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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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Segundo o Robert X. Cringely a semana que passou irá mudar a nossa indústria "para sempre". Ele destaca três eventos:

1. O lançamento do xBox 360 pela MS;
2. O lançamento do Web Accelerator pelo Google; e
3. O possível lançamento de uma versão 'Vídeo' do iTunes pela Apple.

Acho que ele exagerou a importância de alguns eventos. Pior, ignorou outros movimentos que possuem, no mínimo, o mesmo poder de 'ruptura'. Vamos lá:

O novo xBox PODE ser apresentado como um substituto do PC caseiro, como sugerido pelo Cringely. Pode, mas duvido que a MS o faça. Seria um baita tiro no pé. Autofagia sem precedentes. É certo que há sobreposição de funções do novo console com o tradicional micro que temos em casa. Mas o xBox (AINDA) não mira o nicho populado por Dell, HP, Toshiba e todos os xing-lings que vemos por aqui. E parece que o novo PlayStation (Sony) também não. [BTW, que console mais feio! Será que a Sony vai começar a ceder terreno para a MS?]

O Web Accelerator é uma belíssima provocação do Google. Outro ensaio barulhento da mitológica "dominação do mundo". Ainda não consigo ver como este tipo de "serviço" se paga. Ser um "proxy" global é ambição demais. Até para o Google. O problema com a abertura de várias frentes (Orkut, desktop search, GMail, Froogle, News etc etc) é a perda de foco e qualidade. O Orkut é uma lesma com caimbras. Minha conta no GMail está sendo utilizada para o envio de spams (não aqueles que envio!). O suporte deles é uma ciranda de FAQs. Dada a incrível agilidade do Google, reconheço que corro sério risco de queimar a língua. Mas acho que o Web Accelerator precisa de muito tempo de forno para se tornar algo palatável.

O iTunes vendendo vídeo indica um 'ponto de inflexão', uma ruptura? De jeito nenhum. Revolução fizeram o Napster, Kazaa e agora o ShareAza. Eles distribuem vídeos há tempos! Cringely escorregou na maionese multimídia...



...E ignorou duas notícias muito significativas:

1. A Aquisição da GlueCode pela IBM
Não há um único player (SÉRIO) no mercado de software que não esteja participando, de alguma forma, da Comunidade de Software Livre. Pq a IBM compraria uma empresa que monta (com produtos 'open') um combo parecidíssimo com o Websphere? E se era para comprar um servidor de aplicações J2EE, pq não o JBoss que, segundo algumas fontes um tanto parciais (Fleury), já tem mais de 30% do mercado? Para calafrios de toda a comunidade, será que a CA vai comprar o JBoss e o MySQL??

Ruptura percebida: o paradoxo da obsessão pela posse de algo que é Aberto e Livre. IBM, Oracle, Bea, CA, Novell... estão todas abrindo e liberando produtos ao mesmo tempo que adquirem distribuidoras e prestadoras de serviços especializadas em Software Livre. Creio que a maioria o faz pq acha que todo mundo tá fazendo... hehe. Há lógica nesta frigideira untada com óleo de girassol? Será que o destino de grande parte dos 100k projetos 'open source' é se tornar apêndice de algum prestador de serviços? Será saudável? Tenho minhas dúvidas.

2. A Nova Intel
Desde sua fundação, em 1968, a Intel sempre foi dirigida por técnicos. Gente brilhante como Gordon Moore e Andy Grove. Pois bem, hoje (18/mai) está tomando posse como CEO da Intel o Sr Paul Otellini. Formação: Economia e Marketing. Mensagem: a Intel passa a ser guiada pelo mercado, não mais pela lei de Moore. A mudança acontece em cima da hora! Além do estrago que a AMD causou nos últimos anos, a Intel terá pela frente seu mais forte competidor em todos os tempos: o chip CELL, projeto conjunto de IBM, Toshiba e Sony.

E aí, como seria uma 'Nova Intel'? O que ela fará se não existir mais a dupla dinâmica Wintel? xBox (PowerPC - IBM) e Playstation (CELL - IBM) são dispositivos que baterão a marca de 100 milhões de unidades vendidas. Como a Intel pode entrar nesse mercado? E no de celulares?

Considerei os 2 fatos acima 'pontos de inflexão' pelo número de Interrogações que apresentam. Pela montanha de $$ que movimentarão, de um lado para o outro, tentando achar as respostas.

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