Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

Clube dos Estressados

31 maio 2006

Inconformados com o alto nível de stress que caracteriza nossa área, um grupo resolveu sair no tapa. Literalmente:



Fundaram um Clube da Luta no vale do Silício
!?!?

Engenheiros, programadores... Eles só não deixam entrar a turma do suporte. Eles pegam pesado... kuakuakua...

Mais uma, mais uma: tem um cara que só pode entrar se for pra brincar sem cadeira:



E tem q fazer o papel do Bob...






Tks Anderson Pontes.


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"Meta de exportação de software não será batida até 2007, afirma ministro
Ministro do MCT, Sérgio Rezende, diz que será preciso salto muito grande nos balanços de 2005 e 2006 para que meta de US$ 2 bilhões seja alcançada."
..."o último número registrado em relação a exportações de software foi de 300 milhões de dólares."
- Computerworld, 30/mai/06

"Temos observado vários artigos abordando assunto exportação brasileira de software. Na grande maioria, eles têm exposto que nossa exportação está muito aquém do planejamento (a meta, de acordo com o Ministério de Ciência e Tecnologia é exportar, em 2002, algo em torno de US$ 260 Milhões)."
- Computerworld, 16/dez/02

"O governo deu seu recado ao publicar a Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, estão previstos recursos da ordem de R$ 15 bilhões, para este ano, que serão investidos em programas e ações de estímulo à produção. Do montante, R$ 14,5 bilhões sairão do BNDES, Finep e Banco do Brasil. Os outros R$ 550 milhões são do Orçamento e de recursos extra-orçamentários."
- Computerworld, 07/abr/04

"Brasil é carente em profissionais de software
Hoje são formados cerca de 4 mil mestres e 1,3 mil doutores por ano, volume baixo para cumprir a meta de exportação de software."
- Computerworld, 16/09/04

"Brasil tem cerca de 600 doutores em software
Número pífio de formação na área de software foi apresentado pelo secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Augusto Gadelha."
- Computerworld, 30/mai/06


pv: Já falei muito sobre o assunto. É a minha pior gastrite. Então um comentário breve: Temos que começar estudando MATEMÁTICA. E APRENDER A LER o que já foi escrito para não parecermos muito MENTIROSOS.

Por último, mas não menos importante, parar com essa mania galvãobuenista de ver beleza onde ela não existe.


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Mil e uma utilidades d'um Mac:



Aqui como uma mailbox...
Surrupiado do Boing Boing que surrupiou do flickr.


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Indecisa

30 maio 2006

Do Register:

"The rumour du jour is that Microsoft is in talks with eBay about a possible takeover. The news came just after eBay agreed a wide-ranging partnership deal with Yahoo!

The New York Post quoted 'multiple sources' that Microsoft is considering buying eBay and merging it with MSN, though the paper said talks had 'cooled somewhat' as execs considered anti-trust issues. Read the whole story here."




Nessas idas e vindas, ameaças de bids e recusas de proposta nenhuma, a única conclusão possível é: a MS não sabe o que fazer da (na) Internet.

Dica da 'Nova' (ou 'Contigo', tanto faz) para compradoras indecisas: Não compre. Vai pra casa, pensa direitinho... Não tem nada melhor pra fazer com o $? Poupe! Pode ser útil num futuro incerto.


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..."you wouldn't get on a plane built by software developers."

"What if civil engineers built bridges the way developers write code? What would happen is that you would get the blue bridge of death appearing on your highway in the morning."

- Mary Ann Davidson (CSO da Oracle)


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Deu na Info e no Computerworld: "Nada menos que 97% dos profissionais de TI consideram seu trabalho diário estressante". Resultado de uma pesquisa da SWNS com 3000 pessoas de diversas profissões. Legal o destaque que ambos os artigos deram para um trecho do estudo: "Quatro em cada grupo de cinco sentem-se estressados mesmo antes de entrar no trabalho, se antecipando a mais um dia de reclamações e pressão dos chefes". Putz.. vai ter cliente insatisfeito e chefe ranzinza assim lá na casa do chocalho.

"Desmotivados, 28% disseram não ter satisfação no emprego e que gostariam de ir trabalhar em outro lugar. Um terço gostaria de ser seu próprio patrão e ter controle total sobre suas obrigações".



Outra coisa curiosa é o 'ranking' de profissões mais destruidoras de vidas:

  1. Tecnologia da Informação
  2. Medicina
  3. Engenharia
  4. Vendas e Marketing
  5. Educação
  6. Finanças
  7. Recursos Humanos
  8. Operações
  9. Produção
  10. Religião
Não assusta que nossa caótica e mal gerida área esteja em 1º lugar. Surpreendente mesmo é o 10º colocado! É o fim do mundo...


REM: ..."and I feel fine"


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graffiare #301

29 maio 2006

"YouTube é acessado por mais de 1,2 milhão de brasileiros em casa"

- Notícia do IDG Now!



pv: Agora a provocação de verdade: imagina a $$ que a Globo (e Record, Band, SBT...) estão deixando de ganhar. Não tô falando de pirataria não. É de falta de VISÃO!


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A PCWorld fez a lista dos 25 piores produtos/serviços de TI de todos os tempos:

1. AOL
2. RealPlayer
3. Syncronys SoftRAM
4. Microsoft Windows Millennium
5. Sony BMG Music CDs
6. Disney The Lion King CD-ROM
7. Microsoft Bob
8. Microsoft Internet Explorer 6
9. Pressplay and MusicNet
10. Ashton-Tate dBASE IV
11. Priceline Groceries and Gas
12. PointCast Network
13. IBM PCjr.
14. Gateway 2000 10th Anniversary PC
15. Iomega Zip Drive
16. Comet Systems Comet Cursor
17. Apple Macintosh Portable
18. IBM Deskstar 75GXP
19. OQO Model 1
20. DigitalConvergence CueCat
21. Eyetop Wearable DVD Player
22. Apple Pippin @World
23. Free PCs
24. DigiScents iSmell
25. Sharp RD3D Notebook


Hehe. Adoro listas. Principalmente pq elas sempre são polêmicas. Pô, o ZIP Drive até q foi bem útil por um (curto espaço de) tempo. A AOL gerou boas piadas aqui em Pindorama, com seus milhões de CDs encartados em tudo quanto era canto. Mas eles se esqueceram do MS Site Server. E do Windows for $Less People (aka Starter Edition)?!?! Imperdoável.

Vários produtos ali não fazem sentido por aqui. Pq nunca chegaram por aqui. Sorte nossa? Em termos. Tivemos nossos sérios candidatos para o Hall da Vergonha tbém:

  1. Prológica Solution 16: Um "portátil" que pesava uns 20kg. E que jorrava cabos e cabos quando vc abria o gabinete. Um terror, literalmente.
  2. Joiner: um compilador genuinamente nacional, que surrupiou todos os conceitos do saudoso Clipper. Motivação boa. História bem triste.
  3. Sisne: bancado por grandes players da indústria tupiniquim (alguns vivos até hoje), era uma cópia sem vergonha (em todos os sentidos) do MS-DOS.
  4. Edix (e seus co-irmãos Digix, Sidix, asterix...): cópias 'chiclete com banana' do Unix. Dediquei o negrito ao Edix por causa de seu maravilhoso esquema de swap. Ele não devolvia nem um bytezinho para RAM, nem a tapa. Só no reset mesmo.
  5. Globo.com (1ª geração): Logo no lançamento. Era o Galvão anunciar uma 'enquete' no meio de um jogo para todos os 32 (!) servidores despencarem. Galvão: "Paciência. A gente sabe que Internet é assim mesmo". É? Não é por acaso que até hoje as 'enquetes' estão sumidas das transmissões da Globo.
  6. UOLkut: cut, cut... O ápice da criatividade tupiniquim.
  7. Os cachorrinhos de pelúcia do iG: miAU, outro ícone de nosso poder de criação;
  8. Amélia: o Ataulpho Alves e o Mário Lago deviam ter pedido uma indenização. Não pelo uso indevido da marca, mas pelo que fizeram com o nome. Outra coisa: a Amélia virtual era muito vaidosa. A Amélia, "mulher de verdade, não tinha a menor vaidade". Sorry meninas. Mas a piada eu não ia perder, né?
  9. Interatividade na TV brasileira: só via SMS, gerando tráfego e receitas para operadoras de celular. Céus... o que será de nossa TV digital?
  10. O último (mas não menos vergonhoso) lugar vai para nossa imprensa especializadíssima, que um dia rasgou elogios para as 9 vergonhas listadas acima. Nos ufamos e brindamos. Pena que o ValeUmaCerveja.com.br não foi pra frente, né?



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"A discussão sobre software livre é mais ideológica do que técnica."

- Januário Montone
(Sec.Gestão da Prefeitura de Sampa, no ComputerWorld)


pv: Não Sr Januário. A discussão sobre software livre é ECONÔMICA e TÉCNICA. Só é ideológica pra quem gosta de briga sem vencedores. Pra quem curte um 1 a 1.

Sorte de Sampa é que o Sr passará. E "esse jogo não é um a um", como dizia o Edgar Ferreira. E já que entrei no baião, respeito Januário:

"De Itaboca à Rancharia, de Salgueiro à Bodocó, Januário é o maior!"
E foi aí que me falou mei' zangado o véi Jacó:
"Luí" respeita Januário
"Luí" respeita Januário
"Luí", tu pode ser famoso, mas teu pai é mais tinhoso
E com ele ninguém vai, "Luí"
"Luí", respeita os oito baixos do teu pai

O Januário pai do Gonzagão. Ele sabia o que fazer com 8 baixos.


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Google Analytics

25 maio 2006

Acabei de receber um convite para utilizar (participar d)o Google Analytics. Lógico que aceitei. E joguei meu querido finito como cobaia. Interessante é que me chamaram mesmo sabendo que não uso e não pretendo utilizar (não nos meus blogs de 'trabalho') o tal AdWords. O serviço é gratuito para qq um que tenha menos que 5 milhões de pageviews/mês. Nussa... quase me custa $... hehehe.



Ainda não deu pra brincar muito com o bichinho. Tanto q a imagem aí de cima não é uma análise do meu site. Mas a qualidade da ferramenta, das interfaces, é fascinante. Ajax riquíssimo, pra variar. Duvido que tenha alguma ferramenta de BI por aí que entregue via web algo tão rico e fácil de usar.



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Não costumo divulgar eventos aqui. Mas este vale a pena:

Waterfall 2006

After years of being disparaged by some in the software development community, the waterfall process is back with a vengeance. You've always known a good waterfall-based process is the right way to develop software projects. Come to the Waterfall 2006 conference and see how a sequential development process can benefit your next project. Learn how slow, deliberate handoffs (with signatures!) between groups can slow the rate of change on any project so that development teams have more time to spend on anticipating user needs through big, upfront design.

Attend these valuable tutorials:

Because it's possible you may want to attend all sessions, Waterfall 2006 features no concurrent sessions. All sessions are run sequentially for your enjoyment. However, since in a waterfall process we don't want testers to know anything about coding, or programmers to know anything about design, and so on, you can only attend sessions that match your job function. When you register to attend you'll be asked to select an appropriate job function. When sessions that are not relevant to you are running you will be required to sit idle in the lobby.


The conference will also feature a number of workshops. Unlike typical conferences where workshops involve participants talking with each other, all Waterfall 2006 workshops will be conducted by document. Come to a workshop, open up your favorite word processor and state your opinion on something. Email it to other workshop participants. (We'll set up mailing list aliases for this--after all, we want to keep this process efficient!) Then just sit back and wait for someone to reply with their own document. Don't miss this opportunity to participate in vigorous written discussion with your peers. The following workshops are planned:

The following research papers and experience reports will be presented:

Waterfall 2006 -- "Come on in, the water's fine."



Opa.. o Evento começa dia 1º Abril, em Niagara Falls...

Contact Information

The Waterfall Alliance
PO Box 1970
Cascade, Illinois

E-mail us




Tks Vitão e Azuma.
Q devem estar gargalhando até agora com minha falta de atenção...


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ZDNet: Quality is what you've talked about as the main consideration. You've been through a fair number of these launches--where are things at from a quality perspective?

Allchin
: Much higher. I mean, if I look at this beta release, I would say there are some scenarios that will have issues, and there will be some (application compatibility issues), but if I look at the core code quality, it's much higher. Now it's a question of--it's a lot to work on still, in terms of performance and app compat (application compatibility), and make sure we have the right device driver coverage, and it's just: Find the issue, fix it; find the issue, fix it; and just as fast as we can. So in terms of the raw security, safety and performance, and that sort of stuff, it's coming together OK.


- Jim Allchin (em entrevista para a ZDNet)





pv: Gostei da parte "Find the issue, fix it; find the issue, fix it; and just as fast as we can". Considerando que começou nesta semana a distribuição do Beta 2, Jim ainda terá muito "find/fix" pela frente. Deve ter gente lá dentro torcendo para a Symantec ganhar uns rounds na justiça, adiando um pouco mais o lançamento do Vista. Mas acho que desta vez o bichinho sai. Na marra, mas sai. Com alguns "find/fix" a serem fixados em SPs futuros.


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Apagando Incêndios

24 maio 2006

Aquela crise em Sampa, que foi o grande assunto da última semana, serviu como uns graffiares (provocações) para este que vos escreve. Como gerenciamos crises em um projeto? Qual deve ser a postura do líder, do gerente do projeto? Até que ponto uma 'ajuda externa' é realmente útil? O que podemos aprender com uma crise?

As perguntas são boas. Escrevi algumas respostas neste artigo, devidamente hospedado no finito. Que seja útil. Sem crise!


"In other words, SOA 2.0 will be faster, sleeker, smarter, and able to handle much larger workloads. And it sounds so compatible with Web 2.0. Great news for marketers, but what about the people in the trenches still trying to solve integration problems and untangle their Spaghetti-Oriented Architectures? Will they even notice, or care, that we're on SOA 2.0 now?"

- Joe McKendrick (na ZDNet)






pv: Pára o mundo (de TI) que eu quero descer. Dia 10 eu comentei por aqui, SOA era tida como 'morta'. Agora nasce a SOA 2.0. Bullshitagem amparada pelo Gartner (que há tempos fala em EDA - Event-Driven Architecture, e não vai sossegar enquanto a STL não pegar). Quando a gente vai parar com essa mania, hem? Tudo bem, não há a menor chance disso acontecer...

Então, aguardem... Vem aí o Graffiti 2.0...
Comentando moda, culinária, vinhos e a cabeleira do Tom Hanks...



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Estudo do IDC afirma que 1/3 do software instalado em micros caseiros, no mundo todo, são piratas. A conta mágica resulta em US$34 bilhões de 'prejuízo'. Creio que seja o mesmo 'prejuízo' reclamado pelas gravadoras, que com 5 anos de atraso estão ensaiando aprender a vender música pela Internet. Longe do Brasil, que não é mercado. Blz.

O que assusta é a distorção dos números: diz aí, o que mais deveria incomodar?

  • 90% de pirataria no Zimbabue?
  • 87% de pirataria na China? ou
  • 21% (!) na terra do tio Sam, aclamado como 'menor' índice?
Estudo estúpido gera ações estúpidas. Ou seja, nada de novo no front.

Continue atacando este nicho com iniciativas míopes (aqueles esquemas geniais para validação de autenticidade) ou idéias brilhantes (como o Win for $less people - aka Starter Edition), e vamos ver no que vai dar.


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Há algo de (muito) estranho no front. Baixou um tipo esquisito de 'crise existencial' ou algo parecido em colunistas/blogueiros que há tempos fazem a linha de frente do exército do BillU. Começou com Paul Thurrot e com o John 'Lembo' Dvorak. Agora dois outros caras propõem brincadeirinhas de "e se...".

Primeiro foi o John 'Holerith' Carrol, único colunista 'independente' que recebe salários da MS. "E se a MS tivesse total liberdade para fazer o MAL?". Como seria o mundo? Existiria um mundo? Kuakuakua...

Agora o Ephraim Schwartz, da Infoworld, aparece perguntando: "E se a MS nunca tivesse existido?". Para alguns 'entrevistados', seria um caos: "teríamos que aprender a lidar com sistemas complexos de outra empresa". Hã?!?

Para outros, seria o paraíso: "Nos daria a oportunidade de gerar inovação como nunca antes em nossa história". Mas o Ephraim conclui: "Se ela não existisse a gente tinha que inventar uma".

Quanta falta de criatividade. Quanto tempo livre desperdiçado...

opa... desperdicei também...

E, já que estamos com um tempinho, segue minha Grande Pergunta:

"E se a IBM tivesse encomendado o DOS em outro lugar?".

Pequena resposta: as outras perguntas nunca teriam nascido.




update: Outra coisa estranha, agora no front 'de facto': A MS tá dando "férias coletivas não remuneradas" para 1.000 colaboradores, principalmente desenvolvedores e testadores. Ok, ok. É só por 7 dias. Ok, ok. Eles são mais de 63k funcionários. Ok, ok, é só mais uma manobra pra reduzir os números que, ao término do ano fiscal, podem colocar Mr. Ballmer em férias permanentes.


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graffiare #297

23 maio 2006

..."ele tinha todo o direito de ensinar porque passava o tempo inteiro aprendendo."

- Jack Kerouac (em "On the Road")


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Pensei que as bullshitagens da Veja (míope) ficariam sem resposta. Não ficaram. Do Computerworld:

O Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) informou nesta semana que suas iniciativas em adotar o software livre resultaram em uma economia de 14,8 milhões de reais no ano de 2005.

De acordo com o órgão, o investimento em treinamento, consultoria e suporte para software livre atingiu 396 mil reais no ano passado. Desde 2001, foram abertas 2.333 vagas em concurso.

O Serpro informa ainda que o desenvolvimento dos padrões e-PING adotados pelo governo para a troca digital de dados trouxeram benefícios notáveis para o governo e cita como exemplo a integração dos sistemas de segurança pública dos Estados ao Infoseg, do Ministério da Justiça ao custo de 8,5 milhões de reais. Caso fosse com software proprietário, a migração custaria cerca de 4 bilhões de reais.

O balanço foi divulgado pelo órgão em resposta à reportagem da revista Veja da última semana, que declara que o governo chegou a desperdiçar dinheiro ao insistir nas políticas de sistemas código aberto.


Deu no ComputerWorld:

"Temos recursos disponíveis, mais do que o investido no negócio da RM Sistemas, para continuar com nosso processo de consolidação", conta o executivo [Laércio Cosentino], que também acredita que pode aproveitar o período que a SAP e a Microsoft levarão para se fortalecer como fornecedores de sistemas de gestão para pequenas e médias empresas para alcançar a liderança absoluta no setor. "Acredito que no longo prazo esse será um mercado de poucos fornecedores, que ainda haverá muitas fusões, que algumas empresas desaparecerão e outras talvez surjam A única certezo que tenho, porém, é que a Microsiga estará lá", completa Cosentino.

É bom lembrar que a Datasul não deve ser a única alternativa analisada por Cosentino. Durante a entrevista, o executivo mostrou que conhece muito bem todos os fornecedores de ERP no Brasil e citou, pelo menos duas vezes, as empresas Benner e Senior Sistemas.


Repito o que escrevi aqui logo após a aquisição da RM:

... "deve estar chegando a hora de olhar para fora, e tentar incorporar algumas pequenas (e criativas!) empresas gringas. Chile, Argentina e México, além dos EUA, devem ter boas opções. Estratégia 'SuperSizeMe' que se preza é arisca e audaciosa. E internacional por obrigação."

O 'sanduba' Totvs tá repetitivo demais. Criativo de menos. Com a grana que se compra uma Datasul dá pra comprar um monte de empresas menores, mais promissoras. Ou seja, mais 'nutritivas'. Consultoria de graça pro Laércio*: segue pequena lista de sugestões:

Uma última coisa. A Microsiga mantém um 'ecossistema' bastante curioso. Vários ex-colaboradores formam micro-empresas prestadoras de serviços relacionados ao ERP. Não é um relacionamento normal/formal, como o da SAP com as consultorias que instalam e customizam seus produtos. A Microsiga tenta abocanhar a fatia de serviços (normalmente mais generosa/lucrativa), mas sua política de preços abre espaço para vários players de mínimo porte. Se ela quiser de fato atuar no mercado de serviços, deveria cogitar também a aquisição de uma empresa especializada. De médio porte. Não vou sugerir nomes, mas tem um monte por aí. Algumas são puro RH, mas é isso mesmo.

Opa.. as sugestões ficaram caras? Não mandei o Laércio dizer que tá com grana...




Update: São quase R$300 milhões em caixa. Até que dá pra fazer um estrago...




* Lembranças: foi com um livro do Laércio, de meados dos anos 80, que comecei a aprender dBase II. A única coisa que me lembro, vagamente, é de uma citação. Sorry.. não tenho certeza de que se trata de uma frase do Mário Palmério. Diz mais ou menos o seguinte:

"Os inimigos é que são úteis. Aliás, se eu morrer sabendo que tenho mais inimigos do que amigos morrerei muito feliz."


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Competitive Landscape

22 maio 2006

No PDF que comentei no post anterior tem o seguinte gráfico:



Achei relevante (hehe) fazer uma pequena adaptação/tropicalização. Segue o novo:






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O Yahoo apresentou um plano (visão) para os próximos 5 anos (cuidado: é um PDF meio pesadão, com 188 págs, 12mb).

Apesar do início com altos* e baixos*, o plano é bem legal. E didático. Merece uma lida por todos que lidam direta ou indiretamente com negócios (e publicidade) na Internet.


* Altos = FlickR, 360, Go, ...
* Baixo = novo visual (como a Folha, seguiu preso no século passado).


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"Think about the auto industry. Why is it possible to ship iron ore and coal to Asia, where they can build a car, then ship it back to the USA and sell a better product at a competitive price? The answer is QUALITY. When your QUALITY is crap, your costs increase. You compensate by throwing more and more people at the problems that result from poor quality. When you try to cut costs, the problems increase and the quality suffers even more. IBM is in such a death spiral, and it is a direct result of a management decision to sacrifice quality and NOT to properly invest in improving and automating its services businesses."

Robert X. Cringely (Why IBM is in trouble)


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graffiare #295

19 maio 2006

"Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa. A bolsa da burguesia vai ter que ser aberta para poder sustentar a miséria social brasileira no sentido de haver mais empregos, mais educação, mais solidariedade, mais diálogo e reciprocidade de situações."

- Cláudio Lembo (Governador de SP, na Folha)






pv: I-m-p-r-e-s-s-i-o-n-a-n-t-e ! ! Eu esperava esse tipo de declaração de qq um, de qq lugar, menos de um político histórico (fundador) do PFL. Depois de uma semana ouvindo e lendo as maiores bullshitagens (e olha que a Veja nem saiu ainda!), eu sinceramente não esperava mais um pingo de lucidez, muito menos de um 'político', 'conservador de direita', 'pequeno burguês' etc etc.

Sei que não tem nada a ver com o Graffiti. Mas tem tudo a ver com a gente. GENTE. Então convido todos ilustres visitantes a lerem duas entrevistas do governador, na Folha e na revista do Terra. Ou um clipping (melhores momentos) no BlueNoir.


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Última do Dia

18 maio 2006

Se eu ainda fosse um programador (quanta saudade) começaria hoje mesmo a estudar esse bichinho aqui, e toda a periferia que ele 'abstrai'.



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Suporte. Sistemas Legados. Plataformas 'descontinuadas'. Aplicações 'complicadérrimas'.

Até pouco tempo atrás o 'quadrado mágico' aí de cima, verdadeira 'carne de pescoço', era mal tratado por 10 entre 10 prestadores de serviços. Aqui e lá fora. Exemplo: diálogo (meio) fictício de um Gerente de Negócios (GN) com um Gerente Técnico (GT):

GN: Veja bem, é um cliente estratégico!!
GT: Eu sei, mas suporte na versão X do TBQ? É bucha, mano!
GN: Mas nem tem concorrência. Tamo sozinho.
GT: Pq todo mundo sabe que é bucha, né mano?
GN: Então, mas o CIO falou q se a gente pegar esse, ele abre outros..
GT: Só bucha..
GN: Pô meu! Ajuda aí, vamos colocar essa proposta.
GT: Belê... desde que seja com 171% de margem líquida, ok?
GN: ...
GT: E eu quero metade da comissão!
GN: ...
GT: E vamos quarteirizar pq eu não quero essa batata quente queimando no meu colo!!


Pois bem, não é que agora a 'carne de pescoço' tá sendo disputada a tapas! Foi só a SAP anunciar que vai dar suporte no (abaca)Siebel que a Oracle contratacou: Vai dar suporte no R/3(tentativas)!! Com 55% de desconto!!!




[Barulhão nos deptos de TI Brasil afora]

Zé: Q q foi isso? Foi gol do Brasil? Desconvocaram o Ricardinho? Nova revolução em Sampa? Descobriram a cura definitiva da ressaca?
Mané: Não.. é o CIO comemorando uma notícia que ele acabou de ler no Graffiti...



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Diz aí: o que pode ser mais enrolado, insípido, apelativo e previsível que uma novela da Glória Perez? Tchan..tchan.. A Novela Java 'Open Source'.

Todo mundo sabe que vai acontecer. Todo mundo sabe que não fará a menor diferença. Mas os 'autores' seguem enrolando. Criando um falso suspense. Richard Green, VP da Sun, deseja elaborar estratégias para que a linguagem "não se desenvolva em caminhos diferentes". ”A questão não é ´se´, mas ´quando´ vamos abrir o código-fonte da linguagem”.

Mas toda novela tem aquele expectador babão, né? Que consegue achar graça e 'grandiosidade' em tudo que vê. A Info, por exemplo, concluiu o artigo(zinho) assim:

"O anúncio atende uma antiga reivindicação dos desenvolvedores de Java, que há tempos desejam ver a linguagem mais próxima do conceito de software-livre."

Atende? O anúncio "espera mais um cadinho" atende expectativas de quem, cara pálida?? Céus... Não é que os caras conseguem se superar...


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Há exatos 352 dias eu perguntei: "O que será da Borland?"

A resposta tardou mas não falhou: a Borland realmente abandonará o mercado de ferramentas para desenvolvedores. Todas serão agrupadas em uma nova empresa que será vendida. A Borland continuará no mercado como (mais uma) consultoria. Pena. E pensar que um dia esses caras tiveram a melhor planilha eletrônica (Quattro) e a melhor oportunidade para enfrentar o MS-Office...

A MS os esguelou. O advento do Software Livre jogou a pá de cal. E a Borland assistiu tudo com uma passividade mórbida. RIP.


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Clique na imagem para ver a tira completa.


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graffiare #293a

16 maio 2006

Na primeira parte deste (inédito!) graffiare de duas partes o Roberto X falou da IBM. Que tal agora alguns palpites sobre a MS? Só para variar...

"If Microsoft really wanted to compete -- if they really wanted (or even knew how) to truly defend their turf, here is what they would do. They would throw away Vista and develop a new operating system, one that is simpler, lighter, and more secure -- an OS that would run on any machine now running Windows 2000 or XP. They would price it right, which is to say cheap ($49.95). The associated and trimmed-down version of Office would be priced the same ($49.95). The upgrade market is probably five times bigger than the OEM PC market, so Microsoft needs (but probably doesn't realize it) an OS that will run well on most of the PC installed base. It needs to set the pricing of the OS so that we'll run to the store to get it. Instead of designing products exclusively for new equipment, now it's time for Microsoft to focus on the installed base.

Remember, $49.95 is more than Microsoft gets for an OEM Windows license, and OEM sales will continue simply because computers die and need to be replaced. Microsoft COULD win both ways, but probably won't risk it."

Faz sentido. Mas se o Vista já tá sendo (maldosamente) chamado de XP-SP4, e como já existe um XP for $less people (aka Starter Edition), como se chamaria o (improvável) novo rebento? XP for Turtles (em homenagem ao Ballmer)? Ou Stubborn XP? XP Begins!!

Eu, particularmente, gostaria de ver um MS-LinuXp. Ou um MS-OSXp (powered by Jobs).




Raramente falo de vírus e pragas afins aqui no Graffiti. Mas o Erazor-A me chamou a atenção. Ele atua como um 'vigilante', no melhor estilo Charles Bronson - fazendo justiça com as próprias mãos. Hehe.. Pelo jeito ele detona arquivos 'porno' e todas aquelas músicas e vídeos que repousam (inocentemente) nos diretórios (Incoming) utilizados por programinhas P2P.



Cuidado pecadores!

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"One aspect of IBM's malaise is the disconnect between the traditional public image of the company (basic research, advanced R&D, patents, patents, patents) and the fact that most of their revenue-generating businesses aren't about hardware or software products at all, but services. Why continue to spend all that money if you're mainly just a business/IT consulting company made up of IGS and Price Waterhouse? Why, indeed.

Here's what's happening with IBM. The heart of a company culture can be discovered if you look at the compensation system. IBM's major incentives right now are for signing business and cutting costs. In many IT firms, IBM included, billable hours are important. This results in a system where little is done to improve service efficiency, because doing so would lead to fewer hours and less revenue. Efficiency kills, so at today's IBM it is generally avoided.

Of course laws of both science and business continue to apply, something has to give, costs have to be driven down, so at today's IBM what gives is generally quality."

- Robert X. Cringely (e negrito meu)



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Veja bem...

15 maio 2006

...
"Os técnicos do Serpro, empresa de processamento de dados subordinada ao Ministério da Fazenda, tentaram em vão substituir por software livre os programas que funcionavam com perfeição mas estavam sendo rejeitados apenas porque operavam em Windows, o sistema da Microsoft. Foram feitas versões em código aberto do programa de imposto de renda on-line e do portal de compras públicas ComprasNet. O resultado foi tão ruim que os dois programas continuam funcionando no sistema Windows."

Com pérolas de tal calibre a Veja tenta nos convencer que Software Livre é uma coisa ruim e cara. Misturaram vários assuntos em um artigo publicado na última edição, "O Grátis saiu mais caro". Inclusive o tanto que o governo prejudica algumas de nossas fantásticas empresas de TI. A Vesta, por exemplo, reclama que não conseguiu vender uma solução de compras públicas para a Bolívia. Bolívia?!?! Seria a mesma Bolívia?!?!? hehe..

Mas a melhor parte do artigo trata de Ideologia. Saca só:

"A oposição aos programas comerciais - leia-se aí Microsoft, fabricante do sistema operacional Windows e a maior empresa mundial de software - é uma bandeira do PT. A posição está baseada, em parte, na desconfiança ideológica que o partido nutre em relação às grandes corporações capitalistas."

Uai, para a Veja a MS é monopólio de facto (..."programas comerciais - leia-se aí MS"...). E tudo bem?

E de qual PT eles estão falando? Pq tem outro, poucas páginas antes, que adora "grandes corporações capitalistas". O que seria do mensalão sem elas?

Resumindo: a Veja (leia-se Abril) tem que ser mais cuidadosa em seus artigos. Pq o Duda (Teixeira, autor do artigo) não falou nada da balança comercial de software? Pq ele não mostrou para seus queridos leitores quanta grana mandamos para fora (leia-se MS?) pagando licenças? Pq ele não mostra dados do próprio IDC (citado na matéria) mostrando quanta grana se perde com sistemas bugados? Pq ele não cita quais empresas foram responsáveis por alguns projetos fracassados do governo?

Será pq "Ideologias" nos tornam míopes e parciais?

Post #1000

12 maio 2006

Resolvi dedicar meu milésimo post ao super-herói favorito do Graffiti: Mr. Steve 'too much monkey business' Ballmer:



Tava meio difícil escolher o tema, aí ele, com seus super-poderes e sua visão de raio-xyz, me brindou com uma belíssima deixa:

"I don't think you will see some overnight transformation. It is going to have to be longer term. It makes sense for us to talk about five years."

Ele tá falando da concorrência com o Google e o Yahoo. 5 anos para alcançá-los com sua super-velocidade, Mr. Steve 'turtle flash da silva' Ballmer? Só 5 anos?!? É por essas e outras que sigo dizendo que, para o bem da MS, ele não deveria passar da Copa. [NT: O ano fiscal da MS se encerra em junho ou julho, algo assim.]




Bom, taí. Post número mil e último da semana. Meio sem graça, né? Então faz o seguinte: dá uma olhadinha no iPod do Ballmer. Aumente o volume pra curtir direito. Se nem ele o fizer dar umas risadinhas teu problema é outro.. hehe. Inté. Bom final de semana.


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..." o Cultural Gap, a compulsão à repetição, o hábito secular de desenvolver e infligir trabalho coagido estão de tal maneira enraizados que induzem a transferir todo o instrumental de controle, com pequenos retoques ornamentais, do trabalho executor da fábrica manufatureira para o trabalho criativo da empresa pós-industrial. Hoje, na Sisco do Vale do Silício ou na Microsoft de Seattle, a organização de milhares de engenheiros assemelha-se muito mais à da Ford operária produtora em série do Modelo T do que à do Instituto Pasteur e do Círculo de Bloomsbury, criadores de novos fármacos e de novos estilos, com uma produtividade de idéias que Bill Gates nem suspeita. Adotando os métodos de Taylor ou de Ford, os critérios da 'produção ágil', os brainstorming e os think tanks das várias McKinseys, os 40 mil atenienses de Péricles ou os 20 mil florentinos de Lourenço o Magnífico não teriam podido criar o Classicismo e o Renascimento com as suas inumeráveis obras-primas imortais. Para que uma organização dê expansão à sua criatividade - e pode fazê-lo -, é preciso revolucioná-la desde os seus fundamentos."

- Domenico de Masi (em "Criatividade e Grupos Criativos")



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O Google anunciou ontem a liberação de uma série de novos brinquedinhos. Ainda não deu tempo de dissecar todos (e o GDesktop4, por enquanto, não pousará em minha máquina). Mas vou destacar aqui duas ferramentas bem legais.

O Trends permite um mergulho na imensa base de dados do Google. Saca só o gráfico abaixo:



Fiz só uma consulta besta, comparando volumes de buscas e notícias de quatro empresas mais ou menos relevantes em nossa área. Hehe. Mas o Trends pode virar uma ferramenta bem legal para 'coolhunters', reconhecedores de padrões e afins. A conferir.

Mas o lançamento que mais me chamou a atenção foi o Google Co-op. Em sua página principal ele é apresentado de maneira singela:

"Google Co-op is about sharing expertise. You can contribute your expertise and benefit when others do the same. Help other users find information more easily by creating 'subscribed links' for your services and labeling webpages around the topics you know best."

E sincera:

"This is a work in progress, but even in its early stages, Google Co-op has the potential to let you contribute your expertise to the overall goal of making information more discoverable for everyone."

Quem já leu "A Busca", do John Battelle, sabe exatamente do que se trata. Vou surrupiar um trechinho do livro:

"Mas a busca perfeita irá exigir mais do que ubiqüidade, seqüências de cliques e personalização. O vasto corpo de informações hoje à nossa disposição frequentemente não tem significado a menos que seja etiquetado de alguma forma - identificado de maneira tal que as ferramentas de busca possam compreender sua lógica e servi-lo para nós."

A 'web semântica' é o último passo na longa viagem da construção de uma Busca Perfeita. Os passos anteriores, Ubiqüidade, Sequências de Cliques e Personalização, pelo visto, já foram satisfeitos pelo Google. Ou, no mínimo, já estão encaminhados. Faltava um 'del.icio.us' para o Google. Faltava.

Mas se trata de um desafio imenso, impressionante mesmo. Creio que os melhores algoritmos podem ajudar em 20% do trampo. O Google, com o Co-op, reconhece que boa parte do trabalho de 'etiquetagem' terá que ser executada por nós, pobres mortais. Belo desafio que merece ser acompanhado de perto.

Quer saber pq? Vc conhece alguma empresa que tenha míseros 10% de seus dados devidamente etiquetados? Pois é. Há tempos adiamos o trampo, imaginando que algum milagre tecnológico (Google?) um dia possa ordenar e dar sentido para nossas bases de dados. O Co-op parece ser a gota que faltava para as empresas começarem a pensar o quanto antes no trabalho (meio) sujo que precisa ser feito. Ou então continuarão se enganando, pensando que aquelas maravilhosas ferramentas de BI farão a mágica de responder todas as questões dos inocentes usuários.

Como Battelle, vou encerrar citando Isaac Asimov ("The Last Question"):

"Todos os dados coletados tinham chegado ao fim. Não havia mais nada a coletar.

Mas todos os dados coletados ainda precisavam ser completamente correlacionados e reunidos em todos os relacionamentos possíveis.

Um intervalo eterno foi gasto fazendo isso.

E aconteceu que AC aprendeu como reverter a direção da entropia."





update: Um pequeno exemplo para ilustrar a urgência e a importância do Co-op. O Google conhece meu histórico. Aliás, sabe mais da minha vida digital do que eu mesmo. Ele sabe, por exemplo, que os 10 sites que mais visitei nos últimos tempos são:

1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.


Mas, ao tentar "adivinhar" (via algoritmos) alguns de meus interesses ele só dá fora:

Principais consultas relacionadas às suas pesquisas:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10.


Enéas sem barba? Sport Recife!? Suzane von richthofen?!? Novo Celta?!?!?!?!

Eu nunca passei nem perto de tais assuntos. Aliás, quero distância.
Tudo bem, pode ter um 'bug' dos feios no algoritmo dos caras. Mas só quando conseguirmos 'dar sentido' para os bits é que este tipo de lista pode ter alguma utilidade. Até lá, vamos tagear, tagear e tagarelar...


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"Conectados através de linhas telefônicas a barulhentos terminais de teletipo, seus serviços podiam ser partilhados por várias pessoas em locais diferentes."
-Bill Gates (descrevendo suas primeiras experiências com computadores em "A Estrada do Futuro". Eram mainframes, que ele apresenta como "monstros temperamentais residentes em casulos climatizados".)

"O moral mais equilibrado para a produtividade do funcionário pode ser descrito assim: feliz, mas com nível baixo de auto-estima."
- Scott Adams (em "O Princípio Dilbert")





Graffiare meio falso. Explico: para comemorar o 2º aniversário do Graffiti resolvi pegar uma receita tradicional para blogueiros. A receita diz o seguinte: pegue um livro qq (selecionei dois clássicos!) e pule direto para a página 23. Transcreva a 5ª frase do 2º parágrafo. No caso do "Dilbert" eu tive que apelar, pegando a 1ª frase do 2º parágrafo da 24ª página. Coisas de Dilbert...


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Opa... quase passa batido:



Pois é... o espacinho aqui tá completando hoje seu 2º ano de vida! Começou meio titubeante e sem querer. Virou mania. Cheguei a pensar que seria só um 'fogo de palha' mas, pelo jeito, ele veio mesmo para ficar.

Este é o 996º post. Amanhã chego no milésimo. Mesmo descontando os 290 graffiares que já pintaram por aqui, é conteúdo suficiente pra um grande livro. Grande em extensão, pq em qualidade passa longe. Mesmo assim estou pensando seriamente em compilar os "melhores momentos" e disponibilizá-lo na forma de um PDF. Nem que seja só pra guardar de lembrança, hehe.

O Graffiti deve bater, ainda hoje, num total de 6.800 page views. Dada e estrutura do blog, dá pra contabilizar quase como 6.800 visitas mesmo. A média atual é de 600 visitas/mês. 200 sempre retornam. Não é nada se comparado com campeões como o KibeLoco. Mas, dadas a natureza do blog e a irresponsabilidade do editor-invisível, acho que é uma marca é tanto.

Há 10 dias comemorei 20 anos de vida profissional. Portanto, diria o mestre Alejandro Gonzales, tanto minha vida profissional quanto o Graffiti são taurinos. Isso significa, segundo o horóscopo maldito:

"Você é materialista e trabalha como um condenado. As pessoas pensam que você é um pão-duro, cabeça-dura, mão-de-vaca, estão certas. Além disso, você é um teimoso desgraçado que faz só burrada na vida e continua fazendo, fazendo, fazendo...Você deve estar se perguntando... Por que eu trabalho tanto e só me ferro? A resposta é simples: sua cabeça-dura não deixa você enxergar um palmo além do seu nariz. Por isso que você trabalha como um condenado e nunca consegue subir na vida. Só leva fumo! E graças a sua teimosia idiota, continua levando, levando, levando..."


Rapaz... agora entendi o estado atual das coisas... hehehe...

Na teimosia acertou em cheio. Comemorei o 1º aniversário prometendo:

1. Bater menos na MS;
2. Elogiar menos a IBM;
3. Parar de ler Info, Info Corporate e co-irmãs;
4. Publicar mais IDÉIAS & PROVOCAÇÕES;
5. Publicar menos CRÍTICAS;
6. Estudar mais SOA, MDA, CMMI;
7. Fazer mais 'happy hours'; e
8. Postar menos.

Cabeça-dura, seguirei devendo os itens 1, 4, 5, 7 e 8. As outras promessas eu cumpri. Assim como sempre respeitarei a lei número 0 (zero) do Graffiti: nunca, NUNCA colocar publicidade paga no site. Nem o brinquedinho AdQQCoisa do Google.
Coisa de cabeça-dura que só leva fumo. E seguirá levando, levando, levando...

Não teria graça nenhuma se fosse diferente.


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Pois é, o rabisco aí (batizado "GUI Dream") pintou por aqui em fevereiro do ano passado. Mereceu elogios até da turma da IBM que trabalha direto com o Workplace. Mas os chutes que dei, como a incorporação da Adobe pela IBM, saíram pela lateral. Mês passado peguei carona com Roberto X, imaginando a aquisição da Adobe pela Apple. Apesar dos objetivos relativamente diferentes, os dois cenários fazem sentido. A IBM, apesar de (muito) silenciosa nos últimos tempos, está na briga - correndo por fora. A Apple, definitivamente, virou um jogador de respeito na seara dos desktops.

Mas a Adobe, após a aquisição da Macromedia, não ia ficar esperando pra ver qual o seu estômago-destino, certo? Como eu já escrevi em outras oportunidades, quem tem Acrobat (PDF) e Flash no portfólio, tem muito a dizer e mostrar. É aí que entra o Apollo:

"The goal of Apollo, which will be available as a free download early next year, is to overcome some of the limitations in today's Web applications. Right now, Flash programs run within a Web browser. Apollo is client-based software that will run Flash applications separately from a browser, whether online or offline."

Se ninguém comprar logo a Adobe (me ajudando com minhas apostas de R$1) ela pode se tornar cara demais. Sinceramente? Taí uma aposta que eu gostaria de perder.



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O Chato

10 maio 2006

Pense em alguém bem chato. Naquele sujeito intrusivo que não pensa duas vezes antes de interromper uma prosa boa. Naquele tipinho que sempre tem um comentário 'inteligente' ou uma pergunta estúpida na ponta da língua. Fácil né? Há milhões deles por aí.

Mas, não satisfeita com o índice mundial de chatice, a MS se prepara para nos presentear com uma versão virtual do Pentelho!: trata-se do grande, incomensurável, interminável, abominável, ...ável.. ave Windows Vista!



Hehe. Pesei a mão não. Segundo um relatório do Yankee Group, os 'features' que devem garantir maior segurança ao bichão são um tanto draconianos. Saca só um trechinho (surrupiado da eWeek):

In a research report published May 8, analysts at Boston-based Yankee Group said that Microsoft's latest attempt to better secure its dominant OS is significantly off the mark. Based on feedback garnered by the experts from a wide range of software developers already testing preview versions of Vista, Yankee Group said that the intrusive nature of the security features could turn off IT administrators and users alike.
...

By forcing end users with such accounts to constantly seek approval from administrators to complete tasks they manipulate freely in today's versions of Windows, and creating headaches for those people charged with handing out such permissions, Jaquith said the features may simply be ignored or shut off by many people.
...

"The User Account Control feature is like Chatty Kathy, it's always in your face and the danger is that users are going to start treating it like the snooze button on their alarm clock and hitting 'yes' without looking to see why they've been prompted," said Jaquith. "A lot of people, especially home users, will probably turn the feature off so they'll essentially be no better off than before."


Chatty Kathy?!?! hmmm.. fui consultar os universitários, digo a Wikipédia. Acho que o digitador da eWeek se enganou: escreve-se Chatty Cathy. Saca só:

Chatty Cathy was a doll, produced by the Mattel corporation starting in 1959 and first advertised on television in 1960. Revolutionary for its time, the doll spoke 11 phrases; Chatty Cathy would "speak" when one pulled a string in her back. Seven more phrases were added in 1963, which was also the last year the first version of Chatty Cathies were sold.



Sacanagem... em 1960 a Chatty Katty pelo menos falava. O Windows segue surdo-mudo. E agora, pelo jeito, terrivelmente chato.


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Surrupiei da ZDNet:


O artigo original cita que há 18 meses a sigla era 'TUDO'. 18 meses: o ciclo da lei de Moore. Quem me acompanha há algum tempo (18 meses? hehe) sabe que eu dediquei um tempinho razoável estudando as Arquiteturas Orientadas a Serviços. Não vi a onda chegar por aqui, em solo tupiniquim. E agora ela já vai embora?

Só estranha quem não conhece essa doentia necessidade que nossa área tem de criar "revoluções" a cada 18 meses. A bola da vez é a incompreendida Web 2.0. Será que dura até o início do próximo ano?

Da ducha de água morna duas conclusões:

  1. Os conceitos/princípios de uma SOA são muito fortes. E baseados não em idéias ou produtos revolucionários, mas em experiências de sucesso. Seu 'corpo de conhecimentos' nada mais é que uma compilação de melhores práticas em diversos campos: arquitetura de sistemas, Web Services, modelagem de negócios, codificação, governança etc etc.
    Portanto, acredito que a onda passará, mas tudo que ela trouxe de positivo permanecerá por um bom tempo. E o fim da onda é uma notícia muito boa, pois espantará aquela turba de aproveitadores que gosta de marcar seus 'animais' (produtos/serviços) sempre com a buzzword da vez.
  2. Mas a onda se vai sem deixar um mínimo 'caso de sucesso' em Pindorama? Sei que boa parte de nossos CIO's são conservadores pra chuchu. Mas não tenho dúvidas de que SOA seria a melhor resposta para suas maiores dores de cabeça. Pq não pegou por aqui?



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"Watch the turtle. He only moves forward by sticking his neck out."

- Lou Gestner


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Java EE 5

08 maio 2006

Apesar disso, a Sun segue 'proprietária' de um tesouro: a tecnologia Java. Começa na próxima terça o JavaOne, em Frisco. As novidades não serão poucas (nem pequenas):

Sun Microsystems, Inc., the caretaker of Java, announced that the Java EE 5 specification has been approved by the Java Community Process (JCP) Java EE/SE Executive Committee in a unanimous vote. According to Sun, "Java EE 5 is the most significant update of the programming model to the Enterprise Java development platform since the launch of J2EE 1.2 in December 1999."

New features developers will find in Java EE 5 include support for Enterprise Java Beans (EJB) 3.0 , a Java Persistence API jointly developed by Sun and Oracle, and updated Web Services, including JAX-WS 2.0 and JAXB 2.0, which support the latest W3C and WS-I standards (e.g. SOAP 1.2, WSDL 1.1), protocol and transport independence, and the REST style of Web services.

Java EE will aso incorporate JavaServer Faces (JSF) 1.2 to facilitate the building of Web 2.0 applications with AJAX (Asynchronous Javascript Technology and XML).


[Surrupiado da ZDNet]

A única coisa que não devemos ver no JavaONE é a entrada da Sun no consórcio Eclipse. Ela segue cheia de exigências. A primeira e mais importante, para eles: Mudar o nome!
Hehe.. se fosse assim tão relevante a turma deveria fazer um concurso para escolher o mais criativo. Meus 2 cents: Girasol!


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Ao contrário do que pensei, Roberto X nem ligou para o 'mistério de US$2.4 bi'. Não diretamente. Sua última coluna foi mais fundo no poço, tratando das 4 empresas que, segundo ele, dominam/dominarão o mercado de TI. São elas: Google, MS, Intel e Yahoo. No graffiare de hoje eu coloquei o trecho com sua breve análise sobre o (moribundo) modelo de negócios da MS. A história só deve terminar no final desta semana, quando Roberto X falará sobre a "plataforma" Google.

Na última coluna sobrou até para a Sun. Pelo jeito a troca de cabeças não o sensibilizou. Saca só sua breve análise sobre a empresa agora comandada pelo Schwartz:

"You'll notice, for example, that I didn't include Sun in my list of vital companies. That's not so much because Sun can be defined in terms of the others but that Sun is simply doomed. Their software isn't better, their hardware isn't better, and they can't see themselves as anything but a maker of hardware or software, so my simple recommendation is that they take the rest of their cash and try entering a hot new field like -- say -- space flight. Or making really fine cakes. The world will always need fine baked goods. Or just give it back to the shareholders. Really."

Ufs! Doeu. Imagina o Schwartz, com chapeuzinho de padeiro sobre aquele rabo de cavalo, gritando pra freguesia: "Aí tia, o sonho tá fresquinho. Acabou de sair."



hehe.. até o logo do Java cai bem pra uma padoca...

So the company is in crisis and that crisis comes down to every one of those five stages of dealing with death as defined originally in 1969 by Elisabeth Kubler-Ross. These stages are denial, anger, bargaining, depression, and finally, acceptance. Microsoft has been in denial for most of the five years and $5 billion of Longhorn/Vista. They have been angry this entire time, too, at an establishment that just doesn't seem to understand the fragility of their empire and how breaking a few laws and destroying a few competitors is simply the price of survival at the top -- the price of American greatness. Microsoft has been bargaining for the past two-three years as it settles its debts to society, pretends to reform, and tries to figure a way out of its current mess. Depression has really hit Redmond in the last year and will continue to grow until well into the eventual period of acceptance, which has not yet begun.

But what would acceptance even mean for Microsoft? Well, it certainly isn't the acceptance of corporate death. It's the acceptance of the death of its business theory, which is unsustainable since it requires complete triumph, which is nearly impossible. That Microsoft did it once before was luck and a willingness to bargain with the Devil. But now luck is gone, leaving only the Devil, and that's not enough. Microsoft's entire theory of business must die and the essence of its current crisis is that the company hasn't yet realized or accepted that fact, and so it isn't yet in a position where it can even envision a successor theory.

This new business theory will come, but not until Microsoft has suffered more. As they say in Alcoholics Anonymous, first you must hit bottom.

- Robert X. Cringely


A CIO Magazine tem um interessante 'artigo-especulação' sobre a entrada do Google no mundo da computação corporativa. Vou surrupiar alguns trechos:

"Google isn't designed organizationally or philosophically to compete with Microsoft; it's designed to bypass it. Since its applications live on the Web, they aren't dependent on an operating system the same way desktop applications are."

"Google's strength lies not in the applications it shows the world but in the architecture it doesn't, the company's business strategy is not readily apparent.
... People who look at Google and see nothing more than random growth are making a big mistake. Most of the high-tech industry is just starting to realize this."

"Google's platform, along with the others bound to follow in its wake, will, over time, move computing to the Web and away from the desktop. As this happens, IT will get better—applications will be easier, faster and cheaper to use—much as it did when it moved off the mainframe 20 years ago. 'We're still far away from a holistic Web computing solution,' says Brian Shield, CIO of The Weather Channel. 'But the pieces are not that far away. We're not far from fostering greater productivity with Google's name on it.'"

"But even if Microsoft prevails—or if Google simply implodes on its own, done in by growth, internal squabbling or hubris—the model [web based] will survive and thrive. Applications are destined to move to the Web. Perhaps not all at once, and maybe not even quickly (after all, companies are still running Cobol applications on mainframes), but Google has demonstrated that the Web computing model is viable.

And that's going to change everything for CIOs."




Fica uma dúvida: quem está correndo atrás de quem? O Google corre realmente em direção das empresas (como desesperadamente deseja Mr Nick 'drop out' Carr), OU é a MS (que, tropeçando, como mostra este artigo do John Battelle) que segue os passos do Google?

Não se trata de um 'OU'? As duas corridas ocorrem simultaneamente? Se sim, quem tem mais fôlego?



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graffiare #288

04 maio 2006

"O jogo só é duro quando a gente é mole."

- Ademar Braga (técnico do Corinthians)


pv: Sorry.. não resisti. rs..

"We will keep them honest, in the sense of being able to do better in a number of areas."

- Bill Gates (sobre o Google)


pv: Perguntinha que pintou no TalkBack da ZDNet:

"Who will keep Gates honest?"


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