Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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A-Lô-Hi Tech

27 setembro 2006

A woman in Surrey, England couldn't figure out why her car wouldn't start. An Automobile Association patrolman arrived on the scene and the two realized that the woman's dog had swallowed the car's immobilizer chip fob. The immobilizer contains an RFID chip that must be within a certain proximity of the steering column for the key to work. According to a BBC News report, the patrolman put the dog in the front seat, turned the key, and the car started right up.

"It is the first time that I have had to get a dog to help me to start a car."

Surrupiado daqui.


Tags:graffiti

Seqüência (não programada) deste post e da 2ª parte. Este é um desvio (não previsto) da série "Gerenciando o Trabalho Criativo" que está sendo desenvolvida no Finito.

Foto de PinkMoose (Flickr)


No finalzinho da 2ª parte eu falei que utilizo as 'dinâmicas de grupo' para avaliar soft skills (comunicação e trabalho em equipe, principalmente) e as entrevistas individuais para validar os hard skills. Falarei hoje sobre as entrevistas individuais.

Forço para que elas ocorram simultaneamente com as 'dinâmicas' exatamente para pegar um candidato no 'clima'. Nosso bate-papo já pode começar sem firulas de aquecimento. E normalmente o primeiro assunto será exatamente o projeto. O candidato, ciente da oportunidade, pode guardar para o papo privado alguns comentários. Como entrevistador essa é a primeira informação que eu tento obter. É muito chato quando o candidato não tem nadica de nada a falar sobre o projeto. Ou quando tudo que consegue expressar é: "Muito bom, hem?". Hem??

Todo projeto requer uma combinação única de perfis e habilidades. O primeiro tempo gasto exclusivamente na dinâmica serve exatamente para mapear os perfis e habilidades disponíveis. Relembrando o que é o primeiro tempo:
  • 15min - apresentação do projeto
  • 45min (max) - apresentação dos candidatos e início do debate
Outra lembrança: a ordem das entrevistas é dos mais quietos para os mais falastrões. Expliquei a lógica no capítulo anterior. Então retiro aquela(e) silenciosa(o) candidata(o) da sala da 'dinâmica' e inicio nosso bate-papo (que deveria acontecer na copa, na área de 'descarrego' ou numa lanchonete próxima). O mais importante é o conforto e a privacidade.

Se rolar uma conversa específica sobre o projeto é importante que ela flua. Esqueça o relógio. (Os outros candidatos detestam isso. Por isso é bom deixá-los avisados de que se trata de um processo que pode ser meio lento). Raramente um candidato abandona o debate antes da entrevista. Quando aconteceu, se minha memória não me trai, é pq alguém do RH falou que seria aplicada uma 'provinha' (hehe.. já já falo sobre isso).

A troca na entrevista é injusta. É claro que 90% das informações devem ser fornecidas pelo candidato. Parece óbvio mas não é. Já vi processos onde o entrevistador aproveita o momento para enaltecer suas realizações, fazer marketing pessoal... coisas estranhas assim. Não é hora. Ou melhor, a hora é do candidato.

E, se ele começou apresentando um ponto de vista sobre o projeto (que não seja só o 'muito bom'), muito bom! Não é o caso de julgar suas colocações. Não de maneira explícita. Qualquer mínimo sinal de censura colocará o candidato em postura defensiva. Ou seja, acabará com sua entrevista.

Acho que é um engano pensar que o entrevistador é a parte 'ativa' do processo. Candidato bom toma as rédeas. E tem bom senso pra notar quando chega a hora de passar a vez. Como nem todo candidato é bom (nisso), o entrevistador segue um roteiro muito simples:
  • Experiência: projetos, projetos e projetos
  • Formação
  • Habilidades
  • Hábitos
Quando o candidato compara o pouco que ele sabe do projeto para o qual ele está sendo contratado com experiências anteriores é, ou pode ser, um show. Ele mostra não só que conseguiu assimilar as informações que lhe foram passadas no início da 'dinâmica', mas também que possui boa capacidade analítica. Ou não (sai Caê!). Explico: lógico que ele pode dar 'varada n'água' e dizer um monte de besteiras. Nota 10 em coragem e 0 em captação. Na maioria das vezes, se soubemos escolher os currículos, o 'bullshitômetro' não ultrapassa a marca dos 10%.

Assim, naturalmente, o candidato começa a mostrar sua experiência. Se ele pular ou evitar algumas linhas que estão no currículo, o entrevistador deve 'lembrá-lo'. Se ele citar alguma que parece não constar no currículo o entrevistador deve interrompê-lo: "quando foi isso? Pq vc não citou no currículo?". Pena, mas a gente sabe que currículo é escrito em papel. E papel aceita qq coisa...

Considero a experiência o ativo mais caro que um candidato pode apresentar. Mesmo aquele desenvolvedor 'júnior' com uma linha só em 'empregos anteriores'. Não importa. Gosto quando o currículo mostra, de forma clara e breve:
  • Empresa - Cargo
  • Funções
  • Projetos (de preferência citando clientes)
  • Habilidades requeridas
  • Habilidades adquiridas
Please, não escreva um currículo assim, mecanimente, com os 'bullets' acima. Não é padrão. Mas tente apresentar essas informações.

Uma coisa que acho que nunca verei em um currículo é o resultado do projeto. O Standish Group vive falando que 60%-80% dos nossos projetos falham. Mas em 100% dos currículos isso não aparece! Ou seja, só a entrevista pode esclarecer o que aconteceu com cada um dos projetos listados pela candidato. Acho fundamental conhecer esse perfil do candidato: "é um pé-frio? Nunca viu um projeto entrar no ar?"; ou "caramba! 70% dos projetos foram entregues! Participou da equipe de delivery e treinamento!! Foi promovido após o projeto!!!!"

Não gosto de colocar fronteiras, mas cerca de 80% do tempo da entrevista eu gasto exclusivamente com as experiências do candidato. Formação e habilidades consomem 10% do tempo. E os 'hábitos' os outros 10%. Explicando hábitos (se o candidato for um desenvolvedor, por exemplo):
  • Como você gosta de documentar seu trabalho?
  • Como você testa seu trabalho?
  • Gosta de métodos ágeis? Quais e pq?
  • Quais ferramentas são imprescindíveis para o seu trabalho?
  • Fuma? Bebe? Joga bola ou truco? Gosta de música? Qual estilo?
Assim, com 'bullshitagens' genéricas, finalizo a entrevista. Se o candidato tem alguns diplomas e certificados que comprovam alguns hard skills, ele é dispensado da 'provinha' e volta direto para a 'dinâmica'. Caso contrário ele deve enfrentar aquela coisa medonha que a gente chama de prova. Ela, e outros papos sobre certificados e afin$, pintarão na próxima parte. Aguardem. (ou não).


===

Sinceramente eu ainda não entendi pq me meti a escrever sobre o tema. Juro que quando terminar vou mandar uma cópia para minhas amigas dos RHs que conheci. Só pra validar...

Perguntinha idiota: mas cadê a 'Criatividade' nessa história toda, narrada tanto aqui no Graffiti quanto no Finito?? Cadê???



O Nassif, falando de economia, detona os 'cabeças de planilha'. Há tempos outros males 'idiotizantes' nos rodeiam. Tem candidato a presidente que parece estar lendo slide do Powerpoint em cada entrevista. Fica até contando os bullets nos dedinhos. Parece palestrante-iniciante - um terror. Mas o mal que mais me alegra é o auto-teste (aka Check-lists), primogênito dos blablablás de auto-ajuda.



O Computerworld pergunta: "What Kind of IT Shop Are You Running?"

Se vc ficar com algo entre 8 e 12 pontos vc é ruim de cama... ops... Sorry... o check-list é outro...

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pv: Só falta aparecer gente perguntando onde compra o livrinho acima. Antes que eu me irrite: aqui!


graffiare #349

25 setembro 2006

O que a internet tem de diferente de outras mídias é que nela regimes de autoridade, e não de autoria, podem ser questionados e o fato de explicitar que o espectador não é um legume. É crítico e cúmplice.

- Giselle Beiguelman (da PUC-SP, na Folha de ontem)



Tags:graffiti

Copiei parte do título do post anterior pq o tema é parecido. Outra pesquisa, desta vez do IDC. Saca só:

IDC surveyed 5000 developers in 116 countries and discovered that open source is used by 71% of them and -- perhaps more surprisingly -- is used in 54% of their production environments.

A surpresa é do Bernard Golden, da CIO Magazine. Ele diz que o IDC tá 'meio certo' em suas conclusões. Mas não deixa de destacar a conclusão do IDC: O universo do Software Livre é "the most significant all-encompassing and long-term trend that the software industry has seen since the early 1980s."

Eu fico surpreso é com a surpresa dos 'analistas'. Desde que nossa indústria nasceu existe a cultura do 'compartilhamento de código'. A história está muito bem documentada em "From Airline Reservations to Sonic the Hedgehog - A History of the Software Industry", de Martin Campbell-Kelly. Versão resumida:

Em 1952 os clientes da IBM estavam putos da vida. Os custos de programação eram altos demais. Alguns dos mais importantes fregueses, entre eles a RAND e a Douglas Aircraft, ameaçavam devolver os computadores (701) e voltar para o trabalho manual. Foi então que R.Blair Smith, gerente de vendas da IBM, levou para Thomas J. Watson Sr, então presidente da IBM, a idéia de montar uma 'cooperativa de código'. O consórcio foi chamado de PACT e depois de SHARE. Só um dos programinhas mais populares na cooperativa gerou uma economia de US$ 1.5 milhão (de 1955, não estou computando a inflação) para cada um dos cooperados. Eram mais de 100 empresas em meados dos anos 50.

Podemos dizer que, naquela época, praticamente 100% dos programas utilizados em 'ambiente de produção' eram um tipo de 'open source'. Ou seja, os 54% de hoje deveriam surpreender por outro motivo: é pouco! É muito pouco pq a Internet facilitou demais a troca de código e conhecimento. É pouquíssimo pq os sistemas de hoje são muito mais complexos e infinitamente maiores.

Um dia eu ainda vou entender o que foi que aconteceu entre o SHARE e o OPEN SOURCE.


Nossa. Fazia tempo que eu não falava sobre 'desenvolvimento' aqui no Graffiti. Duas razões: o Finito só fala disso; e eu gasto um pouco do tema em outras esferas tbém, principalmente em grupos de discussão*. Mas hoje eu tenho um assunto bom pra tratar aqui: A VersionOne divulgou os resultados de uma pesquisa sobre 'Agile Development'. Parece que ouviram gente do mundo todo e de todo tipo de empresa. 722 pessoas, 20% são Gerentes de Projetos, 12% Desenvolvedores e 10% VPs e Diretores de desenvolvimento, dentre outros (inclusive consultores!, hehe).

No finalzinho do documento o número que mais me chamou a atenção: 84% das empresas ouvidas já adotaram/praticaram alguma coisa 'Agile'. O documento não fala como a pesquisa foi conduzida. Ela foi 'bancada' pela Agile Alliance. E parece ser daquele tipo de pesquisa realizado via internet. Ou seja, o número (84%!) não pode ser levado muito a sério não. A população amostral foi formada por praticantes, entusiastas e gente com muita curiosidade sobre o assunto. Ou seja, não dá pra sair falando que 80 e tantos porcento das empresas do mundo todo já utilizam alguma variação de 'metodologias ágeis' para o desenvolvimento de sistemas. Mas também não é o caso de depreciar a pesquisa. Ela tem algumas informações muito legais.

Por exemplo: quais as metodologias mais adotadas?

Apesar da grande diversidade de ofertas, apenas duas propostas se mostram de fato consolidadas: Scrum e eXtreme Programming. Senti falta do RUP pq há tempos seus 'vendedores/evangelistas' batem na tecla "RUP é ágil". Não discordo, muito pelo contrário. Mas o pessoal que respondeu a pesquisa mostra que o discurso ainda não pegou. Acho que isso até comprova minha tese de que a população amostral foi muito restrita em sua diversidade. Daqui um ou dois anos dará pra gente ver se o OpenUP/Basic (há dias era BUP - é uma variação 'magrela' do RUP) conseguiu capturar corações e mentes. Sua vinculação ao Eclipse me faz crer que ele será bem sucedido.

O que eu mais gostei de ver no gráfico acima foi a posição do Scrum. De todas as propostas 'ágeis' ela é, na minha humilde opinião, a mais versátil. Mas ela não concorre com as demais. Pelo contrário, pode complementar todas, inclusive o RUP. Espero apresentar em breve no Finito um pouco mais sobre o assunto. Adianto aqui uma das coisas que mais me agrada no Scrum: a redefinição do papel do Coordenador do Projeto e a introdução do 'Dono do Produto'. Falei um pouco sobre isso no artigo "Liderando a Equipe Criativa".

Outra coisa legal e meio engraçada que pintou na pesquisa: Quais as maiores preocupações quando se trata da adoção de alguma 'metodologia ágil'?

Garanto que a maior parte dos itens acima é 'culpa' dos 20% dos Gerentes de Projetos que responderam a pesquisa. Isentando-os: é culpa da cultura de gerenciamento de projetos que ainda vigora. Mais engraçado ainda é que a pesquisa não mostra que é exatamente essa falta de 'cultura' a maior barreira para a adoção de processos ágeis. E eu tenho certeza de que o 'radicalismo' dos 'evangelheiros' não tá contribuindo em nada para a mudança dessa situação. Anda sobrando 'certezas' e faltando um cadinho de didática, humildade e até de seriedade. Pena...

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* Aliás, ultimamente anda um pouco cansativa a participação em grupos de discussão sobre desenvolvimento e afins. Tem muito 'pavão-decoreba-escandinavo' usando-os exclusivamente para auto-adulação e promoção de amiguinhos. Pior: parece que 'pavão' não tem dúvidas, só certezas. Pesadelo: 'pavão' adora estar na moda. 'Pavão-evangelheiro' é outra praga da nossa área. Infelizmente uma praga que tem algumas utilidades. Responder pesquisas como a apresentada acima, por exemplo.


graffiare #348

20 setembro 2006

The IDC research shows that the launch of Windows Vista will precipitate cascading economic benefits, from increased employment in the region and increased taxes to a stronger economic base for those 150,000+ local firms that will be selling and servicing products that run on Windows Vista. At least a million IT professionals and industry employees in the region will be working with Windows Vista in 2007.

These direct benefits - 100,000 new jobs - will help the local economies grow, improve the labor force, and support the formation of new companies. The indirect benefits of using newer software will help boost productivity, increase competitiveness, and support local innovation.

- IDC (no paper "O Impacto Econômico do Windows Vista" [pdf], patrocinado pela MS - é claro)


pv: Nossa 'prensa' especializada vai adorar o enfoque. Vai torcer pra sair algo parecido tratando especificamente de Pindorama: o Vista gerará XYZ mil empregos em solo tupiniquim!! Vai aumentar a arrecadação de impostos, reduzir a violência e combater o crime organizado, aumentar os investimentos em educação e o tempo que a criançada fica na escola!!

É por essas (e um monte de outras) que eu digo que não acredito em uma 'nova MS'. Cada agradinho é seguido de um zilhão de tapas em nossa inteligência.


Seqüência (não programada) deste post que, por sua vez, é um desvio (não previsto) da série "Gerenciando o Trabalho Criativo" que está sendo desenvolvida no Finito.

Foto de Rick Smit [Flickr].

Encerrei o episódio anterior falando que 'Dinâmicas de Grupo' sempre me ajudaram no processo de seleção de colegas. Uso o termo pq é assim que as meninas do RH gostam de chamar aquela reunião estranha. Mas o processo não tem muito a ver com as tradicionais 'dinâmicas' não.

Reunimos na mesma sala algo entre 6 e 10 candidatos. Na maioria das vezes eles não se conhecem. Nunca pensei em 'forçar' reencontros, cruzando datas e locais expressos nos currículos. Mas pode ser uma boa idéia. Lembrando: entrosamento é uma coisa muito positiva para um projeto, particularmente aqueles que exigem doses mais altas de criatividade.

Eu inicio a reunião tentando contar, em 15min no máximo, a historinha do projeto. Sem revelar o nome do cliente eu descrevo o problema de negócio e dou uma breve visão da solução projetada. Termino relembrando os perfis que estamos buscando. Na seqüência cada um dos candidatos se apresenta. Eu sempre espero que eles façam algum comentário sobre o projeto, ou que pergutem alguma coisa diretamente relacionada com o projeto. O primeiro candidato a falar quase sempre determina o padrão de apresentação que será adotado pelos demais. Então, quebrando algumas regrinhas de etiqueta, eu sempre procuro aquele que me parece mais 'falastrão' para iniciar as apresentações. Trata-se de uma variação de uma tática que costumo utilizar em palestras também. Pegue o mais afoito, aquela ou aquele que tá 'doidinho' pra falar. E seja mal educado de novo, interrompendo-a(o) sempre que ela(e) tocar num ponto que mereça destaque. Reforce a mensagem e devolva a discussão para o grupo. Funciona melhor se a devolução ocorrer na forma de uma pergunta, não de uma resposta. Funciona melhor ainda se outro 'afoito' manifestar interesse em se posicionar. No mundo ideal todos os 6 ou 10 candidatos são 'afoitos' e querem falar.

Pena que o mundo ideal não existe. Sempre existirão aqueles candidatos que 'entram mudos e saem calados' da reunião. Normalmente são os primeiros que eu chamo para as entrevistas individuais. Preciso saber se é falta de interesse ou excesso de timidez. Em 5min de bate papo privado vc descobre. Na maioria das vezes é timidez. E a gente tem que saber respeitá-la. A pior coisa das tais 'dinâmicas' é o desejo (implícito) de tornar todo mundo igual. Um pecado e um desperdício.

Todos os candidatos merecem uma conversa individual. Só ali é possível validar o que ele escreveu no currículo. Só assim é possível conhecer melhor a pessoa. Algumas conversas durarão apenas 10min. Outras mais de meia hora. Por isso eu reservo uma manhã inteira para realizar uma 'dinâmica'. E é bom alertar os candidatos que a coisa pode demorar um pouco.

E é por isso que é impossível realizar uma 'dinâmica' sem apoio do RH e de alguns membros da sua equipe atual. Enquanto você realiza as entrevistas individuais alguém deve permanecer com o grupo, debatendo o projeto. Cuide para que a conversa não se prenda em pontos específicos do projeto - particularmente naqueles puramente técnicos. "Um quilômetro quadrado de abrangência e 2 dedinhos de profundidade" - esta é a regrinha de navegação. As exceções devem ser acordadas anteriormente com o pessoal técnico que dará apoio. Você pode 'fiscalizar' o bate papo no intervalo entre as entrevistas individuais.

Dinâmica e entrevistas individuais se complementam. A primeira dá pistas, a segunda provas. Na dinâmica devemos buscar, principalmente:
  • Facilidade de comunicação
  • Respeito pela opinião e espaço alheios
  • Capacidade de assimilação de informações
  • Pontos de vista! (Eles valem 80 pontos de QI... hehe)
Enquanto a dinâmica busca por 'soft skills', usamos as entrevistas individuais para validar, particularmente, os 'hard skills'. Na terceira parte a gente conversa sobre elas.


Como eu já tinha contado neste post, estou com sérios problemas de relacionamento com minha maquininha. Como sou bem burrinho e nada paciente pr'esse tipo de coisa, a situação foi piorando.

Minha pasta Temp, até a madrugada de hoje, recebia a visita de 3 EXE's, 3 CAB's e 3 CONF's a cada 5 minutos mais ou menos. Meu AVG imediatamente avisava que um tal de Proxy.FSZ habitava ilegalmente os EXE's. Que por sua vez buscaram abrigo em meu disco sem a minha autorização. Bem, é o que eu pensava... Eles tinham a minha autorização!!

Meu usuário, logo na inicialização da máquina, abria um SVCHOST só pra ele. Tão logo a conexão com a Internet era estabelecida ele estendia um brilhante tapete vermelho para os invasores. O Firewall da MS (SP2 do XP), igualmente bondoso, não percebeu que aquele fluxo de EXE's, aquele entra e sai de sei lá o q, era estranho. Pior: nem ligava para o fato de dezenas de SVCHOST's serem instanciados... céus!!

Preciso só de mais um tempinho antes de refazer a máquina toda. Vi uma das soluções para o caso em um fórum e quase caí de costas: é um 'tour-de-force'. Céus 3x!!!

Solução ágil: coloquei um Firewall de verdade, gratuito e 'leão-de-chácara' brabo, O ZoneAlarm. De cara ele dedurou o SVCHOST. Prendeu-o em seu devido lugar, mantendo os vermes longe de minha cerca.

Venci minha primeira batalha nessa guerra de burros. Segredo (bem do tipo 'Arte da Guerra'):


"Se vc tem certeza que o seu aliado é mais burro do que vc, não delegue para ele a responsabilidade de defender seus mais preciosos bens... né burrinho!"



Redmond, WA – Microsoft announced that Windows Vista will require more rigorous proof of ownership than is currently implemented by the Windows Genuine Advantage (WGA) program. Buyers of Windows Vista will have to send in DNA, fingerprint and retinal scan information to Microsoft to receive upgrades on their purchase.




pv: Brincadeirinha - é só o BBSpot tirando sarro do WGA, a mais genúina geringonça do século XXI.


graffiare #346

18 setembro 2006

Soon enough a site will open that is like a Google search for music downloads — downloads that are not copy-protected but you still pay for. eMusic tracks have no copy protection, for example, but their catalogue is limited. Eventually a meta search will turn up the tracks you want, wherever they live, on whomever’s site. Consumers don’t care who they buy them from if the interface is easy and intuitive. Soon enough iTunes consumers will find they have reached the 5th authorized player on their tracks and the frustration will set in when they can’t listen to the music they paid for. They’ll start to look elsewhere.

- David Byrne (em seu 'Journal')


pv: Sim, é aquele David Byrne, ex-Talking Heads. A banda se foi (ufa), mas o cara segue talking. E bem.


Tags:graffiti

Deu no IDGNow!:

"Projeto quer garantir que apenas profissionais graduados ou com mais de cinco anos na área de tecnologia atuem no segmento.

As atividades de profissionais das áreas de informática, computação e sistemas de informação, poderão, em breve, ter regras específicas para regulamentação. Trata-se do projeto de lei 7109/06, de autoria do deputado Bonifácio Andrada (PSDB-MG) destinado a regulamentar o trabalho de funcionários desses setores.

Segundo a proposta, poderão exercer essas atividades os portadores de diploma universitário dos cursos de informática ou computação, processamento de dados, sistemas de informação e áreas correlatas reconhecidas pela legislação do ensino."


Muita gente vai torcer o nariz e reclamar. Aqueles que acham que tá bom como está. Não está. Se olharmos 2 palmos além do nosso narigão veremos que nosso mercado ainda é muito cheio de gambiarras. Vivo reclamando aqui de nossos vínculos empregatícios (draconianos, nocivos e engraçados). O que dizer então dos preços e salários? Se eu exercesse minha profissão aqui em Vga já estaria totalmente falido. 320km de distância de Sampa significa uma diferença de até 10x nos valores "aceitos". Uma vergonha. Nenhuma outra profissão convive com tamanho disparate.

A regulamentação talvez seja o primeiro passo pra gente começar a ajustar algumas coisas. É uma pena ela tenha que vir de cima pra baixo. Mas virá. Inclusive com um projeto do executivo para criar o Conselho Federal de Informação e Computação (CFIC). Eu preferia que a gente tivesse feito tudo. Mas nós, que gostamos de fazer pose de modernos, ficamos vendo a banda passar. Agora não adianta reclamar.


Microsoft, Meu Amor!

15 setembro 2006

É a primeira vez que eu utilizo a tag 'ms_mon_amour' sem um pingo de cinismo / sarcasmo. Por isso a coloquei até no título deste post! Os apressadinhos da ZDNet insistem em dizer que se trata de uma 'nova' MS. Mantenho meu pezão esquerdo atrás. Mas esta Promessa da MS merece comemoração e elogios.

Explico: a MS tá dando carta de alforria para uma série de padrões (todos ligados a Web Services). Ela promete que NUNCA cobrará royalties ou afin$ de quem utilizar os padrões que ela desenhou. Grande MS!!


pv: Só não acredite muito nas minhas juras de amor. Sou tão verdadeiro quanto os 'talentos' do Ballmer.




Surrupiado daqui.


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Dias atrás o Gabriel "escatoLógico" Ribeiro me mandou o seguinte email:

Finalmente, pra quem esperava algo tangível sobre SOA.

Especificação e implementação 'alpha' SCA SDO DAS:

http://www.osoa.org/display/Main/Home

https://www14.software.ibm.com/iwm/web/cc/earlyprograms/websphere/soawas61/


O "tangível" me pegou. Tangibilidade tá no tato de quem tateia. Entendo as necessidades que o Gabriel matará com os padrões acima. Mas SOA seguirá intangível (e incompreensível) pra um tanto de gente. Por um bom tempo. Quem usa SAP terá a oportunidade de virar um dos pioneiros da área. A empresa alemã parece estar jogando todas as suas fichas nessa 'nova' proposta. Estrategicamente (e comercialmente) falando, o movimento da SAP pode ser mais importante que a Open SOA Collaboration. Principalmente no curto e médio prazos. ERP rodando é a tangibilidade que importa pra quem investe nesse tipo de coisa. SE, eu disse SE a SAP soube tirar proveito de tudo que uma SOA oferece, o futuro tá bem bonito (para ela e seus usuários).

E ficará bem feinho para seus concorrentes, inclusive a Oracle. E uma perguntinha não sai da minha cabeça: será que algum ERP tupiniquim já está em processo de conversão? A respostinha tbém não livra minha cuca: "SOA? Q p0rr@ é essa?"... hehe... pré-conceito... sei lá...

Só sei que pude colocar a "mão na massa" de fato. Entreguei no início da semana minha primeira proposta SOA (a 1ª a usar o termo SOA). Como é um projeto grande e abrangente, tive a chance de validar conceito por conceito. É engraçado esse negócio de questionar coisas que você mesmo escreveu. Sorte que eu não falei muita besteira. Não suporto discutir comigo... hehe...


Este post é um filho bastardo da série "Gerenciando o Trabalho Criativo", que estou publicando no Finito.
Queria muito tratar o assunto mas não quis mexer na estrutura original da série. Porisso ele caiu aqui no Graffiti. Trata-se de um 'cross-posting', hehehe.



"There is something that is much more scarce, something finer far, something rarer than ability. It is the ability to recognize ability."
- Elbert Hubbard

Na última parte publicada no Finito eu falei sobre a formação de Equipes Criativas. Dei atenção quase exclusiva para o aproveitamento das pessoas que já trabalham na organização. Motivo: entrosamento e comprometimento. É mais provável que uma equipe formada por pessoas que já se conhecem - que já desenvolveram projetos em conjunto - seja mais ágil no desenvolvimento de um trabalho criativo. Mas sei que em solo tupiniquim, com os altíssimos índices de turn-over que caracterizam nossas empresas de TI, é muito difícil falar em 'longevidade' de equipes. Independente disso, por bons ou maus motivos, devemos estar preparados para ir buscar no tal 'mercado' os 'recursos'* que um projeto demande. Na última década eu contratei dezenas de pessoas. Devo ter entrevistado mais de uma centena. Sempre foi a parte mais difícil do meu trabalho como gerente ou coordenador de projetos. Independente da eterna boa vontade das 'meninas' do RH.

Tudo começa com a identificação e a correta definição da necessidade. Realmente não há ninguém na organização que possa preencher aquela vaga? Verificamos os cronogramas de todos projetos em andamento? Trocamos idéias com os outros coordenadores? Sim, sim e sim. Não há outra alternativa que não seja buscar aquele alfinete no mercado-palheiro. Defina o alfinete: cabeça arredondada? Pequeno ou grande? Quando nosso projeto está bem definido a necessidade é bem clara. Caso contrário veremos aqueles maravilhos anúncios que pedem, por exemplo, "bons conhecimentos em Java, .Net, Visio, Rational, RUP, UML, PMI, Delphi, CMMI, BI, SQL Server, VB, SAP... noções de ITIL, SOA e Flash serão considerados um plus a mais!!" Arrgh... sic mil vezes.

Acho um pouco exagerado o Joel Spolski quando ele diz que os caras bons "nunca estão no mercado". Lá no 1º mundo pode até ser, mas aqui em Pindorama não. Pq? Tenho certeza de que a culpa é dos nossos draconianos 'vínculos empregatícios'. Mais da metade de todo mundo que eu entrevistei estava empregado!:

"Estou buscando novos desafios." [Trad: tô ganhando pouco]
"O projeto tá acabando." [Trad: e a empresa não sabe quando venderá outro]
"O projeto tá enrolado." [Trad: estão trocando desenvolvedores por advogados]

Ou seja: pelo menos por aqui não é assim tão difícil achar gente boa no mercado. Facilita muito se soubermos onde procurar. Um dos piores lugares são as empresas 'de alocação'. Daquele tipo que se banalizou com o advento da Internet. Elas atiram para todos os lados e não sabem nada de projetos e tecnologia. Os melhores lugares são nossos ensaios de Comunidades de Prática, particularmente os Grupos de Discussão e associações como a SouJava. Mesmo assim, nos melhores casos, temos 4 'joios' para cada 'grãozinho de trigo'. Isso acontece independente da quantidade de 'pré-requisitos' que você coloca no anúncio da vaga. Faz parte. E cuidado para não tratar mal aquele 'joio' que pode não servir para o projeto atual, mas que pode ser de grande utilidade em empreendimentos futuros. Estando do outro lado, como 'candidato', já vivi algo parecido. Uma empresa recusou meu currículo por uma série de questões que qq dia tomo coragem pra contar aqui. Foi seca e muito mal educada. Um mês depois queria contratar meus serviços de consultoria pagando 5x mais o que eu ganharia como funcionário. Quase tive peninha deles.

Voltando. Então você recebe um pacote de currículos. Não há coisa mais triste e arriscada do que fazer triagem de currículos. Apesar do tempo ser sempre curto, é recomendável que a gente só desvie para a sexta seção (aka Lixo) aqueles que forem comicamente ruins. Todo currículo é muito ruim. Digo, ruim para a avaliação de um profissional. Lembro sempre de uma amiga que avalia casos judiciais: "atrás daquela folhinha de papel tem uma pessoa". Não há nada mais covarde do que a eliminação de um candidato com base apenas na leitura de seu currículo. Uma covardia inevitável, infelizmente. Minha 'generosidade' na seleção de currículos nunca me causou grandes problemas. Me ajudou muito uma tática conhecida pelo horrendo pseudônimo "dinâmica de grupo".




Atualização em 06/12/07:

Índice para as outras 4 partes do artigo






* Recurso. Um 'recurso' pode ser qq coisa. Me lembro de uma piada do Gerardinho que se referiu ao freio d'uma bike como um "ricurso di minguá toada". No trabalho criativo as pessoas são a principal 'matéria prima' e os principais 'recursos'. Por isso o termo 'recurso' é tão ruim.
E inapropriado.


Deu no Digg (que surrupiou do ITWorld):

It's official... Techies are a breed apart. According to new research, IT staff are twice as likely as other staff members to wear a heavy metal T-shirt and carry a Maglite and a Leatherman. They are also 34% more likely to wear a ponytail, 63% more likely to wear black jeans; and 32% less likely to wear clean clothes every day.


Será por isso que alguns dos nossos sistemas são tão 'anos 80'?
Sem preconceito... sem preconceito.


Tags:graffiti

Pesadelo

13 setembro 2006

Há mais de uma semana meu micro tem apresentado alguns sintomas estranhos. Inéditos. O Firefox ficou extremamente instável, chegando ao cúmulo de uns 10 crashs por dia. O número de pragas detectadas pelo meu anti-vírus aumentou cerca de 500%. Antes, raramente eu recebia um aviso de infecção. Como passei as duas últimas semanas concluindo um trabalho, fiz o máximo pra me fingir de morto. Ou seja, não dei muita bola para os xiliques da maquininha não.

Mas ontem eu tava com tempo. Trabalho entregue, preparava minhas munições para tirar o atraso do Finito (3 semanas!!) e comentar aqui as novidades da Apple, as não-novidades da MS e coisinhas afins. Aí os sintomas de TPM* do micro afloraram de vez. Eu detesto mexer em coisinhas do SO, saca? Queria ser rico pra ter um help-desk só pra mim. Mataria dois coelhos: eles arrumariam minhas máquinas e me forneceriam um montão de piadas pra eu contar aqui. Mas como eu ainda não fiquei rico e o trabalho escravo é proibido em Pindorama, seguirei tendo que me virar sozinho.

E é só quando a gente calça o roto sapato do usuário que a gente percebe o tanto que é desamparado. Vasculhei o Google em busca de soluções. Reparei que o SVCHOST, em determinados momentos, passa a engolir 5mb de memória virtual por segundo!! Até acabar com toda ela e não me deixar abrir nem o TaskMng. Cheguei a desconfiar do Firefox por algumas horas. Depois vi que o SVCHOST não precisa de ajuda para disparar sua comilança. E o processo dele não morre de jeito nenhum.

Vi que não sou o único com esse tipo de problema e descobri também que o SVCHOST é amaldiçoado por todo o canto. Basta buscar por "svchost memory leak", "low virtual memory" ou algo do tipo no Google. Mas não consigo descobrir a causa! Palpites mil: "desative as atualizações automáticas" (o povo adora essa); "delete o arquivo de paginação"; "mude o dono do processo"; "use o Opera!" (baixei e usei um cado - é bom); "reinstale o Windows três vezes por semana"; "repita comigo: Ave Maria..."

Consegui uma mínima estabilidade agora, mas não fecho mais o TaskMng. E não tenho que agradecer nenhuma das sugestões acima. Num dos vários boots o SVCHOST simplesmente parou de comer. Soltou um arrotinho e ficou quieto. Abri o Firefox com um medo danado. Mas... parece que tá tudo bem. Por enquanto...

É em momentos assim que vejo o quanto estamos distantes do 'mundo ideal'. E eu sei que não é uma exclusividade do ambiente Windows. Mas os usuários tradicionais do Linux já estão acostumados a varrer e pentear SOs. Usuários leigos (que acham que entendem de alguma coisa - como este que vos escreve) são os que mais sofrem e também aqueles que mais representam riscos. Se for nervosinho e ávido consumidor de malboros então, coitada da máquina. Só hoje foram uns 5 reset, no dedão!




* TPM = Tensão Pré-Manutenção. Há tempos estou ensaiando (e confessando aqui) que vou 'zerar' a máquina, dar-lhe um disquinho novo, um pouco mais de RAM e um belíssimo presente de Natal: o Ubuntu. Acho que é por isso que o Win aqui (q não será totalmente abandonado) passou a se comportar como mulher traída. Pior: como uma ex-mulher! Socorro!!


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Começou a circular ontem, no IDG Now!, uma matéria curiosa sobre os resultados de um estudo elaborado por dois pesquisadores de Harvard. O pessoal da 'prensa' tratou de destacar logo o que seria o ponto mais 'polêmico' do estudo: "A Pirataria favorece o Windows!". Menos, pessoal...

Todo mundo (com exceção de nossa 'prensa' especializada) sabe que a tal 'pirataria' SEMPRE favoreceu a MS. Desde os tempos em que seu único SO era o DOS. Naqueles tempos, 98.347% das cópias de DOS instaladas nos micriquinhos de Pindorama não eram 'legítimas'. Lá fora a coisa não era tão feia (pq não existiam muitas 'reservas de mercado'), mas também estava muito acima da taxa de 'ilegalidade' dos dias de hoje. Naquele tempo a MS só esquentava com a apropriação indevida de IP ('propriedade intelectual'): pegar código do DOS e chamá-lo de SISNE não podia. E os idiotas que bancaram essa infeliz idéia dançaram bonito.

Mas a 'pirataria' corria solta. Criou massa crítica. Criou 'bases de conhecimento' e especialistas. Daí até virar um monopólio foi um pulinho. Office (Excel e Word, principalmente) e Windows (3.x) seguiram a mesmíssima trilha. Hoje a 'pirataria média' no mundo deve girar em torno de 50% (por culpa da Ásia - China e Índia, principalmente - que ainda tá no meio do ciclo da construção do monopólio). Mas se trata do mesmo modelito - o mesmo padrão. Se ele é intencional ou não, é outra discussão. O fato é que o império de Redmond não seria o mesmo se não fossem os 'piratas' e sua incrível capacidade de implementar 'redes'. Uma capacidade que 'mways' e 'herba-vidas' da vida devem invejar muito.

Mas o estudo dos caras de Harvard (melhor explicado nesta entrevista) vai muito além da 'polêmica' constatação acima. O que deveria chamar nossa atenção é a constatação de que, independente dos apelos do Linux, "ele nunca tirará a liderança do Windows". Principal razão? A base instalada. Razões secundárias?

  • Táticas FUD (Medo, Dúvida e Incertezas), magistralmente adotadas pela MS desde o surgimento da 'ameaça Linux';
  • Táticas "Clone Parcial". Um exemplo é a MS "abrindo" código para governos e entidades de ensino;
  • Um monopólio do Windows seria melhor (para a sociedade) do que um duopólio Win+Linux!?!?!
Hmmm.. hehe. O estudo parece ser muito bom para mostrar onde estamos e como chegamos até aqui. Mas deve ser visto com cautela se sua intenção é brincar de ficção científica. O divisor de águas será o Vista, programado para lançamento em janeiro próximo. Se a MS considerá-lo o fim de uma era (tecnicamente e comercialmente falando), tudo bem. Caso contrário podemos ter consideráveis mudanças no mercado mundial de SO's. Duas pistas:
  • Lembram-se do 'Bombril' e suas 1001 utilidades? Ele tb tinha 90% de mercado, não?
  • "O que dizem os mortos", um conto do PKDick de 64.
Quer pista fácil? Segue lendo nossa 'prensa'...


graffiare #344

11 setembro 2006

Last week, a hacker developed an application called FairUse4WM that strips the copy protection from Windows Media DRM 10 and 11 files…..So Microsoft wasted no time; it issued a patch three days after learning about the hack…..It should surprise no one that the system didn't stay patched for long. FairUse4WM 1.2 gets around Microsoft's patch, and also circumvents the copy protection in Windows Media DRM 9 and 11beta2 files….That was Saturday. Any guess on how long it will take Microsoft to patch Media Player once again? And then how long before the FairUse4WM people update their own software? Certainly much less time than it will take Microsoft and the recording industry to realize they're playing a losing game, and that trying to make digital files uncopyable is like trying to make water not wet.

- Bruce Schneier



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Derramando Conhecimento

08 setembro 2006

Acontece amanhã (sáb, 9/set) um mega-evento inédito na história da Internet. Em Berlin 112 mentes privilegiadas (e abertas) estarão respondendo perguntas de todo o mundo. Sobre tudo ou qualquer coisa.

É uma iniciativa global da "Dropping Knowledge", que busca "transformar a apatia em ação".

Todo o evento será gravado por 112 câmeras digitais. As mais de 600 horas de gravação ficarão disponíveis na rede. É uma das maiores provocações que já vi na Internet. Talvez só não seja maior que a própria Internet. Até o local do evento é um graffiare. Os caras estarão reunidos na Bebelplatz, a mesma praça usada por Hitler e seus comparsas para 'queimar conhecimentos' (livros e afins).

Eu ando meio míope ou é fato que nossa 'grande mídia' tá simplesmente ignorando um dos maiores eventos do século? Ah.. domingo aquela grande emissora vai mostrar Sandy e Júnior no 'Dia do Brasil' em NYC... Céus...




Não tem nada a ver mas tem tudo a ver: meu 1º projeto WebTwoWhatever também quer ser uma plataforma de diálogo. Lógico que será bem menor que a "Table of Free Voices" de amanhã. Mas compartilha princípios e desafios. Aliás, chamá-lo de 'meu' é sacanagem. Trata-se do 1º projeto (fora nosso time de futebol) a reunir os três irmãos Vasconcellos: Guz, Cacá e eu. Tô falando do Atchim.



Saúde (ou 'sto lat')!
Daqui uns dias a gente conversa mais sobre ele.


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"Free beer??? Yes, as in Free Software"

- FreeBeer.org





graffiare #342

06 setembro 2006



Surrupiado daqui.


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Graffiare #341

05 setembro 2006

"If we want to embed lightweight in enterprise, we may need some heavyweight Trojan Horses."

- JP Rangaswami (no 'confused of calcutta')



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Encerrei o último post perguntando: kd a criatividade tupiniquim?

Bom, não tem muito a ver com o tipo de inovação que eu estava pedindo, mas Pindorama pode sim apresentar algo novo no cenário mundial de TI. Segundo John Battelle, autor de "A Busca", o Brasil:

"might potentially set a standard for other international cases where data is stored in the US but originates in what we might call less than democratic countries - China comes to mind."

Pq? Pq a (empresa) Google deve atender as exigências da Justiça Brasileira.

Até hj evitei falar sobre o assunto. É chato e complicado. Me preocupo muito com privacidade e liberdade. E esse é o tipo de caso que pode criar uma 'jurisprudência' (álibi) para uma série de abusos. No entanto, por outro lado, não dá pra aceitar algumas 'liberdades', né? Pornografia infantil, racismo e aquela 'farra' que algumas torcidas 'organizadas' estavam promovendo não merecem espaço.

A decisão da Google é mais sensata (e economicamente correta) do que aquela ameaça de 'encerrar' suas operações no Brasil. Que o bom senso siga prevalecendo após a (inevitável) criação dessa (perigosa) 'jurisprudência'.


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Enfim. Enfim Pindorama coloca a ponta do pé naquela nuvem difusa/confusa que o mercado chama de Web 2.0.



O brinquedinho se chama Aprex e foi desenvolvido pela ZeroUm Digital. Oferece calendário, blog, lista de contatos e tarefas, disco virtual (e alguns etc) para profissionais liberais e pequenas empresas. Cool!

But.. não diz pq eu trocaria meus serviços Google (igualmente gratuitos) por ele. Só pq é tupiniquim e fala PTdoBR? Não quero ser (muito) chato. Aliás, nem comecei a brincar com a versão 'beta' dele. Mas de cara, no material de mkt, já senti falta d'alguma coisa. D'um 'trem' tupiniquim qq. Uma diferença qq. Oferece API's? Posso 'programá-lo'? Posso 'remixá-lo'? Integra-se com meu ambiente office? etc?

Ok ok. É 'beta'. É bem-vindo. E deve evoluir.
Mas, de novo, a tão falada 'criatividade tupiniquim' não deu as caras.


graffiare #340

04 setembro 2006

"The Decider" [mp3 file]

- Rudresh Mahanthappa


pv: Não sacou nada?


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Defective By Design

01 setembro 2006

Deu na ZDnet:

"In the continuation of a long-running arms race, both Apple Computer and Microsoft have seen their music protection technologies come under fire in recent days.

"In the past month, separate programs have emerged to strip away the digital rights management (DRM) tools that the two technology giants use to protect music from unauthorized duplication. One of the programs counteracts Microsoft's Windows Media DRM, while the other targets Apple's FairPlay."


Um dia esses caras vão entender que entraram numa guerra sem a menor chance de vitória. Eu sou um otimista. Um dia eles entenderão.

Ou então terão a brilhante idéia de lançar um mega-ultra-super-hiper conteúdo digital travado numa caixinha preta que se auto-destrói após 10 execuções (o máximo que aguentamos de qq hit musical besta dos dias de hoje) ou na primeira mínima tentativa de violação daquele invólucro maledeto.



Ou então... (hehe) conseguimos a adesão do Bono (e a sua) à nossa causa: Eliminate DRM now!!

Quer um simples motivo? Saca só o que disse um alto executivo da Disney:

Se os consumidores souberem que há um DRM, o que é e como ele funciona, nós falhamos.


Se não der certo a nossa próxima campanha será pela extinção total dos consumidores bovinamente mansos.


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