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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
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Na quinta passada (13/abr), enquanto eu falava sobre inovação e criatividade em Pindorama (O Google Tupiniquim), Scott Berkun tentava entender a diferença entre inovação e execução. Confusão! Assim como em outras áreas relativamente novas, cruzamos conceitos e definições que acabam complicando o que deveria ser muito simples. Seu ponto de partida foi a lista das 100 empresas mais 'inovadoras', de acordo com a BizWeek:

"The rankings were determined by votes from 1000 executives from large corporations: probably not the the best folks to make rankings like this, but it is the audience of the magazine, so there you go.

The top 5 are:

1. Apple
2. Google
3. 3M
4. Toyota
5. Microsoft

More curious is their abuse of the word innovation:

'Today, innovation is about much more than new products. It is about reinventing business processes and building entirely new markets that meet untapped customer needs. Most important, as the Internet and globalization widen the pool of new ideas, it’s about selecting and executing the right ideas and bringing them to market in record time.'

Since when does selecting ideas and bringing them to market on time have anything to do with innovation? Don’t these things apply to running any kind of bussiness at any time?

Specific to their list, Google is in the search engine and advertising business (at least that’s their largest current revenue) - which are entirely old markets: at least a decade old. Apple’s ipod was not even close to being the first digital music player - and the market, personal music players, is also years old. Shouldn’t the first search engine and the first digital music player get the lions share of innovation credit?

Or perhaps a better question: is there a way to seperate out innovation, which should be hinged on development of new ideas, from execution, which is delivering a good, timely product to market? Lists like this one entirely confuse the difference between these two concepts."



Apelo de novo para o mestre Domenico de Masi. A BizWeek e seus leitores estão corretos, mesmo que não conheçam a definição do De Masi: 'inovação significa lentas transformações quantitativas e progressivos ajustes'. Portanto Google, Apple e MS são realmente empresas inovadoras. Mas não seriam muito criativas, na visão do DeMasi.

Sobre a última questão (e de novo surrupiando trechos de 'Criatividade e Grupos Criativos', de Domenico de Masi): uma empresa ou um grupo criativo é "um sistema coletivo em que operam sinergicamente personalidades imaginativas e personalidades concretas...". A capacidade de concretização (realização) de idéias faz parte do trabalho criativo ou de inovação. É sua 'cara metade' indissociável. Daí que não faz muito sentido a questão do Berkun. De que adiantaria o inovador e arrojado desenho do iPod se a Apple não fosse esperta em sua comercialização (inovadora ao aliar o hardware ao conteúdo do iTunes)?

Mas, criativo mesmo foi o brasileiro que inventou o walkman. O resto é inovação.


Tags:graffiti

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