Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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Há algum tempo eu ando tão coerente aqui no Graffiti quanto um médico fumante. Vivo detonando a MS Mon Amour, incentivando o uso de um sistema operacional (SO) mais LegaL, mas... que vergonha... minha maquininha de trampo e diversão seguia guiada e (des)amparada por aquela coisa chamada "Windows". Pois é, mudei o tempo dos verbos no parágrafo: eu disse "seguia".

Há tempos ensaiava o upgrade, mas uma série de motivos sempre o adiavam: "tenho que ter tempo para refazer toda máquina"; "preciso de tempo e saco para aprender um monte de coisa nova"; "tenho medo de perder algumas aplicações-xodó"; "tenho que me acostumar com a idéia de viver em um ambiente mais 'rude' (menos amigável)". Quanta bullshitagem. Quanto tempo eu perdi!

Na última segunda-feira eu respirei fundo e comecei o processo de reintegração de posse do meu PC. Backup de tudo, CD de instalação devidamente obtido via eMule (não gosto dos gerenciadores de download do Firefox), um último bye-bye para o ambiente que me suporta (no sentido de aturar) diariamente desde o início do ano. Fui...

Optei pelo Kubuntu, o Ubuntu com o ambiente gráfico KDE. Sei lá pq o escolhi. Indico o Ubuntu original, com Gnome. Principalmente para os iniciantes. Sou um iniciante-metido-a-besta. O CD de instalação é também um LiveCD. Ou seja, quando a máquina faz o boot com ele, já dá pra "sentir" o que o bicho é antes de instalar qq coisa. Mesmo considerando todo o tempo que se gasta nas preliminares, como na (re)organização do(s) disco(s) rígido(s), o processo é rápido. E super amigável. Passo por um breve "next-next-finish" (com algumas configurações, como localização, linguagem etc) e depois o bicho anda sozinho. O que vem depois exigiu um pré-req que não vi em nenhum manual de instalação: um babador!

Como toda criança na frente de um brinquedo novo, tentei de cara explorar todas as possibilidades. O processo é mais ou menos assim: abri todos os menus e seus respectivos itens. Gastava menos de 20" em cada opção. 1'30" naquelas mais curiosas. Aos poucos, durante a navegação, você vai adaptando seus vícios "win" para um novo modus-operandi. Aliás, tudo no processo de adaptação é uma constante analogia com aquele outro SO. Dica para os escritores de plantão: um livro "Guia de Migração do WinqqCoisa para Ubuntu" é sério candidato a best-seller. Continuando..

Cerca de uma hora e três babadores depois, já me sentia um novo (power) usuário. Sentindo falta do meu Firefox, já me meti no acachapante processo de instalação e atualização de aplicações do Kubuntu. Saca só:


Ok. Naquele SOzinho tem um tal "Adicionar e Remover programas" que a gente só usa pra "remover" (o que quase sempre resulta em lixo que fica esquecido para sempre em algum canto do disco). A história aqui é muito diferente.

Foram organizados repositórios de aplicações Livres. Eles são acessados via internet (óbvio). Você indica se só quer aquelas aplicações 'atestadas' pelo pessoal que cuida do (K)Ubuntu, se inclui as 'não-atestadas', 'comerciais' e por aí vai. Usando tags ou buscas diretas você pode filtrar as seleções. E solicitar o download e instalação de qq coisa q vc quiser. Precisa dizer que tudo isso é totalmente de graça? Precisa dizer que funciona que é uma beleza? hehe.. O mesmo bichinho aí (que no Ubuntu chama-se Synaptic e é ainda mais legal) cuida de todas as atualizações pra gente. (Ok, igual o tal 'winupdate' mas com uma imensa diferença - o Adept/Synaptic cuida de TODO o seu ambiente, de TODAS as suas aplicações além do próprio SO). Detalhezinho que descobri agora: o Synaptic foi escrito pelo Alfredo Kojima, brasileiro!! Seguindo...

Antes de validar o perfil "trampo" da meu recuperado PC, cuidei de configurar uma das coisas mais importantes do meu "ambiente": SOM! Minha pequena coleção ocupa cerca de 150gb de um dos discos. Meu frio na barriga era: "será que tem algo tão legal e completo como o WinAMP?". Tem! E é superior!?!



Chama-se amaroK o brinquedinho acima. Além de catalogar minha coleção de maneira muito eficiente, o cara usa como ninguém os recursos disponíveis na web. Sabe aquela sidebar azul ali? Pois bem, ela mostra letras, biografia da banda (via Wikipédia), e sugestões de músicas que devem se encaixar bem naquela playlist!! Acho que ele se baseia na Last.fm e na minha própria coleção para elaborar as sugestões. Wathever... It's Fantastic!!

Ok, ok. Tô parecendo uma criança na frente de um novo videogame. E já gastei mais de uma caixinha de lenços descartáveis (não achei babadouros). Aos poucos vou documentando aqui minhas experiências e babações.

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Pronto! Taí o primeiro post do Graffiti redigido numa máquina 100% reintegrada. Tchau invasores, DRMs maledetos, cagüetas famigerados, SOzinhos bugados e licenças draconianas.

Btw, posso revender minha licença de WinXP ou ela tem que ir direto para a recycle bin?


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