Da série Flashback (ou "Graffiti - Ano III").
Esse negócio de previsões, particularmente no mundo de TI, é muito bom. Principalmente pq parece que ninguém cobra suas realizações. Então tem empresa aí que vive de "chutes". Renova-os diariamente, sem que ninguém se preocupe em validar a "pontaria".
Em outubro de 2004, no Gartner Symposium, disseram que SOA atingiria "massa crítica" em 2007. Meu comentário só teve uma palavrinha: "Exagero". Mas eu juro que não esperava ter que usar o binômio "cágado míope" para criticar a lenta adoção daquela proposta.
Na mesma época a InfoCorporate falou sobre BI e BPM. Em sua tradicional linha "jabá-quase-sem-querer" ou "engana-que-cio-gosta":
"O amadurecimento do BI e a chegada do BPM vão se tornar a mais nova aposta do mercado para conseguir justificar os investimentos em TI e fazer a tecnologia, finalmente, falar a língua dos negócios. Não é exagero dizer que o BI e o BPM devem se transformar quase em redentores dos CIO's, uma vez que prometem aumentar a performance operacional enquanto maximizam o valor dos sistemas já existentes nas empresas."
Saca só o trechinho em itálico. Ainda hoje, 3 anos depois, não consigo segurar a gargalhada. Redentores de CIO's?!? É o fim. Ou melhor, deveria ser.
Mas, como coerência e pontaria são raríssimas em nossa área, também em outubro de 2004 rolou o seguinte papo (na mesma InfoCorporate*):
- O depto de TI como o conhecemos deixará de existir;
- Infraestrutura de TI é commodity;
- TI deixa de ser área de suporte aos usuários;
- Não há mais espaço para profissional eminentemente técnico; e
- Ou o CIO torna-se um "executivo de processos de negócios" ou segue gerenciando ativos de TI, tornando-se, assim, um ser em extinção.
* Uma coisa mudou: parei de ler a InfoCorporate...
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