Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

Lembram-se do papo sobre o duelo entre clientes Gordos e Magros? Em fevereiro eu sugeri um framework meio doidão e bem gordão:



Mas, pelo jeito, a turma do .NET vai aproveitar antes a 'experiência' Flash. Na próxima semana será lançado o Xamlon Pro Flash Edition, ferramenta que promete converter aplicações VB e C# para Flash. É uma bela sacada, que deve ser bem recebida inclusive pelo pessoal da Macromedia: a expansão do número de 'desenvolvedores' Flash faz muito bem para a plataforma. O desenvolvimento de 'aplicações' Flash é difícil. Trata-se de um padrão de desenvolvimento muito diferente do tradicional. Daí o restrito número de especialistas (de verdade).

Artigo da ZDNet conta um pouco mais da história. Mas, engraçado mesmo é ver o desespero de alguns caras no TalkBack... Tipo: Arrrrrghhhhh Noooooooooooooo.........

"Computer games don't affect kids, I mean if Pac Man affected us as kids, we'd all be running around in darkened rooms, munching pills and listening to repetitive music."
- Marcus Brigstocke (erroneamente atribuída a Kristian Wilson, Nintendo Inc)

http://www.marcusbrigstocke.com/pacman.asp
http://www.pacmanhattan.com/

ou ainda, da mesma música (do Cazuza): "Eu vejo o futuro repetir o passado".

Pois é: um certo Sr Kenneth Brown, presidente do ADTI (Alexis de Tocqueville Institution), acabou de publicar um artigo chamado "Intellectual Property - Left?". Infelizmente o artigo ainda não está disponível. Só o impacto, no Techworld e na ZDNet.

Detalhe destacado nos 'impactos': a ADTI é financiada pela MS.

A mesma MS, do Bill Gates, que foi o 1o cara a ter coragem de chamar os defensores de políticas mais flexíveis para a tal "propriedade intelectual" de "comunistas modernos".

Nada de novo. Ainda mais num país (?) como os EUA. Saca só como eles já se comportaram um dia, "confrontados" com outro tipo de "inovação":

É de dezembro do ano passado uma foto instantânea do mercado tupiniquim de TI. Depois, no item 2 de minhas "profecias" postadas em janeiro, falei do boato dos 100 milhões (US$ ou R$? não importa) que a IBM estaria prestes a investir em Pindorama, adquirindo prestadores de serviços locais. Até agora nada... ou Quase nada. Tem boato novo na praça: na última Exame tem uma "Curta" com o seguinte texto:

"O Deutsch Bank e o Bradesco, sócios controladores da CPM, maior empresa de serviços de tecnologia do país, estudam injetar capital na empresa. Entre os objetivos estão preparar a CPM para participar em consolidações no setor de software e reforçar sua capacidade para atuar como exportadora."

Imagino a fila de Feias e Boazinhas na porta das 2 Malvadas... Quanta maldade!

Na minha sequência de "profecias" para o biênio 2005/06 eu escrevi (enigmaticamente): "Olharia com desconfiança para HP e Sun". Pouco depois a Carly despencou (longe d'eu puxar algum mérito nisso). Desde então o Schwartz tenta desesperadamente vender o único item de seu portfólio que pode significar sobrevida (para a Sun): aluguel de recursos computacionais por US$1 a hora (também não tenho nada a ver com isso).

Ontem (ter, 29/mar), numa hora pra lá de imprópria (almoço), eu arrisquei outros chutes: ou a HP compra logo a Sun ou a IBM irá fazê-lo. Torço pra segunda, desde que ela seja coerente: torne o Java 100% Software Livre. Aí, entre garfadas desconfiadas me perguntaram: why? Uai...

Para a HP pode significar a recuperação de um mercado muito mal-tratado pela Carly: servidores RISC e sistemas operacionais Unix-like. Um combo "HP-UX + Solaris" parece bastante robusto (tecnologicamente e mercadologicamente falando). Uma estratégia correta (que passa pelo abraço definitivo do mundo do Software Livre) pode estancar a hemorragia que drena em ritmo alarmante o market-share de ambos os sistemas. Outra oportunidade é o desenvolvimento de uma nova geração PA/SPARC. Se demorarem muito, só existirão 3 players no mercado de CPUs: Intel, AMD e IBM (com Apple, Toshiba e Sony).

Já para a IBM a aquisição seria muito menos significativa. Basicamente só o parque instalado de máquinas Sun (que ainda é MUITO grande). E, é claro, a posse definitiva do Java (marca, tecnologia e processo). Só que aqui a jogada seria só política (mesmo): há quase 1 ano a IBM implora para a Sun tornar o Java 100% software livre. Pegaria muito mal se ela não o liberasse tão logo a aquisição se concretizasse.

Chutes & Chutes: não valem nada, a não ser os (etílicos) debates que podem gerar.

De concreto: a HP acaba de confirmar que seu novo CEO é Mark Hurd, um cara com 25 anos de NCR. Tudo indica uma postura conservadora demais. Copiando o Gartner: 0,02 é a probabilidade do Hurd chegar gritando: vamos comer a Sun!!!

Acabo de ficar ainda mais desconfiado do futuro da HP.

"Só improvisa certo quem já fez bem-feito muitas vezes."
- Cláudio de Moura Castro

Surrupiei da Folha Online:

O jornal "The New York Times" desta terça-feira dá destaque à política de inclusão digital brasileira, citando a adesão ao software livre e programas como o "PC Conectado", que deve entrar em vigor em meados de abril.

"Desde que assumiu o governo, há dois anos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou o Brasil em um pólo avançado do movimento de software livre", diz a reportagem.

O texto conta que Lula instruiu seus ministros e empresas estatais a trocar os sistemas operacionais de código fechado, como o Windows, por programas gratuitos, caso do Linux.

Também diz que o Brasil foi o primeiro país a exigir que empresas e institutos financiados pelo governo, para o desenvolvimento de software, criassem programas de código de programação aberto.

Popularização

O "The New York Times" dedicou diversas linhas à explicação do projeto "PC Conectado". Este programa venderá micros a preços populares, parcelados em 24 vezes, e oferecerá acesso à internet com valor reduzido para a população da classe C, que corresponde hoje a um universo de 7 milhões de domicílios em todo o país.

Apesar de não estarem ainda definidos, os juros deverão ser de 2% ao mês, o que daria uma prestação em torno de R$ 74 para o consumidor. Três empresas de telefonia fixa fornecerão 15 horas de conexão discada para esses usuários por R$ 7,50 mensais.

Dúvida

O artigo mostra a questão que envolve a adoção de software livre ou programas proprietários no programa "PC Conectado" --algo que ainda não foi definido pelo governo.

Em meados de março, o Laboratório de Mídia do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) recomendou ao governo adotar programas de código aberto para colocar o programa em prática.

"Nós defendemos o uso de software livre de alta qualidade como oposição ao uso de versões reduzidas de programas proprietários de custo maior", diz o diretor do laboratório, Walter Bender, em carta ao governo brasileiro.

"O programa precisa ter software livre para ser viável", afirmou ao jornal Sérgio Amadeu, presidente do Instituto Nacional de Tecnologia de Informação. Segundo o "The New York Times", Amadeu disse que o governo não pode gastar o dinheiro do contribuinte para que a Microsoft consolide ainda mais seu monopólio.

"O governo tem a responsabilidade de garantir a existência de concorrência. Para isso, precisamos oferecer às plataformas alternativas uma chance de obter sucesso", afirmou o presidente do instituto.

Os telecentros também são citados na reportagem. "O governo investirá US$ 74 milhões para abrir 1.000 espaços desse tipo em regiões de baixa renda", afirma o jornal. Nesses espaços, os computadores rodarão programas de código aberto e os usuários terão acesso gratuito à web.


A versão original do artigo do NYT tá aqui (requer registro, que é gratuito).

Surrupiei do Boing Boing:

CC-licensed papercraft iPod stand
Piers sez, "Seeing as the new iPods don't come with docks, and no-one wants to spend $30+ on a bit of plastic or metal to stand their iPods on, I've drawn up a template for a simple, functional and attractive iPod stand you can download as a pdf, print out, stick on some card and assemble. It's also released under a Creative Commons licence so anyone can distribute it or make improvements to the design and re-distribute it." Link (Thanks, Piers!)

"Computers are useless. They can only give you answers."
- Pablo Picasso

New Media

28 março 2005

São 16h40. Há pouco mais de 3 horas foi noticiado um terremoto na mesma área que sofreu com o tsunami em dezembro passado. Enquanto CNN, BBC, UOL e Terra vagarosamente publicam algumas novas, a Wikipedia já levantou página especial (em 3 línguas).



Alguns blogs, como o The South-East Asia Earthquake and Tsunami Blog já apresentam alguns depoimentos dramáticos. Não se sabe muito ainda. Mas, de novo, a mídia 'sem cara nem marca' parece ser mais ágil.

O Yahoo! liberou uma versão beta de um mecanismo de busca especializado em conteúdo com "copyright" flexível, ou seja, Creative Commons. Inteligente, o vasculhador permite a busca apenas por material que possa ser utilizado com fins comerciais. Ou ainda a busca de trabalhos que possam ser modificados, remixados e republicados. Acho que ainda estamos um pouco distantes da 'massa crítica' (demanda razoável) por esse tipo de serviço. Mas o fato do 2o maior vasculhador do mundo oferecer tal opção é uma grande divulgação da maior invenção do século XXI: a licença Creative Commons.



Quem usa o Firefox já tem há algum tempo uma extensão bem legal que mostra, na moldura do browser, as configurações da licença CC de determinada página. Quem acompanha o BlueNoir viu que uma gravadora nova, a Magnatune, já disponibiliza mais de 300 discos (de cerca de 170 artistas) com licença CC. Ou seja, todo o portfólio da gravadora pode ser baixado sem medo. Não é pirataria: é divulgação!

Parece que, em ritmo razoável, os 'modern-days sort of communists' (como disse Bill Gates) vão ocupando seu espaço (que não é pequeno).

"No fim tudo dá certo, se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."
- Fernando Sabino

Mil !

27 março 2005

O 1o milhar a gente nunca esquece! Pois é... o Graffiti deixou de ser 'três dígitos'. Com o "Homer no function beer well without" do Homer Simpson no Graffiare #60, o blog atingiu a marca de 1000 visitas. Mas 1000 visitas na web é nada, certo?

Certíssimo! Ainda mais pra um blog que tá há pouco mais de 1 mês de completar seu primeiro aniversário. Mas quem conhece o Graffiti? Depois d'uns 3 meses de conteúdo comecei a divulgá-lo (via e-mail... shit!) pras 4 1/2 dúzia de amigos mais chegados. Só monitoro a 'audiência' do Graffiti (via Site Meter). Ele mantém uma média de 10 visitas por dia (que luxo!). Quando divulgo um post (via e-mail... shit!!) a audiência quase triplica (que show!).

Break: qual não foi minha surpresa quando Steph, princesa do Texas, comentou o post com a frase do Homer!! Princesa do Texas?!?!?! E eu que achava que o máximo do exótico na minha audiência era o Zé Antônio... hehe.
Perguntei pr'ela como achou o Graffiti e ela respondeu: " I don't know how I got there honestly - I look at other blog links - follow them sometimes..." Pois é... acontece. Perguntei usando o comentário num post onde ela perguntava: "Would you fuck me for blow?"... kuakuakua...
Será que a princesa foi a milésima visitante? Merece um prêmio...

As 4 1/2 dúzia de chegados sabem que sou viciado em informação. Já desisti da cura faz tempo. Quando os chegados eram mais chegados a gente costumava trocar e comentar notícias em botecos e afins. O blog foi uma forma de encurtar as atuais distâncias. Gostei tanto que mantenho 3 deles com certa regularidade (os outros 2 são o BlueNoir e o Finito, que é um projeto infinito que anda empacado... hehe).

Mas eu tenho pouco retorno... e isso preocupa. Raramente alguém comenta os posts (será a fama de 'inflexível'?!?! Não pode...)

Não gosto do meio que uso (e-mail... shit!!!) para divulgar notícias que considero relevantes. Acho muito invasivo. Cheguei a prometer que mandaria apenas 2 por ano mas... Não sou político mas esqueci minha promessa. Então vou copiar os 'sites' educadinhos: se vc não quiser mais receber meus posts, manda um e-mail (shit!!!!) pedindo. Te tiro da lista na hora... de boa. No problem... Tks... Inté... snif...


Uai... era só isso?

graffiare #060

24 março 2005

"Homer no function beer well without."
- Homer Simpson

A Cartola e o Coelho

23 março 2005

Dr. Charles Simonyi trabalhou durante 21 anos para Mr. Bill. Deixou 2 'legados' de peso: Word e Excel. Saiu da MS em 2002 para fundar a Intentional Software. Na época achei muito engraçado o nome (a MS tinha acabado de perder a Rational para a IBM), o logo (ou seja lá o q for o cubo no canto da página deles) e a intenção (perdão pelo trocadilho).



Segundo David Berlind, da ZDNet, desde então a empresa opera em 'stealth mode' (?!?!?). Agora, no PC Forum, Dr. Simonyi deu as caras de novo. Atualizou a página principal do seu site também, incluindo novas siglas:

.GP - Generative Programming
.IP - Intentional Programming
.MIC - Model-Integrated Computing


O press-release da época (lembro: 2002), indicava que a intenção do Dr. Simonyi era criar uma espécie de PowerPoint que gerasse código. A Intentional melhorou um pouquinho seu discurso (ou tornou mais clara sua intenção):

It is a verbal conversation and the problem with a verbal conversation is that it is not recorded in a machine-readable form. So that means that it's not subject to machine processing. It need not be an oral conversation. It could be the writing and reading of specs, the presentation of PowerPoint slides, telephone discussions, written notes, and any communication of that sort.... none of these forms of conversation are machine readable or machine processable. So, by making it machine processable, we can ask the programmers that, instead of following the specifications, we can ask them to write a generator -- a program -- that reads the specification and generates the program that they would have written otherwise.


Gosto muito da disciplina "Engenharia de Requerimentos". Sinceramente não creio que nosso GRANDE PROBLEMA esteja no aspecto 'não-digital' das conversas e discussões entre usuários e desenvolvedores. Antes de criar um 'esperanto' (coisa que UML já seria se soubéssemos utilizá-la), deveríamos nos preocupar, pelo menos um pouquinho, com:

.Estruturação e Rastreabilidade dos Requerimentos;
.Agilidade na implementação de mudanças;
.Qualidade das atividades de Coleta e Análise de Requerimentos; e
.Separação dos requerimentos-joio dos requerimentos-trigo.

Pode até ser que saia um coelho bonitinho da cartola do Simonyi (que merece respeito). Mas a sensação de que a Intentional é só outra birra da MS é forte. E eu não acredito em mágicas, "laranjas", MICos (pq não MDA?!?!? C@r@j0!!!)...

"The architect must be a prophet… a prophet in the true sense of the term. If he can't see at least ten years ahead, don't call him an 'architect'."
- Frank Lloyd Wright

"Dirty" Dozen

22 março 2005

Anualmente os editores da Intelligent Enterprise escolhem as 12 empresas mais "influentes" do mercado. Segue a lista de 2005:

1. IBM
2. SAP
3. Tibco Software
4. Business Objects
5. Cognos
6. FileNet
7. NCR/Teradata
8. MetaMatrix
9. Mercury Interactive
10. Fair Isaac
11. Salesforce.com
12. SAS

Outras 48 empresas, distribuídas em 12 categorias, são listadas como "merecedoras de atenção". Artigo completo com avaliação individual das 60 empresas aqui.

A MS anunciou que a próxima geração do Visual Studio vai atrasar um pouquinho. Assim como o novo SQL Server, a nova caixinha de ferramentas deve ser lançada apenas no final do ano. Até aí tudo bem, é normal (particularmente na MS).

Mas acaba de ser publicada também a nova lista de preços do Visual Studio. Saca só:

Team Edition: US$ 3.191
Standard Ed.: US$ 299
Professional: US$ 799
Tools Office: US$ 799
Premium (Assinatura Anual): US$ 2.499
Professional (Idem): US$ 1.199

Ah, tem uma versão para hobbistas, estudantes e curiosos. Chamada Visual Studio Express, vai custar US$ 49.

Nessa altura do campeonato, faz sentido ainda tentar ganhar $$ com ferramentas de desenvolvimento? Depois da 'sacanagem' com a turma do VB6, não era hora de rever toda a estratégia direcionada pra cambada que, no final das contas, é quem dá ou não sentido ao 'monopólio' todo? E pq não um add-on "Visual Studio" para o Eclipse?


ps: Todo mundo sabe que 95% dos desenvolvedores MS nunca pagaram (pelo menos não diretamente) por suas ferramentas de desenvolvimento. Não é pirataria. É parceria mesmo! Daí que faz menos sentido ainda colocar a conta nas costas dos outros 5% (que normalmente são clientes finais e não prestadores de serviços).

"Software suppliers are trying to make their software packages more user-friendly... Their best approach, so far, has been to take all the old brochures, and stamp the words, 'user-friendly' on the cover."
- Bill Gates

A SAP quer tornar o Netweaver uma plataforma de desenvolvimento aberta para parceiros. Deve disponibilizar um SDK (Software Development Kit) em conjunto com um processo que deve copiar as boas idéias do JCP (Java Community Process) e do Eclipse. O cronograma parece não estar definido mas, na minha opinião, a SAP tá atrasada uns 5 anos, no mínimo.

É fato que ERPs, CRMs, SCMs e afins formam uma 'nova' camada na infraestrutura de TI das organizações. É raríssimo ver hoje um projeto de desenvolvimento que não utilize, de alguma forma, tais aplicações como 'fundação'. É certo que boa parte dessas iniciativas é um tanto pobre, por uma série de fatores: a falta de visão de uma ARQUITETURA, a inexistência de SDKs e de modelos abertos são os principais.

Mas a SAP demorou muito para perceber tal demanda. Ela possui cerca de 25 mil usuários no mundo todo, a maioria de grande porte. Mas quanto estas empresas já caminharam sem a 'abertura' e 'consentimento' da SAP? Quantas aplicações compostas (ou Meta-aplicações) já foram desenvolvidas em cima do R/3?

De qq forma, taí a resposta da SAP para a (aparentemente) inevitável adoção de SOA (Services-Oriented Architecture) pelas empresas. Creio que as outras grandes (Siebel e Oracle) seguirão caminhos semelhantes. Saca só o mantra:

"Opening it up is a subtle way to get customers to begin investing again."

Espero que a motivação dos clientes não seja a simples manutenção das 'sagradas vacas leiteiras' dos últimos anos.

"A ocasião faz o ladrão."

SAO PAULO, Brazil--MIT's Media Lab has recommended Brazil install open-source software instead of proprietary software offered by Microsoft on thousands of computers that will be sold to the poor, according to a letter obtained by Reuters on Thursday.

"We advocate using high-quality free software as opposed to scaled-down versions of more costly proprietary software," Walter Bender, director of the Media Lab at Massachusetts Institute of Technology, said in a letter to the Brazilian government. "Free software is far better on the dimensions of cost, power and quality."

President Luiz Inacio Lula da Silva and several ministers may decide as early as this week whether free software or a simplified version of Microsoft's Windows will be installed on computers for a new effort called PC Conectado, or the Connected PC.

The effort aims to sell up to 1 million computers, with costs partially subsidized by the government, to lower-middle-income Brazilians this year.

A decision on which software to install has been delayed several times. Some cabinet members think consumers should have a choice between buying a computer with open-source software and paying slightly more for a machine with Microsoft software. They think this approach would make sense to reach consumers who are already familiar with Microsoft software.

But free-software advocates within Lula's administration believe Microsoft should be excluded from the program.

Brazil, the world's fifth most populous country and a growing economic power, has taken a prominent role in the so-called free software movement, an effort that champions free computer operating systems like Linux as an alternative to Microsoft's Windows program.

Many government agencies are migrating to Linux to cut millions of dollars in software licensing costs.

"Since sustainable economic growth lies in contributions to the creative and knowledge-based economy, it is obvious to us that the best path is providing the greatest possible saturation," Bender and the co-author of the letter, Research Scientist David Cavallo, said. "It is also obvious that the most powerful technology at the lowest cost provides the greatest penetration."

Bender and Cavallo also said open-source software cheaply allows for the development of a skilled community of software writers.

"If the source code is proprietary, it is hidden from the general population. This robs them of a tremendous source for learning," the authors said.

"(Open) source serves not only as an example of programming ideas and implementations, but also the development community serves as an accessible social learning community of practice."

A Microsoft spokesman in Sao Paulo declined to comment.

Story Copyright © 2005 Reuters Limited. All rights reserved.

Seis mio, Ladrão!!

17 março 2005

Tem dia que o graffiare imediatamente anterior tem tudo a ver com o post principal. Mr Dagomir Marquezi, articulista da INFO Exame, perdeu uma excelente oportunidade de ficar quieto.

Seu mais novo artigo, "Truco, Cerveja e universidade", é um show de pré-conceito, desinformação e dicas nulas. Tudo indica que seu alvo principal era o governo Lula e, em especial, as novas políticas do Ministério da Educação. Só que Mr Dagomir parte de um artigo da Folha (22/fev/05) que mostrou botecos lotados de estudantes, jogando truco e tomando cerveja às 9 da matina.

Mr Dagomir pega os bebuns precoces e generaliza. Parece que toda a estudantada de Pindorama vive em botecos. Aí, de repente, nosso sistema educacional é mofado; nossas políticas de "inclusão digital" míopes; nossa utopia é velha e mal guiada (sic). E, por isso tudo, nossa estudantada enche a cara e joga truco. Finaliza o artigo com uma pérola (de moralista mofado): "...se beber, não estude. Se estudar, não beba". Vish!

"Educação" é a maior dívida social de Pindorama. Com certeza temos muito o que melhorar. Temos muitos a incluir. Outros tantos a orientar e motivar.

Meu relacionamento com o mundo da "estudantada" é muito menor do que eu queria. Hoje, por coincidência, estarei com parte deles. É a 2a visita do ano. Correndo o risco de ser simplesmente taxado de demagogo (ou bobo): é um ambiente muito motivador. Estudantada e professores com cara de "quero mais", depois de mais de 1h30 de blábláblá e nhenhennhén meu. Um terreno vasto, super sadio, ávido por novas idéias e experiências.

São unânimes? Lógico que não. Os tomadores de cerveja e/ou jogadores de truco sempre estiveram por aí. Continuarão por aí. E daí?

"Quando falares, cuida para que tuas palavras sejam melhores que o silêncio."
- Provérbio indiano

O Blog do Booch

16 março 2005

Quase um ano de blogagem e acho que nunca citei o cara. Mas Grady Booch é guru [provocador] velho. O melhor livro sobre projetos de desenvolvimento OO ainda é dele, escrito um tempo antes de UML, Rational, RUP e afins: Object Solutions.



Booch mantém um blog, um tanto ambicioso. Está desenvolvendo ali o projeto 'Handbook'. Ainda tá no início, mas dois artigos da seção "Arquitetura" foram suficientes para colocá-lo na seção 'Graffiare & Pizzas' ali do lado:

.Limits-Forces

.Metamodel



Muito benvindo, ainda mais agora que parece que a IBM descontinuou o 'TheRationalEdge', revistinha que contava com colaborações muito ricas do Booch.

* bug, n: An elusive creature living in a program that makes it incorrect. The activity of "debugging", or removing bugs from a program, ends when people get tired of doing it, not when the bugs are removed.
- "Datamation", January 15, 1984

É assim que Jason Matusow, diretor da Iniciativa 'Shared Source' da Microsoft, encerra seus posts em seu recém-lançado blog. Pq? Pq ele está falando em nome da MS. Mas não pode comprometê-la. É normal, nada contra.

Sou 'contrário' mesmo ao teor "pragmático" do blog. Fechado, sem garantias ou direitos, ele quer provar que a MS é mais aberta que qq iniciativa de Software Livre. Ficou engraçado vê-lo surrupiar trechos da Encarta para definir a palavra 'open'. Pena que já começou contaminado. E não pode dar um mínimo deslize do tipo que só cometem os 'comunistas modernos'. Que fria, hem Jason?


(ps: This posting is provided "AS IS" with no crying and no candles :))

Ontem vi uma notícia (que nem merece link) d'um instituto de pesquisa dizendo que 'blogs' são nocivos para as empresas. São nocivos pq funcionários insatisfeitos podem utilizá-los como 'arma'. Pode? Aquelas cabecinhas de 'check-list' realmente acham que a proibição de 'blogs' tornará seus funcionários menos infelizes? Ou será que acham que ele não conseguirá externar suas decepções de outra forma? Que tristeza! Incrível como em pleno século XXI perduram e mantém espaço (na mídia) os piores tipos de neo-luditas que conheço: aqueles que não querem de forma alguma ver o óbvio.

Sorte que existe o outro lado. Que por fazer a coisa bem feita, merece mais espaço (na mídia). O mais comentado hoje é o FastLane, blog da GM utilizado para divulgação do novo Cadilac. A GM já percebeu que 'Blog' é meio (mídia!). No caso da GM, um meio que de forma absurdamente simples promove interação direta com clientes e futuros clientes.

Os 'cabecinhas de check-list' devem perceber isso daqui uns 5 anos. Aí vão se preocupar em montar 'guias de estilo', 'códigos de etiqueta' e outros 'lists' que devem garantir o 'bom uso dos blogs'. Longa vida aos 'cabecinhas'. O mundo seria muito sem graça sem eles...

"O primeiro mandamento de todo grande explorador é: uma expedição tem sempre dois pontos - o de partida e o de chegada. Se se deseja fazer o segundo ponto em teoria coincidir com o ponto real, não se deve hesitar a respeito dos meios (a expedição é um espaço hipotético que termina onde termina, então devem existir tantos meios para chegar ao ponto final quanto existem meios para se alcançar um fim dado. Quer dizer, os meios são infinitos)."
- Ernesto Che Guevara (De Moto pela América do Sul)

Outro Tiro no Pé?

14 março 2005

A MS anunciou que vai 'descontinuar' o VB6. Parte da comunidade está reclamando. Com razão:

.Ainda há muito código VB6 (ou anterior) espalhado por aí;
.A transição para o VB7 (.Net) é árdua (tanto para profs quanto para apps);
.A curva de aprendizado não vai encolher por 'decreto'.

O VB é um marco na história das linguagens de programação. Muitos dizem que o Windows deve muito de seu sucesso ao VB, que facilitou e popularizou o desenvolvimento para 'janelinhas'.

Por outro lado, a MS sabe que quanto mais sobrevida der para seus produtos da geração anterior (pré .NET e XP), mais e maiores serão suas dores de cabeça. Decisão difícil. Mas creio que será sensível aos apelos da comunidade VB. Não se abandona milhões de desenvolvedores assim.

"Escrevo sem pensar, tudo o que o meu inconsciente grita. Penso depois: não só para corrigir, mas para justificar o que escrevi."
- Mário de Andrade

A MS vai definitivamente incorporar a Groove Networks. A Groove surgiu há uns quatro anos mais ou menos, oferecendo um tal "escritório virtual". A possibilidade de acessar recursos de uma estação de trabalho em qualquer lugar, a qualquer momento, é o grande chamariz da Groove (que sempre utilizou tecnologia MS, diga-se de passagem). Além, é claro, do perfil "Colaboração" do produto. O que eu estranho é a grande similaridade de alguns recursos com o recém anunciado Live Communications Server.

Redmond, comendo pelas beiradas, monta sua estratégia para clientes ricos, flexíveis, facilmente gerenciáveis e acessíveis de qualquer lugar. Monta elogiável portfolio para brigar no mundo da 'Colaboração' (coisa que o Exchange sempre prometeu e nunca cumpriu de maneira satisfatória). O único concorrente de peso (ainda muito leve dada a falta de aplicações) é o IBM Workplace. Desenha-se uma briga legal.

ops... Um dos fundadores da Groove é Ray Ozzie. Nos anos 80 Ozzie criou o Lotus Notes. Que hoje é o IBM Workplace. ops...



A imagem aí eu surrupiei do blog do (cerca)Lorenço Lessig. É de autoria do advogado brasileiro Pedro de Paranaguá Moniz o manifesto do título. Divulgado pelo BoingBoing, já recebeu pouco mais de 300 assinaturas. Nem metade delas é de Pindorama ?!? Abaixo trecho inicial do Manifesto:

Carta Aberta à Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU)

Dr. Kamil Idris
Diretor Geral
Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI)
Chemin des Colombettes 34
1211 Genebra – Suíça

Nós, construtiva e respeitosamente, invocamos a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) para se reformar nos seguintes moldes:


Chamada para Reforma


Exigimos TRANSPARÊNCIA nas deliberações da OMPI e enfaticamente rejeitamos qualquer tipo de representação desproporcional.

Ainda, invocamos uma imediata PARTICIPAÇÃO da sociedade civil e de organizações não governamentais (ONGs) nas atividades da OMPI. Especificamente, mas não apenas, à aceitação de pedidos de ONGs para serem observadoras ad hoc na próxima Reunião Intergovernamental Inter-sessões (Inter-sessional Intergovernmental Meeting - IIM) de 11-13 de abril de 2005, e para o Comitê Permanente de Cooperação para Desenvolvimento Relacionado à Propriedade Intelectual, a realizar-se em 14-15 de abril de 2005, a fim de que se promova uma discussão EQUILIBRADA sobre a Agenda de Desenvolvimento e sobre o sistema de propriedade intelectual (PI) como um todo, observando-se equilíbrio entre os interesses dos detentores de direitos de PI e dos consumidores e cidadãos.

Ademais, é imperioso que a OMPI, como uma agência especializada da ONU, responsável pela promoção de atividade intelectual criativa e por facilitar a transferência de tecnologia relacionada à propriedade intelectual aos países em desenvolvimento, com o fim de acelerar o desenvolvimento econômico, social e cultural, cumpra seu papel, que é o de tornar o ACESSO ao conhecimento viável para a humanidade tendo em foco as diferentes necessidades (inclusive as de indivíduos com carência visual e/ou auditiva) e os diferentes níveis de desenvolvimento social e econômico.


Versão completa do manifesto disponível aqui. Se vc se importa, aproveite para assiná-lo.


Se vc quer ter uma breve idéia do tipo de sacanagem que tem ocorrido em tal debate, siga lendo:

Ademais, a OMPI organizou uma reunião informal de dois dias em Casablanca, Marrocos, nos dias 15 e 16 de fevereiro de 2005, para discutir a harmonização das leis de patentes ao redor do mundo, convidando apenas o Brasil e mais nenhum outro país do grupo que co-patrocinou a Agenda de Desenvolvimento.

Nessa reunião, a Índia, um dos tradicionais aliados do Brasil em questões de PI, foi convidada para presidi-la. Nesta posição, a Índia nesta reunião teve efetivamente sua posição neutralizada, uma vez que não é permitido ao país presidente ou moderador “interferir” nas discussões. Isso teve o efeito de isolar o Brasil, bem como fazer parecer para observadores externos que sua posição foi obstrucionista.

Os demais participantes foram escolhidos dentre escritórios nacionais de patentes, organizações representantes da indústria detentora de direitos, e outros países que foram passivos nos debates da OMPI sobre a Agenda de Desenvolvimento, ou que já estão comprometidos com regimes “TRIPs plus” (mais radicais e abrangentes) de patentes, como parte de seus acordos bilaterais ou regionais. Isto desequilibrou ainda mais o debate, isolou ainda mais o Brasil, único convidado proponente de regimes de patentes menos restritivos.

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Há doze dias (*2) a notícia do Seminário Internacional sobre PI e Desenvolvimento, aberto ao público, a ser realizado nos dias 02 e 03 de maio de 2005, desapareceu do website da OMPI. Esta reunião está sendo organizada juntamente com a OMC, OMS, UNIDO e UNCTAD, tal como proposto na Agenda de Desenvolvimento. A abrupta retirada deste anúncio conta negativamente para a transparência e compromisso da OMPI em prol da ampla participação em suas deliberações. A resolução da Assembléia Geral da OMPI, de 04 de outubro de 2004, expressamente prevê que este seminário deveria ser aberto à participação de todos os interessados, incluindo ONGs, sociedade civil e acadêmicos.


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Quem leu a penúltima edição da Exame viu quanto $$ rola só no lado 'entretenimento' do tema Propriedade Intelectual. Obviamente que a ilustríssima publicação da Abril (assim como quase todos os órgãos de imprensa tupiniquins) ignorou a reunião da OMPI e tudo que vem rolando. O eterno espírito de vira-lata ou medo de incomodar "prováveis futuros patrões"?

"The answer is never the answer. What's really interesting is the mystery. If you seek the mystery instead of the answer, you'll always be seeking. I've never seen anybody really find the answer-- they think they have, so they stop thinking. But the job is to seek mystery, evoke mystery, plant a garden in which strange plants grow and mysteries bloom. The need for mystery is greater than the need for an answer."

- Ken Kesey

Realmente (nós) techies adoram(os) debater conceitos e definições. Mas o debate extenso é só mais um sintoma da 'inocência' e novidade do tema. Daqui pouco tempo todos (ou quase) estarão trabalhando em torno de uma definição comum. Só não podemos abrir mão de tal definição, como o artigo original pode fazer entender. Afinal, como justificar um projeto (que não será pequeno muito menos barato), sem a definição clara e simples de seus objetivos?

A definição pode ser ultra econômica, como a sugerida por Michael Platt:

.Um Modelo [ou Abstração]
.De Funcionalidades de Negócios [ou Serviços]
.Independentes [ou com Aclopamento Fraco]

Ou pode ser classuda e bem completa como a de Arun Candadai:

"SOA is a method of conceptualizing, designing, and building applications by assembling reusable building blocks, each of which is usually represented as a service. At the core, an SOA framework contains a set of services and other infrastructure resources whose interfaces evolve gradually and allow for applications to use them in a manner that is independent of the implementation protocol. To realize true IT and business agility, SOA-driven applications will need to employ an SOA implementation framework consisting of a formal methodology and a set of programmatic interfaces that are dynamic and scalable enough to meet changing and complex business requirements."

Sendo mais ou menos verborrágico, o importante é não gastar muito tempo definindo SOA e, principalmente, justificando SOA na sua organização. Agora prepare-se para muito debate em torno do "how to do SOA right". Os 7 erros destacados nesta singela série não formam nem o pico da ponta do iceberg. Um bom ponto de partida é o livro "Enterprise SOA - Service-Oriented Architecture Best Practices", de Krafzig, Banke e Slama.




Hoje não tem 'moral da história'. Em seu lugar, o 'Resumo da Ópera':

Poucos projetos pioneiros (desconheço qq iniciativa SOA em solo tupiniquim) já nos permitem discutir alguns erros comuns, razão da existência desta série:

Mistake #1: Arguing about what SOA is rather than how to do SOA right
Mistake #2: Confusing Web Services and SOA
Mistake #3: Putting SOA entirely in the hands of the IT department
Mistake #4: Thinking you can buy SOA from a vendor
Mistake #5: Building SOA from scratch
Mistake #6: Waterfall SOA projects
Mistake #7: Making SOA too difficult

SOA é nossa mais nova oportunidade de realizar o amarrotado e desbotado "Alinhamento Estratégico com o Negócio". Ainda carrega de carona promessas secundárias como:

. Re-utilização de ativos de software;
. Padronização e simplificação dos projetos de Integração;
. Agilidade, Agilidade, Agilidade...

Em breve espero lançar outras séries, destacando benefícios e melhores práticas em projetos SOA. Por enquanto reforço minha aposta em 3 Siglas de Três Letras (STLs) que, se bem Vendidas e bem Compradas, podem finalmente colocar as organizações de TI em geral (e os projetos de desenvolvimento em particular) em outro patamar de qualidade:

. SOA (Service-Oriented Architecture):: pq pode, finalmente, tranformar nossas saladas e spaghettis em algo que mereça o nome "Arquitetura";
. MDA (Model Driven Architecture):: pq pode, enfim, tornar o desenvolvimento de sistemas algo mais inteligente e flexível; e
. RAS (Reusable Asset Specification):: pq pode, antes tarde do que nunca, fazer com que Ativos de Software sejam administrados como Ativos e não como um 'mal necessário'.

"Queda definitiva, só de avião."
- Nizan Guanaes

"Os sites das companhias aéreas vão subir de novo... um dia... podes crer"
- PV

Agorinha mesmo comentei uma notícia do Washington Post, que colocava o Brasil como ameaça ao domínio estadunidense na seara TIC. TSC, tsc... Saca só gráfico que o UOL acabou de publicar:



O Brasil passou de 39º para o 46º lugar no ranking para o período 2004-2005, ficando atrás do Chile --país latino-americano melhor posicionado no ranking, em 35º lugar. Outros países que estão à frente do Brasil são Malta (28º), Tunísia (31º), Eslovênia (32º), Bahrein (33º), Chipre (37º), Hungria (38º) e Jordânia (44º).

Web Services are standards-based interfaces to software functionality, while SOA is software architecture oriented toward Services. The definition of architecture is the fundamental organization of a system embodied by its components, their relationships to each other and to the environment and the principles guiding its design and evolution (from IEEE). Web Services alone can reduce the cost of integration, but will no more give you SOA as having a pile of lumber and nails will give you a house. In fact, it's possible to have one without the other -- although building SOA without Web Services will more than likely lead to bad SOA, because achieving loose coupling in the face of heterogeneity is far more difficult without the use of open standards.

Se fosse pra dar um chute eu diria que a construção de Web Services não representa 10% do trampo de um projeto de implementação SOA. Na verdade algumas ferramentas já prometem fazer boa parte do Serviço de forma automática. Em um projeto SOA de VERDADE é difícil fazer tal confusão. Ela existe mais no marketing "cascata" de alguns fornecedores.


Moral da história: "Não confunda alhos com bugalhos".

Saca só trecho de artigo de hoje do Washington Post:

Leaders of high-tech companies said Tuesday the United States risks losing its competitive edge without significant new investments in education, research and development and the spread of broadband technology.

"The world is changing a little bit, and frankly there is a significant amount of concern that if we don't make some adjustments, follow the right public policies, do some things that are important, we could find ourselves very quickly losing the advantage we've had for so long," Rick White, president and chief executive of high-tech lobby TechNet, said at a press conference.



The Palo Alto, Calif., group represents about 200 high-tech leaders, including Microsoft, Intel Corp., Cisco Systems and Hewlett Packard. TechNet made its annual lobbying trip to Capitol Hill on Tuesday to meet with Cabinet members and congressional leaders.

White and other TechNet officials cited some troubling indications that the United States is falling behind in high-tech development:

-Some 7 percent of U.S. households have broadband access, compared with 30 percent in Korea, 20 percent in Japan and over 10 percent in France.

-U.S. investment in research and development has stayed flat for the last three decades, while it has grown significantly in competitors such as Brazil, India, China and Israel.

-Students in the United States are behind their counterparts in other countries in math and science, and some Asian countries are graduating five times as many engineers.


Amazing!! Investimento de Pindorama em P&D?? Onde? Kd?
Será que eles sabem que empresário de Pindorama pede incentivo fiscal pra investir em P&D? Que fusão aqui é bancada pelo BNDES?

Artigo completo aqui.

"Real Programmers don't believe in schedules. Planners make up schedules. Managers "firm up" schedules. Frightened coders strive to meet schedules. Real Programmers ignore schedules."

O artigo original da ZAPThink vai direto ao ponto: The true "meta-requirement" for SOA is to build an architecture implementation that addresses ever-changing business requirements. Line-of-business must drive such a meta-requirement.

Definitivamente os projetos SOA não podem ser guiados pelas organizações de TI. Vamos deixar claro que por 'projetos SOA' estou falando de cada processo de negócio sendo convertido no tal 'serviço'. Na situação ideal o projeto é capitaneado pelo 'dono' do processo de negócio. Aqui o bicho pega: 96,38% de nossas organizações só enxergam árvores hierárquicas quando se olham no espelho. Os 'capitães' são donos de departamentos, não de processos de negócio. Não entendo a razão de tanta resistência para a implementação de desenhos mais horizontais em nossas organizações. De qualquer forma, o problema aqui é fazer com que uma pessoa "do negócio" seja dona de determinado processo de negócio, futuro "serviço". É uma questão de escalabilidade também. TI nunca dará conta de 20 e poucos processos de negócio. Em empresas médias podemos ter mais de 100 processos candidatos a se transformarem em serviços!!

O desenho geral da arquitetura (subconjuntos 'Aplicações' e 'Arquitetura Tecnológica', como mostrei no 1o post da série) continua sendo responsabilidade exclusiva da área de TI.

A moral da história de ontem era "segura que o filho e seu". Pois bem, lembre-se que TI é a mãe. E os LOB's (linhas de negócios) são os diversos pais da criança. Como ainda não inventaram inseminação artificial para a implementação de SOA, devemos nos lembrar que o principal fator crítico de sucesso de um projeto SOA é o entrosamento entre a turma do 'negócio' e os caras de TI.


Moral da história: "O olho do dono é que engorda o boi."

Outro "Problema" interrompe nossa série sobre "Enganos em projetos de implementação de Arquiteturas Orientadas a Serviços (SOA). A importância das más e boas notícias abaixo justifica a interrupção (que vai durar 1 post só):

SOA's long, hard slog

The SOA movement, we should recognize, has its share of skeptics. However, the skepticism is more about the pace of SOA change than the likelihood of SOA’s arrival.

In a post on SandHill.com, Mike Nevins, former managing partner over McKinsey’s high tech practice, contends that "widespread deployment" SOA will be slow to come because of "weak business processes" among other problems.

As Nevins puts it: "SOAs will work well when they can automate business processes that: are well characterized; exhibit little or no variability; meet current and growing regulatory requirements for financial control, privacy and the like; and provide appropriate levels of security. Many processes fall short on one or more of these dimensions and are propped up by compensating controls and manual interventions. These band aids work in the circumscribed user communities that use these processes every day. They typically do not scale to the new and less predictable user groups who might access them via SOAs."

Nevins also thinks the conservative resistance of IT organizations (which tend to have pretty staid budgetary and investment practices) and the fragmentation of current data will be problems for the SOA movement.

"That’s the bad news," he concludes. "The good news is that all three of these issues need to be addressed anyway. The better news is that tools and approaches to fixing these problems are available and growing in number and use. Process mapping and meta data generation methodologies are being developed and deployed by startups and established players. The leaders in new approaches to running an IT shop have created best practices that others can copy and build on."


Surrupiei de Britton Manasco, em blog da ZDNet.

O Yahoo! tá fazendo 10 anos de vida. E lançou um site especial para comemorar, destacando 100 fatos marcantes da década que passou. Vale um passeio:

http://birthday.yahoo.com/netrospective/

"There are 10 kinds of people in the world, those that understand binary and those that don't."

Taí um risco que existe em todos os projetos de TI que afetam o "Negócio" de maneira direta. Nenhum, NENHUM fornecedor de tecnologia e ferramentas tem condições de implementar sua Arquitetura Orientada a Serviços. Apesar de muitos já estarem oferecendo algo muito parecido. Vou copiar o artigo original: "comprar as melhores ferramentas não fará de você o melhor carpinteiro".

Vejo projetos de implementação SOA como sendo tão importantes, críticos e trabalhosos como a implementação de ERPs. Eles são inclusive mais abrangentes que os ERPs, já que podem promover uma extensão dos sistemas internos para todo o ecosistema o qual a organização participa. Mesmo lançando mão de consultorias especializadas as empresas precisarão alocar equipes internas. O domínio dos processos de negócio é vital para o sucesso da empreitada. Esperar que consultores 'genéricos' absorvam tal conhecimento em tempo de projeto é um luxo que pouquíssimos poderão arcar (em sã consciência).


Moral da história: "Segura que o filho é seu!"

Antes de seguir nossa série sobre 'cagadas' em projetos de implementação de Arquiteturas Orientadas a Serviço um breve comentário sobre dois artigos publicados nesta semana. Terry Schurter, da BPM Today, sugere uma visão mais ampla do conceito SOA. Chega a falar em POA (Process-Oriented Architecture). Quem viu meu 1o post da série sabe que minha visão é semelhante. Mas Britton Manasco, que trata do tema pela ZDNet, tem uma visão um pouco diferente. Para ele, SOA é um subconjunto da visão proposta pelos evangelistas do BPM (Business Process Management) e do tal e novo POA.

A discussão pode ser longa. E é só mais uma amostra da 'inocência' e 'infantilidade' da nova seara. Vamos passar ainda uns 2 anos aprendendo o básico. Por sorte existem os 'early adopters', que nos permite discutir os tais 'SOA Mistakes', tema original deste post. Vamos lá:


Construir SOA do 'zero' e 'na unha' é o erro de hoje. SOA não nasce do zero porque o que ela propõe é a extensão e/ou atualização de aplicações existentes. Há mais que isso, se olharmos a "Arquitetura de Negócios" e a "Arquitetura Tecnológica", como mostrei no 1o post. Há revisão dos processos de negócio e da arquitetura tecnológica que deve suportar os novos "serviços". Mas o grande produto de projetos SOA é o que o Gartner chamou de "meta-aplicação". Pegamos uma funcionalidade de nosso ERP, por exemplo, e a transformamos em um "serviço", que pode ser utilizado por outras aplicações, internas ou externas. Porisso não se faz SOA "do zero".

Mas é possível montar SOA 'na unha'. Desde que a organização tenha um servidor de aplicações qualquer (isso mesmo, QUALQUER), nada impede que ela hospede nele um novo "serviço" escrito em Java (com o programador usando o avançadíssimo Notepad!). Nada impede. Mas, é claro, existem diversas ferramentas menos arcaicas para o desenvolvimento de serviços. Vide o portfólio da IBM, Bea e MS, principalmente.

Ou seja, se realmente alguém cometeu tal engano (building SOA from scratch) é pq além de "coçar a orelha direita com a mão esquerda", esse alguém não liga muito para agilidade, cronogramas e outras coisas chatas assim.

Moral da história: Não reinvente a roda, por favor!

A 'recompensa' já vale na China. Logo deve aparecer em Pindorama também. Se vc confessar pra MS que tua cópia de Windows é pirata e dedurar o 'capitão Gancho', ganha 50% de desconto numa cópia oficial! Wow!!

"You're only as young as the last time you changed your mind."
- Timothy Leary

A seleção de um modelo de ciclo de vida inadequado não é uma exclusividade dos projetos de implementação SOA. Estão em todos os lugares, em todos os tipos de projetos. De sistemas transacionais a projetos de BI (Business Intelligence). É impressionante nossa incapacidade para assimilar uma forma diferente de elaborar a solução de problemas.

É fato que em nenhum projeto teremos uma base consolidada e perene de requerimentos. Ainda mais nas fases iniciais. Quando adotamos o modelo 'cascata' (que no popular significa MENTIRA) estamos nos obrigando a compreender TODOS os requerimentos do projeto em seus primeiros dias (semanas ou meses, tanto faz). Pior: estamos obrigando nossos 'fregueses' a terem TOTAL domínio de tudo que eles esperam do sistema! Aí a gente finge que entende e eles fingem que estão seguros. Cascata!!

Um modelo de ciclo de vida para desenvolvimento de sistemas que seja iterativo (cíclico) e incremental faz mais sentido em 99,99% dos projetos. Por duas razões muito básicas:

1. Ao invés de punir o erro, tal modelo incentiva sua ocorrência. Força que os erros ocorram o quanto antes (quando são muito mais baratos, $$ e emocionalmente falando).

2. O 'freguês' ganha contato com seus 'produtos' logo no início do projeto, ao contrário do que ocorre nas 'cascatas' e afins. Não há artefato melhor para o 'freguês' acompanhar a evolução do projeto do que o próprio Software, oras!


A principal barreira que impede a adoção de modelos iterativos e incrementais é cultural. Incentivar erros!?!? Desde o pré-primário somos punidos e avaliados pelos erros que cometemos. Como inverter tal lógica nessa altura do campeonato?

Não será fácil. Mas é necessária. E não é nada que boas conversas com o 'freguês' e toda a equipe do projeto não resolva.

Moral da história: "O que é combinado não é caro."

"There is no course of life so weak and sottish as that which is carried on by rule and discipline."
- Michel de Montaigne

Comecei de cabeça para baixo. Ontem falei que ia comentar os 7 erros mais comuns nas 'pioneiras' implementações de Arquiteturas Orientadas a Serviços. Vamos ao #7: Coçando a orelha esquerda com a mão direita.

Toda novidade da nossa área é sempre marcada por dois falsos rótulos: 1) é a solução para TODOS os nossos problemas; e 2) é um bicho de sete cabeças. Donde sai tanta mentira: marketing e vendas, oras! Solução para todos os problemas todo mundo quer. A complicação faz parte do jogo de "alocação" de zilhões de "especialistas" caríssimos.

SOA, o conceito, tem tudo para funcionar como o "descomplicador" das estruturas e organizações de TI. Na verdade, há pouquíssima inovação tecnológica por trás do conceito. Nosso maior desafio é desatar os quase infinitos nós de nossas estruturas (pouquíssimas merecem o título "Arquitetura"). Vamos ao básico:

A organização como um todo e TI em particular devem ter uma visão bem clara de sua "Arquitetura". São três conjuntos:

I - Arquitetura de Negócios: Mapa completo de todos os nossos processos de negócios e suas relações com o mundo exterior. Cada atividade deve destacar os recursos necessários para sua execução, tempo de ciclo, custo, valor agregado e outras informações. "Nossa! Mas eu vou levar a vida inteira para ter tal 'mapa'!". Pois é, a eterna desculpa. Já desperdiçamos 'n' oportunidades para começar a tecer tal 'mapa': implementações de ERPs, CRMs e afins; projetos de reengenharia (!) etc etc. O fato é que sem tal visão, como falar de Gestão dos Processos de Negócios (BPM), Indicadores-chave dos Processos (KPIs), Balanced Scorecard etc etc?? É impossível!

Pronto! Tá aqui eu tornando SOA (MUITO) difícil! Acontece que não podemos ter a ilusão de lançar uma iniciativa que cubra TODOS os processos de negócio de uma empresa em uma tacada só. "Toda longa jornada começa com o primeiro passo", ai que gênio... Vamos mapear o primeiro! Como manda o figurino. Vamos tratar o primeiro processo de negócio como Vitrine, Patrocinador, Alavancador (sic) de Aumento! Vamos começar, pôxa!!


III - Arquitetura Tecnológica: (opa! Errei a conta não. Segue lendo que vc vai entender). Taí a parte mais "fácil" da empreitada: Conhecer sua arquitetura tecnológica. Ativos de hardware e software, capacidade, distribuição, taxa média de utilização, planos de atualização etc. Dado o perfil "ativo fixo e muito tangível" da maioria de nossos CIOs, é de se esperar que o domínio da Arquitetura Tecnológica não demande nenhum esforço hercúleo.


II - Arquitetura de Aplicações: por fim a "cola" que une aquela parafernália caríssima (Arquitetura Tecnológica) com nossa razão de existir (Arquitetura de Negócios). É aqui que deve ocorrer o maior impacto de uma implementação SOA. Nossas aplicações, até então vendidas/compradas, distribuídas e utilizadas como 'monolitos' devem passar a oferecer e executar "serviços". Mas que porcaria é esse tal "serviço"? Oras, simplesmente uma Atividade ou Processo de Negócio! A emissão de uma ordem de compras, solicitação de visita do suporte técnico, agendamento de férias, reserva de sala de reuniões, e por aí vai. Qualquer Atividade ou Processo de Negócio pode virar um "Serviço". Mas falaremos mais sobre isso nos próximos capítulos da série "SOA Mistakes".

O importante aqui é não se deixar enganar: uma iniciativa de implementação de uma Arquitetura Orientada a Serviços não pode ser vista como algo simples como "fincar prego no angu". Será MUITO trabalhosa. Mas não se trata de nada complexo. Na verdade, qualquer sinal de complexidade em projetos desta natureza deve ser visto como um sintoma de que algo está errado.


"Feijão com arroz" :: SIMPLICIDADE!
É a primeira 'moral' dessa longa história.

No início os projetos de Enciclopédias eram esforço de um homem só. Aristóteles exemplifica bem o modelo. Depois, desde antes de mil e pedrinha até o final do século XX vigorou o modelo de equipes de especialistas. A Encyclopædia Britannica é o melhor e maior exemplo deste período. Desde o final dos anos 90 a Britannica fatura mais com assinaturas Web do que vendendo seus pesados livros. Mas a forma de atualização da enciclopédia não mudou muito.

Eis que entra a 3a geração, representada pela Wikipedia. Como nos projetos de Software Livre, trata-se de um esforço voluntário que desconhece localização, classe, especialidade, formação. Vale a Contribuição.



O que muita gente não sabe é que a Wikipedia é só a ponta do iceberg. Sob o 'guarda-sol' da WikiMedia, há vários outros projetos: dicionários, diretório de espécies, livros, notícias e um repositório de mídia Livre (Creative Commons). Há também o WikiQuote, coletânea de frases famosas, citações, provérbios. Belíssima fonte para meus Graffiares e para o novo Scratchs, do BlueNoir.

O que muita gente precisa saber é que a Wikipedia é mais que uma fonte "gratuita" de informações. Trata-se de um modelo que nos permite ser bem mais que meros "consumidores" de informações. Extenso artigo da Wired mostra porque a Wikipedia funciona. E porque ela veio para ficar.

Faltou dizer: toda a infraestrutura de software que segura os projetos da WikiMedia são baseados em Software Livre (MediaWiki). Precisava?

"If we knew what it was we were doing, it would not be called Research, would it?"
- Albert Einstein

Microsoft's leafy corporate campus in Redmond, Washington, is beginning to look like the streets of New York, London and just about everywhere else: Wherever you go, white headphones dangle from peoples' ears.

To the growing frustration and annoyance of Microsoft's management, Apple Computer's iPod is wildly popular among Microsoft's workers.
"About 80 percent of Microsoft employees who have a portable music player have an iPod," said one source, a high-level manager who asked to remain anonymous. "It's pretty staggering."

Artigo da Wired. Versão completa aqui.

A ZAPThink acabou de publicar artigo com enganos mais comuns nos projetos de implementação de Arquiteturas Orientadas a Serviços. Versão resumida:

Mistake #1: Arguing about what SOA is rather than how to do SOA right

Mistake #2: Confusing Web Services and SOA

Mistake #3: Putting SOA entirely in the hands of the IT department

Mistake #4: Thinking you can buy SOA from a vendor

Mistake #5: Building SOA from scratch

Mistake #6: Waterfall SOA projects

Mistake #7: Making SOA too difficult

Beleza! Vou fazer uma série comentando cada tipo de engano. Amanhã eu começo.

"Lots of folks confuse bad management with destiny."
- Kin Hubbard