Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

Hoje: Ontem e Amanhã

30 dezembro 2005

Um título menos inspirado para um rendiconti, uma "prestação de contas" (intermediária) para as 'previsões' que postei no início do ano ("Haja Hoje para tanto Ontem"). Intermediária pq arrisquei (menos) dando chutes válidos (?) para 2 anos. Portanto, só me cobrem o real($) apostado em exatos 366 dias! Mas vale a pena a releitura.
[Menos chata please - pq todo mundo já blogou/comentou previsões. Até gerador de código, ops - previsões, já lançaram, hehe]

Na "Lógica da Frigideira" mal tirei "tinta da trave". Das empresas que citei apenas uma fusão passou perto: a aquisição da Macromedia pela Adobe! Tratei-as em separado, mas posso dizer que acertei no "meta-modelo". O pacotão "Java + Interface Independente e Inteligente" que imaginei sendo montado pela IBM será, por enquanto, capitaneado pela Adobe ?!?

Acontece que eu não esperei que o Flash fosse ganhar um competidor de tanto peso e 'moda': o AJAX. A nova (!) tecnologia deixa o Workplace (IBM) e o Flash (Adobe) em uma estranha posição: de lebres que não contavam com uma tartaruga tão astuta. Engenheiros e programadores com quem tive a chance de conversar, de certa forma, detestam o AJAX. Particularmente sua complexidade. Mas as mágicas que Google e outros andam fazendo com o brinquedinho mostram um horizonte promissor para o AJAX. Lógico, pautado com ferramentas que devem esconder um pouco da sua complexidade.

Mas, para encerrar a frigideira (que pode me fritar): mantenho todos os chutes. O mercado de ferramentas (de verdade) de BI (Business Intelligence) segue muito pulverizado. Assim como o número de distribuições Linux. Fusões e aquisições são inevitáveis. Mas há um ingrediente novo...

A Publicidade bancando (no sentido de arcar com custos) Software. A MS até se redesenhou para seguir (de novo Bill!) um 'novo' modelo: o Google. Já brigaram pela AOL (leia-se 'Publicidade'). Brigarão pelo Yahoo? Creio que sim. Talvez um pouco mais tarde, mas me parece um 'round' inevitável nesta nova luta. Uma luta que tornará as fusões e aquisições entre empresas de pura tecnologia (todas as citadas na 'Lógica') menos importantes (ou 'bombásticas'). Apesar de citar tal modelo em minhas previsões, errei feio (!) ao ignorar 'mash-ups', API's, AJAX e a exuberância (irracional?) do Google.

Mercado Tupiniquim

10% de crescimento ao ano?!? Sou um otimista incurável. Até pq dei tal chute 'acusando' o perfil conservador dos investimentos. Menos feio ao ver que IBM e EDS (segundo a EXAME 858) alcançaram sim taxas de crescimento de dois dígitos. Mas o mercado como um todo deve acompanhar nosso vergonhoso PIB. Que vergonha.

Basta olhar o mercado de seguros, capitalização e previdência privada. Basta ver nossos planos de saúde. Basta ser usuário de alguns bancos para ver que esta turma precisa, urgentemente (!), de uns safanões. Quem quer dobrar de tamanho em 3 anos precisa investir. Lógico? Não para algumas empresas que acham que basta trocar o CIO para mudar a cara (suja) de suas organizações de TI. Que vergonha.

Mas ITupiniquim não é só notícia ruim: apesar do SOFTEX e outras barbeiragens governamentais, apesar d'um monte de coisa que não merece espaço, Qualidade de Software (leia-se CMMI e afins) tá virando papo sério por aqui. Acho que acertei no número de novas empresas certificadas (cerca de 10) e tenho certeza que acertei em cheio na não realização de nossas metas de exportação de software. Não importa: a coisa virou assunto sério e os frutos a gente começa a colher já em 2006. Apesar...


Não vou 'contar vantagem' de um acerto idiota (de tão fácil): a falta de 'agenda' para o principal ativo (calcanhar de Aquiles e SOLUÇÃO, tudo ao mesmo tempo agora) das organizações de TI: sua ARQUITETURA. Eu só queria que metade do modismo em torno de PMIs e PMOs fosse canalizado para o assunto. Só isso...


2 0 0 6

Copa do Mundo. Eleições (quase) gerais. Carnaval só no finalzinho de fevereiro. Pois é, temos um ano 'prato cheio' para jogar 5% do nosso PIB no lixo, exaltando canarinhos, politiquinhos e a cabeleira do Zezé. Mas há algo de bom nisso..

Pq não fazer de 2006 um ano de REAL planejamento estratégico?
Pq não começar (JÁ) um processo de mapeamento e avaliação de todos os componentes de nossas arquiteturas de TI?
Pq não iniciar (JÁ) um roteiro de aposentadoria de aplicações 'abacaxi'?
Pq não se colocar metas mais altas, ambiciosas?

[xi.. baixou o Lair.. inté!]

"Quando chegam as novidades, mesmo se percebidas de forma imediata como vantajosas, o nosso cérebro não está em condições de se reprogramar em tempo real para acolhê-las e assumi-las como critérios operacionais: é preciso tempo, muitas gerações, para que cada indivíduo e a sociedade no seu conjunto se reformulem, absorvendo as novidades e transformando-as em hábitos. Durante essa fase, freqüentemente muito longa, os indivíduos e a sociedade continuam a administrar os novos tempos com base nos seus velhos modelos cognitivos e comportamentais. Trata-se do fenômeno que os antropólogos chamam de cultural gap: o mesmo fenômeno que, repetindo-se nas diversas épocas, levou também os primeiros homens sedentários a se comportarem com base nos hábitos adquiridos no curso dos milênios de vida nômade; obrigou os habitantes das primeiras cidades a permanecerem agindo sob a influência dos hábitos campestres; forçou os primeiros operários a manterem valores camponeses e, por fim, constrangeu os atuais knowledge workers, os trabalhadores do conhecimento, a se organizarem segundo os velhos princípios industriais."

- Domenico de Masi (em "Criatividade e Grupos Criativos")

graffiare #211

27 dezembro 2005

http://www.jonathancoulton.com/video/Flickr.mov


Let's Talk about Remixes, Mash-ups & Creativity

graffiare #210

26 dezembro 2005



Não sabe? Tente descobrir no Google Trends. Pena que, por enquanto, só vale pra quem já tem uma conta. Mas é meio assustador o negócio, eheh. Tem link aqui que eu nem me lembrava de ter consultado. E ele mostra as buscas, sites e resultados mais "freqüentes".

Já pensou se tal histórico vasa para mãos erradas?
Que q vc tem procurado no Google moleca(que)? eheh..


Mais real e visível que o meu Graffiti, admito.
Surrupiado desta matéria da Wired.



O Google liberou APIs do GTalk, seguindo uma das principais tendências que, em conjunto, são etiquetadas com o singelo pseudônimo "Web 2.0". Até aí, nada de novo. Mas saca só um pequeno trecho da licença das APIs:

“The Google source code is made available under a Berkeley-style license, which means you are free to incorporate it into commercial and non-commercial software and distribute it.”

Simples, rápido e rasteiro. Mas é coisa que faz diferença nos dias de hoje... Espere e verá.

graffiare #209

21 dezembro 2005

My dotcom predictions for 2006

Last year I made several predctions that now seem ridiculously Pé-torto. But a few ideas were pretty close. I've got a feeling that 2006 will be a big year, and here are some of the reasons why:

  1. A Los Altos startup is going to open our eyes to some new ways that Gasoline can influence culture. Info Corporate will pick up on this and run several cover stories on the founders.
  2. BillU Porteira will be in the spotlight for his decision to support SQL. This will upset John "Suplicy" Dvorak, and the blogosphere will react badly. The noise will quiet before the end of the year and it will all be forgotten soon after the shock.
  3. Amélia will see their stock skyrocket after their Insurance business starts taking off. We've seen it coming for a while now, but 2006 will be the year it really kicks into gear.
  4. Either ValeUmaCerveja or eAmigoSecreto will seek to expand their eNergia business by acquiring id360. Abaetetuba will be overlooked in the process, and they will see a management shakeout later in the year.
  5. One of the big leaders in the Siderurgy industry will wake up to the opportunity in the Internet and the Web 2.0 trends. After months of speculation, they will make a key merger that will shake up the landscape for years to come.

pv: Divertido! Gerado assim.

Google ++ AOL

20 dezembro 2005

Breve comentário (surrupiado):

"This was a battle that both Google and Microsoft had to win. Had to win. Google's victory matters far more than any compromises to its credo, whatever that was. Microsoft can paint this any way it wants, but it is a huge blow to Microsoft's search- and portal-based income comeuppance quest."

Quem é mesmo o maior inimigo do BillU?

Jonathan Schwartz, COO da Sun, falou no Syndicate Conference em São Francisco que as intranets morrerão. Em suas palavras:

"Intranets are an anachronism. They're gonna die, it's just a matter of time."

Nove em dez intranets que conheço são uma falácia. Não na intenção (boa, assim como várias outras que foram parar no inferno corporativo), mas nos resultados obtidos. Colaboração? Interatividade? Canal de comunicação com colaboradores e parceiros? Tsc, tsc. O que vemos são ferramentinhas de recados, classificados (?), reservas de salas de reunião e várias outras que caíram no esquecimento poucos meses após o "estrondoso" lançamento. Why?

  1. Cultura (falta de);
  2. Tecnologia de Publicação (falta de);
  3. Tempo (falta de); e, principalmente
  4. Interesse (falta de).
E eis que surgem Blogs e Wikis, todos gratuitos, todos facílimos de usar. Todos desafiando maravilhosas (e caríssimas) intranets AA (Aliá Alva).

Presente de natal para alguns clientes seletos: MS e SAP liberam na próxima sexta (23/dez) o aguardado "Mendocino" (êita codi-nome enigmático). Trata-se de uma cola entre o Office e o ERP alemão. Subconjuntos de dados criados/manipulados pelo R/3 estarão agora acessíveis via Office. Trata-se de um feature que pode realmente estancar um pouco da debandada de clientes do Office e dos loucos planos de licenciamento da MS. But.. segundo analistas, "The joint project shows a lot of promise, but the current scope of Mendocino is limited to a few transactions".

Ganha mais quem anda perdendo mais, a MS. Mas a SAP conta agora com uma força de vendas (e retenção) de porte e perfil semelhante ao de seu grande concorrente, a Oracle. Quem sabe, daqui uns 2 anos, a coisa comece a surtir efeito (quando sair o Mendonça 3.2 SP 5). Há quem diga que então não será mais uma "parceria estratégica" e sim uma "Fusão". Faz mais sentido do que tentar "comprar" a AOL, né? Ou não?

Going Home

15 dezembro 2005

Hehehe... s/comentários:

"We, in the West, have been asleep for a long time." We've become accustomed to living in a Matrix. What we once aspired to achieve and earn, is now taken for granted. A new culture is starting to challenge this Matrix. A culture that will revive our sense of community and lead us home.

Publicado por Robert Patterson no ChangeThis em 14/dez/05!

Como se não bastasse, em 13/dez/05 Scott Berkun publicou "Good, Evil and Technology". Começa assim:

"I know you care about something: a person, a place or an idea. I also know that, whatever it is you care about, you want to help that thing. You prefer to be of use and to act in service of that friend or concept, rather than against it. These two points together mean that some actions serve you more than others: the more aligned your cares and actions, the bigger the difference you make. You don’t need to candystripe or be nice to your strange uncle (or his weird kids): to make a difference you simply need to question the value of what you’re doing and do something about your answers."



Não que eu esteja tentanto justificar qq coisa. Quem conhece o Graffiti sabe que Scott e o ChangeThis figuram ali do lado, no Graffiare & Pizzas, há algum tempo.
Mas devo confessar que adoro tais coincidências!

E acaba de começar "Solsbury Hill", bem ao vivo...

Nature, the renowned science journal, asked scientific experts to blind-compare selected entries in Wikipedia to their Encylopoedia Britannica counterparts. The reviewers concluded that Britannica has a marginally lower error-rate than Wikipedia:

The exercise revealed numerous errors in both encyclopaedias, but among 42 entries tested, the difference in accuracy was not particularly great: the average science entry in Wikipedia contained around four inaccuracies; Britannica, about three...

Nature's investigation suggests that Britannica's advantage may not be great, at least when it comes to science entries. In the study, entries were chosen from the websites of Wikipedia and Encyclopaedia Britannica on a broad range of scientific disciplines and sent to a relevant expert for peer review. Each reviewer examined the entry on a single subject from the two encyclopaedias; they were not told which article came from which encyclopaedia. A total of 42 usable reviews were returned out of 50 sent out, and were then examined by Nature's news team.

Only eight serious errors, such as misinterpretations of important concepts, were detected in the pairs of articles reviewed, four from each encyclopaedia. But reviewers also found many factual errors, omissions or misleading statements: 162 and 123 in Wikipedia and Britannica, respectively.


Surrupiada do BoingBoing. E aí, queridos céticos?
Profs, cuidado com os amadores!
Como antecipado por Sharon Stone em Instinto Selvagem. hehe..

"If TV has taught me anything, it's that miracles always happen to poor kids at Christmas. It happened to Tiny Tim, it happened to Charlie Brown, it happened to the Smurfs, and it's going to happen to us!"
- Bart Simpson



Contarei com o apoio do Scott Berkun, um ex-funcionário da MS que publicou o excelente "The Art of Project Management". Selecionei dois trechos de seu blog:

Scott ministrou uma palestra em Redmond no último dia 7, chamada "why smart people defend bad ideas" (hehe). Saca só o naipe das perguntas que ele teve que responder:

  • What do you do if your boss is an idiot?
  • How do you handle a manager that has difficultly making priority decisions?
  • What do you do in a group that doesn’t like to debate ideas?
  • Why are copouts like ‘We don’t have time’ and ‘This is the way we did it last time?
Em outro post Scott comenta as "10 regras do Google", expostas por Eric Schmidt na MSNBC, e as compara com a MS que ele conhece (bem - trabalhou lá entre 94 e 2003). Saca só um trechinho sobre "Valores":

"Don’t be evil. Definitely differences here. First, I never got a “Be evil” memo at Microsoft. The message I did get was this: WIN. There is a difference. While trying to WIN won’t get you sainthood, it’s philosophically indifferent: it’s about a result. Many things Microsoft was criticized for came from someone trying to WIN in the short term, without recognizing the long term consequences of how they won. Call it stupid, selfish or immature, but evil often (but not always) seemed a stretch. Google’s choice to make a public philosophical stance is noble, and puts the rest of the business world in cowardly relief (Although, where is the company that says “We actually do GOOD?”) But the stance is rife with problems. Any time you in a zero-sum competition, and WIN, even if you do so graciously, there will often be someone who feels they lost who will point a finger at you and say “You did evil to me”. Watching a major corporation manage a philosophical, moral position is fascinating, and definitely something Microsoft has never done."

pv: Negrito meu. E aí? Faz diferença?

No finalzinho de agosto eu publiquei um post meio "épico" sobre os 7 inimigos do BillU Porteira. Tasquei lá, em 4º lugar, o novíssimo XBox360. Pra evitar o passeio pelo longo post, republico abaixo meus comentários:

"04 - XBox 360: mas como? O produtaço da MS é um tiro que sairá pela culatra? É uma ameaça? Sim! No meu ponto de vista, a 4ª maior. Explico: O console ficou grande demais para ser percebido só como um 'videogame'. É pequeno demais para ser um micro? Só na vontade da MS. Pq o XBox pode sim substituir o micro na maioria das residências. E isso não é bom para a MS? Não quando ela destroça seus maiores clientes: Dell, HP, Lenovo (licenciam toneladas em OEM)... Intel, AMD (elos fundamentais na configuração atual da cadeia de valor). Que estrago, não? O XBox usa chips com tecnologia PowerPC (IBM). Se a MS relutar em portar uma versão qq do Windows para a nova plataforma, corre o risco de colocar nas mãos do Jobs (Apple) uma oportunidade única, inédita, estúpida. O sistema operacional do Macintosh (OS Xx) roda há tempos em chips PowerPC. Enfim: o XBox abre um mercado e fecha outro (pc's caseiros). Tem um povo que gosta de chamar isso de "autofagia". A MS destruirá um mercado de milhões de cópias de Win QQCoisa Home Edition. Cedo ou tarde. Se é um efeito colateral não planejado então o Billu tem mais é que ##### (xápralá).

Saca só um trechinho da fact sheet oficial do XBox 360: Amplify your music, photos, video, and TV. Watch progressive-scan DVD movies right out of the box. Rip music to the Xbox 360 hard drive and share your latest digital pictures with friends. Make the connection, and Xbox 360 instantly streams the digital media stored on your MP3 player, digital camera, Media Center PC, or any Microsoft® Windows® XP-based PC.
Como explicar pro teu freguês que aquela maquininha de US$500 (?) ripa e toca músicas, processa fotos digitais mas não pode processar textos?? Como justificar o tal Media Center PC? Olha o tamanho da redundância! O que sobra pr'ele?"

Pois bem, a MS insistiu em sua cegueira e colocou uma porrada de travas no XBox360. Seu sistema de arquivos, por exemplo, é encriptado. Tudo para evitar que seu cliente utilize todo o potencial da maquininha. Idiotices do mundo moderno.

Caras e inúteis. Pq já começaram a quebrar as fajutas travas MS! Saca só um trechinho surrupiado do BoingBoing:

"The anti-owner technology in Microsoft's Xbox 360 has been compromised. The Xbox 360 contains a number of technologies aimed at preventing the devices' owners from installing their own software/operating systems, backing up their games, etc. One of these measures is the filesystem, which is encrypted. Now a technology group called Pi has decoded the filesystem, which is an important step towards stripping out all of Microsoft's anti-customer technologies and turning the Xbox 360 into a general computing platform."

Será que um dia o povo de Redmond vai aprender? Começo a duvidar.

Stranger in a Strange Land

12 dezembro 2005

Quem acha estranho tentar 'ganhar a vida' no mercado de TI estando na terra do ET, não sabe o que é ser um programador [gaúcho]"trainee" na Índia!



Conheça um Baita Trovador!

graffiare #206

10 dezembro 2005


Em 2006 completarei 20 anos de vida profissional. Meu maior patrimônio, minha memória, faz parecer que foi ontem meu mergulho inaugural nos códigos pouco legíveis do Motorola 6502. Um ano depois eu já "vendia" meu primeiro sistema: "Se a gente não entregar em 30 dias não precisa pagar". eXtreme Programming em 87, ao lado do parceiro Testa, e 20 salários mínimos pra torrar da forma mais irresponsável possível. Me orgulho de ter participado de quase uma centena de projetos nessas duas décadas - me orgulho mais ainda por ter testemunhado a entrega de uns 90% deles.

Mas meu último projeto, a ida/retorno para a XXX, foi um grande engano. Pago meus 51% de responsabilidade. Não entendi na época que minha viagem (ida/retorno) era mais ambiciosa: Varginha!

Pausa: muitos dirão que minha decisão foi motivada por comentários postados no Graffiti. Explico: qdo mostrei que a MS colocou Vga no estado de São Paulo, o Guaxupé falou que eu estava "atraindo" minha terrinha natal para SP. E meu irmão caçula comentou: "eu não queria deixar de ser mineiro..." hehehe. Pois bem, finco a âncora aqui e evito o destino saramaguiano de nossos pés de café.

Quase todos da lista aí já trabalharam comigo. Sabem que toda vez que precisei elaborar algo mais rico/criativo, fosse um plano, uma proposta, palestra ou artigo, eu corria para meu escritório/porão no Sul das Geraes. Toda vez que precisei de 'concentração', fosse para tomar uma decisão ou para debelar o stress++, me refugiei entre meus CDs, filmes, games e, principalmente, entre minha família. A troca sempre foi injusta. E oito anos aqui não pagarão os oito que passei em Sampa. Minha relação de amor e ódio com Sampa é conhecida. Periga hoje eu ter mais amigos aí (sorry.. quase todos da lista estão AÍ), do que aqui. E o que mais gosto em Sampa são as pessoas que fazem essa geringonça funcionar. (E demagogo é a senhora sua ama de leite).

Mas Sampa irrita com seu imediatismo tosco e falso. Num mundo como o nosso (de TI), que (sobre)vive na mentira do "homem/hora", é hilário perceber que vc consome 25% de seu tempo útil (receita!) no trânsito. Mas, como eu já disse, Sampa funciona! Assim como nossa área sobrevive. Basta (por hora).

Steve Jobs falou em uma de suas palestras que, de certa forma, ele "deixa a vida o levar" (uai, ele plagiou o Skank?!?! Sorry - adaptação minha). É que ele falou que só "depois", olhando pra trás e "juntando os pontos", é que vc vê quanto sentido fazem algumas decisões passadas.

Oras, toda vez que eu dei minha mínima contribuição para o PIB nacional eu estava exatamente onde estou agora, entre Três Corações e Três Pontas. Quase todas as minhas idéias "que fazem sentido" brotaram aqui, ao lado d'uma generosa goiabeira. E se eu acredito minimamente no que eu blogo, sobre as modernas tecnologias de colaboração e a irrevogável lei da liberdade da informação, o que me impede de ser produtivo aqui? O que me impediria de gerar minhas receitas onde sou, de fato, mais produtivo?

Pois bem, acabei de inverter minha relação residência/domicílio, apostando 50% das fichas na lógica e a outra metade no feeling (pra usar um termo paulistano(!?!)). Já trabalho em alguns projetos e espero, muito em breve, publicar meu 'cardápio de serviços' para todos vocês. Desnecessário dizer que conto muito com seu apoio.

Sei que o "olho no olho" é inevitável em diversos momentos de um serviço ou em milestones de um projeto. Ou seja, estarei sempre por aí, provavelmente na frequência em que estava por aqui (2x por mês, no mínimo). Ótima oportunidade para aquelas intermináveis happy-hours, não?

E baixo por aí já na próxima semana, provavelmente na sexta, para o tradicional encontro de final de ano.

Inté? Inté!

Déjà Vu

06 dezembro 2005

Há pouco menos de 10 anos vi algo muito parecido acontecendo. No mesmo 'lugar'. Tirando aquele 'repique vinyl' da gata preta, a única diferença até agora é a lentidão da nossa 'mídia especializada'. Não vi até agora uma capa declarando que "Web 2.0 e/ou Mash-ups e/ou AJAX" é(são) o "ó do borogodó". Tardou, mas não falhará.

Mas a sensação, como há 1 década, é que aparece um novo 'serviço-miXturado' (na época eram só sites mesmos) a cada minuto. Na lista do ProgrammableWeb já são 227 (e contando)...

E quase todo dia alguém faz uma listinha de novidades. Nesta última, merecem destaque o Glypho (escreva um romance de forma colaborativa: abre o olho Dan Brown!) e o Inform (um Google News vitaminadíssimo).

Engraçado é que até algumas discussões parecem as mesmas... aliás, são as mesmas!!
Já deu pra entender minha insistência em perguntar se há algum "padrão a reconhecer"?

graffiare #205

05 dezembro 2005

"Conformar-se é submeter-se e vencer é conformar-se, ser vencido. Por isso toda a vitória é uma grosseria. Os vencedores perdem sempre todas as qualidades de desalento com o presente que os levaram à luta que lhes deu a vitória. Ficam satisfeitos, e satisfeito só pode estar aquele que se conforma, que não tem a mentalidade do vencedor. Vence só quem nunca consegue."

"Não sou nada. Nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."

- Fernando Pessoa

Vira e mexe o Graffiti solta uns petardos pra cima da Microsoft: um modelo de negócios obsoleto; produtos absurdamente bugados; postura arrogante e tresloucada (o último adjetivo é exclusivo do Ballmér-de); etc etc

Mas agora os caras brincaram comigo.. particularmente comigo. Eles lançaram uma versão um tanto fajuta do Google Earth: o MSN Virtual Earth. Os mapas são meio feinhos, parece atlas de camelô. Até aí tudo bem. Mas saca a esquina superior direita desta telinha: sô de Varginha e, independente da lan-house q frequento, tô sempre lá. Coração e mente. Pois bem, saca só onde fica Vga na visão da MS:



Vga virou cidade paulista?!? Quase vizinha de Cajuru e Leme?!?!
Que honra...
Que mérde...
Guerra é guerra MS..

..mas: em que mapa?


pv: A MS-Vga foi descoberta por Braga e Neto. Tks pela colaboração.

In the enterprise space, a considerable amount of innovation is happening in two dimensions: on the edges of the enterprise and in the spaces between enterprises. On the edges, we see energy being spent in frameworks that live above middleware (domain-independent ones, such as Ajax, as well as domain-specific ones, aligned around specific industries) and those that work in conjunction with devices [classical mobile devices and devices with Radio Frequency Identification (RFID) tags]. In the spaces between, we see the formation of systems of systems (both legacy and new systems).

In the context of such Web-centric systems, services have proven to be an essential mechanism in both dimensions. On the edges, services deliver behavior in a manner that transcends the underlying technology. In the spaces, services provide a powerful means of semantically rich communication between systems of various kinds.

That being said, services are an important but insufficient mechanism for the construction of systems. This statement is a gross simplification, but in general, services are less well-suited for high-frequency or very small-grained connections. Furthermore, services are certainly not the only mechanism of decomposition suitable for the architecture of individual systems.



Surrupiado do blog do cara.

So? Booch é Booch. Há pouco lembrei que ele é, na minha opinião, o ARQUITETO. Mas ainda não concordo que Serviços (em uma SOA) não sejam 'adequados' para conexões de 'alta frequência' ou de pequena granularidade. Serviços básicos são (ou deveriam ser) pequenininhos. Todos devem ser 'assíncronos', único fato que pode impedir sua adequação a conexões de 'alta frequência'? Sigo na dúvida..

"Making digital files not copyable is like making water not wet."
- Bruce Schneier (da Counterpane Internet Security) na BizWeek