Tempo
29 setembro 2007Há muito tempo prometi aqui no Graffiti comentar sobre produtividade em Sampa. Falava então (sorry, não vou vasculhar o arquivo para achar a postagem original - Tô com preguiça) que a hora (60 minutos) aqui no Sul das Geraes vale muito mais que a hora de Sampa. Claro, em Sampa perde-se muito tempo (trânsito e afins). Mas não é só isso.
Ontem eu fiz uma maratona entre a Rua dos Pinheiros, Ana Rosa, Paulista e Vila Olímpia. Um total de 4 reuniões e 1 palestra. Trampo que rolou direto, das 9 até 21 horas. Em todos os compromissos cheguei com, no mínimo, uns 10 minutos de antecedência. Tive reunião de 20 minutos. Outra de hora e meia. Mas nada fugiu do planejado. Não tô (ou até estou) fazendo propaganda do meu planejamento. Mas eu queria era reclamar d'um terrível e nocivo hábito paulistano: a falta de respeito pelo tempo alheio.
Trânsito e afins viraram desculpas e agora viraram hábito: há pouco respeito pelo tempo dos outros. Caramba, TEMPO é a moeda mais cara dos dias de hoje. Não se recupera um minuto perdido. Grana você até recupera. TEMPO, nunca!
Na cola do hábito, marcam eventos às 9hs, por exemplo, com a expectativa de que ele comece "pontualmente" às 9h30. 30 minutos jogados no lixo! Dependendo do profissional, estamos falando de quase uma centena de reais. Dependendo da platéia da reunião, estamos falando de milhares de reais. E daí? A impressão é que muita gente não liga para isso.
Sem medo de errar: Sampa joga fora uma fortuna todo dia.
Mas o problema piora quando o hábito escorre para outras coisas. Projetos, por exemplo. É engraçado aquele cliente que exige o cumprimento do cronograma mas nunca chega na hora da reunião. É ridículo aquele coordenador que cobra entregas mas nunca consegue realizar uma reunião com horário e duração programados.
Só reclamo porque me preocupo: a coisa virou hábito. E hábitos não são eliminados com muita facilidade...