Antes de seguir nossa série sobre 'cagadas' em projetos de implementação de Arquiteturas Orientadas a Serviço um breve comentário sobre dois artigos publicados nesta semana. Terry Schurter, da BPM Today, sugere uma visão mais ampla do conceito SOA. Chega a falar em POA (Process-Oriented Architecture). Quem viu meu 1o post da série sabe que minha visão é semelhante. Mas Britton Manasco, que trata do tema pela ZDNet, tem uma visão um pouco diferente. Para ele, SOA é um subconjunto da visão proposta pelos evangelistas do BPM (Business Process Management) e do tal e novo POA.
A discussão pode ser longa. E é só mais uma amostra da 'inocência' e 'infantilidade' da nova seara. Vamos passar ainda uns 2 anos aprendendo o básico. Por sorte existem os 'early adopters', que nos permite discutir os tais 'SOA Mistakes', tema original deste post. Vamos lá:
Construir SOA do 'zero' e 'na unha' é o erro de hoje. SOA não nasce do zero porque o que ela propõe é a extensão e/ou atualização de aplicações existentes. Há mais que isso, se olharmos a "Arquitetura de Negócios" e a "Arquitetura Tecnológica", como mostrei no 1o post. Há revisão dos processos de negócio e da arquitetura tecnológica que deve suportar os novos "serviços". Mas o grande produto de projetos SOA é o que o Gartner chamou de "meta-aplicação". Pegamos uma funcionalidade de nosso ERP, por exemplo, e a transformamos em um "serviço", que pode ser utilizado por outras aplicações, internas ou externas. Porisso não se faz SOA "do zero".
Mas é possível montar SOA 'na unha'. Desde que a organização tenha um servidor de aplicações qualquer (isso mesmo, QUALQUER), nada impede que ela hospede nele um novo "serviço" escrito em Java (com o programador usando o avançadíssimo Notepad!). Nada impede. Mas, é claro, existem diversas ferramentas menos arcaicas para o desenvolvimento de serviços. Vide o portfólio da IBM, Bea e MS, principalmente.
Ou seja, se realmente alguém cometeu tal engano (building SOA from scratch) é pq além de "coçar a orelha direita com a mão esquerda", esse alguém não liga muito para agilidade, cronogramas e outras coisas chatas assim.
Moral da história: Não reinvente a roda, por favor!
O Graffiti mudou!
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