Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

Conheci o Vista

29 junho 2007

Pois é, e nem foi assim só "de vista" não. Há 2,5 dias estou interagindo com o bichinho. Lógico, não na minha máquina-xodó (Graffiti), que jura que seu casamento com o Kubuntu é para sempre. Vamos lá, primeiras impressões:

  • É lento. A versão "Home Basic" (aka 4$lesspeople), numa máquina com 512mb de RAM, é muito lenta. Algo como o XP numa máquina com 128mb.
  • Mas é lento também porque é burocrático. Suas primeiras interações com um SO recém instalado são quase sempre administrativas. No Vista, cada mínima solicitação é acompanhada de uma besta perguntinha do tipo "tem certeza?" Caraca, se o usuário é administrativo, porque tanta insegurança? Ok, a família Ubuntu tem algo parecido - pede uma senha para todas as tarefas "perigosas". Mas ele não exagera.
  • Sem o Aero, o Vista fica parecendo um XP depois do botox, só isso.
  • Peraí, não é só isso não. Ficou também um XP com 'jeitinho' de criança de 5 anos. Melhor: "jeitinho" de esposa insegura. Pergunta tudo! Só as opções para desligamento formam uma bela piada: Hibernar, Dormir, Desligar, Recarregar, Lavar, Passar ou Cozinhar?... vish
  • Baixei o OpenOffice e o Firefox (lógico!). Pelo menos eles funcionam direitinho, sem nenhum problema.
  • A configuração para conexão com Internet, redes sem fio e afins também rola sem problemas.
  • Na primeira conexão, o WinUpdate baixou uns 100mb de atualizações (uma parte considerada "crítica").
  • E pronto. Será que isso é tudo? Felizmente, não seguirei muito tempo com ele para saber. A maquininha, um note, logo receberá uma versão 64bits do Kubuntu. Manterei uma pequena partição com o Vista para fins de diversão.
Mas, no resumo da ópera, é muito pouco para tanto barulho. Não me admira que no FAQ da MS-UK (Reino Unido), 2 das 5 perguntas mais freqüentes sejam:
  • Posso fazer o downgrade para XP?
  • Como fazer o downgrade para XP?
E dá-lhe cadeiras...

.:.


Ah, mas a MS fala que já vendeu um zilhão de cópias!!

Hehe.. sim. Da mesma forma que o Faustão fala que o calcinha preta vendeu um zilhão de cópias! Alguém se lembra do recall dos CD's do filho da ministra do turismo sexual? Então... ele também tinha vendido um zilhão de cópias. Para distribuidores (OEM) e lojas... isso não significa taxa de devoção (ou adoção).

Clueless corporate clones struggling desperately to look hip

- Roberto X, sugerindo um novo slogan para a MS.

Outros Dribles da Apple

28 junho 2007

Além daquele do post abaixo, a Apple tá aplicando outro drible (lição?) que, tenho certeza, não pintará na matéria da EXAME.



A Apple, com seu belo iPhone, desafiará o modelo de negócios das telcos. De uma forma que agradará a todos os consumidores. Na ZDNet de hoje tem um belo artigo sobre o "cavalo de tróia" que é o iPhone. Mas, tem mais:

A primeira impressão foi de esquisitice, mas dois movimentos da firma do Jobs parecem ter uma lógica daquelas: coisa de gênio mesmo. O primeiro foi a opção por uma tecnologia de conexão teoricamente defasada (2.5) para o seu iPhone. Ela seria bem mais lenta que a geração 3.0. Seria não, é mais lenta! Mas a lentidão fará muito bem para a Apple. Não entendeu nada? Vai ler o Roberto.

Leu? Então agora você entendeu o estranhíssimo lançamento do Safari para o Windows. Wow {true WOW}! Eu nunca desafiaria o Jobs para uma partida de xadrez. Nem o Roberto para uma partida de "Scotland Yard", joguinho que merecia uma versão web.

Época de Copa América. Tempo de gastar a mais maldita das línguas latinas: o portunhol. Ontem o nosso querido Galvão confundiu "esquina" com "argentina"... e estamos só na 1ª rodada! Mas o papo não tem nada a ver. Aliás, como o título deste post. Faltou inspiração.

A Exame da quinzena promete: tem Jobs na capa, e "7 lições da Apple"! (Sete?!?*) Chamadinha:

"A chegada do iPhone ao mercado americano é a mais nova tacada de uma companhia que se transformou num ícone do capitalismo. A edição de EXAME que circula a partir desta quinta-feira (28/6) mostra o que aprender com a surpreendente empresa de Steve Jobs."

Surpreendente mesmo. Afinal, não tem muito tempo, a mesma EXAME estava jogando uma pá de cal na empresa do Jobs. Era uma matéria sobre inovação. Aliás, uma varada n'água daquelas da famosa publicação da Abril. Algo como: "inovação não importa". Tsc. Pero, no geral, as matérias da EXAME são bem menos nocivas que aquelas de sua co-irmãzinha, a INFOCorporate (aka "Espelho, Espelho Meu").

Na prévia desta mesma edição tem outra chamada interessante:

"Fábricas de informação: A produção de programas de computação cresce no país e assume o papel das tradicionais linhas de montagem."

Dá-lhe peãozada!! Céus.. Trocaram "programas" por "software", e agora por "informação". Não repararam que o problema tá na palavrinha "fábrica". Mas deixemos o malho para depois da leitura.

.:.

Sete! Já cansei de dizer, 7, aqui nas Geraes, é conta de mentiroso. Tem gente que não entende o 'dito', mas é a pura verdade. Curto causo:

Na virada do século, a "empresa" obrigou boa parte de seus "colaboradores" a participarem de uma série de encontros com um "guru" bem 1/2 boca. O maior charlatão que já vi, depois de alguns políticos e neo-religiosos. E o cara toda hora apresentava uma listinha com 7 itens, bem na cola dos "7 hábitos das pessoas que não têm o que fazer". O cara era tão guru-falso-zen, que de hora em hora pintava no fumódromo. Então eu não conseguia escapar mesmo.

Como é difícil arrumar papo com almas tão altas, perguntei a razão do 7. Deveria ter ficado quietinho. Viajei das pirâmides do Egito até São Bento Abade, passando por teorias matemáticas de deixar Einstein boquiaberto. Tudo na duração de um mísero marlboro...

Como sou um mineiro infiel (que não sabe ficar calado em determinados momentos), falei que tinha lido em algum lugar que o "7" aparece tanto porque seria nossa capacidade "média" de armazenamento (nos nossos surrados cérebros). Pronto... cometi um sacrilégio. E, a partir daquele dia, o "guru" me pegou para "judas". Minha salvação foi um projeto ferrado! hehe.. Senão, não tenho dúvidas, o cara estaria tentando me "converter" até hoje.

Pois bem: hoje nas bancas tem EXAME e as "7 lições da Apple" que todo mundo deveria COPIAR... Não vi a revista, mas aposto que falta uma: a Apple não COPIA!

SaaS: SerÁ?

27 junho 2007

Segundo o IDC, em 2009, 10% dos sistemas corporativos serão entregues como serviços. A McKinsey publicou um bom artigo (pra variar), mostrando como o SaaS (Software as a Service) irá "chacoalhar as fundações da indústria de software".



Da teoria para a prática: tá vendo aquele quadradinho ali que fala em "messaging applications"? Então, ao que parece, a Google já tem uma oferta muito legal para todo mundo que quiser se livrar de echangês e notês.. daquele hercúleo trampo de barrar spams, administrar caixas postais, policiar, controlar...

10% é pouco se analisarmos um cadinho nossos ambientes de TI. Por outro lado, 10% é muito se analisarmos o conservadorismo dos nossos compradores. Pensa bem, jogar aquelas caixinhas bonitinhas no lixo, desligar aquele maravilhoso servidor, e ainda por cima dispensar aqueles dois simpáticos administradores de caixas postais...

Ontem eu falei que o horizonte,para todos que trabalham com TI, é bonito. Uma de minhas motivações foi uma chamadinha de capa da última Info: "A carteira assinada voltou às empresas de TI. E agora?"

Juro que não entendi o "e agora?" - hehe, mas a nova é boa. Aliás, mais que boa. E a matéria (de Françoise Terzian) vai direto no ponto:

Acontece que, com o entra e sai de profissionais, as empresas acabam não investindo no treinamento de terceiros, temendo perder o investimento. E os PJs, emendando um projeto no outro, sem férias, vêem cair seu rendimento. A qualidade cai, o cliente perde a confiança e a empresa perde o cliente.


Só é uma pena que a motivação das empresas, pelo que indica a matéria, não seja uma preocupação com a qualidade, nem uma política para retenção de talentos, e muito menos com a satisfação dos clientes. Para alguns:

Está ficando complicado trabalhar com PJs. As empresas estão virando alvo de fiscalizações xiitas.


Politicamente incorreto 2x. Os xiitas não têm nada a ver com o negócio. E lei é LEI! Ou deveria ser. Não importa. O que importa é que algumas empresas já falam em "90% CLT". Enfim!

TI oferece um número de possibilidades muito grande quando falamos de profissões e planejamento de carreira. Apesar de tudo, o horizonte é bonito. Eu aposto muito em especializações, como ponto de partida ou ponto de virada. Oportunamente, no finito, eu falarei um pouco mais sobre algumas especializações possíveis. Aqui, eu vou mesmo é fazer um cadinho de propaganda.

O alinhamento de TI com o negócio é outro dos estranhos e duradouros tabus da nossa área. Colocando d'outra maneira: é difícil explicar - e mais ainda justificar - pq desalinhou. Pior: em muitos casos, nunca houve alinhamento. TI era (ainda é) uma imensa, cara e impenetrável "caixa preta". Daí que o livrinho aí do lado, lançado no último dia 11, vira best-seller fácil fácil. Ainda mais, como bem notou o André Wolff da Tempo Real, copiando a capa d'outro fenômeno editorial: Freakonomics.


.:.

"Antes tarde do que nunca". Esse papo todo sobre alinhamento gerou duas tendências muito fortes e relativamente bem fundamentadas: SOA (Services-Oriented Architectures) e BPM (Business Process Management). Esse papo todo praticamente (re)lança duas (novas) profissões na área: o Analista de Negócios e o Arquiteto Corporativo. O segundo, como os PMs (gerentes de projetos) no final do século passado, ainda sofrerão com um job description amplo demais. IMHO, 4 arquitetos especialistas fazem mais sentido do que um Super-Arquiteto-Aranha. Como eu disse ali em cima, outro dia, no finito, falo mais sobre o mais novo integrante dos X-Men. Tô enrolando, mas aqui eu vou mesmo é fazer um cadinho de propaganda.


No último dia 20, eu apresentei em Sampa o workshop "Formação de Analistas de Negócios", pela Tempo Real Eventos. Foi muito legal - com lotação esgotadíssima e a turma aguentando minha verborragia por mais de 7hs. Nesta página tem outras fotos e, mais importante, alguns depoimentos da turma que participou.

O Analista de Negócios (AN) é uma "especialização" do tradicional analista de sistemas. Seu foco é a análise do problema. Melhor: o correto entendimento do problema. Para tanto, ele deve dominar dois conjuntos de disciplinas: Modelagem de Negócios e Engenharia de Requisitos. O workshop dá uma visão geral de ambas, além de mostrar como o trabalho do AN se encaixa na organização e em projetos para desenvolvimento de sistemas.

Já está programada para o próximo dia 2/ago (quinta) uma 2ª turma do workshop. Leitores do Graffiti e do finito merecem um "mimo": desconto especial* para incrições feitas até o dia 13/jul. Para tanto, basta informar o código promocional: cpvfan.


* Válido só para 20 das 10 1/2 dúzias de leitores. E dá-lhe letrinhas miúdas!! hehe.. sorry.

Segundo minha agendinha, hoje é o "Dia Internacional do Combate às Drogas". Depois de 40 anos de repressão, provavelmente com um custo superior a US$ 1 tri, e de milhares de vidas perdidas, acho que o debate poderia evoluir um cadinho. Não tá dando certo. Mas eu queria aproveitar a data para outro combate. Outras drogas. Afinal, qual dia temos para combater diversas das amolações da vida moderna? Não existe, certo? Então vou propor que o dia 26/jun seja também o "Dia do Diga Não para Outras Drogas". Meus R$ 0,02:

  • Diga não: para o DRM, WGA e todas 'tecnologias' inventadas para limitar seus direitos como consumidor;
  • Diga não: para todas as empresas que não respeitam sua privacidade;
  • Particularmente para aquelas que insistem em se relacionar contigo através de mal estruturados e mal pensados canais terceirizados ou automatizados;
  • Diga não: para as publicações "especializadas" que, no final das contas, são "jabá-driven" - é claro que você conseguirá diferenciá-las;
  • Diga não: para quem não respeita PADRÃO;
  • Diga não: para todas as empresas que acham que "aprisionamento" (lock-in) é uma questão tecnológica;
  • Afinal, diga não: para todo mundo que ainda vive no século XX;
  • Para aquelas empresas de serviços que dizem que você é o maior patrimônio, mas te tratam como uma Pessoa Jurídica;
  • E para tudo que não seja ABERTO e SINCERO contigo.

.:.

Outras drogas apareceram no BlueNoir.

MS Live Parking

25 junho 2007

De carona com o Roberto X: a MS tá construindo em Redmond* o 2º maior estacionamento subterrâneo do mundo ocidental!! Wow!! (Eles realmente provocam o tal "wow effect"). Segundo o Roberto, trata-se de um movimento lógico: a MS é especialista em buracos!! kkk...

Estacionamento para 5k carros. Amazing. Vai ficar mais divertido que aquele labirinto que existe ao lado do Pinheiros. Cabe mais leão faminto também, né Nelsão? hehe..


* Na Exame da quinzena a cidade-sede da MS virou "Redmont". Virou auto-estrada que corta o Mississipi. Blz. Combina com o blues do post anterior, e ainda coloca um rio ao lado do buraco. Se colocarem uma estação para tratamento de esgoto, blz!

Wow! Wow 10x!! "Bring on Windows Seven"! Foi assim que nossa querida Mary "Jo Jo Gunne" Foley encerrou um post sobre o Vista "Installation Hell". Ops.. "installation blues". Dá na mesma:

"Woke up this morning...
The installation haven't finished
My baby has gone...
She said: 'Vista or me'
It's the installation blues
Whatahell!!"

Hehehe...sic..sick..cof...

Papo sério: nem os 'softies', segundo a Jo Jo, estão se dando bem com o processo de upgrade. Um deles, o Andy, até blogou seu "personal hell".

Até aí tudo bem. Mas que povo de pavio mais curto! Que papo é esse de invocar já o Seven? Calma gente. Até 2010, será tudo na base de SP's mesmo. E 'Seven' é conta de mentiroso, pelo menos aqui nas Geraes. Ou conta de bugs pecaminosos... Gula, Ira, Inveja... xi... a empresa da piada pronta já tá antecipando munição. Que bão. Pq a última semana foi meio paradaça... ou eu perdi alguma coisa?

Sumidaço

22 junho 2007

Mil perdões (para as 10 1/2 dúzias de leitores assíduos). 4 dias de sumiço não é algo que se perdoa facilmente. Como já tinha avisado na época em que o Graffiti tinha 4 1/2 dúzias de leitores, quando sumo daqui é porque tô atolado em finito's trampos.

E, desta vez, a maratona foi pesada. E muito compensadora. Vale tanto quanto ouro em Pan. E acabei ficando só 2 dias em Sampa.

Estranho: para quem morou 8 anos lá, parece que engatei um revestrés titânico: não consigo mais me adaptar. Passo mal mesmo. Ok, tô ficando velhaco. Mas acho que não é só isso não. E 25% de umidade relativa do ar, combinado com um workshop de 7 horas... desafio brabo para qualquer fumante incondicional...

Mas tudo bem. Acordei com o cheiro de Minas (hj era erva-doce!). E tudo voltou ao normal...

Tô pronto pra próxima. Aliás, é 2 de agosto!

ps: Vitão - tua pinga ainda chega. Eu prometo!!!

ps: Everybode - há 4 dias não sei o que acontece no mundo de TI. Sei de nada. Aliás, só sei que o Renan tá firme como prego no angu. E que nossos aeroportos seguem normalíssimos... pura sacanagem que só acontece quando temos um espetáculo de crescimento. Dá-lhe viagra e lexotan... ou vice-versa, sei lá. Qq dúvida ou carência de bula, pergunta pro Macaco...

graffiare #425

18 junho 2007

O senhor garante que essa bananada é diet?

Com certeza, madame. Em caso de reclamação, basta acessar o meu site e mandar um email.


- Diálogo entre um rapaz que vendia doces e uma passageira num ônibus no RJ. (No Globo de ontem).



Tem gente que tem tempo. Tempo para fazer a descoberta acima. E tempo para bolar essa 'gracinha': esconder uma mini-foto de três sujeitos no holograma do DVD do Windows Vista Business.

MS: Inovando sempre!

Relaxa e Goza

14 junho 2007

"Relaxa e goza!", disse a nossa ministra do turismo (que não deveria ser sexual). Mas quem foi que teve a idéia de colocar uma sexóloga no ministério do turismo? O mesmo que coloca raposas para cuidar de nossos galinheiros, com certeza.

Mas o papo aqui é sobre a simpática Mary "Jo Jo Gunne" Foley, a colunista que não pisca. Ela teve a infeliz idéia de batizar um post assim: "Leopard looks like... Vista". Pronto! Choveram emails e comentários sugerindo que ela mudasse de carreira. Acho que ofereceram até uma vaguinha em um dos nossos ministérios. Como a dona Marta, hoje ela apareceu dizendo que foi mal interpretada. Como a Marta, disse que sua colocação foi "infeliz". Uai, elas foram mal interpretas ou foram infelizes?

Não importa. É o tipo de declaração que não faz estragos (a não ser no próprio currículo).

Mais importante parece ser a versão do Safari para Windows. Ninguém entendeu. Mas como a blogosfera é campo ultra-fértil para especulações das mais malucas, o fato virou uma das melhores teorias conspiratórias dos últimos tempos: Is Jobs planning a hostile takeover of the Windows desktop?


Script:

  1. Planta o iTunes no campo inimigo (aka Windows);
  2. Adota chips da Intel;
  3. Promove a convivência "pacífica" (BootCamp);
  4. Planta o Safari;
  5. Faz do iPhone um catalisador;
  6. E da Web uma extensão natural;
  7. Faz tudo que roda no OS/X rodar no Windows, e confunda o usuário (onde eu tô?).
Pronto. Assim a Apple realizaria um "hostile takeover"...

Para quem não consegue esperar, a própria ZDNet tem um remedinho: aprenda a usar o Stardock ObjectDock tabajara e transforme seu Windows caidinho num belo SO!




Relaxa e goza! O viés é de alta (de bullshitagens afins)...

Abra-te Césamo!

13 junho 2007

Eu esperava que uma iniciativa legal e promissora como esta viesse de qualquer lugar, menos da Califórnia. Mas não importa d'onde ela veio. Quando começamos?

Para o ensino superior algo já começou: um projeto de lei que, "se aprovado, determinará a criação de repositórios institucionais abertos para divulgação de toda a produção técnico-científica de seus docentes, discentes e pesquisadores."

Gostou da idéia? Então diga que gostou.

Pequeno trecho de uma provocação "profunda" do David Berlind (ZDNet):

For decades, we’ve been taught by the vendor community that we should compartmentalize our business thinking into categories that map well to their categories of solutions. While I’d rather not single out Microsoft, it’s really the classic example. If you need to create and print different kinds of documents (what business doesn’t?), you get something like Microsoft Office. If you want to collaborate with others over those documents (what business doesn’t?), you buy or subscribe to a Sharepoint server. If you need a Web presence (what business doesn’t?), you set up a Web server (or find someone else who will host it for you). Microsoft would prefer this be its Internet Information Services server.

If you’re someone who runs a business, before you know it, you’re managing all sorts of products running on all sorts of operating systems (desktop and server). With weekly security updates, annual service packs, less frequent upgrades, all sorts of crazy showstoppers that turn into mini-sink holes of time and money, vendors will tell you it’s not nearly the management and expense nightmare that it really is, especially if you buy into their management solutions. Yes, so complex are the “on-premises” solutions that you have to buy other management products just to keep the infrastructure from having a heart attack.

Are we incapable of looking in from the outside and asking if there’s a better way?


Junte isso com aquele papo de que 44% das empresas que licenciam grandes volumes de software não sabem direito o que estão comprando...

CIO's 2.0, quando surgirem, farão um belo estrago.

Doutor em Direito

11 junho 2007

Te cuida Law "Lorenço" Lessig. A concorrência aumentou e agora o bicho vai pegar. Mr William Gates III agora é "doutor em direito", diplomado pela Universidade de Harvard! Justo agora que eu tinha falado que um advogado tava sacando mais de tecnologia do que Gates e Jobs...



Mas... peraí. Aquele cara de cartola ali não é o Russo? Aquele palhaço-faz-tudo da Globo? Do Show da Xuxa e do Carderão do Huck? Uai... é diploma ou prêmio do Soletrando?!? hehe...

Ariano Suassuna esteve ontem no programa do Jô. Parte da maratona que comemora seus 80 anos. Serviu também para a Globo divulgar um pouco mais a micro-série "A Pedra do Reino", que estréia no próximo dia 12/jun.

E o que isso tem a ver com o Graffiti? Acontece que Ariano, com toda a sua genialidade, tem uma conflituosa relação com tecnologias. Não gosta de aviões (particularmente do aviso que diz que "o assento é flutuante"), da Disneylândia, e dos computadores. Ele não usa nem máquina de escrever para trabalhar. É na mão mesmo.

Quando perguntado sobre sua relação com os computadores ele contou o seguinte:

Dizem que eu não gosto dos computadores, mas são os computadores que não gostam de mim. Um dia uma moça foi me ajudar com um trabalho e levou um computador. Agora eles têm um recurso que corrige palavras. Então a moça foi digitar meu nome. Meu nome completo é Ariano Vilar Suassuna. "Ariano" passou sem problemas. Aí, quando a moça digitou "Vilar", o computador sugeriu "Vilão". E "Suassuna", talvez pelo número de "esses", virou "Assassino"! "Ariano Vilão Assassino"! É por isso que eu digo, são os computadores que não gostam de mim...


Um picolé de pitanga para quem adivinhar qual editor de textos a moça estava utilizando.

A questão foi colocada d'outra forma, em março. Muita água passou debaixo da ponte desde então. Para surpresa de muitos, a EMI topou vender músicas sem DRM na lojinha iTunes. Com uma pequena taxa de 30%. "A liberdade tem seu preço", diziam.

Estava tudo 'mais ou menos' bom demais para ser verdade. A esmola nem era assim tão grande, mas mesmo os não-mineiros tinham motivos para desconfiar. Como alguém que se acha no direito de plantar "rootkits" em nossos micros, da noite para o dia, resolve promover a liberdade total de seus produtinhos?

Pois é: de novo os consumidores seriam enganados. Conseguiram inventar um tipo bem simples de DRM: gravar o nome do consumidor em cada faixa adquirida. Assim, se aquela faixa aparecer misteriosamente em local escuso (no lombo da eMula, por exemplo), ficaria mais fácil para a gravadora levantar um belo processo.

Apple e EMI querem garantia absoluta de que ninguém vai piratear nada? Então vou dar uma dica: por que não gravam também o número do cartão de crédito do consumidor? hehe...

Coisa de palhaço. Que não vai funcionar. É fácil "cortar" bytes de qualquer tipo de arquivo. MP3 do Raulzito para Apple e EMI: "Tente outra vez!"

Nem Yahoo, nem MSN, Live ou outro "grandão". Quem apareceu para dar um belo cutucão no domínio da Google é o velho Ask (que um dia, se não me engano, foi AskJeeves e tinha um simpático mordomo como símbolo).



Experimentei pouco. Mas gostei muito do que vi.

Welcome!

04 junho 2007

My name is Marc Andreessen. Welcome to my blog.


Pois é. Quem tá vivo sempre aparece. E Marc "Netscape" Andreessen tardou mas não falhou: virou blogueiro também. Com um estilo "tiro curto" (telegráfico) bem legal. Deve ser fã do James "Dália Negra" Ellroy. Copia até o estilo "venenoso":


I am frankly still not sure why anyone would run Vista, at least outside of a Media Center system.

Microsoft Office for the Mac -- oh my god, is it painful.

Someone's been smoking something...

No one is even afraid of Microsoft anymore. They still make a lot of money—so does IBM, for that matter. But they're not dangerous.

- Paul Graham ("Microsoft is Dead")


Para os desenvolvedores:

Quem diria que patentes e leões gerariam piadas? Há três meses rolou uma. Hoje pintou inspiração para outra. Como se eu não tivesse nada pra fazer. Mas, como dizia um velho VP, "SEXta é FODA"[1]. Vamos lá:

.:.


Num futuro não muito distante, tá lá o molequinho na frente do micro. Para desgosto dos pais, ele passa dias e noites ali. Olhos vidrados, bebericando Purple Cow[2], levando seu avatar para passear nos maravilhosos cabarés romenos da Life 3.0. Há três meses tenta encontrar o avatar da Anya, uma garota de programas virtuais que é um remix de Angelina Jolie (boca), Jennifer Connelly (olhos e cérebro) e Camila Pitanga (todo o resto).

Purple Cow, que a massa gosta de chamar de "drink da vacaloca", é uma mistura de café ultraforte com pinga extralight, ambos de Varginha. É exportado para todo o mundo. Ambientalistas reclamam do nome e questionam a fórmula: dizem que tem algumas gotas de "tesão de vaca", um tipo de hormônio usado por veterinários para combater a mansidão bovina. O fato é que basta uma latinha de 250ml para o cara ficar 10 dias ligadão... sem um pingo de sono. Combinação perfeita para a agitada e insone Life 3.0.

João, o molequinho, tá perto de encontrar Anya. Recebeu uma dica valiosa de um cafetão virtual búlgaro: "siga o coelhinho branco". Cansado de escutar "Anya" (um instrumental do Deep Purple), nosso herói coloca uma versão remixada de "Future Days" (Can, 1973) para tocar. "Kraftwerk é para principiantes", ele dizia. Seu avatar, MC Selim [3], é ultracool. Um coelho branco. Seguir o coelho branco.

De repente, sua mãe entra em prantos em seu quarto. João detesta quando entram sem avisar, mas não teve tempo para reclamar. Sua mãe dizia, chorosa: "A polícia federal tá aí na porta, vieram te prender". Ela mal terminou a frase e João já estava devidamente imobilizado pela algema-gargantilha. Totalmente imobilizado, foi levado para o camburão por dois 'polícia'. Só no interior da Fiorino 98 um policial apertou um botãozinho da gargantilha que liberava a fala. João foi logo dizendo: "Pô mano, que foi que eu fiz?"

"Mano é o senhor seu irmão. Aliás, foi ele quem confirmou: o senhor é um usuário de Linux, certo?"

"Linux?!? Eu... não... eu adoro o..."

"Tudo o que você disser será usado contra tu memo, sacô? Seguinte: não sou preconceituoso, compreendo tua pobreza, mas... você tá ferrado mano. Usar o Linux sem o cupom é crime federal e global. Tu tá ferrado mermão". O guarda falou travando novamente a gargantilha. Queria uma viagem tranquila até o DP.

O delegado, no DP tragando um Derby, foi logo dizendo: "Prezado João, pois é, tu tá ferrado mermão. Olha, não sou preconceituoso, fico sensibilizado com sua lamentável situação financeira, mas... tu tá ferrado mano. Linux sem cupom?!? tsc, tsc..."

João: "Mas... cara. Veja bem, foi um deslize. Eu juro, nunca mais vou fazer isso. Se você me liberar agora eu juro que paro na primeira banca e compro uns cupons pré-pagos, de 2 horas... E prometo que vou fazer uma poupancinha pra comprar o Vistoso 4.0... eu quero tá dentro da lei e...". Pfiu... gargantilha travada novamente. João foi atirado numa cela com outros 57 violadores da lei global de patentes de software. No cantinho, ao lado do vaso sanitário, dois piratas jurássicos: usuários do eJumento que ainda baixavam músicas e filmes pela internet. No caso deles será pena de morte, todo mundo sabe. Mas e o João? Qual seria seu julgamento?

Três anos, dez meses e vinte e sete dias depois, João foi levado para a sala de tele-julgamento. Passara esse tempo todo numa prisão de segurança máxima, numa solitária. Sem suas doses regulares de Purple Cow, chegava a dormir por 46 dias sem parar. Olhos marcados por sono e choro, encara o tribunal naquela bela telona de 103 polegadas. Seu advogado, nomeado pelo juiz, tá lá também, ao lado do júri. Fazendo tchauzinho. João estremece e o juiz começa a falar:

"Olha João, tenho outros mil e cinquenta e nove casos para julgar ainda hoje de manhã. Então vou direto ao ponto, ok? Seguinte: não sou preconceituoso e vivo comovido pela lástima situação de vocês miseráveis. Mas Linux sem cupom é o fim da picada, né? O desrespeito pela lei global de patentes de software não tem desculpa não: pena de morte!"

João não pôde se manifestar - a gargantilha travava tudo. Menos o **, que deu aquela apertada. Seu advogado só deu outro tchauzinho, com cara de piedade. João foi imediatamente levado para a arena de execuções.

Maracanã lotado. O cartaz prometia mais de mil execuções naquela tarde, a maioria inspirada nas inspiradas obras do mestre Tarantino [4]. João era o último da fila. E assistia, quase conformado, aquele desfile de atrocidades que passava ao seu lado: pedaços de corpos, espadas ninja cheias de sangue e orelhas, muitas orelhas. Seu personal-carrasco tinha a instrução de ouvir um último pedido e liberou a gargantilha. Mal João começou a chorar e o carrasco disse:

"Olha João, num sô preconceituoso e, como tu, vivo na merda. Mas nem por isso eu vou usar Linux sem cupom, né mané? Tu tá fudido mermo". Encerrou a frase arrastando nosso combalido herói para o meio do campo. No caminho o carrasco tratou de explicar: "Seguinte, esgotamos todo o estoque de Tarantino. Fizemos uma enquete pela Internet e a maioria votou na opção ROMA. Acho que é porque tem que digitar menos. Ou então é sadismo mermo... sei lá... mas eu curto a ROMA porque não sobra muita coisa para limpar no campo..."

João: "ROMA?...". Carrasco: "Pois é... acho que é sardosismo do pessoal. Roma antiga, saca? Aquele lance de leão?"

João é levado para o meio do campo. O carrasco remove a gargantilha (ela deve ser reutilizada) e enterra João numa cova. Só o pescoço e a cabeça ficam para fora. João não sabe se grita ou chora, enquanto vê a multidão da arquibancada gritar: "lê leu... lê leu... usou linux sem cupom e se (pim)". Como o evento está sendo transmitido ao vivo, o sensor de palavrão é ativado no próprio estádio. Toda hora: "pim". Mas a multidão não tava nem aí. E urra de alegria quando vê, saindo do vestiário, um imenso leão.

O leão tem pressa porque este post tá ficando grande demais. E corre em direção da cabecinha do João, com a bocarra aberta. Ele saliva e não pisca. João vê toda a sua Life 3.0 passar em questão de segundos. Se lembra da Anya e deixa cair aquela que deve ser sua última lágrima.

Acontece que o gramado do Maraca já estava em estado deplorável por causa das outras 999 execuções e do show religioso que tinha acontecido na noite anterior. E quando o Leão tentou brecar, deu uma derrapada de um metro. Sua boca passou raspando pela cabecinha do João. Sua genitália ficou colada na boca do João. Nosso herói não pensou duas vezes: tascou-lhe uma mordida não imaginada nem mesmo pelo Tarantino. O leão uivou de dor. E a galera das arquibancadas e das numeradas não se segurou:

"Pô pirata filho da (piimm)... vê se joga limpo!!!"


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  1. Pensou que era sacanagem, né?
  2. Homenagem ao Seth Godin.
  3. Homenagem ao Miles Davis.
  4. Detesto Tarantino.

Pintou aqui no Graffiti, há 3 anos:

É a Liberdade, estúpido!

Se a lógica definida para o mercado de DVD's fosse aplicada aos livros, você não poderia ler em Varginha um livro adquirido em Miami.

Mas a escalada da estupidez parece não ter fim. A MS vem trabalhando (ou seja, despejando milhõe$) em uma iniciativa chamada DRM (Digital Rights Management).

Veja aqui pq:


1. DRM não funciona
2. DRM é ruim para a sociedade
3. DRM é ruim para os negócios
4. DRM é ruim para os artistas
5. DRM será péssimo para a MS
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Quase três anos depois, Bill e Jobs passaram a concordar com os dizeres do (nada cerca) Lorenço Lessig. Deve ser um caso único na nossa história: um advogado mais visionário do que dois papas de tecnologia.