..." o Cultural Gap, a compulsão à repetição, o hábito secular de desenvolver e infligir trabalho coagido estão de tal maneira enraizados que induzem a transferir todo o instrumental de controle, com pequenos retoques ornamentais, do trabalho executor da fábrica manufatureira para o trabalho criativo da empresa pós-industrial. Hoje, na Sisco do Vale do Silício ou na Microsoft de Seattle, a organização de milhares de engenheiros assemelha-se muito mais à da Ford operária produtora em série do Modelo T do que à do Instituto Pasteur e do Círculo de Bloomsbury, criadores de novos fármacos e de novos estilos, com uma produtividade de idéias que Bill Gates nem suspeita. Adotando os métodos de Taylor ou de Ford, os critérios da 'produção ágil', os brainstorming e os think tanks das várias McKinseys, os 40 mil atenienses de Péricles ou os 20 mil florentinos de Lourenço o Magnífico não teriam podido criar o Classicismo e o Renascimento com as suas inumeráveis obras-primas imortais. Para que uma organização dê expansão à sua criatividade - e pode fazê-lo -, é preciso revolucioná-la desde os seus fundamentos."
- Domenico de Masi (em "Criatividade e Grupos Criativos")
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