Ele também não costuma fazer parte dos planos estratégicos de empresas míopes. Por isso, com um certo (e merecido) chororô, a prensa estadunidense vai dizendo "bye bye" para a SCO.
David Berlind, da ZDNet, brincou com "SEs": SE a SCO não caisse no conto da IP (Propriedade Intelectual); SE a SCO, ao invés de brigar com o Linux, tivesse aproveitado a onda; SE a SCO e a Canonical (Ubuntu) tivessem trabalhado juntas.. Como eu disse, "SE" não joga. E o Berlind omitiu o principal "SE": SE a SCO não tivesse aceitado aquela grana da MS...
Mas, de uma forma até meio melancólica, a SCO se vai. Muitos que trupicam aqui no Graffiti não têm a menor idéia de quem foi a SCO (antigamente, Santa Cruz Operation). Lá em meados dos anos 80 ela tinha o melhor Unix para a plataforma Intel. Representava, sem dúvida, a melhor alternativa de SO para plataforma baixa. A Novell até arriscou um rival de respeito, o Unixware, mas também não soube brigar.
Foi uma época de grandes decisões, como a que vivemos agora. A MS tinha o DOS e uma sacanagem na manga (driblar a IBM - de novo!). A IBM tinha o OS/2 e muita ingenuidade. A Novell tinha o Netware e nenhuma visão. A SCO, sem a grana das outras, tinha um produto muito promissor. Era multiusuário e multitarefa de verdade, rodava em máquinas menos parrudas, se integrava sem muita dor com plataformas superiores (leia-se mainframe e supermicros - equipamentos de médio porte dotados de CPU's Motorola (mesma linha que equipou os Macs por um bom tempo) e variações do Unix). Aí a MS usou aquela carta que tava na manga... o resto da história todo mundo sabe.
No meio do resto da história que todo mundo sabe, a SCO negou seu passado de inovação e aceitou virar uma laranja californiana. Cheia de agrotóxicos. Era de se esperar que ela despencasse do pé. Bem podre.
O Graffiti mudou!
Visite a nova versão em pfvasconcellos.net
0 responses to "O "se" não entra em campo..."
Leave a Reply