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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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Neste exato momento estou atualizando meu desktop: Kubuntu 7.10, "Gutsy Gibbon" para os chegados. Ele saiu na última quinta, 18/out. Não deveria mexer com isso hoje, mas na mesma quinta um acidente não identificado em nossa pelada semanal deixou minha coluna em forma de "C". Perco o final de semana mas não perco a piada: adianto o trampo do upgrade e aproveito para falar um pouco sobre sistemas operacionais (SO's) aqui no Graffiti. Pode não parecer, mas muita coisa importante está acontecendo. O tipo de coisa que estourará (para o bem ou para o mal) dentro de 2 ou 3 anos.

Ainda não posso falar muito sobre o "Gutsy" (está em 15% do processo de atualização). Mas o Adrian Kingsley-Hughes, da ZDNet, já adiantou um comprometedor veredicto: "Um SO doce". Doce?!? Nunca vi ninguém chamar um SO de "sweet".. hehe. Oportunamente comento os avanços (performance, novas aplicações (novo gerenciador de arquivos), busca (!) e um monte de etc, particularmente na versão Server).

Dica: se você precisa atualizar mais de uma máquina, economize banda e energia. Baixe o CD da versão Alternate. Se fizesse a atualização recomendada (100% pela Internet) teria que baixar 930mb para cada máquina. Usando o CD, a gente só precisa baixar 300 e poucos mb para cada máquina.

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Mas eu quero mesmo é aproveitar a oportunidade (e o tempo livre) para falar dos outros SO's, dos dois players principais (MS e Apple, meus dois amores) e a turminha que corre atrás deles.

Tudo indica que a MS resolveu começar a aprender. Caiu a ficha: o Vista beira o limite do impossível. Imenso, truculento e mal educado, em pouco tempo será lembrado como o megalomaníaco-depressivo construído sobre uma arquitetura macarrônica. Então a MS já começa a falar em simplificação, no MinWin e no Singularity. Este último ainda está mais para sci-fi do que para produto. Mas o MinWin é coisa séria: envolve uns 200 desenvolvedores e é a primeira versão miniaturizada do Kernel do Windows.

Para se ter uma idéia: enquanto o Vista ocupa 4gb em disco, com seus 5 mil e tantos arquivos, o MinWin tem só uns 100 arquivos que gastam cerca de 25mb de espaço. Calma, não estou pretendendo que o MinWin seja um SO completo. Mas os números são bastante ilustrativos. Qual a idéia? O próximo Windows, o "Sete Pecados", deve se basear no kernel pós-spa. A MS sinaliza uma mudança radical na forma como vê SO's. Se a MS não fosse uma empresa tão religiosa, teria como plano "B" o uso do Kernel do Linux. E criaria uma "casca" (interface gráfica e todos os outros serviços) que rodasse sem dor em ambas as plataformas. Mas seria pedir demais de Redmond. Enquanto isso...

A Apple Desaprende

Ou aprende com o professor errado: cronograma atrasado, vaporware (promessas não realizadas), obsessão pela propriedade intelectual... Coisinhas que caracterizam a MS agora estão virando norma na Apple. Junte-se a isso a mudança para a plataforma Intel e o tal Boot Camp (que permite a execução do Windows em Macs). Qual é a de Cupertino?

A Apple sempre se caracterizou por inovação e por oferecer soluções completas (Máquina + SO proprietário, iPod + iTunes...). Quando deixa de atender expectativas, abre flancos. Ok, a Apple quer aumentar o número de clientes. Mas o preço é se transformar numa cópia da MS? Se sim, ela falhará. O mundo não tem espaço para duas microsofts. Enquanto isso...

A Peãozada se Move (com passos de cágado)

Com a família Ubuntu com algumas posições de vantagem. Mas as outras distribuições Linux, principalmente Red Hat e OpenSuse, também seguem abrindo seu espaço e aumentando o faturamento. No entanto, ao contrário de MS e Apple, ninguém no universo do Software Livre sinaliza com uma nova estratégia. Ok, Dell, Lenovo e HP abriram seus olhos para o Ubuntu. Mas estão só pegando carona na onda - não estão desenvolvendo novos modelos de negócio. Aliás, pecam até na hora de colocar preço nos brinquedinhos. Uma pena.

Pior ainda é a sensação de que nenhum outro mercado surgiu em torno do mundo Linux, particularmente do Ubuntu. Cadê as ofertas de cursos, cadê as empresas de serviços?

Cada visitante que recebo aqui em casa se transforma num novo usuário do Kubuntu. Ninguém resiste. O último, que pintou por aqui no feriadão, foi o Zacha. Na terça ele já estava com o Kubuntu instalado. E olha que o cara morre de amores pela MS. Se o produto tem todo esse potencial, ele se vende, por que não tem mais gente tirando proveito? Realmente não dá para entender.

Assim como não dá pra adivinhar como estará o mercado em 2 ou 3 anos. Só tenho uma certeza: se eu continuar entortando assim, viro um "e".

1 response to "Sistemas Operacionais: Mesmo jogo, Novas Estratégias"

  1. Parece que não estou sozinho quando o assunto é paladar (http://antoniofonseca.wordpress.com/2007/10/20/sobre-o-ubuntu-710/).

    Veja a Apple não acerta sempre, mas a vezes acerta mesmo sem querer (http://antoniofonseca.wordpress.com/2007/10/19/apple-passa-a-suportar-oficialmente-o-odf/).

    ASF
    http://antoniofonseca.wordpress.com

    ASF

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