Ontem eu já preparava um post para falar sobre algumas experiências do mundo do Software Livre quando recebi um email do meu amigo brotense, o Braga. Apesar do texto ser um tanto "industrial" (como diz Scott Berkun), acho que todos pegarão a "moral da história". Saca só:
"Eu estava fazendo testes ("provas de conceito" segundo a cultura interna) para a adoção do Hibernate no próximo projeto da Xxxx. Tudo estava indo bem qdo me deparei com um erro. Depois de algumas buscas no Google eu achei um FAQ do Hibernate que tratava do assunto. Esse FAQ além de muito bem escrito e detalhado, contava que o erro que eu encontrei era devido a um problema com uma lib, uma tal de antlr (opensource assim como o Hibernate). O problema era causado pelo "empacotamento" de um jar (que inclui uma antlr antiga) no weblogic ( weblogic.jar, ou o AppServer) e só aparecia devido a uma construção Java (class.forName) que o pessoal da antlr utilizou na lib mais nova.
Bom, esse problema praticamente inviabiliza a adoção do Hibernate 3.x no Weblogic (versão 8 e 9 pelo menos). O pessoal do Hibernate não teve dúvida, avisou o pessoal da antlr do problema e pediu pros usuários acionarem a BEA. Pelo que vi (por foruns, etc) a BEA não ajudou muito o pessoal não, nem se manifestou sobre o assunto... mas o pessoal da antlr correu e nesta semana já disponibiliza uma nova versão, sem a tal construção Java que junto com a merda que a BEA fez estragava tudo.
Não é incrível, como as coisas funcionaram bem rápido... o Hibernate 3.x é bem recente... imagine se os três "atores" fossem algumas empresas que a gente conhece (ops, um deles é ;)."
O mundo do Software Livre apresenta duas características que dificilmente veremos em uma empresa. Uma é a agilidade apontada pelo Braga. Outra é o "Senso de Comunidade". Essa vontade de ajudar, tirando dúvidas, documentando problemas e debatendo soluções. De certa forma põe em xeque a máxima da Dra. Paulinha: "não há altruísmo - todos querem algo em troca". Não é o que parece quando convivemos um pouco com essas novas comunidades virtuais (celeiros de aprendizagem que merecem mais e melhores estudos!). Mas seguindo com as histórias...
Agora que estou livre dos 'padrões corporativos', estou avaliando distros (distribuições) Linux, para colocar em uma partição do Graffiti (não do Blog, mas da minha sofrida maquininha aqui). Quase sem querer descobri que a Simone Villas Boas, blogueira xiquérrima, passou pelo mesmo e optou pelo Ubuntu. Seguindo sua dica, caí neste artigo fantástico que o Ricardo Bánffy escreveu para o WebInsider. Curioso (e desconfiado, uai!), naveguei pelo site do Ubuntu e de seus projetos co-irmãos, como o simpático edubuntu, voltado pra estudantada. Matei minhas últimas incertezas. Ubuntu, aqui vou eu!
Reforço (correndo o risco de ser repetitivo): reparem nas lições aprendidas pela Simone a importância da 'comunidade'. Para encerrar vou colar aqui uma das 10 coisas que ela aprendeu:
"7 - É de graça, mas só se você quiser. E você vai querer colaborar.
Afinal, o espírito do software livre não é para atingir desenvolvedores, mas principalmente para contagiar quem usa. Se você não quiser colaborar com dinheiro e já precisou de ajuda, você será tentado a dar um reles reply em algum fórum de usuários ou algum feedback para um desenvolvedor. Ou mesmo, se você falar para alguém que está usando Linux e está feliz. Boa publicidade já é uma ajuda e tanto."
O Graffiti mudou!
Visite a nova versão em pfvasconcellos.net
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