because we want our remote portlets to run anywhere, especially in the B2B scenario." This is when I realize that this group of people is already setting us up to lose. Moreover, they are just a roadblock, not the decision makers. They don't want to hear "Why Microsoft"; rather, they are only interested in "Why not Microsoft" -- that is, they are trying to pigeonhole us into a corner of disadvantage from where we cannot effectively provide a compelling value proposition. I run into this all the time, so I take it in stride and calmly respond to each of their points by highlighting the application integration capabilities of BizTalk Server and Host Integration Server and explaining our support (as well as a 3rd party ISV's Visual Studio add-on) for WSRP. Still, I remain very troubled by their approach of comparing us against IBM instead of focusing on how we can solve their problem.

Break: Céus... se os caras possuem uma pancada de apps J2EE/Websphere, do q q o cara tá reclamando? Shortcut pro Lorenço (MS): Passa a oferecer o JBoss, o Geronimo ou então compra a Bea d'uma vez!!


We go through the rest of the meeting with a few more similar verbal flare ups, but we manage to accomplish our objective of finalizing the agenda for next week's briefing. On the way out of the building, the Account Team and I debrief in an empty conference room (hint: it's always good to know where the spare conference rooms are in your customer's building). The 3 of us agree that we need to escalate to the Project Sponsor by setting up a meeting with him ASAP. But what would we say? Obviously, we don't want to get into a feature comparison against IBM. We decide that what we need to have with this executive is the "Why Microsoft" discussion.

Which brings me to the question, "Does Microsoft matter?" that I kept asking myself on my long drive home after the debriefing. The context is similar to the controversial question, "Does IT matter?" that Nicholas Carr asked last May to which a ComputerWorld Q&A Panel so effectively answered. To answer my own question, which would be the basis for our meeting with the Project Sponsor, I will use some analogies. First, a company is like a vehicle - it contains many interconnected parts, it needs periodic maintenance to keep the parts moving well, and it needs a smart driver who can steer it down the right path without getting into any major accidents. The answer to the question of "Does IT matter?" depends on whether the driver (a.k.a. the C-level execs of the company) sees IT as the engine or just one of the tires (or even more simply, the gas). Fortunately, all of my customers, including this one, strongly believe that IT is the engine. Actually, to be more precise, IT software is the engine while IT hardware is more like the wheels and tires (a.k.a. commodity). However, many of my customers still see Microsoft as the engine of a Hyundai (a.k.a. cheap but somewhat unreliable) and IBM as that of a Mercedes (a.k.a. pricey but very reliable). In order for Microsoft to matter, we need drivers to believe that we are the engine of the BMW that is their company. Compared to the Mercedes, which some drivers inadvertently turn into a Bentley or Rolls Royce (thanks to IBM Global Services), the BMW is just as reliable but arguably more agile. We have many customer case studies that show how Microsoft has indeed become the engine for many BMW-esque companies, but I need to convince this particular customer to take us for a test drive. How I do that will be the topic of another blog entry in the near future.


Break: Não conhecia a analogia Motor/Pneus/Gasolina. É boa... pode servir pr'alguma coisa.

In case you're curious, I liken Linux to be the engine of a Honda, which is analogous to a company that prefers to buy upgrades for the vehicle and manually installs, configures, and constantly tweaks them (or just pays someone else to do it). Ultimately, the tweaked vehicle ends up costing not much less than the BMW, but it looks like crap, gets broken into more often, and doesn't drive as well. :-)

Break!!! É esse tipo de discurso que condena a MS... versão "For Dummies" do "Get the Facts"??? Pr'um profissional de vendas em médias e grandes empresas??? Céus!!!

Google? Well, with them you no longer even need an engine because they'll just provide you with a magic carpet. Of course, the more you depend on Google (a.k.a. the Genie), the higher the risk of being stuck somewhere someday when you are no longer able to communicate with the Genie to request or to receive the magic carpet.

Break (bué...) FUD barato ou ameaça de derrubar (literalmente) o Google?!?! PQP...
Lembrem-se: trata-se d'um executivo de contas (médias e grandes) estadunidense!!! Cerca Lorenço!!!

Do Seattle Times: "Microsoft has one of the most prolific corporate blogger bases, with at least 1,100 employees running their own Web logs, but the company has not made it easy for users to do the same -- until now."

Pois é, quase 3 anos depois do Blogger (serviço Google -hehehost do graffiti), a MS tá lançando o MSN Spaces. Prá quem tem conta Hotmail ou Messenger, a blogagem é de graça. Objetivo? Atrair audiência pro MSN. Demorô...

Uma nova série? Who knows?? Mas gostei da idéia, do título (arranhar?) e, principalmente, da frase que a motivou:


"The higher up you go, the more mistakes you are allowed. Right at the top, if you make enough of them, it's considered to be your style."
- Fred Astaire

Putz!! A parte 1 é de 03/Nov!!! Q relaxo...

Bom, a 1a parte reclamou da "sopa de letrinhas hipercomplexa" que caracteriza o universo SOA (culpa dos fornecedores).

Agora o 2o "culpado": NÓS!! Explico:

SOA (Services-Oriented Architecture) exige que tratemos SOFTWARE de uma forma diferente. Por "tratar" entenda-se:

.Desenvolvimento
.Aquisição
.Manutenção / Evolução

Infelizmente o núcleo da questão gira em torno d'um termo que devíamos aposentar por desgaste: reusabilidade. Um "Serviço" só faz sentido se reutilizado. Aí esbarramos em dois grandes problemas:

1) Objetos de negócios (agora, "Serviços") precisam ser compostos de forma a facilitar sua reutilização. Demanda afeta diretamente os "usuários" e "analistas de negócios";

2) Programador detesta reutilizar código. Mito ou verdade? 50/50.

Só que SOA não faz sentido sem reutilização. Artigo de David Chappell mostra como SOA pode, finalmente, fazer a tal "reusabilidade de código" vingar.

Muita gente tá apostando que 2005 será o "Ano SOA". Não acredito. Ainda mais falando exclusivamente de pindorama. Se os estadunidenses andam preocupados com a disponibilidade de profissionais devidamente preparados, o que dizer da gente?

Casos de sucesso (gente fazendo grana com algo) costumam acelerar o ciclo de adoção de tecnologias/conceitos/padrões. A Amazon é uma grande plataforma de serviços web. E criou uma teia que tá fazendo muita grana girar. Não sabia?

Pois é, tá completando 1 década a simples idéia de Tim Berners-Lee. A maior prova de que a Internet deve permanecer 100% livre de patentes e afins. Quem ousar questionar que pare um pouco prá pensar no porrilhão de inovações que vieram depois do WWW. Elas seriam possíveis se (des)governadas por uma filosofia doentia de "posse"?

Legal é ver que Tim não precisou pagar licença, royalties ou afins mas se "apoderou" d'uma idéia bem mais velha. E dá o crédito merecido para Vannevar Bush, que em 1945 publicou "As We May Think". Saca só um trechinho:

"The owner of the memex let us say, is interested in the origin and properties of the bow and arrow. Specifically he is studying why the short Turkish bow was apparently superior to the English long bow in the skirmishes of the Crusades. He has dozens of possibly pertinent books and articles in his memex. First he runs through an encyclopedia, finds an interesting but sketchy article, leaves it projected. Next, in a history, he finds another pertinent item, and ties the two together. Thus he goes, building a trail of many items. Occasionally he inserts a comment of his own, either linking it into the main trail or joining it by a side trail to a particular item. When it becomes evident that the elastic properties of available materials had a great deal to do with the bow, he branches off on a side trail which takes him through textbooks on elasticity and physical constants. He inserts a page of longhand analysis of his own. Thus he builds a trail of his interest through the maze of materials available to him."

Pois é... o cara tava ali pavimentando o caminho prá invenção do "hiperlink".
Memex= Memory Extension. Prá conhecer um pouco mais sobre esse Bush legal, clique aqui. E aqui prá conhecer o Tim.

Geronimo!!!

26 novembro 2004

You can look at the Apache Software Foundation's Geronimo project from two perspectives. For some developers, services firms and customers, Geronimo is the fulfillment of the dream: a commoditized, open J2EE (Java 2 Platform, Enterprise Edition) server market. For some major application server players, Geronimo is the realization of a nightmare: a commoditized, open J2EE server market.



O fato é que ele bagunça bem o cenário (como já era previsto). Artigo e série especial sobre o futuro do Java, ambos da eWeek, merecem uma lida.

"Microsoft is up to its usual FUD [fear, uncertainty and doubt]," said Dan Ravicher, author of the study Microsoft cites, who is an attorney and executive director of PUBPAT (the Public Patent Foundation).

"Open source faces no more, if not less, legal risk than proprietary software. The market needs to understand that the study Microsoft is citing actually proves the opposite of what they claim it does."

"There is no reason to believe that GNU/Linux has any greater risk of infringing patents than Windows, Unix-based or any other functionally similar operating system. Why? Because patents are infringed by specific structures that accomplish specific functionality," Ravicher said.

"Patents don't care how the infringing article is distributed, be it under an open-source license, a proprietary license or not at all. Therefore, if a patent infringes on Linux, it probably also infringes on Unix, Windows, etc.," he said.


In fact, the study said Linux potentially violates 283 software patents, not "over 228" as Ballmer said in his speech.

"The point of the study was actually to eliminate the FUD about Linux's alleged legal problems by attaching a quantifiable measure versus the speculation," he said. "And the number we found, to anyone familiar with this issue, is so average as to be boring; almost any piece of software potentially infringes at least that many patents."


Mr Ballmer precisa pensar numa versão 3.0 do "Get the Facts"...
E começar a tomar Fosfosol tb.

A história inteira tá aqui.

Sharman Networks, distributor of the Kazaa file-sharing software, on Monday launched its latest version, which enables users to make free online calls anywhere in the world.

Kazaa v3.0 includes the integration of Internet telephony software from Skype Technologies SA and also offers advanced search capabilities and a free weblog trial. Skype, headquartered in Luxembourg, is the newest venture of Niklas Zennstrom and Janus Friis, co-founders of Kazaa and Altnet, a secure peer-to-peer network.



Combinação legal e promissora. Minha dúvida é onde isso tudo vai dar...

postei algumas teorias há algumas semanas.

Há novas neste comentário do David Cursey, da eWeek: "Can the Free Internet Survive?"

Tudo gira em torno da "fragilidade" da web: spywares, worms, ataques e outras sacanagens. Não resolve tudo mas um bom início é mudar parte do seu ferramental de navegação. Não é por acaso que o melhor slogan de divulgação do Firefox é "Take back the Web"...

Get Firefox!

Sun X HP

25 novembro 2004

A Sun tá batendo cada vez mais pesado na HP. Nova campanha começa assim:

"With impending end-of-life of HP's enterprise platforms, customers face inevitable change."

A campanha vende (nas linhas), serviços de migração. Mas a estratégia escondida nas entrelinhas e nos posts do Schwartz é que chamam a atenção.

A 1a versão parece não ter funcionado legal. Então o Ballmer apresentou uma nova:

"Someday, for all countries that are entering (the World Trade Organization), somebody will come and look for money to pay for the patent rights for that intellectual property. So the licensing costs are less clear than people think today."

FUD... prá variar. O babaca, lógico, tava falando do Linux. Mais aqui.

Aqui se faz... aqui se paga

18 novembro 2004

Gates tá pedindo prá cambada lá acelerar o desenvolvimento da mágica que vai acabar com os spams. O cronograma (hehe) atual (ah!) diz: Jan/2006.

Mr Butthead não aguenta mais: Recebe mais de 4 milhões de e-mails por dia!!!

Pô! Manda uma mensagem de solidariedade pr'ele aí, vai...

Pequenas férias do/pro blog além d'alguns probleminhas q não merecem ser citados.

Novas? Que tal 1 milhão de downloads do Firefox? Mereceu até um belíssimo destaque do Washington Post.

Já o eBCVG IT Security fala de 10 milhões de downloadas na 1a semana da vs 1.0. E pergunta: Será o Firefox a cura da web?? Amazing!

IBM Lotus Workplace :: F-Up

10 novembro 2004

Tem 6 meses. O Workplace foi tema de meu primeiro post. Perguntei se seria a versão 3.0 da arquitetura cliente/servidor. Exagero?

Pois bem, de forma meio "silenciosa" a IBM desenvolveu extensões personalizadas para 30 perfis de usuários. Nesse 1o ciclo o foco foi a gestão de documentos e colaboração. Há também um novo Business Controls and Reporting.Para 2005 a IBM promete uma versão totalmente reescrita (em Java) do Lotus Notes. Um servidor de e-mail 100% J2EE tá no pacote.

Apesar do discurso comercial mirar o "front-end", 90% do Workplace é construído em servidores. Os principais componentes são o Portal Server e o Websphere (App Server). No cliente há uma figurinha básica: Rich Client Integration Platform. Baseia-se em tecnologia Eclipse e faz com que o Workplace seja muito mais que um Browser. De forma resumida: o gerente de vendas vai sair para uma reunião no cliente. Solicita que o Workplace persista em seu notebook todos os documentos necessários para a reunião. Pronto! Quando ele voltar ao escritório o novo conteúdo gerado será sincronizado. Falei de documento mas a tecnologia promete abraçar tudo: bases de dados, aplicações, agendas, contatos, etc etc

Trata-se de uma iniciativa de ruptura. Sem dúvida é um novo "paradigma" (sorry, mas não achei outro termo). Comercialmente o produto tb parece moderno. Há versões para locação (pay-per-use), SMB's e grandes corporações.

O volume de investimentos (e evoluções) no produto nos últimos 6 meses mostra que a IBM tá apostando muito. Apesar de prometer convivência pacífica com Windows e Office, o Workplace só realiza totalmente suas promessas quando visto como uma solução "completa". A IBM segue incentivando que aplicações sejam portadas para a "plataforma" (?) Workplace. Segue merecendo (MUITA) atenção.

O acordo de US$500mi da MS com a Novell tá dando o q falar. Em 12 meses a MS já torrou quase US$4bi "limpando a mesa" de seus advogados. Foram 7 acordos, inclusive um de US$2bi com a Sun. Na ZDNet David Berlind pergunta se não haveria alguma "ofensiva" programada prá ocorrer após a faxina legal.

Se sim, a Electronic Frontier Foundation (EFF) pode se preparar para muita briga. Dá uma sacada na lista de patentes (software e internet) que eles estão questionando.

Um artigo da eWeek vai além: estaria a MS se preparando prá se dizer "proprietária" da Internet?

Autores e leitores do Groklaw estão adorando (?!?) tal possibilidade.

Crítica do WorldChanging ao artigo da Wired. Leve. Mas vale uma lida.

"We pledge allegiance to the penguin, and the intellectual property regime for which he stands. One nation, under Linux, with free music and open source software for all. Welcome to Brazil!"

Assim começa um artigo da Wired de 8 páginas (impressas) (4 na web) sobre o Brasil. Saca só outro trecho:

"Sooner or later some country would square off with the global IP empire. And Brazil was fertile ground for it."

No BlueNoir eu falo um pouco mais sobre o artigo.

Papel aceita qq Coisa

05 novembro 2004

E qq um interpreta os FATOS da forma que lhe for mais conveniente. Clóvis Rossi comenta sobre os "spins" na Folha de hoje: A derivação de fatos com algum "objetivo" quase nunca declarado. Pois bem: a MS tá martelando há algum tempo o "Get the Facts", partes de relatórios comparativos Win x Linux que ela subsidiou. Tardou mas chegou uma resposta de alto nível (mas também parcial) do outro lado. A Novell lançou o "Unbending the Truth". Curiosa é a seção de FATOS ignorados pela MS, mas que constam dos mesmíssimos relatórios "subsidiados".

Na briga o q deve prevalecer mesmo é o bom senso. A parte "religiosa" da questão não levará ninguém prá lugar nenhum. Há espaço prá todos. Muito espaço. Cabe aos tomadores de decisão conhecer os FATOS, driblando SPINS. A VERDADE (DE FACTO) (sic) nascerá em cada projeto bem ou mal sucedido. Em cada ROI ou TCO apurado de verdade (e que pode variar muito de empresa prá empresa). Só não vale ficar em cima do muro vendo a banda passar.

do you Lulu?

03 novembro 2004

Qdo solto minhas opiniões totalmente parciais sobre software livre e cultura livre sempre escuto a mesmíssima pergunta: e como se ganha dinheiro com isso?

Bão... há formas e formas. Até hj o 'biz model' dominante ainda é o sanduíche de serviços. O modelo 'assinaturas' corre por fora.

Mas não é que surge algo NOVO e absurdamente óbvio.



Bob Young, co-fundador da Red Hat, lançou o Lulu. Trata-se d'um 'market place' totalmente aberto. Destinado prá 'free-lancers'. Qq conteúdo digital (livros, músicas, imagens e... software!) pode ser publicado lá. E vendido lá. Vc (publicador), fixa seu preço. É absurdamente simples.



Pq Lulu só o Bob pode explicar. Agora, q a idéia é muito legal é!

Meta-uso do Mega-Conceito! Free Culture (q há tempos penduro aí na sidebar) é mais que um livro. É um grito. E (obviamente) foi publicado sob licença Creative Commons. Seu conteúdo pode ser "remixado" e extendido. E foi! O eAsylum.net, além de hospedar uma versão de leitura mais fácil (principalmente via Mozilla/Firefox), oferece extensões Wikipedia. Ou seja, o livro vivou uma entidade viva! Viva!

Blog especial da ZDNet chamado "Service-Oriented IT" tem post reclamando da falta de clareza do SOA. Segundo pesquisa realizada pelos próprios blogueiros só 1/3 dos programadores conheceria aspectos "mezzo avançados" acerca de Web Services.

Pudera! Os caras estão exagerando. Por exemplo: no white paper elaborado pela Sun e disponível na seção "Downloads" aí do lado (tentando explicar como o MDA pode ajudar na implementação d'uma Arquitetura Orientada a Serviços) vc irá se deparar com 48 siglas! (STLs e SQLs). Um exagero. Irá se deparar com rasteiras definições de autenticação, diretórios, BPM+BAM+BI, BLÁ BLÁ BLÁ. Tudo isso pq tinham a intenção de mostrar como o MDA (Model-Driven Architecture) e padrões/modelos correlatos (MOF, CWM, UML, XML, XMI) têm tudo a ver com SOA.

Coisa de maluco? Não: vale como referência básica (e rasteira) pr'esse início de conversa séria sobre as principais tendências de nosso mercado, particularmente sobre desenvolvimento de sistemas.

New Directions

29 outubro 2004

No Gartner Symposion/ITExpo que aconteceu na última semana os gurus gartneiros disseram que SOA (Service-Oriented Architecture) conseguirá massa crítica já em 2007. Exagero.

Mas o fato é que se trata d'uma nova STL (Sigla de Três Letras) com tudo prá pegar. Há uma relação de retro-alimentação do SOA com o MDA (Model Driven Architecture), outra STL da moda. Correndo por fora (com especificação 1.0 prometida para hoje (29/10) e ainda não cumprida) tá o RAS (Reusable Asset Specification).



Vou dar atenção especial na evolução das 3 STL's, destacando evolução dos padrões, processos e ferramentas. Prá começar dei uma geral na seção downloads aí do lado. O material anterior (exclusivamente de minha autoria), agora encontra-se no Finito e na "agenda" Graffiti.

Fábricas de Software se tornaram uma nova 'modinha' de pouco mais de um ano prá cá. Gerou filhotes no mínimo estranhos, como Fábricas de Código/Programas e Fábricas de Projeto (!). A 'modinha' pode ser reflexo da indústria indiana. Suas atribuições e diferenças ainda são confusas. Aquelas de 'software' e 'programas' trabalhariam exclusivamente com programadores, no sentido clássico do termo. Já as fábricas de 'Projetos' assumiriam mais responsabilidades, como a arquitetura e modelagem das soluções.

Fábrica e Projeto são conceitos antagônicos. Por fábrica entendemos esforço repetitivo, contínuo. Já um Projeto é único por natureza. Nunca existem 2 projetos idênticos. Provavelmente o termo (conceito) foi criado (numa forçação de barra daquelas) prá forçar "projetos mais ágeis".

Todas as organizações, principalmente aquelas de médio e grande portes, já possuem uma infra-estrutura de aplicações. ERP's, CRM's, SCM's, PLC's e afins formam os 'stacks' default de soluções corporativas. Abaixo delas existe a infra básica: servidores de bancos de dados, de aplicações, web, conteúdo, e-mail, etc.

80% da demanda por "desenvolvimento" tem a ver com manutenção/correção/adequação das aplicações. Forçando um pouco a barra, dá prá imaginar tal serviço sendo executado em uma "Fábrica". Dependendo da tecnologia, tem trabalho pesado e repetitivo prá ser realizado (o exemplo mais notável foi a demanda gerada pelo bug do milênio).

Mas os novos projetos não tem nada a ver com "fábricas"! Tem gente chamando esse tipo de solução de "meta-aplicações" ou "composite applications". Normalmente elas se inserem em um dos 3 grupos abaixo:

a. Atualizam e/ou Extendem uma aplicação legada;
b. Integram e/ou Extendem um pacote;
c. Nova aplicação que usa a camada inferior (ERP, CRM, SCM, ...) como infra.

Normalmente são projetos de pequeno porte, que devem durar um máximo de 6 meses. Caracterizam-se também pelo seu "alinhamento" com uma estratégia de negócio. Demandadas (na maior parte das vezes) por uma unidade de negócio (e não pela área de TI), sempre têm um cunho "estratégico" e são, como sempre, "para ontem".

Tecnologicamente falando também representam um desafio. As "extensões e integrações" citadas devem demandar tecnologia web (mais simples), SOA e web services (complexidade alta), wireless... e por aí vai.

É o que podemos chamar de projeto "filé". Desafiadores, significam a aquisição de novos e desejados conhecimentos. $$ falando, são também aqueles que podem representar as maiores margens de lucro.

Pergunto: dá prá desenvolver "meta-aplicação" em uma fábrica? Lógico que não!

Quem anda dando muita atenção (e $$) prá fábricas deve desconhecer MDA (Model Driven Architecture) e toda a revolução que está acontecendo no mundo dos IDE's (Integrated Development Environment). Pior: não tá percebendo corretamente o perfil dos novos projetos.

Entrevista legal do Grady Booch falando sobre o MDA.
Material básico sobre SOA e derivados do ZapThink.


As tais fábricas de software estão ficando parecidas com as primeiras linhas de montagem arquitetadas por Ford. Pô! Nossa indústria e nosso tempo não merece algo "mais moderno"? Só agora a MS anuncia um IDE, o Visual Studio Team System, que 'facilitaria' o trabalho numa fábrica. No mundo Java a situação não é muito diferente.

Se olharmos os "processos" (particularmente RUP e MSF), perceberemos um considerável gap também.

Mesmo assim, dá uma sacada no portfolio de todo mundo que um dia se apresentou como "software house" (um nome mais simpático e moderno). Pois é... Vai entender nossa "indústria"...

Briga de Galo

28 outubro 2004

Nada a ver com o divertimento do Duda. Tô falando do 'canto' do Schwartz (COO da Sun), sugerindo que a HP estaria "descontinuando" coisinhas básicas como o HP/UX. A HP exigiu retratação. A Sun negou. Saca só o comentário de um cliente da HP:

"I understand that HP does not want to be portrayed as walking away from their customers on HP-UX or Tru64. However, they also have made commitments to stockholders to consolidate and cut costs. They are currently juggling more Operating Systems than IBM! (HP-UX, Windows, Linux, Tru64, MPE, Non-stop, OpenVMS…) Their sales team has had no problem pushing Lintel solutions – even at the expense of replacing an existing HP 9000 / HP-UX system. They have definitely drawn a line in the sand for their customers on their legacy OS – MPE that was once their flagship OS. Is that enough?"

Outro cara diz que o futuro do HP-UX é tão claro quanto a incorporação de tecnologia MS no Solaris. Sinceramente? Quem ganha com a bagunça do galinheiro é a IBM e alguns (tantos) players Linux.

A ZDNet, quase sem querer, promoveu um concurso para escolher um novo nome pro Longhorn (Berrante). Não sugeri o 'Berrante' pq eles não saberiam que se trata d'uma ferramenta de baixa tecnologia e muito barulhenta utilizada por nossos boiadeiros... prá chamar a atenção da boiada! Prá prendê-la... hehe

Algumas sugestões legais que apareceram:

Windows MC (Mad Cow)
(Doesn't)MatterHorn
FogHorn
SecurityHoleHorn
Windows XP SP3
ShortHorn
WrongHorn
MS Bugs R Us
Windows 2010
Windows LX (Lowered eXpectations)
Windows RS (Revenue Stream)
Windows NTI (No Technology Improvement)
BillShit
NeverBorn
SoLong

Agora algumas cinematográficas. Que tal:

Plan 9 from Microsoft
Kill Bill 1.0


e por aí vai... A lista completa de sugestões (400+) tá aqui.

Agenda

24 outubro 2004

Na próxima quarta (27/out) é dia do "Gestão de Projetos", evento organizado pela SUCESU-SP com apoio do PMI.

Tô lá de novo (9h30 - sala 3), com a palestra "Aprendizado Inter-Projetos". O congresso será maior que o do ano passado. O número de palestras deve ser 3 vezes maior. Claro sinal da crescente importância da disciplina (?) gestão de projetos. Muito bom!

Organização 10. Conteúdo 10. Público 10 e meio.
E a cidade sede dispensa elogios. Floripa é outro papo. Sinceramente? É só a melhor, mais bonita e mais limpa capital do Brasil. E tem o povo mais bem educado tbém!



A foto aí é de quinta (21/out), dia das minhas palestras. Saca só o sol. Pois bem. Aí, na sexta, armado prá "pegar umas ondas", acordo com o seguinte tempo:



Mas tudo bem. Stress e Floripa são incompatíveis. Aproveitei prá conhecer o belo centro velho da cidade. Dica que fica: o "Botequim" e seus bolinhos de mandioca com carne seca. Praia? Quem sabe da próxima.

48 do Segundo Tempo

21 outubro 2004

E eis que após 1 ano de ensaios e tentativas, estréia finalmente a versão beta (0.8.1.2) do Graffiti oficial.

O blog aqui segue existindo (e alimentando a capa do oficial - tecnologia moderna!).

O excelente trabalho gráfico e de desenvolvimento é do mano caçula, o Guy Vasconcellos. Trata-se do 1o trampo dele em Flash. E ficou duca!

Disse "48 do 2o tempo" pq posso aproveitar para divulgá-lo aqui, no DevMeeting.

Pois é... vida dura. Cá estou eu em Floripa, na expectativa da minha 1a palestra no DevMeeting. (E prá pegar uma ondinha na praia do Mole... é mole? - hehe Sou surfista não).

O 1o dia (ontem) foi de descobertas, pesquisas e chopps. "Botequim"... lugar simpático. Mas como disse o Átila Belloquim, trata-se de uma cópia dos botecos paulistanos que copiam botecos cariocas... hehe. Ele tem razão.

Tava conosco o Eurico Brás. Papo divertido, chopp legal e algumas belas moradoras da ilha. Nas mesas ao redor, é claro. Na nossa só chopps, pasteizinhos e afins.



(Q q o Graffiti tá virando!! Hehe. Depois retorno com papo sério e algumas fotos do evento.)

1o Fruto: MS + Sun

19 outubro 2004

McNeally disse que o processo de "integração" de parte de seu portfolio (Sun) com a MS tá mais lento e é mais complexo do que eles esperavam (brincou! Alguém pensou que seria simples?!?!).

Mas a 1a cria (Frank?) deve dar as caras no 1o trimestre do próximo ano. Trata-se d'uma combinação do MS-AD (Active Directory) com o LDAP Server da Sun. Quem usar os dois serviços passará a ter "single sign-on". Bão: se LDAP era uma promessa de padrão e ambas as partes se comprometeram com o padrão: qual a dificuldade? Hehe... parece piada. É piada!

BPM: Fala sério!

18 outubro 2004

(ou: Como matar uma STL (sigla de 3 letras) no Berço)

A InfoCorporate ataca novamente. Saca só:

"O amadurecimento do BI e a chegada do BPM vão se tornar a mais nova aposta do mercado para conseguir justificar os investimentos em TI e fazer a tecnologia, finalmente, falar a língua dos negócios. Não é exagero dizer que o BI e o BPM devem se transformar quase em redentores dos CIO's, uma vez que prometem aumentar a performance operacional enquanto maximizam o valor dos sistemas já existentes nas empresas."

Céus! Tomara que nenhum CEO ou CFO leia a revista. Será o fim da TI. Mesmo!

Vamos lá: BPM (Business Process Management) tá aí já faz um tempinho.

Aposta do mercado para justificar investimentos em TI? Que discurso é esse? Investimento ruim não se justifica. Nunca! E cada remendo só piora a coisa. BPM depende de processos bem automatizados. Não há milagre!!

Redentores dos CIO's?!?! Quem vender (comprar) BPM assim tá gastando a última bala. Pára com isso! Em média, 50% dos projetos de ERP falharam. 60% dos projetos de CRM zicaram. E 75% dos projetos de BI melaram. Pq? Pq foram apresentados como panacéia. Como o grande milagre. Agora cada nova onda tem que ser o novo grande milagre. Já cansou, né? Repare nos percentuais. Cada nova "moda" depende da anterior. É uma nova fatia no 'stack' da infra-estrutura de aplicações corporativas. Se a fatia de baixo tá "meia-boca", como a de cima pode melhorar a nota do conjunto da obra? Impossível! Então a taxa de fracassos só faz aumentar. Matemática pura!!

Apesar da aberração e do nosso histórico, o IDC espera que gastemos US$1bi com BPM. Pode? Pode... infelizmente.

Atenção pr'esses 3 avisos:

First, the software keeps a copy of all your AOL Instant Messenger conversations. AIM, for many users, is like talking over the water cooler at work -- you say things you don't want preserved for posterity. Until now, AIM conversations with your buddies disappeared from your computer the moment you closed the discussion window. Desktop Search, however, makes a copy of AIM conversations and keeps them forever.

Second, the software keeps its own copy of all your Outlook and Outlook Express e-mail messages -- even after you delete them from within Outlook or Outlook Express. A confidential company memo, in other words, will still pop up during Google searches after you've emptied the Deleted Items folder in Outlook.

Third, the software keeps a copy of every Web page you visit and lists those pages in search results with the date and time of your visit. This even includes Web pages that are supposed to be secure from prying eyes, such as those run by online banking sites.


Pro 3o caso (no meu ponto de vista o mais "sério"), há a opção de desativação do armazenamento de páginas web seguras (Desktop Preferences). Aconselho sua desativação imediata, independente de quem use sua máquina.

Surrupiei os alertas daqui.

Ops... I'm talking 'bout hardware and OS's... Saca só:

"OS X is supposed to be like pure oxygen for developers of cross-platform Java apps."


Será que os bem desenhados (x)Macs e PowerBooks deixam de ser privilégio de designers e afins? Finalmente?!? Ao que tudo indica, parece que sim.

Semana passada 'cogitei' que o mundo P2P poderia estar no horizonte (totalmente indefinido e indefinível) do Google. Bom... um passo de cada vez. Parece que o próximo é o universo 'chat'.

Guia de Sobrevivência

15 outubro 2004

A matéria de capa da InfoCorporate do mês passado (set/04) trata do "Fim da TI como a conhecemos". E pergunta: "Como fica o CIO?"

Antes da tal matéria vc se depara com Nicholas Carr: "É o fim dos executivos de TI?". Coitado, a exemplo do Michael Hammer no início dos anos 90, Carr tá condenado a passar a próxima década justificando sua tese. Ciente de que o barulho (e a consequente fama) é fruto de uma má compreensão (má expressão?) de seu artigo prá HBR, agora ele tem que segurar a peteca. Pelo menos ele tem muito apoio. Um deles da própria InfoCorporate, que precisa justificar sua (do Carr) contratação. Pois veja bem:

A matéria de capa, extensa, chama-se "Tempestade à Vista". Alerta no início que não se trata de "apocalipse, catastrofismo". Incoerente? Muito. Ainda na página de abertura lê-se "Prepare-se, CIO, para se reinventar". Bullshitagem...

Eduardo Vieira, autor da matéria, baseou-se em estudos recentes da McKinsey e do Gartner. As previsões:

1. O depto de TI como o conhecemos deixará de existir;
2. Infraestrutura de TI é commodity;
3. TI deixa de ser área de suporte aos usuários;
4. Não há mais espaço para profissional eminentemente técnico; e
5. Ou o CIO torna-se um "executivo de processos de negócios" ou segue gerenciando ativos de TI, tornando-se, assim, um ser em extinção.

Hehe. Catastrofismo pouco é bobagem. Mas estranho mesmo é ler a matéria e todos os depoimentos coletados (Unilever, Itaú, Aventis, VR, Petrobras) e não encontrar praticamente nada que ampare tamanho alarmismo (e boa parte das "descobertas" acima. Executivo de processos de negócio? Fala sério!). Muito menos o texto apresenta algo que sustente a tese do Carr. Mesmo assim, o Eduardo encerrou o artigo dizendo "Cá entre nós: não é que o Nicholas Carr estava certo?"

Todos os cases descritos (pelos próprios 'donos') mostram apenas 2 fatos:

I - TI se desloca para as áreas de negócio, particularmente aquelas tidas como estratégicas. Prá que? Num movimento claro de busca desesperada de "alinhamento estratégico". A "verticalização" pode assumir formas um pouco distintas. Mas se trata de um novo movimento de descentralização da TI. Versão 2.0 duma história mal escrita. Principal razão? A baixa responsividade de TI. O "desalinhamento estratégico". Só isso...

II - Infra de TI é commodity. É mantida centralizada ou, preferencialmente, na mão de terceiros especialistas. T'aqui o único ponto de concordância com o Carr. Convenhamos, não é nada de novo. Infra de TI só não ganhou tal "rótulo" antes pq vivemos 2 décadas de gastança desenfreada (ou, prá ficar mais bonitinho: exuberância irracional). Agora q tá todo mundo vendo que deste mato (infra de TI) não sai mais coelho, joga um rótulo diferente lá e tenta vender "serviço"... hehe. Cruel mas é só isso tb.

Se "IT doesn't matter", pq tanta gente brigando por ela? Pq ela tá se deslocando pros "fazedores de dinheiro/diferença" e tem tanto alarmismo e chororô na própria matéria?

Avaliação da Associated Press, publicada no Seattle Times:

"Google's Desktop Search application, technically released as a preview yesterday for Windows XP and 2000 PCs, uses the same algorithms that have made its Internet search engine fast, accurate and popular. At the same time, it makes Windows' slow, built-in search tool eat dirt".

Comer poeira... hehe
O Google Desktop é outra prova 'irrefutável' de que a MS precisa rever, urgentemente, seu processo de desenvolvimento e, principalmente, a destinação de suas generosas verbas de P&D. Lógico que o Google Desktop não substitui um sistema de arquivos. Não tem nada a ver. Mas o desenvolvimento do WinFS não pode servir de álibi prá MS não entregar coisas simples e diretas. E acho que a "revisão/reengenharia" passa pelo Chief Software Architect, Mr Butthead.

Agora vou 'trafegar na mayonaise': será que a turma da Google tem no horizonte alguma iniciativa P2P? Se o DOJ estadunidense disse que o Napster, after all, era inocente, o que impede o Google de ser (além de tudo que é), uma ferramenta de busca P2P. E da busca pro compartilhamento de arquivos é um pulinho, não?

Simples e Direto. Muito bom! Entrega o que promete sem frescuras. E sem ter que ensinar praticamente nada de novo. É o Google que todos conhecem... agora capacitado a olhar seu disco. Só...Dez! Nota Dez!

Acelera MS

14 outubro 2004

Pisa fundo e com vontade!

O WinFS (capado do Berrante, próximo Win) prometia um sistema de arquivos mais esperto, inteligente, organizado. Principal ganho para o usuário final: achar a p**** daquele arquivo.

Pois bem! Quem não quiser esperar até 2007 já pode usar uma ferramenta legal. O Google acaba de lançar uma versão desktop (beta) do seu mecanismo de busca. Pode experimentar!*



*Válido prá WinXPé2 e Win2K SP3.

A Apple reportou que no trimestre vendeu mais de 2 milhões de unidades do iPod. Trata-se d'um crescimento de 500% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

Caraca! Vai faltar espaço em cadeia. Explico: o Ballmer (MS) falou tempos atrás que usuários do iPod são ladrões...

A IBM acaba de anunciar a nova versão do Rational Software Platform (Atlantic). Construído em cima do Eclipse 3.0, a IDE (acho q tá na hora de aposentar este nome), se propõe a ser um conjunto bem integrado de todas as ferramentas usadas pelo desenvolvedor moderno, da engenharia de requerimentos ao deployment.

Parece não se tratar mais da colcha de retalhos que caracterizava este tipo de empacotamento. A IBM Rational tá prometendo um ambiente realmente único, com várias "perspectivas". Produtividade é a meta aqui.

A outra é "facilidade de uso" (daqui o 4 dummies do título). Nada pejorativo não. Se VB tem o público q tem é pq sempre vendeu a idéia d'uma programação fácil. Agora IBM e outras querem que a patuléia perceba Java da mesma forma: como algo fácil, simples, direto e rápido. Dado o acúmulo de esforços (incluo aqui o NetBeans da Sun), a chance de sucesso é grande.

A MS promete pro ano que vem o Visual Studio Team System. Comparando as suites a MS tá muito atrás. Não tem ferramenta prá coleta e estruturação de requerimentos. O Visio tá longe de concorrer com o Rose. Mas o Visual Studio ainda é superior em codificação e deploy. Vamos ver como fica. De qq forma, quem ganha é o programador. Seja ele .NET ou Java. Dummie ou não.

Hehe.. sempre quis usar o título da música do REM de alguma forma... taí!

Mas o papo aqui é sobre um post do Schwartz (Sun), falando sobre 'utility computing' e o "novo" modelo de negócios. Saca só:

I was with a CIO from a big investment bank about three months ago. He, and his team, are some of the more innovative folks on Wall Street, creating infrastructure when their demands exceed the IT industry's ability to keep up (though not quite to the extent as the bank that still internally maintains their *own* linux distro). They drive us hard.

Our discussion was wide ranging - mostly a brainstorming session. He told me all about how much it was costing them to provision infrastructure, manage infrastructure, operate infrastructure, etc. They wanted to know what we were doing about "virtualization." Now, one man's virtualization is another man's outsourcing contract - so we spent some time getting down to brass tacks. "What do you mean by virtualization?" I asked.

And it turns out what he meant was, he wanted to reduce the cost of running his infrastructure. He was spending a ton of money operating what was supposed to be a commodity. Virtualization, in his definition, was technology that would automate those processes.

Now as you probably know, the IT industry is obsessed with "virtualization." It's the buzzword of the day (sorry, couldn't resist). But I wanted to try a new theory - "What would you think," I asked, "if Sun built out a farm of 20,000 CPU's, all running Solaris, divisable into "Trusted" containers? And I sold you the right to use (RTU) an industry standard OS/CPU combination in increments of cpu-hours? Solaris/Opteron or Solaris/SPARC, you pick. We'll run all your Red Hat apps in a Janus partition, and spare you the license cost."

Good news - he paused. "You'd charge me by the cpu hour? Sounds interesting. How much would you charge me?" Good question. My response, "No clue, but we could put the RTU's on eBay and see what happened."

He smiled, and responded, "Probably doesn't make any sense." Why? Because he said we were unlikely to meet his transactional requirements over the internet - connecting systems across the globe still meant latency (the speed of light, if nothing else) had an impact on their business performance.

"Frankly," I said, "I'm not interested in workloads with those sensitivities. Let's keep this simple. We'll provision cpu's by the hour running Solaris Containers. In Siberia, for all I care (to keep cooling/real estate costs low - no offense to our friends in Siberia). And we'll tell our customers - if you have comptutational workloads, that require 10's or 100's or 1,000's of cpu's, for defined periods of time (ie, 5 hours, or 3 days or 3 months) - discrete jobs like rendering a movie, or doing a monte carlo or geophysical simulation, or modeling a protein - then we can run your loads on demand for less than anyone in the industry. He went on to say, "clever idea, doesn't make a lot of sense." Ah well. I thought...

Since then, I've met with a movie studio, rendering one of the new superhero movies, and they said "AWESOME, love to not have to own the farm that renders the monsters. We just throw it away at the end of the movie anyways." I met with a company that designs jet aircraft, and they said "FABULOUS, love to not have to own the farm that runs the finite element wing sumlations," and I spent some time with a buddy of mine in academia, who said, "GREAT, love to let you deal with my compute farm - I'd like to get back to folding proteins." Maybe the idea has legs.

And then the banking CIO called back, and said, "I thought about it, and it's not a lot of our workload, but I bet we could take 5-10% of our workload and leverage your compute farm. When's it up on eBay?"

Now you know why we're announcing a new compute utility tomorrow morning - taking N1 to its next logical step, to a secure N1 Grid service, available on demand, to any customer with a credit card, or a purchase order. In increments of an hour. A virtual compute ranch - virtual because you don't employ the people, or operate the technology that manages it. A grid that let's your network do the walking.

And what's the price going to be? You may have to look on eBay. Or we'll just throw out a number. Maybe both.

And here's a view on why this is one of the most important announcements we'll make this year: what Google, eBay and Salesforce.com are proving are the economics of using someone else's uniformly standardized infrastructure to run your business. Sun's business, historically, has been the opposite - we deliver infrastructure to customers who work with us to customize that infrastructure to unique workloads. What salesforce.com and others prove is that there are some workloads for which the reverse can be true - mapping the workload, like salesforce automation, to a singular service provider with a common infrastructure, yields savings from economies of scale that vastly outweigh any potential expense in changing workflows/workloads. The ASP (application service provider) model is, in fact, a great model.

One man's virtualization is another man's web service. The era of mapping workloads to network service infrastructure is officially underway.

Price per cpu/hour?

Stay tuned tomorrow.



Que tal um test drive gratuito?

Com uma solução para gestão de portfolios!! (sic 10x...)

A porção 'Rational' da IBM caminha prá ser um 'full-solution provider' quando o tema for desenvolvimento de software. Full mesmo! Faltava-lhe um item primordial: um software para apoio na gestão de projetos. Porisso, seguindo o 'modus operandi' que tem caracterizado a Big Blue nos últimos anos (Buy... don't build), a SystemCorp foi incorporada.

Enquanto isso, em Redmond, correria danada prá tirar o atraso... MSF, ferramentas, etc. Pouco se fala, mas o fato é que a MS PRECISA d'um portfolio parecido com o da IBM Rational. Desta fez não se trata de mais um 'nicho'. Tá valendo uma estratégia inteira!

Pois é... o vento segue soprando. Semana passada falei sobre a iniciativa d'um banco, que vai "favorecer" parceiros de negócios e fornecedores que se compromentam com algumas diretrizes de responsabilidade social.

Agora duas novas:

1) Será elaborado um padrão ISO (provavelmente 21000 - referência à agenda XXI) para certificar empresas "responsáveis". Deve demorar cerca de 3 anos, mas já é alguma coisa. Tem brasileiro no projeto: Jorge Cajazeira, gerente de excelência empresarial da Suzano Papel e Celulose.

2) A McKinsey acabou de publicar uma pesquisa sobre o tema. No artigo lamenta que a adesão ainda seja pequena, particularmente entre as empresas estadunidenses... Alguma surpresa? Afinal, o exemplo vem de cima. Se o Bushit acha o protocolo de Kyoto uma bobagem, o que esperar de seus comandados?

Mas o vento segue soprando...

Sure

11 outubro 2004

O diálogo abaixo (real!) aconteceu na universidade de Berkeley na semana passada. Saca só:

QUESTION: You mentioned earlier, Mr. Gates, that universities are a really important source of great innovators, and so I expect that you consider being able to recruit from that source of great innovators pretty important to you. (Laughter.) So I'd like to find out if I could have a show of hands in the audience, I'd like to find out how many people in this audience might have concerns about working for a company that's been found guilty of illegal business practices, that limits the choice that its customers have to choose a product they want to use and the type of media they want to watch, and that has also been found guilty by the Federal Trade Commission of misleading the public?

A. RICHARD NEWTON: I think we get your point.

QUESTION: Could I have a show of hands from the audience, please?

A. RICHARD NEWTON: I think we get the point. Thank you. Thank you.

BILL GATES: But what's the question?

QUESTION: Do you think you might do better at recruiting students from universities if you improve the business practices of your company?

BILL GATES: Sure.

Quem acompanhou o "ensaio" da Vila Abaetetuba entenderá. Mas quando um monte de gente começa a "adotar/adaptar" um mesmo modelo de negócio é sinal de que a idéia é boa, né? Há o evidente problema do "estrangulamento" (excesso de oferta). Mas acho que ainda estamos longe do caso.

É o seguinte: duas empresas novinhas em folha baseiam seu modelo de negócios em "stacks" de software livre: a SpikeSource (que tem ex-Oracle) e a SourceLab (ex-Bea e, pasmem, ex-funcionários da MS!!!).

A SpikeSource se baseia num stack LAMPJ (Linux, Apache, MySQL, Perl/Phython, Java). Aposta simples e direta. Mas tem espaço prá muito mais... Na Vila tem umas idéias, prá quem quiser apostar umas fichinhas...

Que valor tem o SIM d'uma pessoa que não sabe dizer NÃO?

Chefes existem para serem odiados. Já usei esse chapéu. Sei do que falo. Gostei d'uma definição do grande "coordenador" da Sinfônica de São Paulo: 30% dos subordinados te adoram. 30% te detesta. 40% não tá nem aí. Vc trabalha por esse último grupo. Nada que vc faça fará os 30% de 'inimigos' reverem sua posição.

Mas tem gente que consegue aumentar a fatia de descontentes. Sobem no banquinho da senioridade, dos cabelos brancos... e não aceitam a opinião de ninguém que seja mais jovem. Se tal jovem estiver sem terno e gravata então... esquece. (Semler já falou que quem precisa d'um código de vestimenta prá provar a seriedade é pq não tem mais nada prá mostrar - e prá prová-la).

Agora, quando esse chefinho (Batatinha) é do tipo voluntarioso... a coisa desanda de vez. Sabe aquele? O cliente não é dele, ele não tem a porra da noção do trabalho que foi feito, não saca nada da tecnologia aplicada, não conhece ninguém nem o histórico da conta. Por acidente atendeu a um telefonema. Pronto! Virou o xodó do cliente. Acha que tá coberto de razão: aquela cegueira estúpida: "Cliente tem sempre razão!". PQP... Quanto mais vc corre mais assombração aparece... filhinho-de-papai; capa-preta; o essssperrrrto; o putanheiro; o gerrrson (levo vantagem em tudo, cerrrrto? - outra boa: "todo mundo tem seu preço")... agora a Madre Tereza. Pô, kd os gerentes do século XXI?

ps: Sorry... nunca quis usar o blog pr'isso... mas não achei outro lugar prá fazer essa cagada ... hehe... ;)

Acho que, a exemplo da série "Saca Só", vou acabar "serializando" o inferno astral da MS. A introdução aí é do David Berlind, da ZDNet:

The pressure on Redmond seems to be intensifying. Consider this week's string of "Is-there-life-after-Microsoft?" headlines: Gartner declares Windows a permanent beta, Ballmer acknowledges StarOffice challenges in Europe, IE-only developers lament their futures, AT&T mulls desktop replacement for Windows ...plus, there's all that pro-Firefox coverage. Momentum or coincidence? Marc Andreessen even suggests that Redmond has become vulnerable to a one-two punch from Firefox and Safari. Hey, maybe now's the time for Apple and Sun to produce a PowerPC/Intel-compatible glob called Solaris GNU OS X. In this industry, anything is possible.

Peraí: Beta permanente? Conclusão do Gartner?? Alguém tem que avisar os gartner-tupiniquins! Afinal eles continuam receitando 'ms-janelas' por aí... (ops).

Desenvolvedores IE-only temendo o futuro?!?! Bullshitagem... coisa de programador preguiçoso. Uma sugestão: pressionem a MS prá acatar um padrão para Javascript, HTML e outros badulaques que rodam em paginadores... Vai poupar trabalho pr'acas!!

PowerPC/Intel + Solaris GNU OS X + Sun/Apple?!?!? Uai... não é que a idéia é boa mesmo?

Retorno duplo: d'um grande amigo que não vejo há muito tempo e da própria série "Saca só". Não resisti. Mas, por razões óbvias, não poderei dar "nome aos bois". Mas vamos lá: Saca só:

Uma empresa "especialista" é contratada prá desenvolver um sistema "especialista". Tecnologia nova: .NET. Como grande parte de nossas "especialistas", correm no mercado e contratam um bando de frila. "Especialistas" na tecnologia, obviamente. Trata-se d'um sistema que envolve cálculos razoavelmente complexos. E que deveria atender um certo número de filiais. Pois bem: em determinado ponto (em torno da vs Alfa) descobrem uma mágica: a aplicação (arquitetura Web) é mono-usuária!!! PQP! Só um cara podia usar a aplicação. Se entra outro o sistema mistura os dados, mistura tudo...

Lógico, os "especialistas" debandaram logo após a 1a bateria de testes. Aí sobra pr'aqueles caras legais que topam, como disse meu amigo, dar um tapa na "bucha"!

BTW, meus amigos andam se especializando em buchas. Tem outro que deveria ficar 1 mês no projeto e já tá há 4. Vive no DF mesmo após a debandada de sua contratante (o caso já foi narrado em outro "Saca Só" - a história do modelo 'polimórfico' de banco de dados).

Bão: só torço pros meus amigos não ficarem 'butina' com minha indiscrição. As histórias são boas demais.

Tempos Modernos

07 outubro 2004

Quase sem querer participei d'um evento surpreendente na tarde de ontem. Um dos maiores bancos privados do Brasil reuniu em um auditório representantes de 50 grandes e médias empresas de TI. Estavam lá IBM, HP, CPM, DRM, etc etc

Rapidamente a surpresa: o banco está levando suas ações de "desenvolvimento sustentável" para outros níveis de seu "ecossistema". Seus fornecedores estão sendo "convidados" a compartilhar uma visão de responsabilidade social e ambiental. Para tanto, nas futuras concorrências, o nível de comprometimento da empresa com tais questões será considerado. Será um novo critério de seleção de propostas!!!

Representantes do banco, com entusiasmo bastante sincero, mostraram alguns cases de sucesso. E mostraram uma preocupação (bem legal, por sinal) de distanciar suas iniciativas de rótulos fáceis e covardes do tipo "utopia", "fogo de palha", "modismo", etc.

Ano passado li "O Novo Jogo dos Negócios" de Shoshana Zuboff. O título em português é horrível! O original é "The Support Economy".



Ali ela descreve (com fatos) o fim do capitalismo como o conhecemos. E desenha uma sugestão, o "capitalismo de suporte", onde todas as corporações participam "de facto" da sociedade. Comprometidas com o desenvolvimento sustentável. Lógico que achei um tanto 'irrealizável'. Agora, vendo um BANCO (!) tomando atitudes dessa natureza passei a "rever meus conceitos". Tempos Modernos parte 2?!?! Tomara!