Estudo da Universidade de Stanford comprova: a qualidade do código do GNU/Linux é muito, mas MUITO superior a de seus equivalentes "fechados". Foram detectados 985 bugs em 5,7 milhões de linhas de código. Dá 0.17 bugs prá 1000 linhas de código. Prá se ter uma idéia, versões "comerciais" costumam apresentar de 20 a 30 bugs por 1000 linhas de código. Prá usar um jargão boleiro: trata-se d'uma baita goleada!!
Conclusão: o modelo de desenvolvimento de software livre (um dia tido como caótico e sem controle) é um belíssimo "tapa na cara" do mercado (me incluo aqui). Agora não só como negócio, mas também como referência de qualidade. E agora?
Timidamente nobres representantes do "mercado" (IBM, Bea, Sun e até a MS) estão "abrindo código". Cada um d'uma forma diferente, e quase sempre com tecnologias ou produtos periféricos ao seu "core". Mas parece que, independente da montanha de $$$ torrada em CMMs e 6sigmas da vida, nunca conseguirão a eficiência, flexibilidade e agilidade dos equivalentes "livres". E agora?
Acho que iniciativas como o "Avalanche" se tornarão mais comuns. Prá quem não conhece, trata-se d'uma cooperativa de grandes empresas estadunidenses (Cargill, BestBuy, Thomsom e Medtronic, dentre outras) que compartilham IP (Propriedade intelectual). Ou seja, trocam código, desenvolvem e contratam em conjunto, além de manterem um grande repositório de ativos de software reutilizáveis.
Revolucionário? Nem tanto. Como tá muito bem documentado no livro de Martin Campbell-Kelly (From Airline Reservations to Sonic the Hedgehog : A History of the Software Industry), a IBM usou a mesmíssima receita lá nos idos de 1960 prá salvar seu negócio. Os usuários achavam muito caro e demorado desenvolver e manter software...
A história se repete? E Agora?
O Graffiti mudou!
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