Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

Ok. 2009 tá longe, o Gartner dá muita "varada n'água" (espantando peixes, né peixe?) e seu mantra é "carpe diem". Portanto, o que vc deve fazer (estudar) HOJE?

Hã... não vou falar de música, mergulho, magia e afins. E, como se trata de uma continuação do post anterior, estou falando exclusivamente com o Desenvolvedor, vulgo Analista/Programador.

Eu sei que é muito difícil conciliar o dia-a-dia de nossos maravilhosos projetos com um Aprendizado Planejado. Poucos têm a sorte de se encaixar em um projeto executando um conjunto de atividades relacionado diretamente com seu Plano de Estudo. Todo projeto ensina, mas nem sempre se trata de um corpo de conhecimento desejado naquele momento (ou em outro qq). Porisso eu entendo que o profissional motivado busca novos conhecimentos em outras praias, fazendo cursos, estudando 'por conta' (gosto muito destes), participando de comunidades de prática (grupos de discussão) e de projetos de Software Livre (infelizmente muitos ainda não captaram a riqueza e o potencial desta última e moderna Modalidade de Aprendizado).



Dado o perfil dos nossos maravilhosos projetos em execução (tem gente mexendo com Windows DNA aí gente!!) e o tradicional gap de 2-3 anos que condena cursos, cursinhos e 'parentes próximos', temo que o profissional que queira fazer um upgrade mais rápido tenha que apelar para o auto-aprendizado e a participação em projetos abertos. Mas vou deixar de blá-blá-blá e apresentar logo algumas dicas que, acredito, podem torná-lo um Profissional Diferenciado - HOJE (e depois de amanhã, obviamente):

Front-End
Já deu briga (no bom sentido) minha visão sobre o desenvolvimento de interfaces Web ricas (sem o uso de firulas de alta periculosidade como o ActiveX). Erroneamente eu creditei só o Javascript quando comentei maravilhas como o Google Personalizável. Aprendi hj que eu deveria ter falado AJAX. Saca só o post "Desperately seeking: More AJAX developers", de David Berlind. Quem estuda J2EE e gosta de desenvolver interfaces para usuários finais deveria dar uma olhada também em JSF (Java Server Faces). Acompanhar o que a IBM anda fazendo com o Eclipse, particularmente no Lotus Workplace, pode ser um diferencial daqueles. Creio que 50% da base instalada de Notes, no mínimo, vai migrar para a nova versão durante os próximos 2 anos. Quem atenderá as demandas de customização?

Back-End (Camada de Informações)
Taí uma turminha constantemente desafiada e, estranhamente, estagnada. Não briguem comigo! Mas 9 em 10 DBAs, DAs e afins (Desenvolvedores que trabalham na Camada de Informações) fazem hoje exatamente o que faziam há 5 ou 10 anos!! Pelamordedeus!!! Os desafios ignorados pela turminha são: Bases Analíticas (DW, OLAP, BI...) e Bases de Dados não-Estruturados (CMS). Quem combinar domínio nestas duas 'novas' propostas com o batido domínio em Bases Transacionais (OLTP) poderá ser chamado de Arquiteto de Informações. E cobrar o dobro! Aproveitem, pq a tendência é de queda de importância, demanda, salário...

Serviços
A turma mais versátil e versada em OO e componentização tem um presente esquisito mas um futuro (próximo) bastante promissor. Independente da plataforma tecnológica escolhida o objeto de estudo deveria ser, prioritariamente, SOA (Services-Oriented Architecture). Quando a ficha começar a cair nas grandes e médias empresas, a demanda será muito grande. Lembrem-se que SOA é muito mais que 'web services'; Que SOA é agnóstica em termos tecnológicos. Enquanto promessas como a da Bea estiverem amadurecendo, um projeto SOA ainda será semelhante (para o Desenvolvedor) aos projetos tradicionais. SE promessas como a da Bea se consolidarem, quem desbravou o admirável mundo novo da SOA "na unha" terá incomparável "Vantagem Competitiva". Quando faço este tipo de provocação não estou cometendo a insanidade (ingênua) de acreditar em um mundo sem "Desenvolvedores de Verdade". SQL, dBase, Lotus 123, VB, VBA, L4G e outras tantas letrinhas já prometeram tal mundo um dia. Ele nunca existirá, creiam. Mas acredito muito no surgimento de um Novo Desenvolvedor. O perfil dele será mais ou menos assim:

Analistas
Pois é, uma boa parte daqueles que hoje conhecemos como "Analistas" pode (deve?) assimilar novas responsabilidades. As meta-aplicações do mundo ideal dispensarão os programadores tradicionais (que seguirão trabalhando nas camadas inferiores - catacumba não!). Mas as meta-aplicações demandarão domínio técnico da tal "Infraestrutura de Serviços" e, principalmente, domínio da Arquitetura do Negócio. Modelagem de Processos de Negócio é pré-req fundamental. As outras habilidades tradicionais dos Analistas de Sistemas também. Porisso não acredito que um "usuário comum" vá assumir a cadeira do Novo Desenvolvedor. Além de conhecer SOA e adjacências, é bom prestar atenção na evolução do MDA (Model Driven Architecture) e BPM (Business Process Management). Por onde começar? Capturando, Entendendo e Modelando Processos de Negócio. Para a modelagem usar UML (Unified Modeling Language), please!


Dureza? Tome um Dreyer. Ou tente a sorte na megasena, sei lá...
Imitando (mas não copiando) o Macaco Simão: "Quem fica parado desanda."

Três "sinais" indicam a probabilidade de uma mudança considerável no perfil do desenvolvedor de sistemas. O Gartner divulgou duas previsões, "levemente acopladas", em seu último simpósio:

1. Em 2009 o número de desenvolvedores será 30% menor que hoje; e

2. Em 2010 a Organização de TI será 30% menor, e 60% de seus integrantes estarão executando, "diretamente", atividades de negócio (!).


Descobri com o próprio Gartner que uma organização de TI tem algo entre 5 e 11 integrantes para cada 100 funcionários (contando funcionários "de verdade" e também os agregados, digo consultores, digo terceiros). Seria uma média de 7%. E 40% deles alocados em atividades de projetos de desenvolvimento. Ou seja, 3 programadores para cada 100 funcionários. Em 2009, segundo a bola de plasma do Gartner, serão apenas 2!!

Pois bem, o 3o "sinal" vem de uma empresa que anda fazendo de tudo para se reposicionar no mercado, a Bea. Seu carro chefe, o WebLogic, perdeu o 2o lugar no ranking de servidores de aplicações J2EE para o 'gratuito' JBoss. O IBM Websphere lidera, com cerca de 35% do mercado, há 3 anos.

A Bea lançará, no próximo dia 9/jun, o Free Flow. Trata-se de uma Infraestrutura de Serviços totalmente baseada em conceitos SOA (Services-Oriented Architecture). O novo 'ambiente' possibilitaria a modelagem de processos de negócio e o desenvolvimento de Aplicações Compostas (prefiro o termo "Meta-Aplicações") por não-programadores.


Figura: o novo Stack de soluções da Bea.

Ok. São sinais ainda fracos e relativamente distantes. Mas; SE o Gartner estiver mais-ou-menos certo; me parece que a Bea fica uns belos 2 passos na frente da concorrência.

E; SE o Gartner estiver certo; os Desenvolvedores, formadores de Desenvolvedores e afins devem se preparar para uma 1a grande onda de mudanças desde que inventaram as tais "linguagens de alto nível". Uns vão esperar pra ver. Outros vão pagar pra ver. Eu fico com a minoria (de "técnicos") que vai Torcer pra Ver.

Aconteceu no último domingo, em Varginha. E minha mãe foi testemunha:

Por volta das 19hs fomos levar minha irmã e os dois sobrinhos na rodoviária. Do lado de fora, ao lado do estacionamento, 3 'homeless' se preparavam para o descanso, envoltos em cobertores e acompanhados de algumas garrafas de pinga e alguns cachorros. Enquanto aguardávamos o embarque ouvimos uma algazarra lá fora. Os cães estavam agitados e latiam muito.



Quando minha mãe e eu voltamos para pegar o carro ouvimos um dos mendigos, meio nervoso, gritando para um dos cachorros:

"Bíu Guêiti!! Vorta aqui Bíu Guêiti!! Fica keto!!!"


Kuakuakua... realmente tem coisa que só acontece em Vga...

"...the best way to prepare [to be a programmer] is to write programs, and to study great programs that other people have written. In my case, I went to the garbage cans at the Computer Science Center and fished out listings of their operating system."
- Bill Gates

Alguns CIOs acham que seu depto vai sumir do mapa. Outros, no meu ponto de vista mais sensatos e antenados, acreditam que em 2010 sua área terá 2/3 do pessoal que tem hoje. E, segundo o Gartner, 60% deles executarão tarefas relacionadas diretamente ao negócio, seus processos, informações, e relacionamentos.



O post da ZDNet mostra algumas (possíveis) contradições das previsões do Gartner com pesquisas realizadas por outros órgãos. Fase complicada: de repente algumas "profissões do futuro" vão ficando raras. Ou com o perfil totalmente diferente daquele que impera até hoje.

Se (eu disse SE) as tendências abaixo se confirmarem (e tudo indica que SIM), a redução de 1/3 do staff será pequena:

.Infra de TI vendida (alugada) como Utility
.Consolidação Maciça de Servidores / Grids
.SOA - Services-Oriented Architecture

Só acho que 2010 é cedo demais. Quem sabe, 2012? hehe..

"The reason most major goals are not achieved is that we spend out time doing second things first."
- Robert J. McKain

graffiare # 1 0 1

27 maio 2005

"The more I want to get something done, the less I call it work."
- Richard Bach

Temporada de Caça

24 maio 2005

Os programadores nunca mereceram tanta atenção. Três 'entidades' acabaram de liberar ferramentas novinhas, mimos e mais mimos para cativar a moçada que, indiretamente, pode definir o destino de plataformas tecnológicas inteiras.



A MS acaba de liberar o "Microsoft® Pre-Release Software Code Named “Avalon” and “Indigo” Beta1 RC". Wow! Quanto sobrenome, hehe. Trata-se do 1o Kit pra desenvolvimento de soluções para o 'Berrante' (Longhorn). Apesar da convivência natural com soluções COM+ e MSMQ, deve ter muita novidade aí. Tanto na porção 'Indigo' (Integração/Comunicação) quanto no 'Avalon' (interface gráfica).

Mas briga boa mesmo tá rolando no ring dos IDEs (Integrated Development Environment) gratuitos e abertos para desenvolvimento de soluções Java. Mal saiu o Eclipse 3.1 e já aparece na cola o NetBeans 4.1

Pelo pouco que vi nas revistas especializadas, as duas propostas seguem fortes e jogando pesadíssimo. Curiosa concorrência tão acirrada ocorrendo no campo de ferramentas 'free'. BTW, o que será da Borland?

Ainda acho o Eclipse uma proposta mais abrangente e robusta. E, dado o número crescente de adeptos (Bea, HP, Intel, Novell, SAP), parece ser uma aposta mais certeira. Mas a concorrência do NetBeans, ao contrário do que eu pensava há pouco tempo, tá parecendo bastante salutar.

Enquanto isso...

Lendo alguns de meus últimos posts alguém há de crer que não 'passo na pinguela' com os tais CIOs. Leitura equivocada, já que seria um tiro no meu pé esquerdo. Afinal, quem dá a palavra final em minhas idéias e propostas? Mas confesso:

. Uma incurável antipatia pelos CIOs 'pavão' - não podem ver uma revista que já exibem aquele rabão (no bom sentido, claro); e

. Uma sincera preocupação com o futuro da classe.

Este artigo da ZDNet comenta uma pesquisa realizada com 36 CIOs. Vinte e quatro deles acreditam que em 2010 não haverá mais um Departamento de TI corporativo!! As unidades de negócio assumiriam as responsabilidades, inclusive de negociação com fornecedores, operação e desenvolvimento. Não acredito em movimentação tão radical. E torço para que ela não vingue. Cai nessa quem caiu no papo da 'comoditização'.

Mas preocupa mais ainda a forma como os CIOs são vistos... pela própria equipe! Saca só a listinha de reclamações levantada em enquete da TechRepublic (requer registro):

01. Os CIOs nunca assimilam todos os fatos antes de tomarem uma decisão;
02. Não sabem fazer e participar de reuniões (!);
03. Sempre repassam as "Culpas";
04. Não sabem ouvir;
05. São ignorantes em assuntos técnicos (!);
06. Estão sempre 'metendo o bedelho' em tarefas operacionais;
07. Comunicação é inconsistente;
08. Repetem pedidos e ordens (síndrome CRS - Can't Remember Stuff);
09. Não respeitam o conhecimento do Staff;
10. Não apoiam decisões dos gerentes;
11. Repetem informações constantemente;
12. Realizam 'follow-ups' desnecessários;
13. Insultam nossa inteligência;
14. Vivem lembrando 'quem é o chefe aqui';
15. Assumem méritos que não são (diretamente) seus.


As reclamações são sérias. Desconheço levantamento semelhante em .BR, mas já cansei de ouvir lamúrias equivalentes. Lembrando a desconfortável perda de moral com o andar de cima, dá pra concluir que os caras estão vivendo seu primeiro 'inferno astral'. Bom momento para uma auto-análise e, principalmente, auto-crítica, não?

Número CEM!! Desde sexta tento achar algo diferente pra colocar aqui. Pô, não podia ser só uma frase/provocação... o centésimo merece comemoração! Como vivo sendo provocado por coincidências legais, chegou hj de manhã a edição 22 do Café Brasil. Com artigos falando do Grande Brasileiro Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé. Sabia quase nada do cara. Que grande cara! Vale a pena ler os artigos no Café Brasil. Bem, e eu ganhei uma coleção de graffiares:

. De onde menos se espera, daí é que não sai nada.
. Mais vale um galo no terreiro do que dois na testa.
. Quem empresta, adeus...
. Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.
. Quando pobre come frango, um dos dois está doente.
. Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.
. Cleptomaníaco: ladrão rico. Gatuno: cleptomaníaco pobre.
. Quem só fala dos grandes, pequeno fica.
. Os juros são o perfume do capital.
. Negociata é todo bom negócio para o qual não fomos convidados.
. Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.
. Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.
. Há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos conhecem.
. É mais fácil sustentar dez filhos que um vício.
. A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados.
. A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.
. Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.
. A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.

Artigo da Search390 comenta pesquisa da Micro Focus. Existiriam ainda algo entre 180 e 200 bilhões de linhas de código COBOL. São milhares de aplicações que devem ter, em média, uns 20 anos de idade. Pois bem, a média de idade dos programadores COBOL gira entre 45 e 49 anos. Como quase ninguém estuda COBOL nos dias de hoje, a pergunta é: quem vai dar manutenção neste monte de coisa quando os coboleiros começarem a se aposentar?



Estão sugerindo que ensinemos COBOL para a estudantada? Quem vai querer trampo de dar manutenção em código velho? Ainda mais nos EUA?

Sei não, mas daqui uns tempos a coisa pode ser conhecida como o 'Bug dos Programadores Aposentados'. Como falei no começo do ano ("Haja Hoje para tanto Ontem", item 8), eu começaria a aposentar 6 aplicações legadas por ano... no mínimo.

Não sou preconceituoso. Não tenho (quase) nada contra o COBOL. Muita gente já me viu elogiá-la como uma das melhores linguagens (pelo seu aspecto 'disciplinador'). Mas, e daí? Fusca, Chevette, Wordstar e CP/M também já foram modernos e úteis um dia, não?

Há 2 ou 3 semanas comecei a reclamar da 'Censura', mirando principalmente as 'Políticas' de algumas empresas que ainda não entenderam o que é um 'knowledge worker'. Hoje fui vítima de um outro tipo de 'Censura'.



Participo de alguns grupos de discussão. De vez em quando gosto de postar em um grupo algum material do Graffiti ou do Finito. Normalmente o faço quando o grupo está morno, ávido por um graffiare, digo Provocação. Há uns 2 meses coloquei no grupo PMO um post chamado 'A Info Corporate é uma B0$t@'. Fracassei feio. Só uma pessoa respondeu. Se sentindo 'atingida' pelo meu comentário. Pra quem não quiser ler o post inteiro: desci o pau na matéria de capa da revista. E disse que os CIOs deviam tomar cuidado, para não aparecerem amparando conteúdo técnico tão ruim.

O debate com o cara durou apenas 2 posts. Na lista! Ou seja, foi público. Rolou coisa do tipo ".. o problema não é da revista e sim dos autores dos artigos." ... "Eu me sinto particularmente triste com este seu comentário, pois sou uma das pessoas que vc está criticando." ... "Costumo dar entrevistas para a INFO CORPORATE, COMPUTERWORD, INFORMATION WEEK porque considero
publicações sérias e que respeitam os profissionais." ...

Pôxa... não ataquei ninguém pessoalmente. Me deixa puto uma revista que custa R$19,90 - se diz 'especialista' mas não tem a p0j@ da idéia do que escreve. Aí um CIO acha tempo para reclamar de meu post!?!? E o pior estava por vir. Saca só:

"Paulo, eu estava procurando uma entrevista que dei para um site e através
do "altavista.com.br" encontrei a sua página, com a resposta sobre os
memes que vc mandou na lista do PMO. Nada contra, mas eu pediria para vc
retirar o texto que vc publicou. É constrangedor para mim, ter uma
discussão que tivemos publicada num site. Sem recentimentos, mas por favor, apague pelo menos os nomes que cito e a minha assinatura. Não gostaria de constrangir mais ninguém com este assunto."


Dando entrevistas... procurando entrevistas...
Não sei se fico constrangido ou recentido (sic 10x!).

Tem gente que fala d+ e ouve (lê) d- ... Mas tudo bem. Cada macaco no seu galho.

btw: Respeitei o Excelentíssimo CIO e retirei os nomes citados em seu comentário.

"Monsieur l'abbé, I detest what you write, but I would give my life to make it possible for you to continue to write."
- Voltaire



Coincidência ou não, o título da fraquinha continuação de '2001' (Kubrick) tem tudo a ver com as previsões do Gartner. Segundo a bola de plasma dos caras, teremos em 2010 a convergência de 3 tecnologias/tendências:

. Acesso de QQ coisa, em QQ lugar, a QQ hora
. Inteligência esparramada em QQ coisa, em QQ ...
. Conectividade Semântica

A primeira trata da onipresença, da ubiquidade da grande rede. Quem mora em Sud Menucci (SP) já experimenta um pouco do q o Gartner está prevendo. Com e, principalmente, sem fios, estaremos o tempo todo conectados. Através de nossos celulares, iPods, Palms, Notes, Desktops, TVs, videogames, carros, gravatas e por aí vai. Vc não precisa ser do Gartner pra dizer que tal movimento está acontecendo há algum tempo. Vc tem que ser do Gartner pra dizer que em 2010 este movimento fará contato com outros dois...

... Com aquilo que eles estão chamando de "ambient intelligence", que trata da integração de todos aqueles dispositivos que listei no parágrafo acima com o intuito de 'resolver problemas comuns'. Etiquetas RFID levarão tal inteligência e capacidade de Colaboração para coisas 'burras' como caixas de papelão, barras de sabão, latinhas de cerveja, bolas de futebol e tudo o mais que vc possa imaginar. Esta integração de todo mundo com qq coisa configura um Ambiente Inteligente. O Nicholas Negroponte tratou o tema há 10 anos. Só não sei se 5 anos sejam suficientes para resolver o maior entrave desta tendência...

... Que, não por acaso, é o terceiro item da lista do Gartner: 'Conectividade Semântica'. Aqui o bicho pega. Boa parte de nossos dispositivos e aplicações já sabem, de alguma maneira, trocar mensagens. Protocolos, APIs, web services e sinais de fumaça foram inventados para isso. O problema é fazer com que um dispositivo ou aplicação "Entenda" uma mensagem, interprete-a de forma "Natural". Em um contexto mais específico (EDI) o tema era a obsessão doentia de um ex-chefe. Não creio que em 2010 ele poderá trocar de pesadelo. Falta muita coisa além dos metadados, XMLs ...


Nada de novo no front, nem haveria de ter. Escoro meu ceticismo em relação a realização de tal 'convergência' no fato de não conhecer uma única empresa (daqui ou gringa) que:

1. Perceba alguma oportunidade na tal 'ubiquidade' (exceto Abaetetuba! hehe);
2. Olhe RFID sem pensar em CONTROLE de estoques, logística e afins; e
3. Tenha a p#rR@ da idéia do que seja "Semântica", tenha uma base de dados devidamente "Explicada" etc


ps: Mas no meio de tanta previsão 'difícil' do Gartner até que tem uma bem prática, simples e desejada por um monte de gente: em 2015 o número de 'Gerentes' por 'produtores de conhecimento' cairá pela metade. Pô, precisa demorar tanto?

Desde que virei usuário mais frequente dos serviços do Google o desejo de matar uns programadores aumenta. As funcionalidades do GMail são prova definitiva de que é possível desenvolver interfaces muito ricas e inteligentes sem instalar NADA na máquina cliente. Mas a gota d'água é o novo serviço de personalização que eles disponibilizaram em versão beta. PQP!! Arrastar e soltar em uma página Web simples?!?! Desenvolvido em Javascript?!?! Cadê aquele tanto de programador que me falava que Javascript era uma bosta???



Hehehe... Se Bart fosse um programador ele estaria escrevendo: "Vou aprender Javascript antes de falar que desenvolvo interfaces Web..."

"To do is to be."
- René Descartes

Google Culture

19 maio 2005

Ando estudando 'Equipes de Alta Performance' e o Google é um 'animal' único que merece muita atenção. A gente sabe muito pouco sobre eles. Gosto de lembrar de alguns mitos:

. São só 3 níveis hierárquicos;
. Se 2 pizzas não matam a fome de um time, o time está grande demais;
. CRIATIVIDADE e AGILIDADE valem mais que CONTROLE.




O CEO do Google, Eric Schmidt, está participando do Gartner Symposium/ITxpo e foi devidamente sabatinado. Falou que seu grande concorrente é o Yahoo! e não a MS. Justifica dizendo que o Google está no mercado de INFORMAÇÃO, não de TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO. Diz, humildemente, que o Google não é um bom exemplo. Que sua vida é "tranquila"... Pode? Bom, pelo menos ele fez outra revelação (cravou outro mito) que pode ser muito útil:

. Os times do Google gastam 70% de seu tempo desenvolvendo (evoluindo) seu 'core business' (busca e publicidade); 20% nos negócios paralelos (Google News, Froogle, Orkut?); e 10% em "qq coisa que eles achem interessante"...

Pois é... existem culturas e CULTURAS...

Ontem eu falei que o console do novo PlayStation 3 é muito feio. Tinha visto só as fotos do evento de lançamento. Pensando bem...

... o bichinho não é assim tão desengonçado não. Mas achei muito grande. Bom, o caixinha estará escondendo 7 (Sete!) núcleos de 3,2Ghz... Acabei de comentar aqui: terá mais poder de processamento que a maioria de nossos servidores... hehe

Artigo surrupiado da Info Online:

A Sony demonstrou o seu novo Playstation 3, que chegará ao mercado no ano que vem. O console promete o dobro do poder de processamento do Xbox 360, contando com sete núcleos de 3,2 GHZ. Também será empregada a tecnologia de discos Blu-ray, com capacidade de 50 GB por mídia, e será incluído um HD removível.

A conectividade do console será bastante ampla. Ele contará com slots para Memory Stick Duo, cartões SD e Compact Flash, e interfaces para conexões ethernet, firewire e Wi-Fi. Até sete joysticks bluetooth poderão ser utilizados, e existirão seis entradas USB para ligações com periféricos. O console terá três opções de cores: branco, prateado e preto.

A missão do Playstation 3 é continuar o reinando do PS2, que vendeu mais de 80 milhões de unidades e é o líder da atual geração de videogames. O novo console, diz a Sony, terá 35 vezes o poder de processamento do anterior. Como concorrentes, o PS3 terá o Xbox 360, que chegará ao mercado ainda este ano, e o Nintendo Revolution, que deve ser apresentado nos próximos dias.

Entre os primeiros jogos, estarão os novos capítulos de duas séries muito bem sucedidas: Gran Turismo e Final Fantasy. O preço do console ainda não foi definido.



A Sony deve ter antecipado o anúncio para evitar que o xBox360 faça muito estrago no Natal deste ano. Algum estrago ocorrerá pq muita gente não vai querer esperar até o 2o semestre do ano que vem para ter um console de última geração. A MS nunca trabalhou com um cronograma tão crítico: se o xBox não ficar pronto em novembro, kisses kisses, bye bye. Tecnologicamente falando, o PS3 é muito mais máquina.

"You don't need a weather man to know which way the wind blows."
- Bob Dylan (Subterranean Homesick Blues)

Pontos de Inflexão

18 maio 2005

Segundo o Robert X. Cringely a semana que passou irá mudar a nossa indústria "para sempre". Ele destaca três eventos:

1. O lançamento do xBox 360 pela MS;
2. O lançamento do Web Accelerator pelo Google; e
3. O possível lançamento de uma versão 'Vídeo' do iTunes pela Apple.

Acho que ele exagerou a importância de alguns eventos. Pior, ignorou outros movimentos que possuem, no mínimo, o mesmo poder de 'ruptura'. Vamos lá:

O novo xBox PODE ser apresentado como um substituto do PC caseiro, como sugerido pelo Cringely. Pode, mas duvido que a MS o faça. Seria um baita tiro no pé. Autofagia sem precedentes. É certo que há sobreposição de funções do novo console com o tradicional micro que temos em casa. Mas o xBox (AINDA) não mira o nicho populado por Dell, HP, Toshiba e todos os xing-lings que vemos por aqui. E parece que o novo PlayStation (Sony) também não. [BTW, que console mais feio! Será que a Sony vai começar a ceder terreno para a MS?]

O Web Accelerator é uma belíssima provocação do Google. Outro ensaio barulhento da mitológica "dominação do mundo". Ainda não consigo ver como este tipo de "serviço" se paga. Ser um "proxy" global é ambição demais. Até para o Google. O problema com a abertura de várias frentes (Orkut, desktop search, GMail, Froogle, News etc etc) é a perda de foco e qualidade. O Orkut é uma lesma com caimbras. Minha conta no GMail está sendo utilizada para o envio de spams (não aqueles que envio!). O suporte deles é uma ciranda de FAQs. Dada a incrível agilidade do Google, reconheço que corro sério risco de queimar a língua. Mas acho que o Web Accelerator precisa de muito tempo de forno para se tornar algo palatável.

O iTunes vendendo vídeo indica um 'ponto de inflexão', uma ruptura? De jeito nenhum. Revolução fizeram o Napster, Kazaa e agora o ShareAza. Eles distribuem vídeos há tempos! Cringely escorregou na maionese multimídia...



...E ignorou duas notícias muito significativas:

1. A Aquisição da GlueCode pela IBM
Não há um único player (SÉRIO) no mercado de software que não esteja participando, de alguma forma, da Comunidade de Software Livre. Pq a IBM compraria uma empresa que monta (com produtos 'open') um combo parecidíssimo com o Websphere? E se era para comprar um servidor de aplicações J2EE, pq não o JBoss que, segundo algumas fontes um tanto parciais (Fleury), já tem mais de 30% do mercado? Para calafrios de toda a comunidade, será que a CA vai comprar o JBoss e o MySQL??

Ruptura percebida: o paradoxo da obsessão pela posse de algo que é Aberto e Livre. IBM, Oracle, Bea, CA, Novell... estão todas abrindo e liberando produtos ao mesmo tempo que adquirem distribuidoras e prestadoras de serviços especializadas em Software Livre. Creio que a maioria o faz pq acha que todo mundo tá fazendo... hehe. Há lógica nesta frigideira untada com óleo de girassol? Será que o destino de grande parte dos 100k projetos 'open source' é se tornar apêndice de algum prestador de serviços? Será saudável? Tenho minhas dúvidas.

2. A Nova Intel
Desde sua fundação, em 1968, a Intel sempre foi dirigida por técnicos. Gente brilhante como Gordon Moore e Andy Grove. Pois bem, hoje (18/mai) está tomando posse como CEO da Intel o Sr Paul Otellini. Formação: Economia e Marketing. Mensagem: a Intel passa a ser guiada pelo mercado, não mais pela lei de Moore. A mudança acontece em cima da hora! Além do estrago que a AMD causou nos últimos anos, a Intel terá pela frente seu mais forte competidor em todos os tempos: o chip CELL, projeto conjunto de IBM, Toshiba e Sony.

E aí, como seria uma 'Nova Intel'? O que ela fará se não existir mais a dupla dinâmica Wintel? xBox (PowerPC - IBM) e Playstation (CELL - IBM) são dispositivos que baterão a marca de 100 milhões de unidades vendidas. Como a Intel pode entrar nesse mercado? E no de celulares?

Considerei os 2 fatos acima 'pontos de inflexão' pelo número de Interrogações que apresentam. Pela montanha de $$ que movimentarão, de um lado para o outro, tentando achar as respostas.

"Uma idéia não vence apenas por ela ser boa. Ela deve ser devidamente apresentada para vencer."
- Joseph Goebbels

Parece que o Gartner Symposium/ITxpo não começou muito legal não. Parece que o novo CEO não é muito antenado. Ou então é pé-no-chão tupiniquim. As "inovações" citadas por ele na palestra de abertura foram RFID, portais corporativos, VoIP e bullshitagens afins. Um terror!

Como o evento é grande (e caro) demais para falhar assim tão feio, apareceu gente boa com provocações interessantes. Duas merecem MUITO destaque:

. Tá chegando a hora das empresas começarem a terceirizar boa parte da sua infraestrutura de TI.

. Em 2009 o número de "programadores" será 30% menor que hoje!!!



Wow! Um tal Ken McGee, 'fellow' do Gartner, cravou que "There is a need to move away from programmers to business specialists, who understand how the pieces go together".

Getaway from programmers!!! Muita gente sonha com isso há tempos...

"Isn't it odd how parents grieve if their child spends six hours a day on the 'Net, but are delighted if those same hours are spent reading books?"
- Nicholas Negroponte

Coluna do Gilberto Dimenstein publicada na Folha de ontem (dom, 15/mai), entitulada "Estamos Prejudicando nossos Melhores Alunos?". Um trechinho:

"O objetivo era comparar o desempenho de alunos de escolas públicas e de escolas particulares na universidade. Foram, então, analisados os registros acadêmicos de jovens da mesma idade que tiraram as mesmas notas no vestibular, começaram a estudar no mesmo ano e entraram no mesmo curso da Unicamp.

"A pesquisa surgiu quando a direção da Unicamp discutia mecanismos para democratizar o vestibular e queria conhecer melhor os estudantes que tinham vindo de escolas públicas. Os pesquisadores se surpreenderam com a comparação.
A conclusão contraria o senso comum: os estudantes de escolas públicas se saíram melhor. Isso apesar de serem comparados com colegas mais ricos, egressos de colégios particulares.

"Resultado semelhante foi divulgado, na terça-feira passada, pela Universidade Estadual do Rio do Janeiro, onde se criou um sistema de cotas para alunos mais pobres. Os chamados "cotistas", por muitos acusados de só passar no vestibular por favor e de ter qualificação insuficiente (o que acabaria fazendo baixar o nível acadêmico), apresentaram rendimento ligeiramente superior ao dos demais universitários matriculados nos mesmos cursos.

"As razões dessa vantagem apresentada por quem saiu de uma desvantagem já é motivo de interesse de pesquisadores da Unicamp das mais diferentes especialidades -o que certamente vai render teses de doutorado. Vão surgir as mais diversas interpretações para esse fato. Uma delas foi exposta durante debate, realizado na Folha, sobre ensino superior e inclusão, pelo reitor da Unicamp, José Tadeu Jorge, para quem existem sinais inequívocos de que os estudantes de escolas públicas, lutando contra todas as dificuldades, desenvolveram uma garra especial."


Que grande 'cala-a-boca', não? Aliás, quando finalmente descobrirem que o vestibular (e a nefasta indústria que o cerca) além de injusto é incrivelmente estúpido daremos um grande salto no quesito Educação. Será que demora?

Atire a primeira pedra quem NUNCA utilizou o telefone da empresa para tratar de algum assunto particular. Grita aí quem NUNCA contou uma piadinha para colegas de trabalho utilizando o próprio ramal ou nos corredores, saboreando um cafezinho igualmente fornecido pela empresa.



Nunca vi nenhuma empresa monitorando os cafezinhos ou colocando escuta em ramal. Mas agora parece que elas podem vasculhar nossas 'caixas de entrada/saída de e-mails' sempre que quiserem.

Não tô aqui defendendo o moleque que passa mensagens com musas desnudas ou outros temas não relacionados com o trampo. Mas é igualmente desrespeitosa a 'violação de correspondência', independente da justificativa. Semana passada fiz reclamação semelhante. Há forte tendência 'policialesca' que não combina de jeito nenhum com a atual demanda por CRIATIVIDADE, QUALIDADE DE VIDA e PRODUTIVIDADE. Tempo e $$ gastos com o policiamento só aumentam o prejuízo causado pelo mau uso dos recursos computacionais. Além de criar 'nóias' e medos que não contribuem em nada com o ambiente de trabalho.

No final das contas, cada um contrata o moleque que merece, certo?



Lá, como cá, gastar muito $$ com o pagamento de royalties e licenças de software não faz muito sentido. Mas eu achava que a África estava atrasada. Ledo engano. A comunidade de Software Livre africana é grande, forte e muito dinâmica. Muito bom para a comunidade global. Melhor ainda para eles.

"Sometimes the appropriate response to reality is to go insane."
- Philip K. Dick

XBoX 360

13 maio 2005





Taí, algumas das imagens do novo console que a MS está lançando. Bonitinho mas não tem nada de revolucionário. Não externamente. Lá dentro o bichinho será equipado com o chip PowerPC com três núcleos de 3,2Ghz (?!?). Terá 512mb de RAM e 20gb de disco. Parrudinho. Tudo por cerca de US$300, lá nos EUA, a partir de novembro.

A Sony só deve se manisfestar (de facto) em 2006. Com chips Cell (IBM, Toshiba, Sony) e outras novidades (algumas de sucesso duvidoso, como a nova mídia DVDunlike). A briga deve ser boa, no natal de 2006.


ps: Agora uma "reclamação". Utilizamos (Towerson e eu) o sobrenome "360" para identificar um produto que desenhamos em 2000! Agora a MS e o Yahoo! lançam, quase simultaneamente, produtos com o mesmo sobrenome!

O governo federal acaba de confirmar: o PC Conectado utilizará apenas produtos oriundos do universo do Software Livre. Custará no máximo R$ 1400. Poderá ser parcelado em 24x, com juros de 2,5% ao mês.

A configuração mínima do PC Conectado será a seguinte: processador de 1,5 GHz, HD de 40 GB, 128 MB de RAM, monitor de 15 polegadas, drive de disquete e leitor de CD-ROM, modem de 56K e uma porta USB. Deverão ser incluídos também 27 softwares livres, incluindo o sistema operacional, pacote de ferramentas de escritório e utilitários diversos.

Segundo dados do governo, 79% da população brasileira nunca usaram computador, 89% nunca acessaram a internet e apenas 14,4% têm acesso regular a computador.

[Surrupiei da Info OnLine.]

Como eu disse aqui, não fazia o menor sentido gastar R$ 80 em um SO limitado a execução de 3 programas simultaneamente e, pior, que não pudesse ser conectado em rede! Acho que, por R$1400 (algo em torno de Us$ 560), até que foi montado um pacotinho legal, que inclui 15 horas de acesso a Internet por mês. Mas a turma da caneta tem que ficar antenada pra não deixar o programa ficar obsoleto. Saca só um trecho de uma entrevista de Hector Ruiz, CEO da AMD:

"I don’t think a $100 computer is out of the question in a three-year time frame. A lot of people forget that the first cell phones came out at $3,000 to $4,000 dollars and today are free. I think there’s going to be some of that same kind of movement with computing and communications devices…..I think, within three years, it’s not at all unreasonable to think of a $100 laptop for that segment."

Uai... de repente a cor vermelha começa a aparecer muito na paisagem de Redmond. Ontem eu mostrei a 'Red Screen of Death'. Mas eis que surge um boato daqueles que agitam o mercado todo: a MS vai comprar a Red Hat?



Acontece que rolou um jantar, em NYC, do Ballmer com o Matthew Szulik, CEO da Red Hat. David Berlind, da ZDNet, imaginou o seguinte bate-papo:

Ballmer: Our lawyers are primed and ready with the first salvo.
Szulik: Bring ‘em on.
Ballmer: Maybe there’s a way for no one to get hurt.
Szulik: I’m listening.
Ballmer: Support a buyout.
Szulik: Waiter? Check please.
Ballmer: I’ll pay that.

O q sustenta o boato? Batalhas jurídicas, guerra com a IBM, etc etc. Eu sinceramente não acredito que ocorra. Enquanto a IBM torce para que não ocorra...


ps: É muito Lobo Mau para pouco Chapeuzinho.



The "Red Screen of Death" !!!

Desde 15/abr eu tô devendo este post. Comentei então que "os fornecedores de tecnologia e os prestadores de serviços de TI devem aceitar que algo entre 80% e 100% de sua carteira de produtos e serviços virou 'pó', digo 'grão', digo commodity". Encerrei o post original prometendo algumas dicas para os jogadores tupiniquins... Que dureza!



Correndo o risco de ser demasiado simplista: o mercado de serviços de TI pode ser visto como uma pirâmide de três andares apenas: i) Serviços Básicos; ii) Serviços Avançados; e iii) Serviços Estratégicos.


i) Serviços Básicos
São os que mais sofrem com o processo de comoditização. É onde se concentram 70% dos prestadores de serviços de TI. É onde se gasta algo entre 70% e 90% de um orçamento de TI: Instalação, Evolução e operação de infraestrutura; Desenvolvimento de pequenas aplicações; Help desk; etc.
Primeiro critério de seleção utilizado pelos fregueses quando vão adquirir 'Serviços Básicos': PREÇO. Primeiro e praticamente único critério adotado.
Aqui você pode destacar determinado conjunto de certificações, ou seja, apresentar uma bela equipe. Pode adotar um padrão de atendimento e conduta "world class". Pode dar 'pedaladas' a la Robinho... seu destino será jogar no patamar de preços daqueles caras que só fazem o 'feijão-com-arroz'. Não tem jeito.
Trata-se de um nicho que vai existir para sempre. Será estável. Mas só fará grana legal aqui quem oferecer escalabilidade e preço baixo. Em grandes centros estou falando de organizações que despejam mais de 1000 profissionais no mercado.
Há um suspiro para as pequenas empresas que demonstrarem altíssima especialização em determinado tipo de serviço. O tipo mais viável me parece ser o desenvolvimento de aplicações. A especialização em projetos de BI (Business Intelligence) e Colaboração é uma forma de diferenciação bastante promissora. Mas, dependendo do porte do projeto, entramos na seara dos Serviços Avançados.

ii) Serviços Avançados
Aqui a peneira já é mais forte: 25% dos jogadores estão capacitados a prestar 'Serviços Avançados'. É o tipo de demanda que consome de 10% a 20% de um orçamento de TI. Projetos especiais de desenvolvimento e/ou implementação de aplicações específicas (BI, CRM, portais corporativos); de Infraestrutura (instalação e migração de ferramentas de colaboração, consolidação de servidores); e Consultorias Especiais (CMMI, ITIL, Cobit, SOX, Basiléia 2) são os principais itens do portfólio de Serviços Avançados.
Os jogadores estão organizados em dois times: as pequenas e médias empresas especializadas em um (no máximo 3) dos serviços listados acima e as grandes empresas (IBM, Accenture, Delloite, EDS) que possuem divisões especializadas em tais serviços.
O perfil dos projetos (e aqui estamos falando exclusivamente de projetos, ao contrário dos Serviços Básicos que além de pequenos projetos apresentam várias fontes de receitas recorrentes - serviços continuados que normalmente são oferecidos em contratos de 1 a 3 anos) torna os Serviços Avançados mais resistentes ao rótulo 'commodity'. Ou seja, PREÇO deixa de ser o principal critério de seleção. A criticidade e o alto custo dos projetos exigem que o comprador seja mais exigente e cauteloso.
Portanto, a diferenciação aqui deve ser notada nas fases iniciais de um relacionamento com um freguês. Atividades de pré-venda e as propostas devem ser tratadas como Projetos em si. Ganha quem mais investir na "absorção da vida do freguês": Conhecer seu modelo e ambiente de negócios, cultura, processos e posicionamento estratégico. Quanto maior a intimidade com o Freguês, maiores as chances de sucesso, maiores as margens de lucro. Maior o 'grau de aprisionamento' do freguês. Ele passa a gostar de desenvolver projetos contigo. Aí, quanto mais duradouro o relacionamento maiores serão os lucros obtidos com o cliente.
Detalhe vital: não adianta nada ter um longo relacionamento com um freguês e um turn-over alto. Engana-se redondamente quem pensa que Conhecimento Explícito (documentação) compensa a alta rotatividade de profissionais. Corre um risco ainda maior aqueles que mantém vínculos empregatícios fracos com seus profissionais. Brilhará na seara dos Serviços Avançados quem souber montar e manter grandes times.

iii) Serviços Estratégicos
Peneira finíssima: só 5% dos jogadores do mercado de serviços de TI conseguem desenvolver Serviços Estratégicos. É uma demanda que nem sempre está no orçamento do freguês mas que, quando aparece, consome algo entre 5% e 15% dele. Além das altas margens de lucros e da pouca concorrência, o que mais chama atenção nos Serviços Estratégicos e sua capacidade de gerar (e/ou Direcionar) demanda de Serviços Básicos e Avançados.
São Serviços Estratégicos as consultorias que ajudam um cliente a definir sua Arquitetura Tecnológica. Podem ser contratados, inicialmente, como Auditorias. Só o mais alto escalão de uma empresa contrata Serviços Estratégicos.
Trata-se do lugar onde é mais fácil "ser diferente". Alta intimidade com o ambiente de negócios do freguês; domínio da macro-disciplina "Arquitetura Tecnológica"; equipe plugada, antenada, sênior e bem treinada; Processos maduros e comprovados - são os pré-requisitos. Falei que é fácil, não que seria barato.
Daí que os jogadores com habilidade suficiente para desenvolver Serviços Estratégicos podem praticar margens muito maiores que aqueles dos outros dois níveis da pirâmide.

Puf... que trampo! E não arranhei 0,01% do tema. Acho que com o tempo posso detalhar melhor algumas idéias.

Thought Thieves

11 maio 2005



Thought Thieves is about people stealing and profiting from your creation or innovation. Think about it: how would you feel if you saw your hard work being passed off as the property of someone else? What would you do?

We want to know!

Send us your short film on intellectual property theft by 1st July 2005 for your chance to win £2,000 worth of film and video equipment vouchers. And finalists will be invited to attend a special screening of their films and presentation ceremony in London.



Entendeu nada? É a MS, em mais uma campanha educacional.

Já bolei um script. Saca só:

1. A Digital Research lança o CP/M
2. A Apple lança o Mac
3. A Netscape lança o browser
4. Alguém lança o WinZip
5. A Adobe lança o PDF
6. A Real lança um player multimídia
7. A MS copia todo mundo e lança o Dos/Windows e seus penduricalhos 'gratuitos'

Será que eu faturo as 2000 libras?

Tempos do bico calado (na marra) mas, principalmente, dos ouvidos e olhos tapados por gente tapada. Todo mundo que lê (ou tenta ler) este blog se encaixa na categoria que Mr Peter Drucker, há uns 40 anos, chamou de "Knowledge Worker", ou trabalhador do conhecimento. É gente culta, com estofo e bagagem. Gente que faz de seu conhecimento, de sua capacidade de aprendizado e de sua aptidão para o trabalho em equipe o seu "ganha pão".

Então, pq cargas d'água boa parte deles não pode ler este e vários outros sites? Pq eles não podem utilizar uma ferramenta de mensagens instantâneas? Pq não podem participar de grupos de discussão? O que justifica a adoção de políticas tão restritivas em algumas empresas? Segurança? Economia de banda? É só mesquinharia... Coisa de gente que não deve ter muito o que fazer.



Basta analisar um pouco as empresas mais lucrativas e as mais promissoras para perceber que LIBERDADE significa CRIATIVIDADE e PRODUTIVIDADE, características que, segundo inúmeros especialistas, definirão quem sobreviverá em tempos de pirataria em tempo real, concorrência com 'sangue nos olhos', comoditização...

Não venha me falar em QUALIDADE DE VIDA se vc não tem poder de escolha para definir suas leituras, suas comunidades, seus gostos. Não venha me falar em PRODUTIVIDADE se vc não pode trocar experiências com colegas. Não venha me falar em SEGURANÇA e ECONOMIA se sua política sobrepõe o bom senso.

É triste que, em pleno 2005, a gente tenha que gastar tempo pra lembrar que CENSURA não leva ninguém a lugar nenhum.



Pois é... Há exatamente 1 ano nascia o Graffiti. Não tinha objetivos muitos claros. Aliás, acho que até hoje eles são meio nebulosos. Ele nasceu para ser um complemento do Graffiti de verdade, meu site pessoal. Publico lá meus artigos mais "sérios". É um Graffiti mais caprichadão. Aqui no blog procuro tratar o cotidiano de TI.

Aqui posso ser (muito) parcial, informal, direto. Como já disse em outro post, o blog substitui (a parte chata) das 'happy hours' com colegas que, de repente, ficaram muito distantes.

O que mais me diverte (creia, é um prazer manter o bichinho aqui atualizado) é a auto-provocação deste espaço. É liberar um pouco o lado (pouco) criativo e vários planos e projetos brotam como 'chuchu na cerca'. Os graffiares (frases provocativas), as séries (BizPlan, Vida Digital, Saca Só), as seções (downloads, pizzas) - todos aparecem sem aviso prévio, sem planejamento. Meu irmão caçula, o Guz, há um ano falou: "achava que vc seria a última pessoa no mundo a ter um blog". Hoje ele - responsável pelo design, desenvolvimento e manutenção de meu site pessoal - morre de ciúmes do blog.

E o que mais me motiva é o retorno. Vivo brincando com as 4x1/2 dúzias de amigos e colegas que frequentam o Graffiti de quando em vez. Dia 27/3 comemorei a milésima visita. Depois, em 43 dias, foram mais de 600! Tks, TKS!!


Let's talk 'bout IT

Se fizesse uma retrospectiva e uma auto-crítica (séria) eu deveria:

1. Bater menos na MS;
2. Elogiar menos a IBM;
3. Parar de ler Info, Info Corporate e co-irmãs;
4. Publicar mais IDÉIAS & PROVOCAÇÕES;
5. Publicar menos CRÍTICAS;
6. Estudar mais SOA, MDA, CMMI;
7. Fazer mais 'happy hours'; e
8. Postar menos.

Fim do Se.

Faça

{o que der na telha}

Enquanto é Tempo.

"O fato é que não terceirizamos a maioria das coisas por não encontrar qualidade e contratos decentes no mercado."
- Renato Cuoco (CIO do Banco Itaú, na Info Corporate)

É o título de artigo do Helio Gurovitz na última EXAME (11/mai). Trata do possível favorecimento de produtos provenientes do mundo do Software Livre em concorrências públicas e, principalmente, do programa do governo federal chamado "PC Conectado". Não concordo com a adoção de um software pelo simples fato dele ser "Livre". Cada caso é um caso. Mas não podemos esquecer nossa condição de (eterno) "país em desenvolvimento". Nada justifica que vc queime $$ por algo que pode ser obtido gratuitamente. E contra toda aquela balela de TCO, sugiro que vc 'pegue os fatos' narrados nas páginas 74 e 75 da última Info Corporate.

Mas o Helio peca feio no tema "PC Conectado". Diz que a MS conseguiu "desenvolver" uma versão do Windows que custará R$ 80 (e não os tradicionais R$ 500). Esquece-se de explicar como a mágica foi possível: O tal "Windows for $less" só pode executar 3 programas simultaneamente. O "Windows" para o "PC Conectado" não funcionará em rede!!! Fora outras limitações ridículas.

Helio também cita um tal "analista de mercado" que diz que a obrigatoriedade do uso de software livre no PC Conectado "incentiva a pirataria, pois quem comprar o micro vai na certa instalar um Windows pirata". Caro Sr Analista: quem receber um Windows "capado" (não desenvolvido), terá mais motivações ainda para obter no mercado negro um Windows de verdade. Quanta billshitagem! Parece que o mesmo analista encerra o artigo perguntando "se o governo pode rever a alíquota, por que só para o PC Conectado?". Ilustríssimo Sr Analista, não sei se o Sr percebeu, mas se trata de um projeto SOCIAL. De INCLUSÃO DIGITAL. É voltado para pessoas de baixa renda. Não é para o Sr comprar micros em 24 parcelas de R$ 50 reais...

Ô Helio, sempre gostei de seus artigos. Guardo até hoje aquele em que vc narra as desventuras de uma empresa que trocou o servidor de e-mails da empresa "L" pelo da empresa "M". Corajoso e hilário. Mas que "fonte" mais safada vc foi arrumar, hem?

Quando uma matéria da Info Corporate não é irritante ela é bem engraçada. Mês passado eu detonei a matéria de capa sobre 'Como Vender Projetos'. Era um lixo. Mas eis que a última edição propicia um pouco de diversão. A matéria de capa pergunta: "A Tecnologia Perdeu Poder?"

É que os caras fizeram uma pesquisa e descobriram que apenas 20% dos CIOs se reportam diretamente aos CEOs. A maioria (56,2%) está alocada abaixo dos CFOs. Aí o chororô é quase geral. Até pq, segundo o Gartner, em 2002 metade deles estava no andar de cima. Foram 'rebaixados' pq?

A resposta (para a grande maioria dos casos) me parece óbvia: gastaram $$ demais e não mostraram os resultados prometidos. Ponto. Um dos depoimentos mais lúcidos vem de um CIO, Alex Zornig, do BankBoston, falando da época em que jogava do outro lado (era CFO):

"O pessoal de TI sempre me falava que era preciso investir milhões num novo disco porque estávamos esgotando a capacidade do mainframe. Nunca ouvi alguém me dizer que liberou 30% do espaço e economizou nos Mips, pois jogou lixo fora".

Zornig também reforça o ÓBVIO que permanece ausente em grande parte de nossas organizações de TI: "Não se gerencia o que não se mede". Daí a subordinação ao controller-mor, o CFO.

Vaidade, ambição, gula e falta de visão são outros pecados capitais que justificam o tal 'rebaixamento'. Que não significa perda de importância de TI. O que me faz concordar com Michael Schrage, do MIT, ouvido na mesma matéria: "Se for para rebaixar o CIO, porque não o demite logo?"

IBM said it has acquired Gluecode Software, an open-source firm that helps companies manage business applications on their office computer networks.

Gluecode complements IBM's WebSphere technology for managing business applications across an office network and helps IBM compete with its two main application server rivals BEA Systems and JBoss.

IBM plans to allow its customers to download Gluecode software, develop their own application server software, and begin using it -- all at no cost.
Gluecode's core product, known as Joe, takes advantage of open source software managed by the Apache Software Foundation. IBM said it will become an active contributor to the Apache Geronimo open source project and will expand the existing community of developers.



Surrupiado da Wired. Tks Braga!

Estamos realmente na idade da pedra quando o assunto é Gestão de Relacionamento com Fregueses. A tecnologia está toda aí, prontinha, há uns 5 anos. Mas, inexplicavelmente, parece que ninguém parece disposto a implementar uma estratégia de marketing de relacionamento de VERDADE.

Os bancos são sempre apresentados como o supra-sumo do uso de tecnologias, certo? Pois bem, uma pesquisa do instituto Datamonitor Research mostra que:

93% dos bancos não ofertam produtos durante uma interação com um freguês;

68% deles não aprendem nada nas interações com os fregueses;

97% ignoram completamente as interações anteriores.

Se a área financeira, que torra $$** em TI, segue assim (ceguinha), o que dizer das outras?


ps: Daí que, 5 anos após sua concepção, ARAXÁ segue MUITO ATUAL.

** Segundo a FEBRABAN, os bancos torrarão a bagatela de R$14bi com TI em 2005. Um tapa no parque instalado, Basiléia 2 e SOX devem levar a maior fatia do bolão.

"Warning: dates in the calendar are closer than you think."
- Mike Harding Roberts (compilação sobre PM)

O top team da Siebel corre desesperado, e sopra aos 4 ventos que uma reestruturação está em curso e será bem sucedida. Juram que a Siebel voltará a ser aquela empresa de breves e lucrativo$ suspiros de 5 anos atrás. Difícil. Uma pq a auto-enganação em torno da sigla CRM (Customer Relationship Management) se esgotou. Ferraram o conceito do marketing de relacionamento (nunca ninguém realizou a promessa da "visão integrada" do cliente). Daí que seus projetos nunca entregaram o que prometeram. E seu valor segue caindo - para alegria de Larry Ellison, que segue represando anos de água na boca. A Siebel, mais que a Peoplesoft, é seu grande sonho de consumo (lógico, depois daquele iate de trocentos pés). Da tal reestruturação quase que só aparece o óbvio: vão cortar US$25mi de custos trimestrais e tornar o software compatível com MS.NET e J2EE. 10, 9, 8, 7... já já a Oracle leva mais uma.



Reestruturação AGRE$$IV@ mesmo é da IBM. Entre 10k e 13k companheiros, a(bi)tolados em bits e bytes, receberão o bilhete azul. O corte significará uma economia de US$1 bi por ano pra Grande Azul. Caraca! Companheiros caros, hem? A motivação para o redesenho é a mesma da Siebel: resultados decepcionantes. A justificativa para os cortes é diferente: foco em serviços mais lucrativos. O destino será diferente também: afinal o Larry não tem bala para tanto, né?

"When a distinguished but elderly scientist states that something is possible, he is almost certainly right. When he states that something is impossible, he is very probably wrong."

"The only way of discovering the limits of the possible is to venture a little way past them into the impossible."

"Any sufficiently advanced technology is indistinguishable from magic."

- Arthur C. Clarke (As 3 Leis de,)

graffiare #090

07 maio 2005



Codinome: ABAETETUBA - tupi: um monte de gente boa.



Sumário Executivo

Ninguém mais questiona o poder aglutinador da Internet. Pesquisas recentes mostram que os internautas gastam algo entre 30% e 40% de seu tempo trocando e-mails ou em sites de comunidades virtuais e grupos de discussão. Fenômenos relativamente novos como o LinkedIn, Orkut e similares comprovam que não se trata apenas de uma tendência. É um padrão de uso consolidado.

Um dos principais atrativos do Orkut é a possibilidade de criação de Comunidades Virtuais. Seus milhões de usuários se reúnem em dezenas de milhares de comunidades. Há fã-clubes, grupos técnicos, encontros de ex-colegas (de escola ou trabalho) além de associações pouco comuns no mundo real, como "Tocava a Campainha e Corria". São notáveis, também no Orkut, as diversas Comunidades de pessoas que vivem em um mesmo bairro ou cidade. É paradoxal que estejamos conversando com nossos vizinhos através de um veículo que cobre o mundo todo.

Parece que todo projeto Web nasce com a obrigação de ser 'World Wide'. Escopo tão amplo impossibilita a disponibilização de uma enorme quantidade de serviços que só fazem sentido em uma limitada área geográfica. As empresas, há algum tempo, utilizam (geralmente mal) suas webs particulares chamadas Intranets. O projeto ABAETETUBA se propõe a criar uma Intranet para uma cidade ou bairro; ou, visto de outra forma, a ser uma Local Area Web.

Serviços

A ABAETETUBA deve ser uma versão virtual, a mais fiel possível, da área geográfica que representa. Todas as construções, áreas verdes, vias e monumentos seriam 'copiados' para o mundo virtual, em uma visualização parecida com aquela do game SimCity.



Os habitantes interessados em 'nascer' na versão virtual de sua cidade (bairro) se cadastrariam no sistema, sem nenhum custo. Um documento do mundo real pode ser utilizado como identificador único no mundo virtual. No momento do 'nascimento' o novo habitante configura seu perfil de acesso definindo, principalmente, o grau de privacidade e o nível de sossego que deseja ter no novo mundo.

Comerciantes e prestadores de serviços podem assinar convênios (obter alvarás) para participar de ABAETETUBA. Além da localização da loja, oficina ou escritório na versão virtual da cidade (bairro), o Vendedor obtém uma versão digital de seu próprio estabelecimento. Vitrines, menus e portfólios passam a ser acessados integralmente através do site. Desenha-se assim a primeira e principal fonte de receita do projeto ABAETETUBA, a comissão dos 'Vendedores'. Em uma versão mais completa, ABAETETUBA oferece toda a logística de coleta e entrega de bens físicos. Utilizaria motocicletas ou, preferencialmente, bicicletas. Os fretes podem ou não estar embutidos nas comissões. Tal questão pode ser definida individualmente por 'alvará', dependendo do perfil do negócio. No mundo ideal de ABAETETUBA é possível o tal “imposto único”.

Aos prestadores de serviços (médicos, mecânicos, bombeiros, dentistas, pintores etc) o principal benefício oferecido pela ABAETETUBA é uma agenda I2 (Inteligente e Interativa). Clientes podem verificar a disponibilidade dos profissionais, agendar eventos, indicar urgências e assim por diante. Uma comissão por transação (ou uma taxa mensal) é cobrada de todos os prestadores de serviços conveniados.

É importantíssimo notar que, como no mundo real, habitantes e empresas de ABAETETUBA mantém relacionamentos de “todo-mundo com todo-mundo” (N:N, aos DBA’s e afins – sorry... papo restrito). Daí que é possível, ou melhor, desejável que as empresas e prestadores de serviços relacionem-se. A mesma logística de entregas e/ou agendamentos aplica-se para as empresas. Outros relacionamentos importantíssimos são aqueles do tipo “quem estuda onde”; “quem trabalha onde”; e assim por diante.

Instituições e órgãos públicos podem participar de ABAETETUBA sem nenhum tipo de custo. Serviços públicos podem ser oferecidos em uma versão on-line. ONG’s e instituições filantrópicas gozariam dos mesmos benefícios. Faz sentido que os serviços (e amolações) das instituições públicas tenham uma representação no mundo virtual, mas não se trata de um requerimento obrigatório (até pq até quando "doamos" alguma coisa há muita burocracia).

A segunda fonte de receita de ABAETETUBA é proveniente da venda de espaço publicitário. Ao contrário dos tradicionais (e chatos) ‘banners’, o mundo publicitário em ABAETETUBA é tão amplo quanto no mundo real. TV’s, rádios, out-doors, celulares, flyers, revistas, jornais... Tudo pode existir em ABAETETUBA.

O modelo de ABAETETUBA (o Biz Plan) é bastante extensível. Outras fontes de receitas (leilões, guias, aluguéis, cursos, seguro,,,) podem ser agregadas com o tempo. Tudo dependerá das necessidades da População, certo?

Construção

A construção de ABAETETUBA é, tecnicamente falando, uma empreitada hercúlea. Afinal, se fosse fácil ela já existiria. Mais do que nos dois planos de negócio publicados anteriormente, é fundamental a utilização do maior número possível de ‘blocos de construção’ provenientes do mundo do Software Livre. A infra-estrutura básica é idêntica àquela sugerida como um dos produtos do BizPlan LAURÉ. Ou seja:
.GNU/Linux (qq distribuição, como a Mandriva)
.Apache (servidor Web)
.Tomcat (container para execução de Servlets Java)
.JBoss (servidor de aplicações J2EE)
.OpenCMS (gerenciador de conteúdo).
.MySQL (gerenciador de bancos de dados)
.OpenLDAP (serviço de diretório - autenticação)
.Liferay (servidor do portal, tipo MyYahoo!)

A porção mais complexa do projeto será sua interface gráfica. A funcionalidade requerida exige a utilização de um construtor de interfaces avançadas, como o [Adobe]Macromedia Flash MX. É desejável que a visualização inicial de ABAETETUBA seja uma representação de toda a área abrangida. Várias fotos e plantas podem ser necessários para a construção da maquete virtual. Lógico que como em qualquer tipo de software, deve ser possível lançar versões mais avançadas (e, principalmente, bonitas) da cidade (bairro) virtual. As interações cidadãoXempresa, cidadãoXcidadão devem ser naturais e replicar com a máxima fidelidade possível as interações que ocorrem no mundo real. Ligações telefônicas, espiadelas nas vitrines, fofocas e anúncios. É legal tentar prever todos os tipos de interações possíveis. E atentar para o fato de que chats, e-mails, messengers e afins ganham um contexto novo em ABAETETUBA.

ABAETETUBA também pode ser acessada através de dispositivos móveis, como celulares e palm-tops. A interface deve se adequar ao maior número de dispositivos possível. Aqui é interessante lembrar que mais de mil localidades no Brasil contarão com telecentros de uso gratuito dentro de algum tempo. Ou seja, quanto maior o número de “portas” maior será o número de possíveis habitantes virtuais. Outro facilitador importante estará disponível em praticamente todo lugar nos próximos anos: as redes wireless (sem-fios).

Uma versão avançada deve permitir inclusive a localização de uma pessoa via tecnologia GPS (como uma operadora de celular já oferece). O único cuidado aqui deve ser com o grau de privacidade que o cidadão virtual configurou para si.

É também o grau de privacidade (que deve ser muito detalhado) que determinará o número e tipo de informações sobre o cidadão que serão mantidas pelo sistema. Preferências em restaurantes e videolocadoras são informações que só beneficiarão o habitante. Afinal tais informações podem permitir que as empresas e prestadores de serviços atendam aos habitantes de forma mais Personalizada, Ágil e Inteligente.

Outro fator extremamente crítico para o sucesso de ABAETETUBA é sua capacidade de interação com o mundo externo (real). As transações financeiras deveriam ser intermediadas por instituições financeiras (de verdade). Sistemas existentes (para controle dos estoques das lojas, por exemplo) devem ter sua integração com ABAETETUBA facilitada. O ideal aqui é a exposição de Interfaces Programáveis (API) e/ou Web Services. Ao contrário do que ocorre na maioria das Intranets corporativas (que são muito conservadoras), ABAETETUBA não ignorará a existência da Internet. Ela pode (deve) se relacionar com outras “versões” do mundo virtual. Inclusive, pq não, com outras Abaetetubas.

Por fim é importante lembrar a importância da extensibilidade da PLATAFORMA ABAETETUBA. Deve ser muito fácil incluir novas empresas, construções, serviços etc. Não só a estrutura, mas também a dinâmica de uma cidade (bairro) deve ser integralmente respeitada.

Produtos

A ABAETETUBA pode ser comercializada como uma grande plataforma de prestação de serviços, algo que há algum tempo atrás era chamado de "Infomediário". Neste modelo devemos seguir o que foi descrito no tópico Serviços acima.

O dinamismo e a extensibilidade requeridos pela ABAETETUBA favorecem a decisão de torná-la uma solução totalmente aberta (código e modelos). Seria uma espécie de Open Franchising. Uma variação das licenças GPL (General Public License) ou Creative Commons pode ser criada para obrigar que todos os provedores de serviços ABAETETUBA remetam suas alterações e evoluções para um repositório central. Mas como uma 'Franquia Aberta', não deveriam existir pagamentos de royalties e afin$.

Mercado

As implementações de ABAETETUBA devem reconhecer e respeitar seus limites de escalabilidade. Seus grandes atrativos são a Conveniência e a Agilidade. Um prazo máximo de 15 minutos entre uma determinada solicitação e sua satisfação deve servir como parâmetro. Portanto, em uma cidade como São Paulo, por exemplo, são factíveis as versões "Av. Paulista", "Berrini", "JK", "Vila Madalena". Já cidades como Varginha-MG (com cerca de 100 mil habitantes) podem receber uma única implementação. Lá é possível se deslocar do centro para qualquer bairro dentro do limite de 15 min, aproximadamente.

Uma implementação de ABAETETUBA se prova viável quando determinado número de estabelecimentos e prestadores de serviços se comprometerem em lançar sua versão virtual. Um número mínimo, por tipo de estabelecimento, deve ser estipulado para cada cidade(bairro). Na Av. Paulista, por exemplo, seria desejável que uma versão inicial de ABAETETUBA já oferecesse:
. 6 Restaurantes e/ou Lanchonetes
. 1 Floricultura
. 1 Livraria
. 2 Salões de Beleza
. 1 Videolocadora
. 1 Locadora de Veículos
. 4 Lojas de Roupas
. 2 Lojas de Sapatos
. 3 Bares / Cafés
. 2 Papelarias / Lojas de Material para Escritórios
. 1 Gráfica 'express'
. 1 Agência dos Correios
. 1 Lan-House
. 2 Prestadores de Serviços Gerais

A configuração inicial de ABAETETUBA pode variar dependendo da localidade. O perfil da população é que deve definir seu setup. Em cidades e bairros passa a ser desejável a oferta de serviços médicos e odontológicos desde as versões iniciais do serviço. O setup inicial de ABAETETUBA deve ser produto de um prático e minucioso estudo de viabilidade (que é, em paralelo, também uma atividade de pré-venda).

Organização

A empresa ABAETETUBA é formada por 5 equipes:
. Gestão de Relacionamentos: administra o relacionamento com cidadãos e empresas conveniadas, além de ser o braço de vendas.
. Logística: cuida da execução de todos os serviços que envolvam deslocamentos de bens físicos.
. Técnica: equipe que opera, mantém e desenvolve toda a infraestrutura tecnológica de ABAETETUBA.
. Criação: cria e coordena a exibição de todas as mensagens e informações expostas em ABAETETUBA. Cuida da publicidade virtual e também da apresentação dos estabelecimentos e serviços virtuais.
. Administração: contábil, financeira, RH etc.

Investimentos

Pfiu... que dureza! Sei lá. Se eu tivesse uns R$300 mil eu investiria numa versão inicial de ABAETETUBA... certo de multiplicá-los por 5 em dois anos.Chute? Sim!

Fatores Críticos de Sucesso

5 fatores críticos de sucesso que merecem atenção, inclusive para validação do modelo aqui proposto:
. Escalabilidade e Massa Crítica: o limite máximo é bastante visível, a população total da área abrangida. Massa crítica (e ponto de equilíbrio) deve ser alcançada com a adesão de 10% da população (no primeiro trimestre de atividades).
. Comprovar seu Valor: ABAETETUBA está vendendo Conveniência e Agilidade e está promovendo Convivência e Colaboração. Cidadãos e empresas devem perceber tais valores em todas as suas interações com o site.
. Aquisição e Retenção de Clientes: Um cidadão não deve ter razão para solicitar sua exclusão da versão virtual de sua cidade(bairro). O respeito pela sua privacidade e liberdade de ação é vital. Empresas e profissionais liberais seguirão fiéis enquanto perceberem a conveniência e lucratividade oferecidas pela versão virtual da cidade(bairro).
. Canais de Vendas e Parcerias: Além da equipe de Relacionamento, o maior vendedor de ABAETETUBA é o próprio site. Uma empresa ou prestador de serviço deve conseguir um 'alvará' da forma mais ágil possível. Os principais parceiros de ABAETETUBA são as suas outras implementações. A troca de idéias, o desenvolvimento colaborativo e o rateio de investimentos são algumas das motivações para a formação de uma 'rede de franquias'.
. Educando o Mercado: SIMPLICIDADE. O cidadão deve "reconhecer" a versão virtual de sua cidade(bairro) imediatamente. E suas interações devem ser naturais, próximas das experiências no mundo real. Como se trata de algo novo, é importante que ABAETETUBA ofereça canais que ensinem seus habitantes e que também aprendam com eles.

Considerações Finais

Big Brother (1984). Matrix. A ficção científica quase sempre destaca o lado negativo do uso da tecnologia. ABAETETUBA tenta ser um pequeno 'admirável mundo novo'. Nele não precisamos de polícia, leis, juízes, detetives, vigias... advogados (ops! sorry).

Sempre que eu apresentei a idéia ouvi reclamações sobre os aspectos invasivos de ABAETETUBA. Falha minha. A versão virtual de um cidadão não precisa ser uma cópia fiel de sua versão de 'carne-e-osso'. Aliás, nem precisa saber que ela existe. ABAETETUBA é só um site que oferece múltiplos serviços que vão desde a comunicação entre seus cidadãos (como e-mails, Orkut e afins) até transações comerciais (como Submarino, Flores On Line etc). O que ele oferece de diferente é o agrupamento dos serviços e sua oferta através de uma interface mais interativa e natural.

Só não sei dizer se, com o tempo, o sistema político vigente em ABAETETUBA será a extrema anarquia ou uma democracia plena e total... rs

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CC Developing Nations

Trabalho liberado sob licença Creative Commons para Nações em Desenvolvimento.


"The future is here. It's just not widely distributed yet."
- William Gibson

Construindo Pontes

04 maio 2005

A MS, através de Brad Smith (who?), anunciou que quer se reunir com a Comunidade de Software Livre. A motivação parece simpática:

"We're going to have to figure out how we can bring the various parts of our industry closer together. Not necessarily in the sense of changing the way software is developed, but building bridges so that we all have the ability to collaborate with each other. And that will mean we will need some new rotations, I think, in how we work together, in how we license, in how we share technology or intellectual property rights with each other."



Mas se por trás (no bom sentido) existir algum mínimo desejo de propor uma revisão na forma como a Comunidade lida com licenças é melhor a MS deixar as barbas de molho. O post de Dana Blakenhorn, no blog da ZDNet, já mostra bem o espírito de boa parte da Comunidade: "I don't want you to talk, Mr Gates". Gates colocou lenha na fogueira com a billshitagem sobre 'comunistas modernos'. Agora deveria multiplicar por -1 (não sei como) se quiser realmente construir algumas 'pontes'. Não será fácil como aquelas que ele montou com a Sun, por exemplo. BTW, kd elas?

"This is the one. This is the one I'll be remembered for."
- Ed Wood [na premiere de "Plan 9 from Outer Space"]

Ah, as coincidências! O BizPlan que publicarei nesta semana (ABAETETUBA), é um 'software' que deve ser vendido como serviço. Devo publicá-lo até a próxima quinta-feira. Eis que o boletim ZDNet de hoje trouxe um post muito legal sobre o tema, SaaS (Software-as-a-Service). São 5 fatores críticos de sucesso pr'este tipo de empreitada:

Scalability and Critical Mass. Above all else, SaaS firms must maintain their focus on building their customer base and scaling to profitability, since payment streams are considerably smaller at the outset when compared to the traditional licensing model…Once a threshold is reached, the SaaS can enjoy the benefits of stable revenues and predictable cashflows butreaching critical mass can be asignificant challenge…

Narrow Solutions and Quantifiable ROI. Due to the investment required to reach scalability, the SaaS firm cannot afford to run the risk of being "all things to all people." …As a result, many of the successful SaaS firms have carved out niches in the market to address particular "pressure points." We believe this narrowly focused approach that quantifies a ROI for a client is an effective go-forward strategy.

Client Acquisition & Retention. Strong customer acquisition and retention metrics are vital to Saas firms, as their business model requires a rapidly growing customer base with minimal turnover. These firms must achieve contract renewal rates of at least 90%, and probably higher, in order to achieve positive operating margins. In addition, we believe many SaaS firms will find a more lucrative customer base as they move upstream into larger enterprise accounts.

Sales Channels & Partnerships. Many SaaS firms find traditional indirect sales channels with major systems integrators somewhat restricted, since their rapid implementation cycles eliminate large sources of revenue for the service firms… As a result, effective direct sales or alternative channels to the market are important for SaaS firms… In addition to direct channels, numerous SaaS firms have sought business alliances with mid-tier consulting firms, VAR/OEM relationships, and even private labeled hosted offerings with third parties as a way to achieve more market visibility.

Educating the Market. Moving beyond the "base case" for software as a service, which brought the traditional arguments for IT outsourcing down to the application level, the new approach is centered upon replacing the usual software vendor relationship with a new relationship that creates value in terms of both technology and service. This includes a focus on customer service, rapid and significant ROI, and vertical and business process specific functionality.

"The speed of light sucks."
- John Carmack

Acontece nos dias 27, 28 e 29 de maio a ProQuality 2005. Programação legal, tanto de temas quanto de palestrantes.



E vai ser lá em Lavras, pertinho de Vga!! Uai...

Segundo uma pesquisa da Interactive Advertising Bureau, o faturamento com publicidade on-line nos Estados Unidos aumentou 33% em 2004, atingindo um total de 9,4 bilhões de dólares. A maior parte (40%) foi gerado através dos anúncios providos por ferramentas de busca, como o Google e o Yahoo!

O meio on-line já representa 3,7% do faturamento total da propaganda americana e supera alguns segmentos, como os outdoors. O principal faturamento é o do setor de correspondências e e-mails diretos, que movimenta 50 bilhões de dólares ao ano. Na seqüência, estão os jornais (46,2 bilhões), o rádio (20,7 bilhões), TV por assinatura (15,8 milhões) e revistas variadas (12,4 bilhões).

Segundo o relatório, os anúncios na web são uma tendência dominante e não podem mais ser ignorados
.

[Surrupiado da Info OnLine]


Muita gente, há 6 ou 7 anos, vendeu e/ou comprou a idéia de que a publicidade na Internet estaria faturando hoje algo em torno de US$ 1 trilhão (soma hipotética de todos os BizPlans que se propunham a vender 'espaço publicitário'). Não fosse a tal 'exuberância irracional' (que, enfim, levou ao estouro da bolha) muita gente boa poderia estar por aí. A publicidade em meios digitais (Internet, games, celulares, iPods, Palms etc) continuará crescendo muito (acima de 20% nos próximos 5 anos). De repente pode até faltar espaço para tanto anunciante! Brincadeirinha... Mas ESPAÇO jóia (Inteligente e Interativo) falta sim. É questão de criatividade ou $$?


Mais que um peixão, a Oracle tá se mostrando um grande e guloso tubarão branco. A próxima 'vítima' já está na mira: Siebel!!

Curiosa a história. Se não me engano o Tom Siebel era um vendedor Oracle. Com formação técnica e cansado do esquema 'casa de ferreiro espeto de pau', teria escrito a primeira versão do Siebel, para automação de força de vendas. Percebendo o potencial do 'novo conceito', Siebel teria se fechado com 10 programadores para criar a primeira versão SÉRIA do Siebel. Nasceria assim o líder mundial no mercado de aplicações CRM (Customer Relationship Marketing). Parece que Larry Ellison quer Siebel de novo, não o vendedor, só o software. E tá disposto a desembolsar US$5 bi por ele.

"Einstein argued that there must be simplified explanations of nature, because God is not capricious or arbitrary. No such faith comforts the software engineer."
- Fred Brooks