Prefácio
Todo mundo que dá dicas para blogs sempre repete a mesma "lei": os títulos devem indicar claramente o que vem depois!! Haha.. é a "regra" que eu mais gosto de quebrar. Aposto na curiosidade natural dos seres humanos...
Btw, "The Hand that Rocks the Cradle" é mais um filminho daquela tendência da máxima paranóia estadunidense. Ai que saudades dos tempos em que o culpado era o mordomo. Com a tendência (que começou no final dos anos 80), maridos, amantes, sogras, vizinhos... Todo mundo virou bandido em potencial. No filme em questão o perigo é a babá, que é interpretada pela bela, esforçada e sumida Rebecca De Mornay.
Pois bem, a coluna do Roberto X de hoje lembra um pouco os roteiros dos "thrillers paranóicos" de Hollywood. Ele está falando do Google:
The Final Days of Google
Ontem, num longo post, eu falei que o Tom Stewart disse (!) que as máquinas de café e refrigerante são as melhores invenções para promover o gerenciamento e, particularmente, a troca de conhecimentos. Para o Roberto X, serão essas mesmas maquininhas que gerarão a empresa que decretará os últimos dias da Google! Detalhe: essas máquinas malignas estão no campus da Google!! Mais dramático, impossível.
Resumindo o script do Roberto X: com aquela história de "dar" 20% do tempo dos funcionários para eles fazerem o que quiserem, a Google estaria criando monstrinhos. Ela não tem condições de incorporar e servir de babá para todos os projetos que nascem. Nas contas do Roberto X, apenas 10% deles têm alguma chance de ver a luz do sol. Os outros seriam sumariamente ignorados. Acontece, diz o articulista, que entre os 90% de "excluídos" pode ter coisa muito boa. Inclusive uma idéia que, literalmente, detone a Google.
Como os caras (os hiper-super-programadores da Google) se encontram direto, nas maquininhas e nos almoços (que lá são grátis), a chance de um motim ou conspiração seria grande. Faz sentido, mas não creio que o risco seja assim tão grande.
Por enquanto, tudo indica que o processo da Google ainda escala. Ou seja, os caras realmente conseguem avaliar todas as idéias e projetos que brotam nas "horas vagas" de seus funcionários. Mais: a Google compra (alguns falam que por cerca de US$ 10 milhões) as melhores idéias.
Outro problema com o script do Roberto X: ele fala em 4.000 idéias por ano! Acho que este número está grande demais. 400 talvez seja um número mais razoável. Mas, de qualquer maneira, a chance da Google estar servindo de babá para seu Brutus é factível.
A MS correu o mesmo risco. Antes do estouro da bolha ela viveu um incrível "brain drain". Várias cabeças pediram demissão para correr atrás do pode de ouro que estava no final do arco-íris da "nova economia". Não sei se isso prova alguma coisa, mas não conheço uma única empresinha que tenha feito algo relevante. Muitos desses "cérebros" devem estar com um CV pendurado no backlog do RH da MS...
O problema é que nossa área detesta esse papo de "filho pródigo".
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