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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
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Sigo acreditando que a iniciativa da Dell será um marco importante na história do Software Livre e do Linux em particular. Pelo esforço que a Dell está dedicando, não restam dúvidas de que ela realmente acredita na viabilidade deste mercado que ela 'redescobre'. Já merece destaque um dos primeiros efeitos colaterais: fabricantes de periféricos estão sendo 'convidados' pela Dell para desenvolver ou melhorar os drivers open source.

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Adrian Kingsley-Hughes, da ZDNet, lista hoje 5 coisinhas "cruciais" que a comunidade Linux não entenderia sobre os "usuários médios". Meus pitacos (em cima da listinha do Adrian):
  1. No geral, os usuários não estão assim tão insatisfeitos com o Windows: realmente. Mas existe alguma pesquisa que diga o nível de insatisfação? Usuários corporativos não têm alternativas: usam o que a empresa fornece. Os usuários caseiros "médios" conhecem (ou podem adquirir) alternativas? Dedico os parênteses para a Apple. E acho que a iniciativa da Dell começa a mexer um pouco nesta questão.

  2. Muitas Distribuições: ou seja, muitas opções. Concordo, elas criam uma certa confusão. O que precisa ser entendido é que elas são necessárias. É mais fácil extrair qualidade de uma grande quantidade. Outra conseqüência positiva da amplitude de ofertas: Concorrência! Boas idéias brotam de vários lugares. Pelo espírito da comunidade, elas são compartilhadas, copiadas, melhoradas. Inovação boa e relativamente barata. Para o usuário médio não existirão mais do que 3 ou 4 alternativas. É questão de maturidade. E o Ubuntu larga com considerável vantagem.

  3. As Pessoas querem garantia de que software e hardware trabalharão bem em conjunto: será que o Adrian acha mesmo que a Comunidade Linux não sabe disso? Será que ele percebe a má vontade de grande parte dos fornecedores de hardware? Bom, de qualquer maneira, o casal Dell+Ubuntu começa a colocar um ponto final nesta questão.

  4. Linhas de Comando - o terrível Terminal: tenho mais de 6 meses de Kubuntu. Vez ou outra, guiado por dicas encontradas em fóruns de discussão, optei pela linha de comandos. Ciente de que, na maioria das vezes, existia uma opção "gráfica". Um usuário médio, tenho certeza, nunca precisará do temido terminal. Faltam melhores livros (que ignorem as linhas de comando) e usuários "helpers" que entendam que essa é realmente uma questão que afasta usuários "médios".

  5. O Linux é muito "geeky": pois é, e nunca deixará de ser. Cada produto tem, de certa forma, a cara do dono, não? Isso deixa de ser problema quando surgem opções como o Ubuntu. Uma opção que não condena outras distros, voltadas para os usuários "acima da média".

Lista meio bobinha, mas ajuda na discussão. O maior problema é que o Adrian não cita aquela que é, IMHO, a principal questão a ser debatida na comunidade: revolucionar a forma como usamos os computadores. Parar de copiar o 'look & feel' de Wins e Macs, e propor novas formas de manuseio. Que sejam incrivelmente mais fáceis e naturais. Seria um estouro.

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