Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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20 Anos em um post

28 abril 2006

Na próxima segunda, 1º de maio - dia do Trabalho, completo exatamente 20 anos de vida profissional. Eu sei, era feriado, mas eu estava na sede da velha Mecatec (revendedora Olivetti) em Varginha ajudando meu velho a fechar a contabilidade de uma empresa. Joãozinho, ex-Unitron e recém chegado em Vga pra montar a unidade 'Informática' da Mecatec, me convidou para trabalhar com ele. Estágio! Eu mal havia começado o curso de Técnico em Processamento de Dados. E topei na hora, por um salário mínimo por mês.

Estudando, trabalhando e virando dublê de DJ nos finais de semana, mal via o tempo passar. Meu primeiro 'projetão' foi um sistema de contabilidade, que desenvolvi a quatro mãos com o Anderson 'Testa' Pontes em 87. Aposta legal: 30 dias pra entregar o sistema ou nada de grana. Muito boa para a época: 20 salários mínimos. Eu tinha então 1 ano de vida profissional. E o projeto, desenvolvido em dBase II numa máquina Sisco com SO CP/M (8 bits), foi um sucesso.

O tipo de sucesso que pode ser muito danoso para um moleque de 17 anos. Dali caí no primeiro 'empregão': programador júnior na CBC Indústrias Pesadas, uma subsidiária da Mitsubishi. Em Vga e cheia de japas. Tive que aprender como representar um sistema inteiro em apenas uma página A3. Mergulhei na disciplina 'banco de dados' e me apaixonei pelo finado ZIM. Era um fã incondicional de Chris Gane, particularmente do livro "Desenvolvimento Rápido de Sistemas". Outro sucesso mal interpretado que me tornou, aos 18 anos, um moleque-empresário. Abri minha primeira empresa e os primeiros contratos foram com a própria CBC e o Moinho Sul Mineiro. Primeiros e últimos. O 'empresário-sócio-capitalista' tinha pressa.

Idas e vindas, outra empresa falida. O número de fracassos já ultrapassava o número de sucessos. Era hora de estacionar. Mergulhar num projeto realmente grande. Quando meus colegas de trampo e estudos migraram para Sampa, Rio e BH eu fui pra Mutuca. Elói Mendes, 15km de Vga. 15k habitantes. Um sonho. E um sonho de projeto. Fiquei lá por três anos fazendo de tudo. Modelando, programando, testando, instalando redes e negociando com fornecedores. Meus gerentes de então, Gabriel Meirelles e Oscar Porto, especializadíssimos em LEITE, me ensinaram mais que muitos especialistas em TI e projetos. A Cooperativa Regional do Sul de Minas tinha o primeiro PowerPC instalado de Minas. Um dos 5 primeiros do Brasil. Os outros estavam na Petrobras. Legado em COBOL, sistema novo em ZIM. URV's, Plano Real e uma empresa que tinha, além da captação e distribuição de leite, postos de gasolina, supermercados e revendas de produtos agropecuários. Desnecessário dizer que é o projeto do qual mais me orgulho, até hoje.

Pouco depois fiz, quase brincando e apoiado por um cara que hoje é piloto da TAM(!), o grande Ricardinho Pereira, um projeto para a Livraria do Estudante. Tá no ar até hoje. E foi meu último trabalho de programação. Em VB4+Access!!! Nussa...

Mas o mundo não pára. Manutenção e operação não são comigo. E a vida me empurrou para Sampa. Cheguei lá em 98, com uma cara de pau e meia dúzia de livros. Primeiro tiro e lá estou em Mauá/Sto André, na Pirelli Cabos. Conheci ali meu primeiro 'bro' de Sampa: Fábio 'Towerson' Torres. Peça rara. Projetinho besta. Duas ricocheteadas e a Brás & Figueiredo pintou na minha frente, quando eu já ameaçava um retorno pra Minas. Todos que trabalharam lá nesta época são unânimes: foi uma experiência inigualável. Em todos os aspectos. Mas principalmente nos bons. A turma era boa demais. E, correndo o risco de cometer injustiças, preciso listar a parte mais próxima: Luis Felipe 'Brotas' Braga; Nelson 'assim não dá' Ponce de Leon; Fábio 'mengo' Pan; Patty Carneiro; Simone Souza; Márcio Ciamponi; Carlos Caselli; Priscila Tarsitano; Luiz 'dá?' Gimenez; Victor 'Vitão' Zamora; Alexandre 'compostela' Calderaro; Marcelo Azuma; Marcelo 'Toko' Tokunaga; Claudinha Nogueira; Washington 'Baiano'; Alberto Grossman; Luiz Renato 'escalada esportiva' de Souza; Marcelino 'TinTin' Bersch; Alejandro 'astrólogo' Gonzales; Fernando 'papão' Branco; Hamilton 'Mr Bean' Dias; Hamilton 'extreme' Veríssimo; Luis Felipe Albuquerque; Ricardo Mendes; Gilberto Gaigalas; Antonio Carlos 'Carlão' de Jesus; Wandelkolk 'Wander?' Tinoco; Dante Melo; Marcelo 'r.augusta' Levantesi; Marcelo 'vou tb' Felinto; Letícia 'Itanhandu'; Alex 'alexo' Oliveira; Carlos 'Boca' Teixeira; Rogério 'esse ano vai' Mavali; Gustavo Bilinski; Zé Antonio 'blur' das Neves; Luis 'Pastor' Albero; Pedro 'sinissstro' Luna; Sérgio 'bodyguard' Flor; 'japo'Neusa; Luis Fernando 'Hagar'; Célia; as irmãs Norte; Graziella; Simone Silva; Suzi; Quel; Angela; Débora; Eurico Brás; 'seu' Cido e Leda Figueiredo. Éramos umas 300 pessoas. O ambiente externo, com a febre 'web' e uma certa 'exuberância irracional', era quentíssimo. O interno, com as tradicionais guerras de egos e conflitos de visão, era mais quente ainda. Outra comprovação da "síndrome de Galois", que segundo Domenico de Masi é uma "situação de febril operosidade criativa". Quem soube tirar proveito daquele momento aprendeu muita coisa.

Entrei no novo século ingressando na D2P, que depois assumiria o nome da empresa-mãe: Cimcorp. Fui contratado por Roberto Marinelli Jr para 'montar' uma nova empresa. Ou seja, era uma nova chance de começar algo praticamente do zero. Foram poucos e bons projetos em 4 anos de relacionamento. Melhor foi todo o barulho que fizemos, em concorrências, reuniões internas e bares. Levei alguns colegas de B&F para a empreitada. E tive a chance de conhecer mais gente muito boa. Lá vou eu de novo: Flávio 'Crispa' Crispim; Gabriel 'tosco' Ribeiro; Edson 'vovô' Prexedes; Adilson 'diver down' Somensari; Marcelo 'mer-mão' Valente; Jonas 'crânio' Fagundes; Ariane Garé; Tatty Godoy; Ronan Cunali; Ricardo 'bambi' Apud; Sérgio 'serginho' Leonel; Roberto 'chico beto' Sousa; Nelson 'Sr Ioshi' Shimada; Celso 'Delegado'; Joeldson; Luis Fernando Geballi; Jorge Tanaka; Adriano; Daniel 'bilu' Santos; Sérgio Fonte; Gisella Magni; Lívia Penna; Geraldo Matta Machado; Walter Fasterra; Rogério 'campanha' Dias; Chico 'Chiconho'; Gabriel Guimarães; Pedro 'silvio luiz' Dutra; Allan 'estag' Dutra; 'seu' Adalberto; Antonio Limongi; Zé Roberto 'bauru'; João 'Stank'; Yuri Saukas; Antonio Fonte e Tadeu Fucci. Minha última fase como 'empregado' foi meu recorde: 4 anos na mesma empresa. Outra experiência inesquecível.

Tanto quanto aquelas dos idos de 86, quando Zacharias 'Zacha' Alvim, Cristiano 'Payce' Salve, Anderson 'Testa' Pontes e eu nos reuníamos, após as aulas, para debater o 'futuro da informática'.

Eu sigo, aqui e nos encontros, tentando projetar e adivinhar 'futuros'. Acho que essa mania não tem cura. Mas não é ruim. E essa breve olhada no retrovisor também foi divertida. Talvez eu me anime a contar aqui algumas boas histórias (sendo mais discreto, obviamente) dessas duas décadas de trampo. É bom lembrar, "observar com perspectiva histórica" como diria o Braga. De ruim mesmo só aquela pontinha de saudades que bateu. Não do 'momento' ou dos projetos, mas daquele tanto de gente boa que pintou nesse longo caminho.

Hehe.. não vejo a hora de começar os próximos 20 anos! Até terça!
Bom feriado para todos.


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Em janeiro de 2005, explicando minha 'lógica da frigideira', escrevi o seguinte:

... "além do Flash, qual o outro plug-in mais utilizado em nossos browsers? ACROBAT, da Adobe. Cresceu tanto que arrisca ser plataforma de workflow!?!? Bom. O portfolio da Adobe será disputado por MS e Apple. Pra firma do Bill será um pesadelo ver a Adobe indo parar na boca do Jobs (ainda mais se a estratégia pra tomar o mundo dos desktops virar realidade). Acho que a MS leva. Bem caro!"

Só não atentei para um imenso detalhe: dado o interminável inferno astral da MS, seria muito pouco provável que a cambada 'anti-monopólio' aprovasse tal aquisição. Já a compra da Adobe (que papou a Macromedia) pela Apple não teria grandes problemas. E seria muito bem recebida pelo mercado.

Pois bem, estamos em abril de 2006. Em sua coluna de hoje Roberto X escreveu o seguinte:

"But finding an alternative to Microsoft Office won't fully solve Apple's application vulnerability. That's because for its core media and graphics markets Apple is as dependent on Adobe as it is Microsoft for the general office market. And now that Adobe owns Macromedia, Apple is even more vulnerable.

Adobe has already made one feint away from Mac development that required personal pressure from Steve Jobs on John Warnock to reverse. If Apple kinda-sorta embraces Windows enough for Adobe to question whether continued development for the native OS X platform is still warranted, well, then Apple WILL just become another Dell, which isn't what Steve Jobs wants.

Steve wants Windows applications to run like crazy on his hybrid platform but to look like crap. In his heart of hearts, he'd still like to beat Microsoft on the merits, not just by leveraging some clever loophole. So he needs the top ISVs who are currently writing for OS X to continue writing for OS X, and that especially means Adobe.

There's only one way to make that happen for sure, and that's for Apple to buy Adobe."





* "Uma Pulga na Balança" é um dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos. Foi produzido em 1953, pela Vera Cruz. Tem uma trama inteligente e bem costurada. E tem Paulo Autran em início de carreira. Se vc der a sorte de achá-lo em uma boa locadora (que não é a Blockbuster - o nome diz tudo), alugue-o. Diversão garantida.


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Requisitos mínimos para rodar o IE7:



MS: ops.. desculpa aí! Fizemos o 'cut&paste' dos reqs do IE6.

Comentário de um leitor da ZDNet:

"I wonder how many other errors were cut & pasted from IE6 to IE7……"


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O John "Lockness" Dvorak é realmente uma figura ímpar. Em fevereiro do ano passado ele estava ensinando o BillU Gates a matar o Linux. Agora, na festança de 20 anos da Info, ele "destaca a ascensão dos programas de código aberto, associados à sigla LAMP – ou seja, Linux, Apache, MySQL e PHP." Disse que, "obviamente, o Windows XP é mais robusto que o Windows 95, mas isso mostra apenas um aperfeiçoamento". John "Pallofi" Dvorak dá claros sinais de desânimo. Pode não ser uma aposentadoria completa, mas o cargo de jardineiro fiel de Redmond ele não ocupa mais.

Que pena...


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"O bom julgamento resulta da experiência e a experiência resulta do julgamento errado."

- Walter Wriston (ex-presidente do Citybank)



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Uma pequena dúvida

27 abril 2006

Se a MS não fosse um anunciante 'permanente', ainda assim eles publicariam um artigo chamado "Internet Explorer 6: Simples e Eficiente"?





Surrupiado daqui.



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Btw, a campanha "Kill Bill's Browser" é pesada como o filme do Tarantino. Só que mais inteligente e engraçada. Saca só os 13 motivos para vc migrar para o Firefox:


1. Você só vai ver pornografia quando realmente quiser.

Cansado de ver pop-us de pornografia por todo o monitor enquanto está tentando ajudar sua filha a fazer um trabalho de escola? Já que o Firefox bloqueia pop-ups, você não irá mais receber toneladas de pornografia na cara quando menos espera. Por outro lado, já que o Firefox previne que spywares controlem seu computador, não haverá nada pra deixá-lo lento quando você for procurar por pornografia.

2. Seus filhos só vão ver pornografia quando eles realmente quiserem.

Desculpe, amigão... mas não tem muita diferença.

3. Seu computador não vai mais gastar seu tempo livre falando ao mundo sobre pílulas de Viagra.

Peritos dizem que 80% do spam vem de PCs hackeados. Firefox tem uma segurança muito melhor, então seu computador será menos hackeado.Faça pelas crianças, as crianças! (ps: reduzindo spam de Viagra também irá reduzir o número de crianças no mundo.)

4. Mozilla não infla os preços e usa o dinheiro para vacinar crianças na África.

Hmm... Espera aí. Talvez o monopólio da Microsoft não tenha sido de todo mal. Melhor doar para a Santa Casa. Sério, você deveria fazer isso também.

5. Se soubéssemos que os web designers se suicidariam, nós não teríamos colocado a ponte Golden Gate tão perto do Vale do Silício.

Todos os anos, centenas de web designers tiram suas próprias vidas para não ter que continuar a árdua tarefa de fazer seus sites compatíveis com o IE. É isso o que você quer?? Web designers mortos????? Pois é isso o que está fazendo!!!!!! Você acha que eu ligo pra você?????????

6. Continue forçando a vista e seus olhos vão explodir, idiota!

Ao contrário do IE, Firefox torna muito mais fácil deixar o texto maior. Apenas clique em CTRL e "+" ao mesmo tempo. E CTRL e "-" faz ele ficar menor.

7. Isso vai deixar o Bill Gates tãããão possesso.

Sério-- super, super possesso. E ainda mais que o Bill, vamos pensar no Steve "eu vou matar a porra do Google" Ballmer por um minuto (citação verídica). Se há alguém no mundo que irá ficar completamente puto quando vir este sire, esse alguém é ele. (prova em vídeo de Steve Ballmer indo à loucura, pobre suado homem.)

8. Mozilla nunca fez um clip falante.


9. Ritalin é divertido, mas A.D.D. não é.

Com navegação por abas, bloqueio de propaganda e pop-up fica muito mais fácil manter-se concentrado. Melhor para os epiléticos também: com o bloqueador de propagandas do Firefox, não vai ter mais daqueles grandes, piscantes e coloridos anúncios pulsantes nos websites que você visita. Nada pior do que aqueles anúncios "Teste seu QI!".

10. É como trocar uma namorada de 14 anos por uma de 18.

...pra um cara de 16 anos, quer dizer. Sabe como é, benefício mútuo.

11. Reduza sua carga horária semanal de suporte técnico a amigos e parentes para apenas 8 horas.

Você vai parar de ouvir:

"Eu verifiquei meu número de cartão de crédito porque o computador disse que tinha spyware, mas agora não consigo enviar e-mails..."

"Querido, achei um novo parceiro de negócios na Nigéria, mas não posso enviar nossa conta bancária, porque a internet está quebrada...."

"O Serviço Secreto ligou esta manhã e disse que o nosso computador enviou 20 mil e-mails escatológicos para o presidente..."

12. Mais eficaz do que jogar torta na cara.

Mudar para Firefox funciona mais do que jogar tortas na cara do Bill Gates. As tortas só deixam ele mais determinado ainda, mas Firefox rouba o mojo dele.

13. Porque no Departamento de Justiça dos EUA só tem cagão..

Eles gastaram anos e anos no processo anti-truste contra a Microsoft e não fizeram absolutamente nada pra reduzir o monopólio da mesma. Ótimo trabalho, pessoal. É hora de fazer justiça com as próprias mãos.




Primeiro foi o Paul Thurrott, do 'SuperSite for Windows', esgoelando: "Shame on you MS!". Agora até o John "Agripino Maia" Dvorak, velho jardineiro fiel de Redmond, arrisca umas críticas ao império do BillU. Saca só:

"I think it can now be safely said, in hindsight, that Microsoft's entry into the browser business and its subsequent linking of the browser into the Windows operating system looks to be the worst decision—and perhaps the biggest, most costly gaffe—the company ever made. I call it the Great Microsoft Blunder."

"All of Microsoft's Internet-era public-relations and legal problems (in some way or another) stem from Internet Explorer. If you were to put together a comprehensive profit-and-loss statement for IE, there would be a zero in the profits column and billions in the losses column—billions.
The joke of it is that Microsoft is still working on this dead albatross and is apparently ready to roll out a new version, since most of the smart money has been fleeing to Firefox or Opera. This means new rounds of patches and lost money."

"So what can Microsoft do about its dilemma? First, it needs to face the fact that this entire preoccupation with the browser business is bad for the company and bad for the user. Microsoft should pull the browser out of the OS and discontinue all IE development immediately. It should then bless the Mozilla.org folks with a cash endowment and take an investment stake in Opera, to influence the future direction of browser technology from the outside in. Then, Microsoft can worry about security issues that are OS-only in nature, rather than problems compounded by Internet Explorer."


Três breves comentários:

1. Como o próprio John "brilho_eterno_de_uma_mente_sem_lembranças" Dvorak reconhece, a MS nunca aceitará sua sugestão. Questão de orgulho. E de uma inacreditável mansidão dos acionistas, parceiros, colaboradores e afin$. O projeto IE continuará, para felicidade dos construtores de vírus e de armadilhas virtuais. Btw, acabaram de descobrir uma nova falha 'muito crítica'. Tsc, q novidade...

2. Parece que o John "i'm_only_dancing" Dvorak leu a coluna do Thurrott. Colou uma idéia e cometeu o mesmo erro. O pobre IE não pode ser culpado por todos os problemas do Windows. Nem sua (ilegal) amarração ao SO. O buraco é mais embaixo, e costumava responder pelo nome de COM (aka OLE, aka ActiveX, aka etc).

3. Quem mora nos EUA tá vendo a seguinte propaganda na página principal do Google:



Mas há uma campanha ainda mais agressiva: "Explorer Destroyer". Os caras estão pagando US$1 para cada novo usuário indicado!! Hehe.. deixei de ganhar umas cem doletas..

Comentário do John Battelle sobre a iniciativa do Google/Firefox:

"Up at Microsoft, they're probably ordering new chairs for Ballmer's office... "





O grande John "Sancho Pança" Dvorak tá em Sampa, pra festinha de aniversário daquela revistinha. Só uma revista que publica "O Guia DEFINITIVO do Software" pode ter um colunista como o John, não é mesmo?


"Uma estranha loucura se apossa da classe operária das nações em que a civilização capitalista é dominante... Essa loucura é o amor ao trabalho."

- Paul Lafargue


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Notícia pela Metade

25 abril 2006

No último 7 de março pintou a seguinte manchete no Blogcritics:

"McNealy Resigns, Google Buys Sun Microsystems?"

Agora só falta a outra metade da notícia. Que já mereceu piadinhas por aqui. Só que na piadinha o Schwartz chora. Será que ele tá sorrindo com a nova função de ban-ban-ban da Sun? Na minha opinião, tá com cara de técnico interino do verdinho.. que, com um sorriso amarelo, ouve o McNeally (Leão) repetir: "Tem culpa eu?"


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"O Papalagi (homem branco) está sempre descontente com o seu tempo e se lamenta com o Grande Espírito porque não lhe deu o bastante... Nunca entendi bem essa coisa e penso mesmo que se trate de uma grave doença. 'O tempo me escapa!', 'O tempo corre como um potro enlouquecido!', 'Me dê um pouco de tempo!'. Estas são as queixas mais habituais que fazem os homens brancos... Eu afirmo que deve ser uma estranha espécie de doença; porque, mesmo supondo que o homem branco tenha vontade de fazer uma coisa, que o seu coração deseje de verdade, por exemplo, que queira andar ao sol, ou passear no rio com uma canoa, e queira amar sua menina, assim estraga toda a alegria, atormentando-se com o pensamento: 'Não tenho tempo de estar contente.' O tempo está ali, com toda a boa vontade, e ele não o vê. Fala de mil coisas que tomam todo o tempo dele, fica amuado e lamentoso no seu trabalho, que não tem vontade nenhuma de fazer, que não lhe dá alegria e para o qual ninguém o obriga, a não ser ele mesmo... Há Papalagi que afirmam nunca ter tempo. Correm em volta como desesperados, como possuídos pelo demônio, e onde quer que cheguem fazem o mal e provocam mal-estar e criam espanto porque perderam o seu tempo."

- Tuiavii de Tiavea (chefe indígena das ilhas Samoa, início do século XX)



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Não há nada como a perspectiva histórica, já dizia o Braga. Escrevi a parte I desta 'série', há uma semana, numa tacada só. Hoje, relendo aquele imenso post, confesso que fiquei um tanto perdido. Até o título perdeu um pouco do sentido. Afinal, eu só queria dar uns palpites sobre como e onde pode nascer um 'Google Tupiniquim'. Mas ando obcecado pelo tema 'exportação de software'. Joguei tudo na mesma cumbuca e acabei caindo na arapuca do exagero. Há muito a ser escrito sobre o(s) tema(s). Tentarei hoje (e, de novo, numa tacada só) encerrar a parte 'coletiva' do problema. Para depois, na 3a e última parte, falar especificamente de estruturas e processos que favorecem a Inovação e a Criatividade.




Encerrei a primeira parte dizendo que "precisamos renovar urgentemente nosso portfólio de soluções. E, para tanto, não basta apenas descobrir/inventar um 'Google tupiniquim'. Precisamos de mais, muito mais. Mas como empresas e entidades autônomas e separadas (física e virtualmente) podem construir uma 'identidade'? Compartilhando alguns princípios e objetivos. Em um cenário ideal, compartilham também alguns recursos e esforços."

Oras, nossos SOFTEX e BRASSCOM não existem exatamente para isso? De certa forma, sim. Mas parece que a carroça tá lá na frente enquanto os bois, com sua incurável mansidão, pastam aqui atrás. Nem vou falar dos sacanas vínculos empregatícios, da falta de representatividade da classe e do sofrível nível da maior parte de nossas instituições de ensino. Vamos fazer de conta, como querem alguns colegas, que é uma questão de tempo para um tal 'mercado' sanar nossas estúpidas mazelas. Mas, mesmo tirando isso tudo, a carroça segue lá na frente. E querendo acelerar. Como já dizia o poeta, para baixo (e com subsídios), todo santo ajuda. Mas e quando chegar o próximo morro? O que será da carroça?


Identidade - O Boi da Cara Preta

Podemos resumir nossos esforços nos últimos 10 anos em 3 frases (fases):

  • Vamos VENDER
  • Vamos nos QUALIFICAR
  • Vamos VENDER
A frase do meio só pintou na história pq é uma exigência do mercado global de serviços. Assim, com mais de uma década de atraso, a sigla CMM aportou em Pindorama. Acabei de recuperar um artigo que publiquei na DevMag de fev/99, falando sobre o tema: "A indústria de hardware não teve muita chance quando soou o gongo do fim da reserva de mercado. Sua co-irmã na área de sistemas tem alguns rounds a mais, desde que comece a brigar. E não vamos confundir briga com blefe". De certa forma nós começamos a brigar. Incentivados (empurrados) pela Índia e pelo medo de ter o mesmo fim das Prológicas, Digiredes e Unitrons da vida.

De resto, "vender" e "vender". Vender o quê?

Quando olhamos especificamente para a área de serviços nos deparamos com algumas verdades irrefutáveis (numa comparação com Índia, China e outros felinos asiáticos):

  1. Perdemos na capacidade de escala;
  2. Perdemos no preço;
  3. Perdemos no 'domínio' da língua;
  4. Perdemos na qualidade dos profissionais.
Como só vale a pena atacar ativamente o 4º item da lista, concluímos que teremos que nos contentar com a carne de pescoço, orelhas e pés. Como somos craques em feijoadas, não há de ser assim tão ruim. Para não parecer tão ruim basta parar de colocar umas metas pra lá de ridículas que tudo bem. Aos teimosos: esqueçam 'call-centers' e afins. Se querem insistir, que tal uma olhadela nas demandas de BPO dos bancos e seguradoras transnacionais? Talvez ali sobre alguma peça de picanha, um filezinho.

Mas eu quero mesmo é falar de PRODUTOS!

A turma já deve tá meio cansada de ver urnas e nossa maravilhosa tecnologia bancária. Falamos de exportação de software e vivemos querendo empurrar uns 'ferros' no pacote. Deriva daquele mind-set dos pioneiros nos anos 80: "compra o micro e leva um maravilhoso sisteminha de contabilidade inteiramente grátis!". Céus...

As urnas são um ovo de Colombo. Só. Quem conhece minimamente o interior de nossos bancos, aquela salada de aplicações mal integradas, sabe que não tem muita coisa ali que mereça posição de destaque numa vitrine. Outro poeta: "mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira".

Se a gente tivesse a humildade de aceitar que nosso portfólio de produtos é muito fraquinho já seria um grande passo. A última coisa de que precisamos é daquele tanto de 'galvão bueno' da nossa 'imprensa especializada' que vive vendo beleza, empreendorismo e avanços onde eles não existem. Acho que acabei de ser meio injusto com o Galvão.




Break: Céus.. é impossível ser construtivo qdo bate um espírito de Mainardi, digo, de porco. Ops.. acabei de cometer uma injustiça com os suínos.

Melhor parar por aqui. Quem sabe semana que vem pinta inspiração pra falar do boi da cara preta. Sem cometer mais injustiças.




"Somewhere, something incredible is waiting to be known."
- Carl Sagan



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Lá vem o Roberto X de novo:

"XP is strangely compelling on Apple hardware, primarily because most users will already have XP licenses they can transfer and applications they not only own but are familiar with as well. Many people might argue, too, that OS X 10.4 (or 10.5) has many features slated to be coming in Vista, so running XP atop 10.4 could be as good or better than moving to Vista at all.

Now for the interesting part: I believe that Apple will offer Windows Vista as an option for those big customers who demand it, but I also believe that Apple will offer in OS X 10.5 the ability to run native Windows XP applications with no copy of XP installed on the machine at all. This will be accomplished not by using compatibility middleware like Wine, but rather by Apple implementing the Windows API directly in OS X 10.5.

Huh?"

Huh! Ufs:

"A souped-up OS X kernel with native Windows API support and the prospect of mixing and matching Windows and Mac applications would be, for many users, the best of both worlds. There would be no copy of Windows XP to buy, no large overhead of emulation or compatibility middleware, no chance for Microsoft to accidentally screw things up, substantially better security, and no need to even take a chance on Windows Vista."


Se for verdade o Steve Jobs pode ser considerado um dos maiores estrategistas da história da humanidade. E um dos maiores fdp tbém...rs...


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Espaço Publicitário:

Acabei de liberar na seção 'Artigos e Palestras' do finito o arquivo PDF com a compilação final do artigo "De Brooks a Berkun". Tentei dar uma caprichadinha no visual e acabei gerando um arquivo com 60 páginas! Mas a leitura é rápida, eu garanto. E um pouco mais confortável que aquela proporcionada pelo blog (para algo tão extenso).

Ainda estou decidindo se o artigo vira uma palestra ou uma série de palestras que trataria individualmente os 5 temas que abordei:

  • Cronogramas, Estimativas e Bolas de Cristal
  • Como montar times e influenciar projetos
  • Arquitetura de Soluções (Castelos de Areia...)
  • Mudanças (...e a Inevitabilidade das Marés)
  • Processos, Metodologias e Receitas Culinárias
O gancho é muito bom. Careço de incentivo e cobaias, se é q me entendem.


"Shame on you, Microsoft. Shame on you, but not just for not doing better. We expect you to copy Apple, just as Apple (and Linux) in its turn copies you. But we do not and should not expect to be promised the world, only to be given a warmed over copy of Mac OS X Tiger in return. Windows Vista is a disappointment. There is no way to sugarcoat that very real truth."

- Paul Thurrott (do SuperSite for Windows)



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Paul Thurrott e seu 'SuperSite for Windows' sempre foram bem "chapa branca". Ele adora a MS e tem vários amigos lá dentro. Mas ele é bem diferente do John 'José Mentor' Dvorak, que tenta parecer um analista imparcial. Os artigos do Paul sempre são mais sérios e bem fundamentados. Por isso que sua última análise do Windows Vista cai como uma bomba. Surrupiei alguns pequenos trechos. Reparem, ele não fala exclusivamente do projeto. Aponta também alguns problemas que teriam transformado a MS em tudo que ela mais detesta: a IBM. Saca só:

"Since the euphoria of PDC 2003, Microsoft's handling of Windows Vista has been abysmal. Promises have been made and dismissed, again and again. Features have come and gone. Heck, the entire project was literally restarted from scratch after it became obvious that the initial code base was a teetering, technological house of cards. Windows Vista, in other words, has been an utter disaster. And it's not even out yet. What the heck went wrong?"

"It (illegally, as it turns out) artificially bundled its immature Internet Explorer (IE) Web browser so deeply into Windows in order to harm Netscape that it's still paying the price for the decision--a full decade later--in the form of regular critical security flaws that have taken away time from developers that might have otherwise been spent innovating new features. The company itself has turned into that thing it most hated (read: IBM), an endlessly complex hierarchy of semi-autonomous middle managers and vice presidents of various levels and titles, many of whom can't seem to make even the smallest of decisions. The company is too big and too slow to ship updates to its biggest products. It's collapsing under its own weight."

"This is the Microsoft that ran roughshod over competitors in order to gain market share at any cost. The Microsoft that forgot about customers in its blind zeal to harm competitors. The Microsoft, that frankly, all the Linux and Apple fanatics always imagined was out there, plotting and planning their termination. The Microsoft that threatens Windows fans with needless legal threats rather than reaching out and creating constructive relationships with the very people who prop up the company the most."

"When Bill Gates revealed in mid-2003 that he was returning to his roots, so to speak, and spending half of his time on what was then still called Longhorn, we should have seen the warning signs. Sadly, Gates, too, is part of the Bad Microsoft, a vestige of the past who should have had the class to either formally step down from the company or at least play just an honorary role, not step up his involvement and get his hands dirty with the next Windows version. If blame is to be assessed, we must start with Gates. He has guided--or, through lack of leadership--failed to guide the development of Microsoft's most prized asset. He has driven it into the ground."

"Promises were made. Excitement was generated. None of it, as it turns out, was worth a damn. From a technical standpoint, the version of Windows Vista we will receive is a sad shell of its former self, a shadow. One might still call it a major Windows release. I will, for various reasons. The kernel was rewritten. The graphics subsystem is substantially improved, if a little obviously modeled after that in Mac OS X. Heck, half of the features of Windows Vista seem to have been lifted from Apple's marketing materials.

Shame on you, Microsoft. Shame on you, but not just for not doing better. We expect you to copy Apple, just as Apple (and Linux) in its turn copies you. But we do not and should not expect to be promised the world, only to be given a warmed over copy of Mac OS X Tiger in return. Windows Vista is a disappointment. There is no way to sugarcoat that very real truth."


No final das contas, surpreendente mesmo será o eventual sucesso comercial do mais caótico projeto de software da história depois do primeiro SAGE.



Semana passada eu falei da quase-Ambev dos ERPs, a Totvs, logo após a digestão da RM Sistemas. O movimento de consolidação, tanto em Pindorama quanto lá fora, é inevitável. Quem ganha e quem perde com isso? Segundo a Strategy+Business, publicação da Booz|Allen|Hamilton, são os clientes. No curto prazo. Saca só:

"Looking solely at the economics, software buyers will be the short-term losers from this merger activity. With fewer companies vying for sales, the industry’s traditional 80 percent discounts, which large companies can count on for volume purchases, will be a thing of the past. More commonplace will be 50 percent off list price."

Claro, eles estão falando de um mercado que hoje está limitado a duas opções: SAP e Oracle. Mas a lógica se aplica aqui também. Hoje praticamente só sobraram a Totvs* e a Datasul. Empresas que tradicionalmente atendem o mercado PME. O topo da pirâmide do mercado tupiniquim, formado principalmente por empresas globais, cai no duelo que rola lá fora: SAP ou Oracle?

Mas o artigo da S+B, "The Coming Software Shakeup", mostra que os movimentos atuais podem marcar o início de uma fase de maiores e mais profundas transformações. Mais um trechinho:

"In reevaluating their costs and seeking alternatives, CIOs will also explore ways to overcome the growing complexity of their legacy systems. By reducing complexity in application portfolios — that is, by eliminating redundant programs and refocusing data acquisition activities specifically on information needed to enhance competitiveness — these executives can rein in maintenance costs and increase the amount spent on new development. Many CIOs will demand architectural flexibility from their enterprise software providers to minimize the expense of adding and decommissioning applications.

This search for simpler solutions and greater adaptability will feed into another noteworthy change in the enterprise software industry — something we call “data-centricity,” which will transform the CIO from a manager of data into a provider of critical information to the business. For example, as software is stripped down, data takes on even greater value as it, not the application, points the way to the next innovation. The software suites, ERP systems, and business process programs are excellent at managing, manipulating, storing, and moving data, but they are not equipped to produce the insights required to outdo the competition in the day-to-day work activities of a data-centric organization. CEOs are demanding data that gives them an end-to-end view of the enterprise — that is, data integrated from multiple, fragmented sources.

In response to this demand, as smaller software companies are swallowed up by larger ones, and as top-tier applications migrate into content-rich information systems, the most innovative survivors will develop new industry-specific niche programs that analyze and transform data in real time so that it can be acted upon."


Devo explorar um pouquinho mais da deixa na série "Um Google Tupiniquim". A 2ª parte será publicada entre hoje e amanhã.




* A 'holding do Cosentino' já anunciou que as empresas digeridas manterão uma certa autonomia. A manutenção de sabores (marcas) foi uma estratégica correta (e lógica) da Ambev. Mas não creio que funcione para a Totvs. Cria mais confusão do que solução. Um chute: acho que em 80% da atual base de clientes um dia tomou uma decisão: Microsiga ou RM; Microsiga ou Logocenter; RM ou Logocenter? Como eu já disse anteriormente, os produtos se equivalem. Nada justifica a manunteção de um cardápio de variações de um mesmo tema. Churrascaria é churrascaria, ponto.

A unificação dos sabores em uma mesma plataforma e uma única marca parece ser o caminho mais lógico. Haveria uma incrível redução nos custos de desenvolvimento. O marketing fica mais agudo. Pq a Ambev optou por levar só a Brahma para o mercado lá de fora? A lógica é a mesma.

Seguinte: a tal unificação será um trabalho hercúleo. Quem conhece minimamente as aplicações em questão sabe do que estou falando. Trata-se de uma oportunidade única para disparar o maior projeto da vida da Microsiga: REESCREVER TUDO!

O atalho da 'manutenção da autonomia das empresas digeridas' é convidativo. Mas, como dizia Henry Miller:

"Nesses tempos, em que acredita-se na existência de atalhos para tudo, a grande lição a ser aprendida é que o caminho mais difícil é, no longo prazo, o mais fácil."


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graffiare #278

18 abril 2006



Surrupiado daqui.


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ou

"Mudando a dieta de Larry 'SuperSizeMe' Ellison"


Série não programada. Abalos I e II foram genéricos e as especulações ficaram na superfície. Agora o estrago e respectivas consequências começam a ficar mais nítidas. Saca só um trecho d'um artigo surrupiado do IDG Now!:

"A Oracle está estudando a possibilidade de lançar sua própria distribuição Linux ou pode comprar uma das duas empresas que dominam o mercado Linux hoje – Novell e Red Hat –, disse o chief executive officer (CEO) da companhia, Larry Ellison ao jornal econômico Financial Times.

Em entrevista ao veículo, Ellison afirmou que a Oracle quer vender um pacote completo com sistema operacional e aplicações – como o Windows, da Microsoft. O CEO afirmou que faz muito sentido para a Oracle distribuir e dar suporte ao Linux.

Como parte de um recente estudo do mercado de código aberto, Ellison revelou que a Oracle considerou comprar a Novell, que é a maior distribuidora de Linux depois da Red Hat.

Segundo o Financial Times, o CEO afirmou que a recente aquisição da JBoss – concorrente da Oracle e da IBM – pela Red Hat pode abalar as alianças no mundo do Linux, dando um motivo para que as empresas tomem uma atitude."


Ou seja, a Oracle vai mudar de dieta. Até então ela só papava coisa fina, soluções de negócio. Peoplesoft e Siebel foram as iguarias mais caras e saborosas. E também aquelas com maior teor de gordura. Mas as recentes movimentações da Novell e, principalmente, a aquisição do JBoss pela Red Hat acenderam um pequeno lume rubro na balança do Larry: São os alimentos de baixa caloria, estúpido!

E lá vai o Larry, todo pimpão, torrar outro milhão (bilhão?). Eu compraria a Novell. Mas ele saliva pelo Chapeuzinho Vermelho.



Questão de Beleza

17 abril 2006

Pessoas bonitas ganham mais que as feias, diz estudo




pv: Devo confessar, plagiei o Kibe Loco.


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Enquanto o John 'jardineiro fiel' Dvorak dá rodopios de alegria por causa do Boot Camp (aquele brinquedinho que permite a instalação do Windows num Mac), Roberto X mostra como a (provável) estratégia da Apple poderá, de certa maneira, salvar a MS.

Um resumo pra quem tem preguiça de ler os longos artigos do Roberto:

O boot camp é só um pequeno ensaio (técnico e, principalmente, comercial-estratégico). A Apple estaria buscando a virtualização do SO da MS. Talvez já esteja pronta, tecnicamente falando. Assim o Vista rodaria sobre o OS X, e não ao lado e apartado (como no boot camp). Assim seriam possíveis os 'copy-paste' entre aplicações dos dois SOs. Algumas aplicações continuriam rodando exclusivamente no OS X. Questão de lock-in. Questão de manutenção do principal fator de diferenciação da Apple (na seara dos micros). Daí que a idéia (wishful thinking) do John 'senhor_das_armas_da_MS' Dvorak de que a Apple estaria preparando a aposentadoria do OS X é uma grande bobagem. Uma bullshitagem que parece estar se espalhando entre funcionários da MS. tsc, tsc..

Ao colocar o Vista 'em cima' do OS X a Apple esconde um dos maiores problemas dos SOs da MS: a falta de segurança. Roberto cita um saudoso veterano: "uma das melhores fases do Windows era quando ele tinha o DOS (e toda a sua simplicidade) por baixo". Amazing! A Apple pode fazer do OS X o novo DOS do Windows!!

A MS tem todos os motivos do mundo para estar adorando a empresa do Jobs. Resta ao BillU torcer muito para que o plano de longo prazo da Maçã não seja aquele sugerido pelo Roberto.


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Na quinta passada (13/abr), enquanto eu falava sobre inovação e criatividade em Pindorama (O Google Tupiniquim), Scott Berkun tentava entender a diferença entre inovação e execução. Confusão! Assim como em outras áreas relativamente novas, cruzamos conceitos e definições que acabam complicando o que deveria ser muito simples. Seu ponto de partida foi a lista das 100 empresas mais 'inovadoras', de acordo com a BizWeek:

"The rankings were determined by votes from 1000 executives from large corporations: probably not the the best folks to make rankings like this, but it is the audience of the magazine, so there you go.

The top 5 are:

1. Apple
2. Google
3. 3M
4. Toyota
5. Microsoft

More curious is their abuse of the word innovation:

'Today, innovation is about much more than new products. It is about reinventing business processes and building entirely new markets that meet untapped customer needs. Most important, as the Internet and globalization widen the pool of new ideas, it’s about selecting and executing the right ideas and bringing them to market in record time.'

Since when does selecting ideas and bringing them to market on time have anything to do with innovation? Don’t these things apply to running any kind of bussiness at any time?

Specific to their list, Google is in the search engine and advertising business (at least that’s their largest current revenue) - which are entirely old markets: at least a decade old. Apple’s ipod was not even close to being the first digital music player - and the market, personal music players, is also years old. Shouldn’t the first search engine and the first digital music player get the lions share of innovation credit?

Or perhaps a better question: is there a way to seperate out innovation, which should be hinged on development of new ideas, from execution, which is delivering a good, timely product to market? Lists like this one entirely confuse the difference between these two concepts."



Apelo de novo para o mestre Domenico de Masi. A BizWeek e seus leitores estão corretos, mesmo que não conheçam a definição do De Masi: 'inovação significa lentas transformações quantitativas e progressivos ajustes'. Portanto Google, Apple e MS são realmente empresas inovadoras. Mas não seriam muito criativas, na visão do DeMasi.

Sobre a última questão (e de novo surrupiando trechos de 'Criatividade e Grupos Criativos', de Domenico de Masi): uma empresa ou um grupo criativo é "um sistema coletivo em que operam sinergicamente personalidades imaginativas e personalidades concretas...". A capacidade de concretização (realização) de idéias faz parte do trabalho criativo ou de inovação. É sua 'cara metade' indissociável. Daí que não faz muito sentido a questão do Berkun. De que adiantaria o inovador e arrojado desenho do iPod se a Apple não fosse esperta em sua comercialização (inovadora ao aliar o hardware ao conteúdo do iTunes)?

Mas, criativo mesmo foi o brasileiro que inventou o walkman. O resto é inovação.


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"Só uma astuta interpenetração de trabalho e felicidade é ainda capaz de permitir - sob a pressão da sociedade - uma verdadeira experiência."

- Theodor W. Adorno



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Jonathan Schwartz, da Sun, disse em Sampa (no Sun Tech Days 2006), que o próximo Google pode nascer em Pindorama! "Desde que os desenvolvedores reforcem seus compromissos com a inovação e com o potencial dos softwares abertos". Há tempos espero uma deixa parecida.


Inovação e Criatividade


Questão de ordem. Para muitos as duas palavrinhas (buzzwords?) acima são sinônimos. Para o mestre Domenico De Masi não. São irmãs, mas não exprimem a mesma coisa. Criatividade significaria um "rápido salto qualitativo", enquanto Inovação indica a ocorrência de "lentas transformações quantitativas e os progressivos ajustamentos". Creio eu que o Schwartz quis enaltecer nossa fama de 'criativos', não de inovadores. Não importa, por enquanto. Mas tal distinção parece ser muito importante na definição da estrutura e dos processos que irão caracterizar uma empresa Criativa e/ou Inovadora.

Mas de onde vem nossa fama de 'criativos'? Vou surrupiar um trecho de "Criatividade e Grupos Criativos", do De Masi:

..."é cada vez mais provável que cresça a contribuição do mundo subdesenvolvido à criatividade do planeta. É verdade que no setor científico e técnico a criatividade requer grandes investimentos e grandes laboratórios bem organizados, dos quais os países pobres são carentes; mas também é verdade que estes últimos estão dando à humanidade incalculáveis contribuições criativas nos campos artístico, literário e lúdico. Pense-se no Brasil, com os seus poucos diplomas científicos e com os seus tantos romancistas, poetas, músicos, com seus carnavais e as suas estruturas turísticas."

O livro é de 2003. Parece que há mais de um século é esta a imagem que vendemos lá fora. São os nossos produtos. E não serão o nosso astronauta, o mapeamento do DNA da bactéria que causa a praga do amarelinho (Xylella fastidiosa) ou as nossas urnas eletrônicas que mudarão nosso prospecto. Sigo aqui com o debate que registrei há poucos dias. Confesso que estou forçando um pouquinho a barra, jogando no mesmo balaio o 'Google tupiniquim' e nossa capacidade de exportar software e serviços. Acredito que ambos compartilham 90% do caminho. E enfrentam praticamente os mesmos obstáculos.

Questiono muito nossa fama de 'criativos'. Nada a ver com os fantásticos Chico Buarque, Gil, Guimarães Rosa, Gláuber Rocha, Oscar Niemeyer, Jorge Amado, Milton Nascimento, Luis Fernando Carvalho e tantos outros. Nossa "Criatividade Artística" é inquestionável, goste-se do produto final ou não. Podemos dizer o mesmo de nossa "Criatividade Científica"? Não, apesar de alguns heróis. Podemos dizer que nosso mercado de TI, ou mais precisamente, da nossa indústria de software? Não, apesar de alguns (pouquíssimos) heróis. É chato reconhecer isso, principalmente se atentarmos para o fato de que nossa indústria (software) não depende tanto assim dos grandes investimentos e dos grandes laboratórios bem organizados colocados pelo De Masi. O Google nasceu em um dormitório de Stanford, usando máquinas ociosas do laboratório. O primeiro aporte de capital foi de apenas US$ 100 mil.

Concluímos então que o brasileiro não é criativo? Não, muito pelo contrário. O indivíduo brasileiro é, sem dúvida, um dos mais criativos de todo o mundo. A explicação eu deixo para psicólogos, sociólogos e afins. Mas o fato é que o brasileiro se vira. É um empreendedor nato. Com ou sem jeitinho. Lançando mão ou não de gambiarras e afins. Para o bem ou para o mal, o brasileiro cria, inventa, inova.

Então qual a razão da falta de criatividade de nossos mercados de software e Internet? O que dificulta a invenção do 'Google tupiniquim'?


Grupos Criativos

Nos faltam Organizações Criativas. Empresas ou entidades desenhadas para estimular a criatividade e a inovação. Não se trata de contratar 'gurus' e suas palestras 'motivacionais, inspiradoras'. O problema não está nos indíviduos mas sim na estrutura que os abriga e nos processos que os 'obriga' (...sorry, não ia desperdiçar o trocadilho).

Não é um problema ou desafio exclusivamente nosso, da indústria de software. Hoje todo mundo fala em Criatividade, Inovação. Seriam as armas para enfrentar e se diferenciar de uma concorrência rápida e brutal. Talvez sejam as mais efetivas formas de se agradar os clientes, cada vez mais exigentes. A criatividade não se apresenta apenas na forma de produtos ou serviços. Os processos e a própria estrutura da organização podem ou devem exilar criatividade e inovação. "Aquilo que é criativo deve criar a si mesmo", dizia John Keats.

Está aqui a barreira que impede tanto o nascimento do 'Google tupiniquim' quanto uma maior participação no mercado mundial de software e serviços de TI. Mas vamos por partes e começando pelos últimos.

Correr atrás dos indianos, copiando seus modelos e obtendo as mesmas certificações (CMMI e afins), é de eficácia duvidosa. No máximo nos deixará em condições de 'brigar por preço'. Mas sempre com um poder de fogo consideravelmente menor. Eles formam muito mais engenheiros que nós. São melhores? Não creio. Mais criativos? Acho que não. Mas nossa posição geográfica, o fuso horário e o número de profissionais com certificação do PMI, definitivamente, não são vantagens competitivas que preocupem minimamente nossos concorrentes do lado de lá. Quando o fuso fizer diferença, por exemplo, basta que uma Tata da vida implante uma fabriqueta por aqui. Simples assim.

Como coloquei em um post anterior (e na discussão que está devidamente persistida no grupo CMM-Brasil), carecemos de uma Identidade. De um conjunto de características que nos identifique de maneira inequívoca, direta. Tanto quanto o futebol, que é uma invenção inglesa, mas é naturalmente vinculado ao Brasil (potencial hexacampeão mundial). Não se cria uma identidade da noite para o dia. Mas parece que vivemos esperando que ela 'caia do céu'. Acho que o melhor caminho, nossa melhor pista, é exatamente a Criatividade. Mas precisamos aprender a deslocá-la dos campos 'artísticos, literários e lúdicos'. Ou, colocando de outra forma, precisamos pegar carona com nossos 'romancistas, músicos e carnavais'.

90% de nossas ofertas 'chovem no molhado'. Estamos cheios de sistemas de gestão (ERPs), gerenciadores de conteúdo e outros badulaques-commodities que só se diferenciam (positivamente) dos equivalentes gringos porque sabem falar português. Mas também se difereciam (negativamente) quando não oferecem APIs, quando usam tecnologia proprietária e, não raro, mal sabem falar inglês ou espanhol.

Precisamos renovar urgentemente nosso portfólio de soluções. E, para tanto, não basta apenas descobrir/inventar um 'Google tupiniquim'. Precisamos de mais, muito mais. Mas como empresas e entidades autônomas e separadas (física e virtualmente) podem construir uma 'identidade'? Compartilhando alguns princípios e objetivos. Em um cenário ideal, compartilham também alguns recursos e esforços.


[Break: não era a minha intenção, mas este post tá virando um grande artigo (no sentido de extenso mesmo). Como ainda tenho muito a escrever (a melhor parte, hehe), farei dele uma pequena série. Porisso vou parar por aqui, e prosseguir semana que vem. Sorry.]



Graffiare com cara de 'Scratch' hoje:

"Who owns the words?" asked a disembodied but very persistent voice throughout much of Burroughs' work. Who does own them now? Who owns the music and the rest of our culture? We do. All of us.

Though not all of us know it - yet.

- William Gibson (na Wired)



O GMail é meu receptor universal de emails há um bom tempo. Inclusive de outras contas. Além de não ser aquela lesma que são Outlook e Thunderbird, tem a vantagem da mobilidade. Tanto que já consegui papar 10% dos meus 2,7gb de armazenamento gratuito. Só não uso muito o IM, recentemente embutido nele, pq a maioria dos meus contatos (ainda) prefere o MSN. Uso uma página personalizada do Google para receber meus feeds. Eles deveriam incluir essa funcionalidade no próprio GMail. Economizaria uma aba de meu Firefox.



Agora o Google liberou a única funcionalidade que me fazia sentir um pinguinho de saudades do Outlook: o Google Calendar. Pronto, já posso abandonar definitivamente o portal Yahoo! que utilizo desde o ano 2000. Why? Pq ele é praticamente o mesmo desde o ano 2000. Minha velha conta no Yahoo agora virou um repositório de emails provenientes de listas de discussão, newsletters, spams e afins.

Agora deu um frio na barriga. 90% da minha presença no mundo virtual está nas mãos de uma única empresa. Emails, blogs, comunidades, conversas, compromissos... Quase tudo. Please Google, don't be evil! Lembre-se que a concorrência pode estar na aba ao lado.


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A Tovts (aka Microsiga - Antarctica) acabou de papar a mineira RM Sistemas (Skol). Incorpora mais uns 16k clientes na sua base. Ano passado já tinha engolido a menorzinha Logocenter (Bavaria). O CADE não deve criar impedimentos.

Aí, só ficará faltando uma 'fusão' com a Datasul (Brahma) para a consolidação da AMBEV dos ERPs tupiniquins. Lembra também, guardada as devidas proporções, a estratégia 'SuperSizeMe' da Oracle.

Com uma sutil diferença, que eu já havia destacado quando comentei a digestão da Logocenter pela Microsiga: a Oracle, com suas aquisições, enriquece seu portfólio de produtos, além de aumentar a carteira de clientes. As aquisições da Tovts, por enquanto, só aglomera 'software de gestão' em cima de 'software de gestão'. Com pouquíssimas diferenciações verticais. Acho que é falta de opção mesmo. Então deve estar chegando a hora de olhar para fora, e tentar incorporar algumas pequenas (e criativas!) empresas gringas. Chile, Argentina e México, além dos EUA, devem ter boas opções. Estratégia 'SuperSizeMe' que se preza é arisca e audaciosa. E internacional por obrigação. A AMBEV soube ser.



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Best Jobs in America

12 abril 2006

Deu na CNN Money:



Why it's great Software engineers are needed in virtually every part of the economy, making this one of the fastest-growing job titles in the U.S. Even so, it's not for everybody.

Designing, developing and testing computer programs requires some pretty advanced math skills and creative problem-solving ability. If you've got them, though, you can work and live where you want: Telecommuting is quickly becoming widespread.

The profession skews young -- the up-all-night-coding thing gets tired -- but consulting and management positions aren't hard to come by once you're experienced.

What's cool Cutting-edge projects, like designing a new video game or tweaking that military laser. Extra cash from freelance gigs. Plus, nothing says cool like great prospects.

What's not Jobs at the biggest companies tend to be less creative (think Neo, pre-Matrix). Outsourcing is a worry. Eyestrain and back, hand and wrist problems are common.

Top-paying job Release engineers, who are responsible for the final version of any software product, earn six figures.

Education Bachelor's degree, but moving up the ladder often requires a master's.


As outras profissões são:

2. College professor
3. Financial adviser
4. Human Resources Manager
5. Physician assistant
6. Market research analyst
7. Computer IT analyst (gráfico abaixo)
8. Real Estate Appraiser
9. Pharmacist
10. Psychologist



Enquanto isso, em Pindorama...


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A Disney anunciou que logo disponibilizará na web, totalmente de graça, boa parte do conteúdo que produz para a TV. Este artigo do NYTimes fala um pouco mais do 'negócio'.

Fãs de 'Lost', 'Alias', e de várias outras produções poderão ver episódios um dia após sua exibição na TV. De novo: de graça!

Como? Oras, da mesma forma que nossas TVs abertas o fazem: vendendo espaço publicitário. Há formas e formas de se entender a 'convergência' de canais. A idéia da Disney é absurdamente simples: pacotes publicitários cobrem ambos os canais. Quem compra 30' na TV leva outros 30' na web. Seria um caminho natural para todas emissoras de televisão, não? Afinal em toda a sua vida elas só venderam isso: espaço publicitário.

Mas, aqui em Pindorama, os grandes conglomerados de mídia fizeram uma aposta diferente. E insistem em vender 'conteúdo'. Até aquelas coisas velhinhas. Quando é um bom programa, uma boa mini-série, ou um golaço do Marcelinho Carioca, até que dá pra entender a idéia. Mas quando bloqueiam conteúdo datado, como faz a Abril, a coisa não faz sentido.

Resta torcer para o plano da Disney vingar. Se acontecer, todo mundo terá que rever aqueles brilhantes planos de negócio que os trouxeram para a Internet. Quem conhece 'A Busca', de John Battelle, e acompanha um pouquinho os passos do Google, coloca todas as fichas na aposta da Disney. Parece óbvia demais para ser só um blefe.


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graffiare #275

11 abril 2006

"O próximo Google pode ser uma empresa brasileira. Isso pode acontecer desde que os desenvolvedores reforcem seus compromissos com a inovação e com o potencial dos softwares abertos."

- Jonathan Schwartz (COO da Sun, em Sampa)



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ops.. não é OLE 10. É ALE, AJAX Linking and Embedding!!

E não é o Exchange nem o Office tbém. É uma zebra chamada ZIMBRA:

"Unlike Google, which appears to be cobbling together a bunch of Web applications, Zimbra is building an integrated set of Office-like applications with leading user interface implementation and deep mash up integration."






Parece que o ZIMBRA já é tudo que o Office Live gostaria de ser. Será por isso que ALE parece ser um acrônimo montado com a mais fina ironia? Olé!!

Hehe. Besteira. A grande pergunta do momento é: quem papa a ZIMBRA?

a) Yahoo!
b) Google
c) MS
d) NDA

Gabarito estará disponível em breve. Eu acho.


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Sequência do post anterior. Igualmente surrupiado de Dana Gardner. Saca só:

  • IBM will need to rethink its relationship to Red Hat. Good news for enterprises: the likelihood of an alternative, IBM-stewarded open source stack (SuSE, Geronimo/Gluecode, Apache, Eclipse, etc etc) to counter balance the Red Hat-JBoss combination. This is already well in motion.
  • Great news for HP, which has been tight with both JBoss and Red Hat. HP has the hardware and services to ride this acquisition well. HP can partner, and let Red Hat manage the stack, while throwing lots of engineering talent at the development process. Hurd is lucky as hell or … ? (As my high school wrestling coach used to say, Luck has nothing to do with it.)
  • Also good news for the non-IBM global SIs, as they seek to be the best hand-holder in the accounts while exploiting the JBoss/Red Hat stack. Me thinks there will be a margin rout in SIs, however, followed by a wave of consolidation (CSC as harbinger?). Low-cost provider wins. It's nice to own a hardware biz too.
  • Good news for Novell as IBM, HP, BEA, Oracle, Sun will want to make sure that SuSE is a strong and vibrant alternative to Red Hat's Linux distros as Red Hat expands up the stack into SOA with JEMS.
  • SAP would do well to begin segmenting Netweaver to specialized usage, and put an open source stack like the Red Hat/JBoss one under more of its installations.
  • Greenfield Web 2.0-type ISVs and startups have a no-brainer now for an expanded, solution-oriented stack partner in Red Hat.
  • Sun sees less of a differentiation from price and completeness of its JES stack. It won't be a full Red Hat stack vs. a full Sun JES stack. Look for IBM to better assume the counter-balance to Red Hat role (with an open source DB2?). It was a nice try, Sun, but timing is everything.
  • Oracle can not afford to just dabble in open source, it will need to get serious. The business applications business is the only future. Time to write a new rate card on the middleware. And watch out for what IBM does with DB2.
  • BEA is going to have to show that its commercial SOA is so much better than the open source alternatives that the high price is a bargain. Sounds like a niche market that will be under constant price pressure, right from the start.
  • Microsoft is the only non-open source infrastructure player. Time to write a new rate card. Better use pencil.
  • Now Red Hat should buy Borland IDEs, if not for the tools themselves, for the accounts the installed base represents, if nothing else. Support of all those tools fits in quite nicely with the open runtimes.

Só?


"It's a seismic shift, this proposed acquisition of JBoss by Red Hat. The open source code/commercial support business model is no longer just riding a commoditizing wave among certain IT stack runtime and tools components. The model is now carving out a disruptive place on a full, modern IT stack basis that extends down to the multi-core silicon threads and right on up to the vanguard of SOA."

Trecho de um post do Dana Gardner, da ZDNet.

Prova de que eu deveria ter sido mais teimoso na viabilização da Lauré... tsc, tsc



Mas ainda dá tempo. A Red Hat (ou qq outra) ainda demora uns 2 anos (e vários milhões de dólares) para ter um stack minimamente completo, ainda mais quando se fala em "vanguard of SOA". Se falarmos de soluções verticais então, a Red Hat nunca as terá. Até pq seu negócio é outro.


"In the information age, you don't teach philosophy as they did after feudalism. You perform it. If Aristotle were alive today he'd have a talk show."

- Timothy Leary


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Mais Dribles

10 abril 2006

A tal "consolidação" do mercado de software é realmente divertida. E tão imprevisível que eu posso tranquilamente manter minhas velhas apostas. Ou até dobrá-las. Seguinte, em 10/fev a BizWeek falou que na segunda feira seguinte a Oracle anunciaria a compra do JBoss (sic). Explicando o 'sic': JBoss não se compra, se baixa. A Oracle compraria a empresa JBoss Group, especializada em serviços em torno do framework J2EE open-source chamado JBoss. Nussa...

Mas o negócio não rolou. O 'SuperSizeMe' Ellison queria pagar uns US$200M. O doidão do Fleury tava pedindo uns US$400M. Mas acho que o entrave não foi só esse não. Então.. silêncio. Até hoje, 10/abr, quando foi anunciada a compra do JBoss pela RedHat por US$350M, mais uns extras que podem bater em US$70M. Negocião, ainda mais em se tratando de duas empresas que giram em torno de produtos 'open source'.

O Larry 'SuperSizeMe' é um guloso obcecado. Se der na telha ele leva o combo todo, incorporando um belo SO ao seu portfólio. Mas algo me diz que se ele demorar um pouco terá que negociar em outro lugar. A RedHat tá ficando grande demais.


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Aconteceu na última semana, em Sta Clara - CA, a conferência Software 2006. Depois de mais de uma década bombardeando e sendo bombardeada por buzzwords.. err, buzzTLAs (three-letter acronyms: ERP, CRM, SCM ETC), a indústria de software parece meio desamparada. Nenhuma tendência no horizonte indica a possibilidade do retorno da 'exuberância irracional' que marcou os últimos tempos. O único alento parece ser a expectativa dos gastos com software subirem para 35% dos orçamentos de TI das grandes corporações, acima dos 30% atuais. Mas onde vão gastar todo esse dinheiro?

A McKinsey e a Sandhill fizeram uma pesquisa com 100 CIOs de grandes empresas. O gráfico abaixo foi surrupiado dela:



SaaS e SOA são consideradas as tendências mais importantes por 54% dos CIOs. Meus 2 centavos:

  1. Para virar um provedor de serviços de software (SaaS) não basta colocar uma carinha 'web' num monolito cliente/servidor. Please! Se fosse assim tão fácil muita gente grande (daqui e de fora) não estaria comendo tanta poeira.
  2. SOA parece ser a resposta para donos de 'monolitos'. Do outro lado do balcão, 1/4 dos CIOs já perceberam que SOA parece ser o remédio para boa parte de suas dores (altos custos de manutenção, falta de agilidade etc etc). Este artigo da Booz | Allen | Hamilton é um dos melhores 'sumários executivos' sobre o tema que já vi. E este singelo artigo é um dos pioneiros em língua portuguesa.


Gostei das tendências mas me surpreendi com outros 2 números: juro que eu pensava que o outsourcing offshore e o mundo do software livre eram bem mais relevantes.


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"Putting Windows on a Mac is like fitting a square peg in a round hole."

- David Berlind



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Apesar do 'drible da vaca', Roberto X segue correndo atrás da bola. E ensaia algumas pedaladas que, se confirmadas (o tempo dirá), o tornarão o melhor 'ala' de nosso mercado. Saca só:

...
"Microsoft LOVES Boot Camp and I am sure they'll say that shortly. After all, Boot Camp sells more copies of Windows without threatening more sophisticated products like Microsoft's own Virtual PC.

One reason why Microsoft isn't surprised by Boot Camp is because Microsoft has been working with Apple to make sure that Windows Vista runs well on IntelMacs. Apple will support Vista dual boot, though I don't know if they will become a Vista OEM, but I can't imagine why they wouldn't if it will help sales.

If Boot Camp is part of an OEM deal worked out with Microsoft, that suggests that Microsoft will take the high ground by offering a version of Virtual PC for IntelMacs. To be perfectly honest here, I KNOW about the Vista compatibility through Microsoft (not Apple) sources, but I am only guessing about the Virtual PC part.

Microsoft and Apple are happy with each other for the moment, and rather than representing some Apple attack on Microsoft, Boot Camp just represents the state of their happy partnership. But this won't last for long. It never does.

I predict that Apple will settle on 64-bit Intel processors ASAP (with FireWire 800 please), and at that time will announce a product similar to Boot Camp to allow OS X to run on bog-standard 32-bit PC hardware, turning the Boot Camp relationship on its head and trying to sell $99 copies of OS X to 100 million or so Windows owners.

That's the point when, as Koppy used to write, the game turns."





Roberto X usou o beisebol no início de seu artigo. Troque Koppy (da última frase) por PVCoelho ou Juca Kfouri que dá na mesma.


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graffiare #272

07 abril 2006



Clicando na imagem vc consegue ler a tirinha com mais conforto.




pv: outro graffiare 'espelho' d'um 'estado de espírito', hehe..
Meu 'chute na bunda' é mais sutil que o do Calvin.
Mas pode ser mais dolorido...



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graffiare #271

06 abril 2006

"When you have both Intel and Microsoft on your case, you know you're doing something right".

- Nicholas Negroponte (na LinuxWorld)




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... eu e mais um monte de gente. Roberto X, inclusive.

Escrevi aqui (mas tô tão desnorteado que nem achei o post) que o caminho lógico seria a Apple permitir que seu sistema operacional rodasse em outras máquinas. A lógica parece ser bem mais complexa do que imaginei. E a Apple anunciou que permitirá o uso do Windows em suas belas maquininhas. Suas ações que estavam meio 'down' (quase 30% de queda desde janeiro) só ontem se valorizaram 10%!

O primeiro passo para se evitar dribles assim, um tanto humilhantes, é parar de confundir 'wishful thinking' com fatos. E o grande fato de nosso mercado que vivo a ignorar é o poder (nos meios e no fim) da bufunfa. aka Money. aka $$$.

Só no nosso mercado cara pálida? hehe.. bobinho..


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graffiare #270

05 abril 2006

"Mas quem, eventualmente, poeta não é, cria o quê? Se alguém não tem mesmo nada para criar, pode talvez criar a si mesmo."
- Carl Jung


"Aquilo que é criativo deve criar a si mesmo."
- John Keats





pv: Raramente um graffiare se encaixou tão bem em um 'estado de espírito'. Tá relacionado tbém com o post anterior, mas não de forma exclusiva, se é q me entendem...


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Tenho uma verba diária de tempo para participação em espaços virtuais. Quando o número de posts daqui do graffiti é pequeno, saibam, estou em outras bandas.

Na última semana colocaram no grupo CMM-BR (Yahoo Groups) um artigo que tratava de exportação de software. E da nossa (brasileira) 'lentidão' para pegar um pedacinho desse apetitoso novo mercado global. Na tarde de sexta (sexta!feira!!), me aborreci um pouco com algumas mensagens que transferiam toda a culpa (e responsabilidade) para as costas do governo. Então publiquei lá a seguinte mensagem:


Que balanço complicado, não? Há mais de uma década somos bombardeados por uma chamada 'ditadura neo-liberal' que prega que o tal Mercado tem resposta para tudo. Ou quase tudo. Mas, percebemos aqui, que o Mercado não se faz - não acontece - sem um "empurrãozinho" do tal Governo.

"Dê-nos mão de obra qualificada, ó perdulário governo. Nós vamos contratá-los (como PJ, obviamente) e, de vez em quando, investiremos em sua evolução. Queremos incentivos para investir em P&D, ó desgraçado governo. A fundo perdido, obviamente. E queremos uma marca que nos identifique lá fora."

Desculpe-me, pessoal, mas acho que estamos transferindo responsabilidades demais. Para as costas de uma entidade que já tem dívidas demais. Desnecessário nomeá-las. Já sabemos decor.

Eu queria entender pq a nossa área é uma das que menos assina carteira profissional. A carga tributária não é igualmente alta e asfixiante em todas as outras?

Creio que somos recordistas mundiais em exportação de biquinis e sandálias. Várias marcas atuam lá fora, tirando proveito, de certa forma, de sua identificação com sua pátria-mãe - um tipo de "Super Marca". Pergunto: que tipo de apoio eles mereceram do governo? O mercado deles foi criado por alguma iniciativa governamental? Creio que não. Mercado não se cria por decreto.

É fácil fazer a identificação de um biquini ou de uma sandália com o Brasil. Tão natural quanto a associação ao futebol.

Por outro lado, não há nada que nos vincule a software, tecnologia. Nossa indústria não tem uma 'personalidade'. Nenhuma. "Índia" e "China" nos remete a abundância de mão-de-obra e, falando especificamente do primeiro, qualidade.

Quando falamos "software Brasileiro" o que nos vem à mente?

Se não temos uma 'identidade' é pq nosso mercado ainda é imaturo. Fato. Não é demérito. Achar que podemos passar a "carroça na frente dos bois" é que é um erro grave. Gente, nossa profissão nem regulamentada é. CREAs e CRAs brigam para nos abrigar. 70% (no mínimo) de quem trabalha com TI nos grandes centros é PJ. Algumas de nossas maiores 'empregadoras' parecem mais empresas de RH, não de TI. Em um cenário assim, quem coloca aquelas absurdas metas de exportação só pode estar brincando. A Índia não virou a ÍNDIA da noite para o dia.

Concluindo: não acredito que um governo, qq governo, tenha condições de nos 'criar' um mercado. Não concordo que o governo federal desperdice grana tentando fomentar algo do tipo. Já torramos milhões na SOFTEX e o retorno é ridículo. Essa grana faz muito mais sentido, e gera resultados mais sólidos e duradouros, se aplicada em Educação e pesquisa pura. E, se já temos este tipo de discussão (e um grupo de
discussão para tal!), talvez tenha chegado a hora de fazermos nossos deveres de casa.


Desde o final de semana até ontem a discussão foi meio 'acalorada'. Pena que pegaram muito no ponto "regulamentação da profissão". "É inconstitucional", "É reserva de mercado", "é intervencionismo"... Deu de tudo um pouco. Expliquei que só queria um mínimo de 'reconhecimento'. Acho que não 'pegou'.

E, no final das contas, detesto (quase) admitir que cada um tem o mercado que merece.




Pero, a todos que se interessam pelo tema 'exportação de software' e um monte de derivados (CMMI, PMI, Qualidade, Processos etc etc), considero o Grupo CMM-BR o melhor do Brasil. Disparado. Nada de 'orkuts da mãe joana' que caracterizam (infelizmente) boa parte de nossas 'listas de discussão'.


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