Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

Sincronicidade!

Com a Mary Jo Folley!! Um dia antes d'eu perguntar como seria o SO do século XXI, a Mary Jo (ZDNet) já tinha dados algumas pistas. Pistas sobre como a MS vê tal SO.

And it's all about synchronicity. Hmm... menos.

Que tal sincronismo e sintonia? Melhor. Pra entender (a visão da MS/Ray Ozzie):

O SO se transforma num versátil EXECUTOR. Uma plataforma que, da forma mais transparente possível, pega SERVIÇOS na web e os executa. Alguns serviços podem ter caráter temporário: Residem na máquina por um tempo - em troca d'um "aluguel" (a MS vai adorar isso!). Outros podem ser baixados e instalados em caráter permanente. Um corretor ortográfico a ser utilizado pelas aplicações (Office) existentes, por exemplo. De certa forma começou a 'desanuviar' (perdão pelo trocadilho) aquilo que o Bill tentou falar/mostrar no ano passado:

Obs.: Mas ele segue no Guinness Book: o Slide mais confuso e poluído de todos os tempos!

Deu pra entender agora pq a Google tornou seu discurso mais beligerante? Dá pra entender agora pq eu acho que 2009 é o ano 'A'? Não deu mas também não entendeu?

Resumindo: o arsenal da Google exigirá apenas um browser (de preferência o Firefox, que é mais esperto, aberto e extensível). Rodando em qualquer plataforma. Já o armamento da MS forçará uma sobrevida da franquia Windows (e Office e Exchange e etc).

A IBM correria por fora se não tentasse fazer do Workplace um mero upgrade do Notes.

O Ubuntu corre por fora (retro-alimentando Google, Last.FM, Wikipédia, Flickr, Democracy TV ...)

Uma certeza: a Web é o novo sistema operacional. Ou a maior parte dele. Algo que na época do CP/M chamávamos de "comandos transientes".

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2009 ?


Não tenho um pingo de saudades da época em que passava uma manhã inteira clicando em meus bookmarks atrás de notícias. O MyYahoo dava uma mão (desde 2001!) mas cuidava só de 20% dos meus alvos. Sua estrutura, aliás como de todo 'portal' web, é confusa e poluída. E abarrotada de reclames. Com o advento (!) do RSS, minha vida ficou um tanto mais simples. Mas passei a brigar com os leitores. Não queria dar meia dúzia de cliques para assinar uma nova fonte. Não queria tropeçar entre diversos tipos de mensagens (como o Thunderbird erroneamente faz) para acessar minhas notícias. Há uns 3 meses eu sosseguei: descobri o Google Reader.



Usando o Firefox, com 2 cliques eu faço uma nova assinatura. De maneira igualmente simples posso organizar as fontes em múltiplas pastas (que, apesar da metáfora, utilizam o mesmo conceito das etiquetas do GMail). E o melhor de tudo: não precisei instalar NADA em minha máquina.

O pior de tudo: como já reclamei aqui antes, uso tantos serviços da Google que periga ela saber mais da minha vida do que eu mesmo. Pior ainda: o que será do PV-Virtual se a Google acabar?!?! Hehe.. com ações valendo US$ 500 a gente nunca sabe. Vai que os caras piram...


Maybe I have it all wrong. Maybe I shouldn’t be striving to get the IPR and DRM processes radically changed. Maybe there’s a better way.

Maybe I should come up with a new business plan. Buy up all the rights to the publishing of patents. And start a new journal, publishing them.

In the humour section.


- JP Rangaswami (comentando a patente solicitada pelo McDonald's)



MS Agile

29 novembro 2006

Mary Jo Folley, da ZDNet, disparou uma discussão interessante: como a MS pode tornar o desenvolvimento do Windows mais Ágil? Ou, nas palavras dela, como corrigir os problemas que a MS enfrenta no desenvolvimento do Windows? Parece que todo mundo tem um palpite pra dar. De graça! Lógico que o Graffiti não deixaria de dar sua contribuição.

Muitos, como o Joel Spolsky (naquela história do botão OFF que mostrei aqui na última semana), preferem apontar para a Organização. Excesso de gerentes e reuniões, excesso de gente! Num desenho que feriria a Lei de Brooks sem meias palavras. Evidências não faltam: segundo Joel, um insider disse que a equipe que trabalhou no tal botão OFF do Vista tinha mais de 40 pessoas!! Ferramental e processo utilizados fariam com que parte da equipe só conhecesse o trabalho de outra parte depois de semanas.

Impossível não lembrar do Mini-Microsoft, que há tempos reclama que a MS ficou grande demais. "Inchada" seria o termo mais correto. Mini reclamou inclusive que os 'novos' gerentes seriam incompatíveis com a "cultura MS". Parte deles seria oriunda da IBM, HP e afins.

Com certeza o 'inchaço' e a burocracia serão atacados pela MS. Ballmer vive prometendo que "5 anos de desenvolvimento nunca mais". Mas isso é só parte do problema. No caso do Windows especificamente, IMHO, é só um sintoma.

Mais do que uma questão de Organização e Processos, o problema do Windows é a sua ARQUITETURA. Seu tamanho (incomensurável) e a teimosa compatibilidade retroativa. Neste primeiro momento a MS vai adotar uma estratégia 'a la Ubuntu': pequenos incrementos liberados em curtos espaços de tempo. No caso do Ubuntu o ciclo dura 6 meses. Pequenos incrementos exigem equipes menores e mais 'focadas' (sic). Funcionará na evolução do Vista, mas não é estratégia que se implemente na elaboração de um novo SO (Sistema Operacional).

Chato e teimoso como um eMule, sigo torcendo para que a MS lance outra linha de SOs. Utilizando o Kernel GNU/Linux e um processo de desenvolvimento totalmente "Aberto e Livre". Sei que é algo tão factível quanto ver meu Ameriquinha mineiro ganhar alguma coisa relevante.

Então.. a MS deveria rever seu conceito de SO. Reescrever um novo, do zero. Sem a responsabilidade de manter compatibilidade retroativa com nada que ela criou desde o DOS. Pega 10% dos carinhas que participaram do projeto Vista e passa a tarefa pr'eles. Afinal, como é o SO do século XXI?

eMule de novo: tira os caras de Redmond. Coloca aqui em Vga, por exemplo. Crie uma startup, sem vínculos 'organizacionais' com a MS. E, de novo: desenvolva de forma aberta.

Ok. Não falo mais nisso.

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Update: Falei! Neste post. Mas só sobre o SO XXI.

Update 2: pô gente, "reescrever um novo - do zero"?!?!?!. E ninguém reclamou desse absurdo! Que leitores mais bonzinhos... Pena ser parte verdadeiro: a MS vive reescrevendo um novo SO. Pena q não é do zero!




Optimized by Óleo de Peroba.




Dicas para presentes de Natal. Que tal presentear seus entes queridos com presentes mais legais e criativos? A MAKE Magazine fez uma lista de presentes baseada em um único critério: todos os itens são OPEN SOURCE! Ou seja, você pode ver como cada um deles foi construído. Melhor: se vc quiser ou precisar, pode melhorá-los!

Só é uma pena que a gente não ache eles por aqui. Pindorama ainda é muito antiga - fechada - proprietária. Proprietária de bugigangas fajutas importadas da China e do Paraguai.


Google Beligerante

28 novembro 2006

Com suas ações valendo cerca de US$500 a* Google tomou coragem e colocou a faca entre os dentes. Erick Smith, o CEO-cortina para a dupla Page+Brin, escreveu uma declaração de guerra na The Economist. Saca só:

... what’s surprising is that so many companies are still betting against the net, trying to solve today’s problems with yesterday’s solutions. The past few years have taught us that business models based on controlling consumers or content don’t work. Betting against the net is foolish because you’re betting against human ingenuity and creativity.

...

Cloud computing is hardly perfect: internet-based services aren’t always reliable and there is often no way to use them offline. But the direction is clear. Simplicity is triumphing over complexity. Accessibility is beating exclusivity. Power is increasingly in the hands of the user.

...

We’re betting on the internet because we believe that there’s a bull market in imagination online.


Um pouco de 'achismo': demorou! Demorou pra* Google dizer claramente quais são as pedras em seu caminho. Agora, ainda que implicitamente, o grande inimigo está identificado: és tu, MS mon amour!

Erick leu a "Arte da Guerra". E avança exatamente no momento em que o inimigo promove uma grande mudança (Vista + Office 2007). Última gota de 'achismo' (por hoje): o Ano 'A' é 2009. Depois eu explico.

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* Qual o 'sexo' da(o) Google? Acabei adotando no Graffiti o padrão utilizado por quem traduziu "A Busca", de John Battelle. O Google é o mecanismo de busca. A Google é a empresa. Fica mais fácil assim.


A PopSci (Popular Science) escolheu as melhores 'invenções' de 2006. Na categoria Computação, deu o que tinha que dar: o OLPC (One Laptop per Child), ou 2B1:



A grande meta, o custo de US$ 100 por unidade, não foi alcançada. Dizem que só em 2008. Importa? Vejam bem, o micrinho custa US$150. Já dá pra começar uma grande 'festa' de inclusão digital. Vejam bem: um micrinho 'desktop' meia-boca não custa menos que R$1000. O 2B1 pode sair para o governo por R$ 325!!

Grande Negroponte. Se ele tivesse fixado uma meta de US$200 ou US$300, estaria brigando hoje contra um custo unitário de aproximadamente US$ 500 (o mesmo de um Playstation 3). Ao colocar uma meta super ambiciosa, fez com que todos os envolvidos dessem o seu (verdadeiro) máximo. Gosto muito dessa linha estratégica, que aprendi nem lembro quando: "Mira a lua. Se vc errar muito feio, ainda assim atinge o topo da montanha mais alta". Grande Negroponte!

Ele é o cara. Ele é o cara que disse: "se MS e Intel estão incomodadas com meu projeto é sinal de que estou no caminho certo". Hehe. Ele é o autor do mais importante livro sobre tecnologia (não SciFi) dos últimos 20 anos: "A Vida Digital". Aos novos visitantes, este PDF dá um gostinho da obra.


graffiare #369

27 novembro 2006



No campo das invenções de gosto e utilidade duvidosos, ainda prefiro o despertador que sai correndo pela casa. Mas até que o japa fez um belo trabalho criativo, em cima duma plataforma (o próprio guarda-chuva) de utilidade pra lá de questionável - ainda mais em tempos de tempestades 'arrasa-quarteirões'.


SOA num mar de Bullshitagens

24 novembro 2006

Vasculhei os arquivos do Graffiti pra lembrar quando foi que a Info Corporate deu um verdadeiro 'show' tentando explicar o que é SOA. Achei!



Tudo isso só pra dizer que, mais de um ano depois, sua maior concorrente replicou o 'show'. Adorei as metáforas!

Mas não sei qual chavão-graffiare eu uso pra fechar este post:

[ ] "Cada mercado tem a prensa especializada que merece."

[ ] "Vivendo, lendo, e não aprendendo."

[ ] "Você sabe o valor da uma 'buzzword' quando ela sobrevive por mais de um ano num mar de bullshitagens."


Temporada de Caça

23 novembro 2006

Tá na capa da última Exame: "Temporada de Aquisições". Na edição anterior a revista já havia adiantado algumas (que nos interessam por outros motivos): a Femsa (dona da Sol) deve comprar a Cervejaria Petrópolis (da Itaipava). A Schin deve ir para as mãos da SAB/Miller (sul-africana). Voltando pra TI: a Exame adiantou também que a Datasul, no pior meio de campo (mercado) do mundo, deve papar a Mastersaf. E agora pinta uma fusão de porte (R$ 7 bi): Americanas.com e Submarino devem virar uma única empresa.


Na minha humilde opinião, temos sempre 3 resultados em movimentos de Fusão&Aquisição:

  • O cliente (quase) sempre sai perdendo com a redução da concorrência. Isso só não é verdadeiro quando uma empresa *completa* a outra - quando não se trata apenas de aumento de market-share. Por isso "Microsiga + RM = nulo (ruim)", "Americanas + Submarino = nulo (ruim)" e "Datasul + Mastersaf = integração (boa)".
  • Quanto mais *iguais* as partes que se juntam, maior o número de desempregados que será jogado no mercado.
  • As áreas de TI das partes que se juntam viram um campo de guerra. Trilha sonora: "samba do crioulo doido". O caminho mais curto parece ser sempre a manutenção de uma única arquitetura. O CIO mais bravo ganha. O outro ganha bilhete azul, junto com seus asseclas. Mesmo que o fornecedor principal seja o mesmo nas duas empresas, ele normalmente sai perdendo também (licenças, contratos de manutenção etc etc).
Mas, apesar disso tudo, há mais de 2 anos eu reclamo aqui por uma onda de Fusões & Aquisições no mercado de prestação de serviços de TI. Só tenho uma justificativa para tal desejo: o mercado é pulverizado demais, desestruturado e desunido demais. Ainda não li a Exame, mas acho que seguirei esperando.

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Update: Mas espero que a consolidação não se dê assim, guiada exclusivamente por monstros transnacionais.

Update 2 (24/nov): Isso aqui tbém não entra na minha cabeça. Pq a Stefanini privilegiaria aquisições no exterior em detrimento do mercado interno? 5 ou 10 pequenas notáveis (INOVADORAS) tupiniquins fazem mais sentido do q uma média 'Stefanini' venezuelana ou mexicana. Diversificar o portfólio de produtos e serviços faz mais sentido do que agregar 'mais do mesmo'. Investir um pouco daquela bela fábula faturada em P&D faz mais sentido do que simplesmente quintuplar o número de 'colaboradores'. IMHO, aumentar a lucratividade faz mais sentido do que simplesmente aumentar o faturamento. De qq forma, boa sorte no IPO. É um boa nova.


Tags:

Compartilhamento comunitário é justamente a essência da internet e do mundo digital ao seu redor. É o que acontece em blogs, que reúnem grupos de amigos ou de gente com interesses similares; é o que acontece em Orkuts ou MySpaces da vida; é o que trouxe sentido à música digital. É a facilidade de compartilhamento de música que dá sentido ao iPod – ou a qualquer mecanismo que possa sustentá-lo.

Tentar controlar isso, no fim das contas, é só faz-de-conta. Não por fingir controlar. Mas por fingir que acredita que conseguirá controlar.

Não conseguirá.

- Pedro Doria (no mínimo)

Leia a íntegra do artigo "Troca de Músicas via Zune" no BlueNoir.

Tks Nelson Biagio Jr.


Síndrome "Homerinho"

22 novembro 2006

Surrupiado do Joel on Software:

I'm sure there's a whole team of UI designers, programmers, and testers who worked very hard on the OFF button in Windows Vista, but seriously, is this the best you could come up with?

Image of the menu in Windows Vista for turning off the computer



O artigo, muito bom, chama-se "Choices = Headaches".

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Agora pra entender o título deste post: o "Homerinho" é um dos melhores butekos (é assim q tá na placa) de Varginha. Melhor: fica pertinho aqui de casa, hehe. Seu cardápio tem quase uma centena de opções de 'tira-gostos'! Quase todos pratos tipicamente mineiros. Pra se ter uma idéia, só em torno do Jiló existem umas 5 variações. Ou seja, se você não chega lá com um 'parpite' bem definido, toma umas 3 cervejas até conseguir escolher um prato.

Mas minha comparação não ficou boa não. Afinal, no caso do Joel, tudo que ele queria era desligar o Vista. E eu tenho certeza que ele não podia tomar uma gelada enquanto decidia qual opção escolher... hehehe...


Bill Gates pra Presidente

21 novembro 2006

Há mais de 10 anos sou fã do Scott Adams (Dilbert). Seus livros e tirinhas são uma excelente fonte de inspiração - ou só uma válvula de escape, não importa. Mas agora ele me deixou preocupado: ele tá falando sério quando "lança" o Bill Gates para concorrer na eleição presidencial de 2008?

Vejamos: o milionário dono da EDS, Ross Perot, já tentou. Como candidato independente. Torrou uma fortuna e não deu em nada (tks God!). O Bill não seria 'independente'. Como os democratas já têm 2 excelentes candidatos, sobra-lhe o carcomido partido republicano. Uai, não é o mesmo que fez Reagan e Schwarzenegger? Então dá...

Céus, hehe. Comentário surrupiado do blog do Dilbert:

Oh, yeah! Then, if some country seems to be crashing, he can suggest that we "reboot" it. Hrp.


Passou da hora da MS parar com esse jogo de FUD (aMEDOntrar, plantar INCERTEZAS e colher DÚVIDAS) que ela faz há tempos com o mundo do Software Livre, particularmente em cima do Linux. Se ela realmente tem, como vive afirmando o Ballmer, evidências de que o Linux "surrupiou" algumas de suas idéias (devidamente patenteadas), que venha a público e mostre os crimes. No mundo todo (ou quase), você é inocente até que provem o contrário. Se a MS acusa, é dela o ônus da prova. Passou da hora da "comunidade" se posicionar de uma maneira mais forte e definitiva.

Diz aí MS: qual parte do Ubuntu (ou qq outra distribuição Linux) lhe foi "surrupiada"? Diz aí que a gente tira na hora. Mas pára com esse joguinho de 'mulherzinha', please!

A última declaração do Ballmer já foi rebatida pela Novell. Saca só:

We disagree with the recent statements made by Microsoft on the topic of Linux and patents. Importantly, our agreement with Microsoft is in no way an acknowledgment that Linux infringes upon any Microsoft intellectual property. When we entered the patent cooperation agreement with Microsoft, Novell did not agree or admit that Linux or any other Novell offering violates Microsoft patents.


Dados os desacertos do "acerto" MS+Novell, a Novell deveria cancelar tudo, mover uma ação de "danos morais e injúria" contra a MS, e pedir que o restante das empresas que "tiram proveito" do Linux (HP, IBM, Red Hat, Sun, Oracle, ...) façam o mesmo.

Simultaneamente, tudo que a gente queria ver era briga por qualidade. Concorrência de verdade. E não um joguete que só serve pra travar inovações e a nossa própria evolução.


graffiare #367

19 novembro 2006



Mais aqui.


Obs.: Quem sabe o Zune acaba ajudando uma grande causa: o dia do Orgasmo Global!


... é um ladrão ou algo do tipo. É o que diz o Grande Ballmér(de). Com a palavra Cory Doctorow (Boing Boing):


The other shoe has dropped on a weird little deal between Microsoft and Novell over SUSE Linux last week. Microsoft gave Novell $440 million for SUSE support, and then Novell gave back $40 million to license Microsoft's bogus patent claims against Linux.

Now Microsoft's Chief Rageaholic Steve Ballmer has explained the deal: Novell's $40 million "payment" is an admission of guilt. Every Linux user who doesn't use SUSE (the only "licensed" Linux) is a patent infringer. All Linuxes except the ones that Microsoft blesses are illegal.


Pode? Pode.. no mundo da MS, tudo pode. Tudo que ela deixar.


Que bicho dá quando você pega números extraídos diretamente da bola de cristal do IDC e joga na cumbuca econômica (murrinha) da EXAME? Tem bicho-ícone pra "Desinformação"?

Saca só: na edição 880 (8/nov) a matéria de capa pergunta se nosso presidente eleito fará o Brasil crescer. Juro que vou ignorar o aspecto "ideológico" da matéria. O que me chamou a atenção foi o quadrinho que aparece no canto inferior direito da página 21. Sob o título "Tecnologia da Informação" aparece a seguinte (des)informação:

"Em 2007, o setor deve investir 1 bilhão de reais, 66% mais do que neste ano. O corte de impostos e a oferta de crédito permitiram inédita reação sobre o mercado cinza, reduzindo a menos de 50% do total das vendas"

Na sequência tem um gráfico mostrando que os PCs legais saltaram de 3 milhões de unidades em 2003 para 7 milhões em 2006. Em 2010 serão 11,5 milhões.

Cool. Mas eu não entendi nada! Do que os caras estão falando? Que o preço médio dos micros em 2007 será de apenas R$ 125,00? Que o "Setor" TI se resume a vendas de micros? Isso pode ser chamado de "investimento do setor"?

O problema da "prensa" que vive tentando justificar uma "ideologia" é a falta de cuidado com que trata as informações.

Detalhezinho besta: a matéria seguinte (pág 24) se chama "Por que privatizar".
hehe... 100 comentários...




Alguém entendeu a "mensagem" deste reclame do Zune?


graffiare #366

16 novembro 2006

I could not be more skeptical about the viability of the DRM included with Vista, from either a technical or a business standpoint. It's so consumer-unfriendly that I think it's bound to fail -- and when it fails, it will sink whatever new formats content owners are trying to impose.

- Matt Rosoff (da "Directions on MS", no ComputerWorld)



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O artigo (que merece uma leitura, particularmente pra quem ainda não entendeu a desgraça do DRM), chega a sugerir que a MS foi forçada (por estúdios de Hollywood e afin$) a adotar travas DRM. Bullshitagem. A MS *adora* a ideologia que fundamenta DRM e traquinagens semelhantes. Coisas de quem tem um sério problema de miopia: a terra pra eles é plana! Homogênea em suas riquezas e gostos.


A empresa da piada pronta conseguiu mais uma. Não.. mais duas!! Saca só:

O Zune é INCOMPATÍVEL com o Vista!! Tudo culpa daquela aberração chamada DRM. E do incrível distanciamento que parece caracterizar todas as equipes que povoam a fazendinha de Redmond.

O Windows Live Messenger, que nos últimos tempos tem dado muita dor de cabeça para seus milhões de usuários, consegue ser ainda pior quando executado sob os cuidados do Vista!!



O "quebra-cabeças" que a MS sempre usou para ilustrar o Office ganha novo sentido. Mais verdadeiro.


Uso o Yahoo!Mail desde 2000 e o GMail praticamente desde seu lançamento (2 anos? - não me lembro). O Gmail, assim como seu vovô - o mecanismo de buscas Google - caracteriza-se pela radical limpeza de sua interface. Sua objetividade impacta positivamente em sua performance. Engraçado é que a Google lançou seu conceito de interface na auge dos mega-poluídos-portais, quando designers cafeinados confundiam quantidade com qualidade. Muitos, particularmente aqui em Pindorama, não aprenderam até hoje. Vide a maioria dos nossos grandes portais: poluição pouca é bobagem. Designers bushistas! hehe

Mas o que mais me intriga é o caso do Yahoo. O GMail foi-lhe um belo tapa na cara - nada de luvas de pelica. Oferecia pífios 6mb de espaço quando o GMail prometeu 1gb. Baseava sua usabilidade em traduções mal feitas de "padrões" Win32, como o Outlook. Com o assalto do GMail, o Yahoo teve que se mexer. Colocou todo mundo em cursos intensivos de Ajax e afins, deve ter alocado centenas de designers 'modernosos' e ultra-especialistas em ergonomia. E me veio com isso?

Clique na imagem para ampliar.

Tudo tem a ver com modelos de negócios. Tanto o Yahoo quanto a Google vivem da venda de espaços publicitários. Mas justifica usar tanta área útil com propaganda? Reparem nas áreas destacadas. 90% é propaganda do próprio Yahoo. Tudo bem, os caras fizeram um bom trabalho com Ajax. Mas tudo ficou pesado demais, lento demais. E o rodízio dos banners (que aproveita o ciclo automático de refresh das mensagens) detona ainda mais a performance. Se vc usa banda larga a coisa não te chateia tanto. Mas se sua conexão for discada ou retardada o uso do Yahoo!Mail é um exercício de paciência. Pq não copiaram um pouquinho as boas idéias do GMail?



Garanto que assim, econômica e respeitosamente, a Google levou mais $$ do que o Yahoo. Venderam praticamente o mesmo 'pedacinho' de tela, mas aposto meia dúzia de Brahma Extra que a Google faturou mais. E lucrou mais.

Mas não é só isso. O Yahoo, dono do Del.icio.us, ignorou o conceito de tags! Mantém o batido conceito de 'pastinhas' para o armazenamento permanente de mensagens. Perdeu a chance de encaixar seu IM no webmail. E deixou escapar também uma belíssima oportunidade de integrar seus grupos de discussão (largamente utilizado pelas comunidades técnicas) ao leitor de mensagens. Nem vou falar de RSSs e afins. Enfim, onde o Yahoo tá com a cabeça? Para inovar não basta olhar o próprio umbigo. É o umbigo dos outros, particularmente daqueles que te chutam o saco, que deve inspirar reações.

Aprender a aprender continua sendo o maior desafio das empresas. Mesmo daquelas que se acham numa "nova era".


ZUNindo Inteligência

14 novembro 2006

Inacreditável!
Hilariante!!

Saca só alguns trechos da análise que David Pogue (NYTimes) fez do Zune-zunido:

You can play a transmitted song only three times, all within three days. After that, it expires… This copy protection is as strict as a 19th-century schoolmarm. Just playing half the song (or one minute, whichever comes first) counts as one “play.” You can never resend a song to the same friend. A beamed song can’t be passed along to a third person, either.
...
What’s really nuts is that the restrictions even stomp on your own musical creations. Microsoft’s literature suggests that if you have a struggling rock band, you could “put your demo recordings on your Zune” and “when you’re out in public, you can send the songs to your friends.” What it doesn’t say: “And then three days later, just when buzz about your band is beginning to build, your songs disappear from everyone’s Zunes, making you look like an idiot.”



Semana passada: masoquistas. Hoje, Idiotas.

Se continuar assim o Zune será um estrondoso sucesso de vendas. O mundo anda lotado de masoquistas-idiotas com grana sobrando.


... aqui vou eu!



Cientistas australianos (provavelmente aqueles mesmos que vivem catalogando animais raros, segundo o Jô) inventaram a "Wearable Instrument Shirt" (WIS). Wow... agora ninguém segura! Air-drummers e cantores de chuveiro, vamos montar uma banda?


Tags:

Java :: Ainda mais LIVRE

13 novembro 2006

Tardou mas não falhou. A Sun ouviu a patotada (incl. IBM) e deu uma carta de alforria para o Java (ME, SE e EE) na forma de lincenças GPL.

Com a palavra Rich Green, VP de Software:


This is a milestone for the whole industry. Not only are we making an influential and widely used software platform for the Web available under an open-source license, it also underscores Sun's commitment to changing the whole industry model for how software is enhanced and developed.





Saca só que notícia legal:

Berthier Ribeiro Neto, diretor de engenharia, disse que a Gooogle vai contratar “tantos engenheiros qualificados quanto a empresa encontrar no Brasil”.

Surrupiei a notícia do IDGNow.

Das duas uma: ou a Google tem dezenas de milhares de vagas ou então acha que Pindorama forma, no máximo, meia dúzia de "engenheiros qualificados" por ano.

De qq forma, se vc é um "engenheiro qualificado" e quer um belo novo trampo, manda teu CV pra Google.




Zune é novo. Seus problemas são velhos conhecidos.
Mais aqui.

Tks Biaggio.

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Update (14/nov): O masoquista aí comprou ou planeja comprar um Zune? Veja no Blog.MacMagazine um tutorial legal para setup do bichinho. Depois não diga que não avisamos.


graffiare #364

10 novembro 2006

You made a fatal error, you trusted us.

- Segundo Bob Metcalf (3Com), foi o que ele ouviu de um executivo da MS quando a joint-vaca (LAN*) foi para o brejo.



Surrupiei o graffiare da coluna de hoje do Roberto X. Ele tá comentando a "parceria" MS + Novell. Vale a pena ler toda a coluna. Mas vou dar o aperitivo:

There was a time -- right up to a week ago -- when Microsoft appeared to feel, from the statements of Bill Gates and Steve Ballmer, that they could ridicule Linux out of corporate America or use a campaign of fear uncertainty and doubt (FUD) to undermine the open source operating system. There was nothing good about Linux, they said, and a lot that was bad. They even argued that paying Microsoft for Windows was less expensive than getting Linux for free. Yeah, right.

But Linux happens. And Linux isn't going away. As a server operating system, Linux is far more important than Windows and that trend isn't changing, something that Microsoft has finally acknowledged, not just through this agreement with Novell, but also through the PHP license Redmond also announced this week. But Microsoft is still Microsoft and has its own peculiar way of changing with the times as we see in this very interesting agreement.

What is actually going on here? For one thing, Microsoft seems to be paying Novell a lot of money, some of it for software licenses and some for patent licenses. Microsoft agrees not to sue Suse Linux customers for violating its patents (a sort of non-license license that is purported to gracefully cover the legal gaps between open- and close-source licensing) and the two companies will build an interoperability lab.

Nothing wrong so far. Novell gets money, exclusive access and co-promotion by Microsoft and Suse Linux gets a boost against Red Hat and the other distributions.

Then Ballmer, speaking a few days later with an Indian IT publication, offered to do the same sort of deal with ANY Linux distributor, even Red Hat, much to the surprise of Novell, which thought the term "exclusive" meant, well, exclusive. The ink was barely dry and Microsoft was apparently re-interpreting the terms of the agreement.


O maior dos meus vícios é a música. Os outros vícios giram em torno dela. Delas. Ando espantado com um brinquedinho grátis, livre e aberto: o AmaroK. Ele dá de 1000 em qq media-player pago e/ou proprietário que existe por aí, incluse o iTunes. É mais inteligente. Usa bem a web, conversando diretamente com a Wikipédia (buscando biografias dos grupos e artistas), com sites de letras de músicas e com a Last.FM. Já falei sobre ele aqui mas sempre vale a lembrança: o AmaroK não tá preocupado em te vender músicas nem em impor licenças. Ele te deixa ouvir suas músicas, organizar sua coleção. E coloca todas as informações que você pode precisar naquele momento (naquela música) na distância de um click. Fantástico. Seu slogan é bem verdadeiro: "Rediscover your Music".

Acompanho dois outros blogueiros que falam sobre desenvolvimento de software e sofrem com o mesmo vício: o JP Rangaswami (ConfusedOfCalcutta - ele tem uma tag 'hippie retardado', hehe) e o Joel Spolski (Joel on Software). Você mergulha lá pra pegar algumas experiências sobre desenvolvimento e acaba descobrindo dicas fantásticas sobre sons e afins. A última eu descobri com o Joel. Um belíssimo sonho de consumo (e olha que eu fujo de badulaques-gadgets assim como o Papa-Léguas foge do Coiote). Saca só:



É o Sonos Digital Music System. A avaliação que o Joel faz do produto me deixou com coceira nos dedos. Nem quis ver o preço do brinquedinho pra não estragar a minha SEXta. A mega-sena tá acumulada?


FF* da MS

09 novembro 2006

Surrupiado do Cory Doctorow (Boing Boing):

Brent sez, "MSN Music is shutting down, in favor of pushing Zune and Real Rhapsody for their 'Buy Now' links. News.com says MSN Music files won't play on Zune or Rhapsody, and there's no upgrade path."

As for those who have bought MSN Music tracks, Microsoft said on its Web site that users will still be able to use their songs, transfer them to compatible music players and burn them to CD.

You were a sucker if you bought MSN Music tracks. You're a masochist if you buy Zune tracks.

Link (Thanks, Brent!)


===

* FF = Freguês Feliz... mesmo tirando a ironia dá pra manter o segundo F. De fu****


Worldwide, a lot of the developed countries are not graduating as many IT students as they were in the past, which is kind of ironic as it does mean it does increase the opportunities.

...

There is a shortage of IT skills on a worldwide basis. Anybody who can get those skills here now will have a lot of opportunity.

- Bill Gates (provocando Moscou)



O tema pintou também no Slashdot, gerando um 'caloroso' debate.

A janela da oportunidade está aí, mas deve se fechar muito rápido. Quanta gente boa nós conseguimos colocar no mercado em 3 anos? Esse é o problema com oportunidades desse tipo: só quem antecipou tendências e sacou uma bela estratégia (há 10 anos, pelo menos), tem chance de tirar proveito de verdade. O resto seguirá patinando e colocando metas que não colam nem em livros de sci-fi.


Internetbras

08 novembro 2006

Grande dica do Nelson Biagio: conheça a Internetbras!



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Ainda sobre a grande idéia do mineiro* Azeredo: o Carlos Alberto Sardenberg pegou pesado no Jornal da Globo de ontem. Falou que Banco$ e afin$ seriam os maiores beneficiários da porralouquice do mineiro* Azeredo. Algo mais ou menos assim:

"Eles não têm competência pra nos garantir segurança, e querem que a gente pague o pato!"


* Estamos providenciando o descredenciamento do Azeredo. Quem é da terra de Tiradentes não pode tirar liberdades assim. Portanto não o chamem mais de mineiro, please!

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Update (9/nov): A grande idéia do Azeredo foi ridicularizada até no Boing Boing! Post com direito a tradução para o inglês da piadinha que sugeri acima.


No próximo dia 9 de dezembro estarei na Universidade São Marcos, em Sampa, participando do Seminário Gestão de Projetos promovido pela Tempo Real Eventos. Eu sei, é um sabadão. Mas será uma oportunidade legal para trocarmos idéias e atualizarmos fofocas. Opa, e pq não, tomarmos algumas depois do evento!

Farei a palestra de abertura, falando sobre a "Essência do Gerenciamento de Projetos". Na seqüência tem gente muito boa:

  • Juan Esteban Bernabó vai mostrar como "Criar Equipes Altamente Eficazes";
  • Adail Retamal tratará de "Ferramentas e Qualidade"; e
  • José Paulo Papo encerra o evento falando de "Gerenciamento de Riscos".
Maiores detalhes sobre o evento, local e inscrição, você encontra nesta página.

Espero que esta seja também uma oportunidade de rever os amigos e já promover nossa "tradicional" despedida de 2006 / abertura e planos para 2007 (agora vai!). Hehe...

Conto com todos vocês que aparecem aqui no Graffiti de vez em quando.


Azucrinando o Azeredo

07 novembro 2006

Não é que tem dia que tenho que dar o braço a torcer para a Abril (desta vez via Info)? Surrupiarei as palavras da Sandra Carvalho:

Pelo jeito, a hora não está para brincadeiras. Dei uma olhada no currículo do senador Eduardo Azeredo, o pai da má idéia do momento, no site dele, e vi que ele é um de nós, da turma de tecnologia: engenheiro com especialização em informática. O que é isso, senador? Decidiu negar as raízes?

Vi também, nos argumentos em defesa da vigilância total na internet, que o senador trabalhou anos na IBM. Esse dado entra quase como um reforço das credenciais que ele teria para seqüestrar as nossas liberdades na web. Não funciona também: a IBM se caracteriza pelo respeito à privacidade – se destaca por isso. É totalmente artificial invocar a empresa no contexto dessa discussão.

O fato é que, se juntasse técnicos qualificados, que explicassem com clareza o funcionamento básico do protocolo da internet, com gente que respeita direitos individuais, o senador não embarcaria nessa canoa furada.


Quando eu falo que tucano só voa pra direita tem gente que duvida.

Seguinte, se vc tb ficou irritado/preocupado com a proposta bushiana (e bullshitada) do Eduardo Azeredo (senador eleito por MG e egresso da nossa famigerada área de TI), use o "spam" de protesto da Info. E espalha, pq desse mal a gente não carece não.

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Update (8/nov): Esquece. A idéia maluca do Azeredo voltou pro lugar de onde ela nunca deveria ter saído: a gaveta.


... de um velho ultrapassado e estúpido:

  • O que teria acontecido se, lá nos idos de 93-95, a Novell tivesse jogado fichas de verdade (aka $$$) no UnixWare?
  • Como seria o mundo hoje se a Novell contra-atacasse o movimento WinNT com uma versão aberta, livre e gratuita do UnixWare?
  • Quem a Novell puxaria para o seu barco se não ficasse confortavelmente instalada em seu castelo de areia (90% de market share do Netware)?
O mundo dá voltas. Uma década depois a sobrevivência da Novell depende da mesma estratégia que poderia tê-la catapultado para outros céus. Ainda míope, confunde falcões com anjos.


It smacks of the Hitler and Stalin alliance. Two bitter enemies getting together to bonk the other bad guys on the head.

- Consultor Anônimo (comentando a aliança MS+Novell)



No mesmo tema, dois pontos de vista (w/o trocadilho) bem diferentes:

"I think we're seeing the beginning of the end of Linux, much the way IE was the beginning of the end of Netscape, SQL Server was the beginning of the end of everyone else's desktop database system, and Excel and Word and a good deal more also succeeded in co-opting technology and product options in the marketplace: The ever-tightening embrace of Microsoft eventually assimilates everything that it touches. Unless history is to be rewritten with this one deal, Linux never looked worse off than it did today."

Opinião do Josh Greenbaum, em seu blog Enterprise Anti-Matter.

Do mesmo hospedeiro (ZDNet) vem a discordância do Dana Gardner:

"Welcome to the 'Linux Everywhere' world. Microsoft now loves Linux, even if Steve Ballmer wouldn't don a penguin suit.

"Yes, Linux, I think we can safely say, has won. Oracle wants to get it to you cheap. Microsoft wants to let you choose how to deploy your applications — on Linux or Windows instances, perhaps on the same machine or blade rack. Intel, AMD, Dell, HP, IBM, Sun — they all just love Linux.

"Linux has never been in better shape, as long as Microsoft doesn't think you're abusing their intellectual property. Microsoft today with its Novell agreements is essentially offering Linux indemnification when Windows and Linux play together. But you will pay for it. Want to be safe using Linux and Windows together? Better buy SuSe support from Novell. That's the message."


IMHO: sacanagem estrategicamente calculada. A entrada da Oracle no negócio de serviços Linux foi só o empurrãozinho que a MS tava esperando para tirar do armário outro saco de maldades (e FUD). Eu queria muito estar errado. Não é o "início do fim do Linux". Mas pode ser o início de outro período de "ataques jurídicos". Tanto que o Dana pergunta no mesmo post: Quem tem mais medo dos advogados da MS?


graffiare #361

03 novembro 2006

The draconian limitations I've discussed could only be enacted by a monopoly unafraid of alienating its users, as it feels they have no other alternative. Microsoft may yet learn, however, that there are limits to what its users will bear.

- Scott Granneman (analisando a licença-forca do Vista)



A-Lô-Hi Tech #002

01 novembro 2006

O Bug 'Blatella Germânica'


A história se passa lá pelos idos de 86. A sede da empresa onde eu fazia um estágio ficava em frente à antiga estação ferroviária da cidade. Uma "boca do lixo" informal - esquecida e não reconhecida como tal. Era a única empresa de informática da cidade. Tinha algo de excêntrico naquele contraste.

A unidade que gerava e administrava a grana de verdade ficava três portas de metal para a esquerda. A área de informática ficava escondida atrás do mostruário de móveis para escritórios. A porta de ferro do lado direito, na esquina, dava acesso ao "Buteco". A empresa de informática já se foi. O "Buteco" tá lá até hoje.

Era uma tarde quente de veranico. Todo mundo da loja estava na rua, em atividades externas (em filas de bancos ou atrás de fregueses e/ou maus pagadores). Na loja só os dois "programadores" da empresa: Cláudio - o sênior, e eu - o estagiário. Ele numa máquina CP/M (Sisco?), eu num Apple II clonado pela CCE. Com placa Z80 (CP/M), obviamente. Um de costas para o outro, preservando o silêncio que só era quebrado por uma gargalhada ou outra que saía do "Buteco".

Entre nós dois, encostada numa divisória fajuta, estava uma velha impressora Elgin (100 CPS?). Ela não estava conectada em nenhum micro. Provalmente estava lá para 'manutenção preventiva'. Ou então era troco de algum 'upgrade' ("Impressora é Elebra, o resto é lixo", dizia o vendedor).

Provavelmente eu estava brigando com um algoritmo maluco que deveria dizer para um engenheiro agrônomo igualmente maluco quantos pés de eucalipto cabiam em determinada área. Meu chefe maluco sugeriu que o código fosse escrito em Assembly. "Do Motorola 6502 ou do Z80?", era a única dúvida do destemido estagiário. Concentração total quando, de repente, aquela velha Elgin começou a imprimir. Com sua esforçada velocidade de 100 caracteres por segundo!

Levamos um susto. Tava realmente tudo muito quieto até aquele momento. Cláudio me encarou acusando. Revidei com um olhar de destemido estagiário assustado. A impressora parou. Voltamos ao nosso trabalho. Dois minutos depois a Elgin começa de novo. Desta vez Cláudio solta a raiva da concentração interrompida: "Pô, não é hora de brincadeira!". Eu não estava brincando. Pelo jeito, ele também não.

Mas, assim como começou a impressora parou. Para recomeçar o 'auto-teste' dois minutos depois. Agora com ambos se fiscalizando. "Caramba, o que está acontecendo?". Lógico que naquele instante nos lembramos dos 'causos' de fantasmas que rondavam aquela região podre da cidade. Mas fantasmas aparecem em tardes quentes de veranico?

Três horas depois o nosso técnico-curinga operador de rádios piratas voltou na sua TT poluidora. Talvez estivesse na fila d'algum banco. A Elgin já estava desconectada da tomada. Meia hora de impressões assombradas fora suficiente para decisão tão drástica: desligar a energia de uma impressora que não servia para nada. Contamos a história para o Rogério, em tom dramático e assustado. Ele só dava gargalhadas, incrédulo. Resolveu ligar a impressora de novo. Ela não nos decepcionou e disparou outro 'auto-teste' que, como todos os outros, durou cerca de dois minutos. Agora o super-técnico estava assustado também.

Desconectou a Elgin da tomada, armou-se com uma chave de fenda, respirou fundo e resolveu fazer uma autópsia.

Laudo: uma "Blatella germânica", uma barata que gosta de ambientes quentes, estava passeando na barriga da Elgin. O circuito (trajeto) durava cerca de dois minutos. A cada volta ela 'pisava' no dispositivo que disparava o 'auto-teste'.

A Blatella foi devidamente exterminada por um jato de freon.


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Há tempos ensaio colocar uma seção de 'causos' aqui no Graffiti. O "A-Lô-Hi Tech" nasceu com a história do cachorro RFID. Agora "A-Lô-Hi Tech" virou série e tag no Del.icio.us. Quem tiver boas histórias de nossas ciências de baixas e altas tecnologias e quiser vê-las por aqui, é só mandar!


Never hate your enemies.
It clouds your judgement.

- Michael Corleone (The Godfather)