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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
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Semana passada eu falei da quase-Ambev dos ERPs, a Totvs, logo após a digestão da RM Sistemas. O movimento de consolidação, tanto em Pindorama quanto lá fora, é inevitável. Quem ganha e quem perde com isso? Segundo a Strategy+Business, publicação da Booz|Allen|Hamilton, são os clientes. No curto prazo. Saca só:

"Looking solely at the economics, software buyers will be the short-term losers from this merger activity. With fewer companies vying for sales, the industry’s traditional 80 percent discounts, which large companies can count on for volume purchases, will be a thing of the past. More commonplace will be 50 percent off list price."

Claro, eles estão falando de um mercado que hoje está limitado a duas opções: SAP e Oracle. Mas a lógica se aplica aqui também. Hoje praticamente só sobraram a Totvs* e a Datasul. Empresas que tradicionalmente atendem o mercado PME. O topo da pirâmide do mercado tupiniquim, formado principalmente por empresas globais, cai no duelo que rola lá fora: SAP ou Oracle?

Mas o artigo da S+B, "The Coming Software Shakeup", mostra que os movimentos atuais podem marcar o início de uma fase de maiores e mais profundas transformações. Mais um trechinho:

"In reevaluating their costs and seeking alternatives, CIOs will also explore ways to overcome the growing complexity of their legacy systems. By reducing complexity in application portfolios — that is, by eliminating redundant programs and refocusing data acquisition activities specifically on information needed to enhance competitiveness — these executives can rein in maintenance costs and increase the amount spent on new development. Many CIOs will demand architectural flexibility from their enterprise software providers to minimize the expense of adding and decommissioning applications.

This search for simpler solutions and greater adaptability will feed into another noteworthy change in the enterprise software industry — something we call “data-centricity,” which will transform the CIO from a manager of data into a provider of critical information to the business. For example, as software is stripped down, data takes on even greater value as it, not the application, points the way to the next innovation. The software suites, ERP systems, and business process programs are excellent at managing, manipulating, storing, and moving data, but they are not equipped to produce the insights required to outdo the competition in the day-to-day work activities of a data-centric organization. CEOs are demanding data that gives them an end-to-end view of the enterprise — that is, data integrated from multiple, fragmented sources.

In response to this demand, as smaller software companies are swallowed up by larger ones, and as top-tier applications migrate into content-rich information systems, the most innovative survivors will develop new industry-specific niche programs that analyze and transform data in real time so that it can be acted upon."


Devo explorar um pouquinho mais da deixa na série "Um Google Tupiniquim". A 2ª parte será publicada entre hoje e amanhã.




* A 'holding do Cosentino' já anunciou que as empresas digeridas manterão uma certa autonomia. A manutenção de sabores (marcas) foi uma estratégica correta (e lógica) da Ambev. Mas não creio que funcione para a Totvs. Cria mais confusão do que solução. Um chute: acho que em 80% da atual base de clientes um dia tomou uma decisão: Microsiga ou RM; Microsiga ou Logocenter; RM ou Logocenter? Como eu já disse anteriormente, os produtos se equivalem. Nada justifica a manunteção de um cardápio de variações de um mesmo tema. Churrascaria é churrascaria, ponto.

A unificação dos sabores em uma mesma plataforma e uma única marca parece ser o caminho mais lógico. Haveria uma incrível redução nos custos de desenvolvimento. O marketing fica mais agudo. Pq a Ambev optou por levar só a Brahma para o mercado lá de fora? A lógica é a mesma.

Seguinte: a tal unificação será um trabalho hercúleo. Quem conhece minimamente as aplicações em questão sabe do que estou falando. Trata-se de uma oportunidade única para disparar o maior projeto da vida da Microsiga: REESCREVER TUDO!

O atalho da 'manutenção da autonomia das empresas digeridas' é convidativo. Mas, como dizia Henry Miller:

"Nesses tempos, em que acredita-se na existência de atalhos para tudo, a grande lição a ser aprendida é que o caminho mais difícil é, no longo prazo, o mais fácil."


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