Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

Seguindo na aleatória (e volátil) série sobre grandes questões da humanidade.. (hum.. hehe.. d'uma minúscula fatia dela, pra dizer a verdade).

Mr BillU, lá no comecinho de novembro, deixou vazar um memo que continha, entre outras claras questões/oportunidades:

"Advertising has emerged as a powerful new means by which to directly and indirectly fund the creation and delivery of software and services along with subscriptions and license fees."


SaaS (Software as a Service), ou Aplicações "On Demand" (terminologia terminantemente proibida na MS - por birras óbvias) ainda representam mais questões do que respostas. Tem espaço até pra muitas questões idiotas e respostas estúpidas (no melhor estilo Mad). Se a gente prestar um pouco de atenção no que temos até agora (como na listinha de apps 'moderninhas' mais populares) veremos que há espaço pra qq modelo. Inclusive o uso de 'publicidade' para bancar custos de desenvolvimento e operação de sistemas/serviços.

Os modelos de negócio devidamente identificados e classificados são:

  • Publicidade
  • Assinatura
  • - Preço Fixo
  • - Pay-per-Use
  • - Custom
  • Comissionamento
  • - Taxas por transação
  • - Taxas por agregação
Como "ponto de partida" são válidos, mas será que respondem / satisfazem todas as necessidades? Com certeza: NÃO!

So? Sei lá.. hj tô com preguiça e a questão é grande d+ pra minha debilitada cachola...

"There is no way on God's earth you can fund business applications with advertising."
- Zach Nelson, CEO da NetSuite (na ZDNet)

graffiare #202

29 novembro 2005

... "the momentum around AJAX is not just another rung up the hype curve, but marks a true shift in developer thinking."
- Dana Gardner (ZDNet)

... the rise of AJAX may "cause these traditional HTML/HTTP web frameworks to become legacy."
"Is AJAX gonna kill the web frameworks?"
- James Strachan

Google again...

Cada ação tá valendo US$ 423,48. O que gera uma capitalização de aproximadamente US$ 125 bi. Já é mais que Amazon e eBay juntas. O Google vale tanto? O Google é uma nova bolha?

Quando vc lê artigos como este da ZDNet, que olha o Google só como um mastodonte do mundo da 'busca', vc responde "Não" e "Sim" às questões acima. Sem pestanejar.

Qdo vc analisa possíveis rotas do 'mundo da busca' ou pega carona com uns malucos, vc pára e pensa.

De novo*: algum padrão a reconhecer?




* Um dos 'brindes' de final de ano deve ser um ensaio sobre tais 'padrões'.

Roberto X, como eu adiantei há 1,5 semana, chuta o pau da barraca ao descrever um possível 'bizplan' do Google. Saca só um trechinho (em que Roberto tenta justificar pq o Google estaria lançando "networks in a box" [containers plug'n'play com cpu's e muito storage] e iria espalhá-las ao redor do globo - ufs.. sacou nada? Então leia a coluna anterior do cara antes de prosseguir):

...
"But the most important reason for Google to distribute its data centers in this way is to work most efficiently with a hardware device the company is thinking of providing to customers. This embedded device, for which I am afraid I have no name, is a small box covered with many types of ports - USB, RJ-45, RJ-11, analog and digital video, S-video, analog and optical sound, etc. Additional I/O that can't be seen is WiFi and Bluetooth. This little box is Google's interface to every computer, TV, and stereo system in your home, as well as linking to home automation and climate control. The cubes are networked together wirelessly in a mesh network, so only one need be attached to your broadband modem or router. Like VoIP adapters (it does that too, through the RJ-11 connector) the little cubes will come in the mail and when plugged in will just plain work.

"Think about the businesses these little gizmos will enable. The trouble with VoIP in the home has been getting the service easily onto your home phone. Then get a box for each phone. The main hurdle of IP TV is getting it from your computer to your big screen TV. Just attach a box to every TV and it is done, with no PC even required. Sounds like Apple's Video Express, eh? On top of entertainment and communication the cubes will support home alarm and automation systems - two businesses that are huge and also not generally on the radar screens of any Google competitors."
...



Quem tem medo do Google?


E quem deveria estar c@g@nd0 de medo mas tá se lixando?

AVga

28 novembro 2005

Dica do Braga. Surrupiada do Guardian:

According to a scientific report, planet Earth's computers are wide open to a virus attack from Little Green Men.

The concern is raised in the next issue of the journal Acta Astronautica by Richard Carrigan, a particle physicist at the US Fermi National Accelerator Laboratory in Illinois. He believes scientists searching the heavens for signals from extra-terrestrial civilisations are putting Earth's security at risk, by distributing the jumble of signals they receive to computers all over the world.

...

In his report, entitled Do potential Seti signals need to be decontaminated?, he suggests the Seti scientists may be too blase about finding a signal. "In science fiction, all the aliens are bad, but in the world of science, they are all good and simply want to get in touch." His main concern is that, intentionally or otherwise, an extra-terrestrial signal picked up by the Seti team could cause widespread damage to computers if released on to the internet without being checked.






Segundo o Braga, é a vingança por "Indenpendence Day". Lá em Varginha tem um anti-vírus bom. De chumbo, hehe.

As mais populares ferramentas da "nova era":

Virtual Places :: A sophisticated mashup between mapping, and various web services
[Amazon, Alexa, FeedMap, Flickr, MapPoint, MSNSearch, VirtualEarth]

Diggdot.us :: Digg + slashdot + del.icio.us/popular
[del.icio.us]

Adactio Elsewhere :: Jeremy Keith combines a variety of personal information
[Amazon, del.icio.us, Flickr, Upcoming]

Weather Bonk :: Live weather, forecasts, webcams, and more on a Google Map
[GoogleMaps]

Elicit :: Desktop Blog Client that integrates many RSS and Web Services
[Amazon, Blogger, Bloglines, del.icio.us, Flickr, Google, LiveJournal, Technorati, TypePad, Yahoo ]


E os temas [tags] preferidos do povão pluggado:

Shopping
Mapping
Search
Photo
Food


Algum padrão a reconhecer?

A Relevância...

25 novembro 2005

Pois é, o cansaço (preguiça?) não permitirá que um novo capítulo da novelinha "Relevância..." vá ao ar hj. ahhhhhhhhh...........haha

Pra não ficar devendo muito, segue um trecho de um artigo da TechWeb, tudo a ver com o folhetim que parou aqui. Saca só:

"The multimedia mobile personalization system would have a remote control that recognizes the viewer's RFID tag closest to the PVR. The remote control identifies and notifies the multimedia device through the RFID chip in the person's clothing or body to tailor the media content to their preferences. The remote control device would identify and link the viewer to the system using an 'RFID tag that is attached to a key ring, necklace, watch, in his wallet, or even a sub dermal tag inserted somewhere in the user's body.'"

graffiare #201

24 novembro 2005

Uma vez Cascata
Sempre Cascata
Cascata sempre eu hei de ser
É meu maior prazer
Especificar
Seja na tela
Seja no ar
Entender - Escrever - Torcer
Uma vez Cascata
Cascata até morrer.


pv: s/entendê. Depois do Lamartine honrar o desonrado Mengo.

E por falar em Arquitetura; e para desespero dos puristas; apesar do (provável) exagero...

http://blogs.zdnet.com/service-oriented/index.php?p=483&tag=nl.e539


Uma profissão não "nasce" - é "descoberta".

Vagarosamente a necessidade leva alguns indivíduos e equipes a desenvolverem atividades diferentes, relativamente novas. Lentamente as atividades são percebidas como um conjunto. Aí é questão de milésimos de segundo para alguém puxar pra si o mérito da descoberta. Pois bem, acabamos de descobrir.. ops.. acabaram de descobrir o "Arquiteto de TI".

No Finito eu já comentei o lançamento de uma nova certificação pela MS. O MCA (Microsoft Certified Architect). Há um certo tempo a MS alimenta um site (+magazine) para tratar exclusivamente de Arquitetura: o Architecture Resource Center.

Agora, na 2ª quinzena de novembro, a IBM também lançou seu site Architecture.

Muitos falarão que a Sun reconhece a 'profissa' há tempos. Outros vão desdenhar a 'descoberta', dizendo se tratar só de roupa nova em corpo (de conhecimentos) velho. Não duvido que em 3 anos outros tantos se orgulharão ao mostrar seus 'exclusivos' certificados e 'abusivas' remunerações. Criando o ciclo já conhecido por MCSE's, SD's, PMP's e outros tantos PCqqC's (Profissas Certificados em qq Coisa).

De qq forma, pra quem quiser olhar com mais carinho para a nova oportunidade um bom ponto de partida é este trabalho daquele que é um dos arquitetos pioneiros, Mr Grady Booch.

But.. quero deixar meus pitacos tbém:

  • A visão da Sun é limitada: Java! Não se trata de uma crítica. Precisamos de Arquitetos Java. Mas o Arquiteto recém-descoberto é (muito) mais que isso;
  • A visão da MS é antiquada: um Arquiteto de Infra (SE++) e um Arquiteto de Aplicações (SD++);
  • Fico com a minha (vish) visão: precisamos de 5 perfis de Arquitetos diferentes: Negócios, Aplicações, Interfaces, Informações e Infra-estrutura Tecnológica. Mostro um pouco neste capítulo do artigo sobre SOA. Conto mais em breve.


Do Dimenstein, comentando uma pesquisa do Núcleo Jovem da Editora Abril:

"A quantidade de sites na internet, de jornais, de programas de rádio, de TV e de outros meios de comunicação disponível hoje em dia é enorme, assim como a quantidade de informação disponível. Aparentemente essa disponibilidade informacional é benéfica para a sociedade, mas pode ter um efeito reverso. Ao jovem, pelo menos, não tem um resultado positivo. Foi isso que indicou uma pesquisa do Núcleo Jovem da Editora Abril. O levantamento, que foi realizado nas principais cidades brasileiras, indicou que o excesso de informação está deixando o jovem perdido. Para consumir produtos ou informações, o jovem procura referenciais que lhes indiquem a credibilidade que não consegue atribuir sozinho devido ao excesso de informação."

Enquanto isso, um relatório especial da News.com chamado "Taking back the Web" tem um artigo especial sobre os "millennials", a mesma moçada retratada como "perdida" na pesquisa da Abril. Saca só um trechinho:

"Members of this generation are thought to be adept with computers, creative with technology and, above all, are highly skilled at multitasking in a world where always-on connections are assumed. Their everyday lives are often characterized by immediate communication, via instant messenger, cellular conversations or text messaging. No member of this generation, it can be assumed, would ever wait on a street corner for a late friend."

Pergunto: a garotada do lado de cima do Equador é assim tão distinta da nossa? Estranho pq 80% dos meios e recheios são os mesmíssimos Harry Potters, iPods, Britneys, MTVs, blogs, messengers, Nikes e likes, BigMacs e Greendays..




"There's the television. It's all right there - all right there. Look, listen, kneel, pray. Commercials! We're not productive anymore. We don't make things anymore. It's all automated. What are we for then? We're consumers, Jim. Yeah. Okay, okay. Buy a lot of stuff, you're a good citizen. But if you don't buy a lot of stuff, if you don't, what are you then, I ask you? What? Mentally ill. Fact, Jim, fact - if you don't buy things - toilet paper, new cars, computerized yo-yos, electrically-operated sexual devices, servo systems with brain-implanted headphones, screwdrivers with miniature built-in radar devices, voice-activated computers..."
- Jeffrey Goines (Twelve Monkeys)

graffiare #199

22 novembro 2005

" I’m very pleased that Microsoft is supporting the Creative Commons approach..."
- Ray Ozzie (rabiscando uma nova MS)

graffiare #198

21 novembro 2005

"HAJA O QUE HAJAR, O CORINTHIANS VAI SER CAMPEÃO".
- Vicente Matheus


pv: E tinha q ser sofrido senão não teria graça. Agora, tinha q ser tão polêmico?

[ || ] (aka PAUSE)

18 novembro 2005

Quando comecei a viagem pela "Relevância da Busca por Relevância" nem imaginei que iria tão longe. E ainda nem acabei... e não me perguntem como termina a saga de João e Maria. Ainda não sei tb... Mas preciso de um PAUSE para posicionar a 'novelinha'. (Glória Perez é a sra sua.. autora de folhetins toscos e apelativos na vênus platinada). Vamos lá:

John Battelle, no livro "A Busca", sinaliza que a convergência de algumas tendências (padrões) pode mudar drasticamente o mundo como o conhecemos. E não se trata apenas de nossa "vida digital". Minha 'novelinha' tenta ilustrar tal convergência. Abaixo tentarei explicar os padrões reconhecidos pelo Battelle:

Ubiqüidade
Tudo em qq lugar.. ou: qq tipo de informação acessível através de qq canal (desde q faça sentido). Trata-se da unificação de diversos "índices" na Web (além de tudo já indexado pelo Google. Pense em classificados, páginas amarelas, livros [são mais de 100 milhões de títulos que não existem no mundo digital - ainda], filmes, músicas, além de toda a 'web invisível' [aquele conteúdo que ainda hj os mecanismos de busca não conseguem indexar]). Passa obrigatoriamente pela integração de canais e serviços. Dá pra entender agora pq a eBay comprou a Skype ou as motivações do acordo do Yahoo! com a TiVO?

Vc é sua "Sequência de Clicks"

Pelo menos no mundo virtual. O histórico de seu 'clickstream' indica tudo que vc fez na web. Este histórico pode ser mais rico do q muita gambiarra que existe por aí prometendo "personalização". Desde 2000 o mestre Ralph Kimball ensina a montar 'data webhouses'. Adivinha o que eles armazenam... Os pioneiros tão ganhando de 11x0. Geringonças-portais tupiniquins ainda nem aprenderam a fazer personalização básica, coisinha que o finado Excite e o Yahoo! fazem praticamente desde que nasceram.
Engraçado é que muita gente se diverte (e tropeça) em 'clickstreams' totalmente públicos, como o StumbleUpon.

Local & Pessoal
Sequências de Cliques + sua assinatura em serviços como GMail, Orkut, A9 + a utilização de aplicativos/add-ons como o Google Desktop, GTalk e Y!Q ...
Pois é: sua vida e sua ficha corrida estão à disposição das modernas e criativas agências de publicidade. Agências?? Y (uai!).. como elas serão no novo mundo? Quem criará as propagandinhas que finalizam o capítulo 2 da novelinha?

Semântica
O papa da WWW, Tim Berners-Lee, escreveu em 98 o documento "Semantic Web Road Map", preocupado em criar uma Web mais inteligente. Ainda hoje carecemos de propostas mais robustas. Mas.. algumas (simpáticas) gambiarrinhas parecem cuidar de parte do problema. Nós estamos "tageando" boa parte da Web.. fixando meta-dados (tags) que dão (ou deveriam dar) sentido para um determinado conjunto de informações (ou dados). Pois é, serviços como o del.icio.us, Flickr e uma grande parte dos blogs (sorry.. os meus seguem devendo 'inteligência') estão realizando uma certa 'categorização / classificação' do conteúdo da Web de baixo pra cima. Sem o uso de nenhuma maravilha tecnológica. Não é maravilhoso?
Pq isso é (quase) tudo? Pq a compreensão do conteúdo pode te dar resultados mais relevantes, oras. Por exemplo: vc busca "jantar romântico" (como o João da 'novelinha') e recebe, além de endereços de restaurantes, sugestões de motéis, floriculturas, sexy-shops... promoção de Miojo... vai saber o perfil do cara...

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[pé-no-chão]

São tendências (padrões) fortes o suficiente para justificar uma 'revolução'? Minhas últimas dúvidas estão caindo por terra nas últimas 2 semanas:

A MS cogitando mudar seu modelo de negócios? Vendendo propaganda?
Yahoo! + TiVO ?
Yahoo! + Flickr?
Amazon é a maior ameaça ao Google?
A guerra da personalização?

E o bobinho do Nick Carr finalizando este post dizendo "Maybe search doesn't really matter."?

É... tem alguma coisa acontecendo...
E o livro do John Battelle corre o risco de ficar conhecido, num futuro próximo, como "Genesis"...

[/pé-no-chão ???]

[Capítulo Anterior]



João dormiu muito mal, apesar do Mylanta++ ter liberado 24% de um composto ativo calmante e do room-system (analisando o nível de stress após a reprogramação do despertador realizada pelo nosso herói - via dedão mesmo) programar 30' de pós-new-age (nana-neném). Afinal era a noite que antecedia o grande dia da vida de João. Logo virou a madrugada e o alvorecer do grande dia da vida do João. O despertador tocou exatamente as 6:56 (horário de captura "ao vivo" da coluna vocal do Max Geringher). Começava o grande dia da vida do João. E ele já estava acabado.

Um novo toque no dashboard do room-system dispara um alarme: "João, vc não tá nada bem. Quer q ligue para seu chefe falando q vc não vai agora de manhã?". João responde com um "não" seco e mal-humorado. Não podia demonstrar pra Maria o quanto aquele mísero jantar estava acabando com ele. Lança mão da mesma receita que o "salvou" no dia do lançamento do projeto "Jigsaw" (aquele que o levou a chefe da divisão de meta-inovações): 3 cápsulas de SupraDynamicsXtra, 1.5 cápsulas de Gynseng e 1 comprimidinho de Mylanta++, tudo batido com leite, 50grs de amendoins e 6 ovos de codorna crus. Duas pedras de gelo, dois dedos tapando o narigão e boom... João nasceu de novo.

Uma ducha forte com a água temperada em 8,5° completa o serviço. Enquanto o serviço ClimaTempo indica as roupas mais adequadas (dia+noite) João pede que a TV seja acionada no "S! - The Single Channel". Esperava ver apenas a sinopse do capítulo de ontem do "Lost - VII temporada". Dependendo da "enrolação" já deletaria o capítulo gravado em seu DVR. Vestia-se com os olhos pregados no monitor plano pregado na parede. Dois ícones piscavam no canto inferior direito da tela. 670 spams e 3 mensagens "garantidas" (direcionadas exclusivamente para ele). Coisa rara João receber mensagens exclusivas... Será que a Maria cancelou o jantar?

João pede para ver as mensagens exclusivas:

"João, o Sell-Fish te oferece 25% de desconto no seu jantar de hj! Um belíssimo prato de peixe com batatas é nossa especialidade... blá blá blá."
A modelo até que é muito bonita mas o Sell-Fish é muito antipático.. O atendimento é péssimo. João se lembra de comentários de amigos. NEXT!

"Seu par é uma gata e fã de peixes! Esperamos que ela não tenha bigode..." NEXT!

"Vc não vai arriscar sua grande noite em um lugar qq, né João?". O apresentador é uma versão remoçada do Raul Cortez. "Reservamos uma mesa em seu nome, decorada de acordo com o perfil (risco 0) de seu par. Temos as 5 opções de pratos que ela pode selecionar e todas as opções de vinhos e sobremesas. Precisamos de apenas 57min para o preparo do prato mais demorado. Se vc confirmar sua presença até as 19h30, além do estacionamento grátis receberá também 15% de desconto no valor total da fatura. João, é sua grande noite. Não se esqueça!"

Enquanto o clone virtual do Cortez falava João podia ver as instalações, a mesa reservada (seu nome na pequena tabuleta digital) e imagens da cozinha e de todos os ingredientes que poderiam ser demandados. Verifica o horário da mensagem: 1h42. Apenas 2 minutos depois de ter ido para a cama. Se esperasse um pouquinho teria dormido melhor. Mas até hoje João não confia nas "mensagens exclusivas". Ou melhor, não confiava. Via TV pede ao Cortez Virtual que confirme sua reserva.

Dentro de 13 horas e alguns minutos começará a grande noite de João. A gastrite não o deixa esquecer.

Game over ?!?!

Lembra da parte 2, a missão?

Sim ou não. Doesn't matter. Leia a última do Roberto X.

E segura o queixo pq semana q vem tem mais.


...we were to create a new operating system and user interface knowing what we know today, how far could we go? What kinds of decisions would we make that we might have been unable to even consider 20 or 30 years ago, when the current set of operating systems were first created?

...we could collaborate with one another in an online dimension to create or simulate anything we wanted to?

...we had the robustness of a 3D immersive technology, the diversity of the Internet, and the degree of social interaction we have in the real world?

Enter Croquet.

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pv: Sequência natural da leitura da entrevista do Negroponte. 100x Fantástico!

WN: So you're shipping this with development tools installed?

Negroponte: Yes. Absolutely.

WN: We're talking about C compilers and Make and the whole programming environment?

Negroponte: Yup.

WN: One could argue that it's better to give them something that has more mainstream commercial appeal.

Negroponte: Now be careful there. Fifty percent of the servers on this planet are using either Linux or some kind of Unix derivative.... So 20 percent of the world's servers are already using what I would call perfectly mainstream software. And there are open-source approaches to it that are working just fine. It's not mainstream on the desktop, I'll admit, but we'll make it mainstream on the desktop. We'll push that over the edge.

WN: Is the goal literally to make computers available to every child that wants one in the world?

Negroponte: It's every child in the world whether they want one or not. They may not know they want one.

WN: Do you have any thoughts on what the long-term impact of giving all these kids a programming environment and an open-source ethic might be?

Negroponte: Those are two different questions. Giving the kids a programming environment of any sort, whether it's a tool like Squeak or Scratch or Logo to write programs in a childish way -- and I mean that in the most generous sense of the word, that is, playing with and building things -- is one of the best ways to learn. Particularly to learn about thinking and algorithms and problem solving and so forth.

And providing the tools for some people -- it's going to be a very limited subset (who will use them) -- to develop software that will be redistributed and versioned and so forth out into the world is also important. It's part of the whole open-source movement.

WN: You're going to be unleashing a whole new generation of open-source programmers, who otherwise would never, possibly, have gotten their hands on a computer.

Negroponte: I hope so. I hope we unleash half a billion of them.

WN: What, if anything, has been challenging about bringing this idea to national leaders?

Negroponte: Bringing the idea to national leaders has been easy, partly because I know some of them, or they know me.... It's almost easier for me to get in the door than Michael Dell or Steve Jobs or Bill Gates, even though they're more famous, richer or more important. It's easier for me to get in because I'm not selling something.

Once I'm in the door, the idea takes seconds for people to get.... People get it quickly, they sleep on it, very often they wake up the next morning saying, "Oh my god, this is a really big change." The whole idea of harnessing the resources of children themselves to participate in education is a pretty big one. A lot of people don't think about it....

It's a short story. It's also a pretty good story, and there aren't too many good stories in the world right now. There's no angle to it that's bad.... And with the possible exception of the circumstance in which (the government) is so poor that the $100 can't be reached, it really isn't a balancing act here. Why would you not do this?

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Trecho de uma entrevista do Nicholas Negroponte para a WiredNews, falando sobre seu notebook de 100 contos. É ainda mais ambicioso do que eu imaginava. Meio bilhão de desenvolvedores?!?!? Fantástico!

ProgrammableWeb2.0

17 novembro 2005

Há tempos não falo nada sobre meu 'tema do ano', né? Saca aquela sensação de 'saco-cheio' quando vc mergulha muito num tema? Então.. Mas isso não indica de forma alguma que se tratava de 'fogo de palha'. Longe disso. Mas confesso uma bela 'travada' na conclusão do artigo. Parece que aguardo a queda d'uma ficha que falta.

Enquanto ela não cai, me resta acompanhar evoluções e discussões sobre SOA. Uma muito interessante pingou na última edição do ZAPFlash. Saca só um trechinho:

... " While all software projects must naturally start with the requirements of the business, with SOA, the primary business requirement is the “meta-requirement” of implementing an architecture in a way that responds to unpredictable change—in essence, implementing an agile architecture. Nevertheless, the architect must first be aware of specific business requirements on IT, for example, some new business capabilities, new products, new business relationships, or new budgetary constraints. Regardless of these business needs, however, the Service-oriented architect must realize that these requirements are never the end of the story, but rather the beginning.

SOA projects, after all, are not your typical IT projects. Typical IT projects begin with a fixed set of business requirements, and the architect or someone else on the team sits down with the business stakeholders (the people with the requirements) and distill a set of use cases for those requirements. Use cases for SOA projects, however, are a different kettle of fish entirely. Instead of laying out specific “I want the system to behave this way” kinds of requirements, SOA use cases describe how various users may wish to leverage the Services that will be at their disposal—Services the architect must then identify, design, and schedule. And so, rather than assuming a set of fixed requirements ahead of time, Service-oriented architects must expect requirements to change. The resulting solution must then not just meet the transitory requirements of the business, but must also be able to meet future requirements as necessary."


...

"There is a theory which states that if ever anybody discovers exactly what the universe is for and why it is here, it will instantly disappear and be replaced by something even more bizarre and inexplicable. There is another theory which states that this has already happened."
- Douglas Adams



"A manager sets objectives--A manager organizes--A manager motivates and communicates--A manager, by establishing yardsticks, measures--A manager develops people. "
- The Practice of Management
(1954)

"No society can function as a society, unless it gives the individual member social status and function, and unless the decisive social power is legitimate. "
- The Future of Industrial Man (1942)

"The better a man is, the more mistakes will he make--for the more new things he will try. I would never promote a man into a top level job who had not made mistakes, and big ones at that. Otherwise he is sure to be mediocre."
- The Practice of Management (1954)

"...the information revolution. Almost everybody is sure ...that it is proceeding with unprecedented speed; and ...that its effects will be more radical than anything that has gone before. Wrong, and wrong again. Both in its speed and its impact, the information revolution uncannily resembles its two predecessors ...The first industrial revolution, triggered by James Watt's improved steam engine in the mid-1770s...did not produce many social and economic changes until the invention of the railroad in 1829 ...Similarly, the invention of the computer in the mid-1940s, ...it was not until 40 years later, with the spread of the Internet in the 1990s, that the information revolution began to bring about big economic and social changes. ...the same emergence of the “super-rich” of their day, characterized both the first and the second industrial revolutions. ...These parallels are close and striking enough to make it almost certain that, as in the earlier industrial revolutions, the main effects of the information revolution on the next society still lie ahead."
- The way ahead Economist.com (November 2001)



Wikipedia: Bio e Refs
An Appreciation - Fortune


Semana passada falei da edição da Exame com Page & Brin (aka Google) na capa e do livro "A Busca", de John Battelle. Há tempos eu não engolia um livro em tão pouco tempo. Mais que pelo valor histórico que destaquei no post citado, o texto de Battelle vale pelo escalpo que ele tira. Trata-se de um baita abridor de mentes.



Battelle consegue em cada um dos 10 capítulos justificar sua 'obsessão' pela BUSCA. E explica pq a tal BUSCA é o ponto de partida para a maioria dos sistemas e, principalmente, dos SERVIÇOS que irão de fato mudar nossas vidas (como ele antecipa no longo sub-título). Os apressadinhos envolvidos direta ou indiretamente com TI, Telco, Comunicações, Propaganda & Marketing deveriam ler, no mínimo, as páginas 143-145 e todo o capítulo 10. Espero que o texto abaixo sirva como incentivo.


[Sci-fi]

João finalmente criou coragem para convidar Maria para um jantar. Foram 9 meses e 4 dias de ensaio. E Maria só precisou de alguns milisegundos para dizer "sim", com um belo sorriso e um brilho no olhar. Ela desconfiava e se divertia com os ensaios desastrados de João. Desejava que sua intuição estivesse certa, como sempre. Mas nunca colocou em risco sua reputação de "mulher difícil". Ela nunca tomaria a iniciativa. João sabia. Assim como tinha certeza que a resposta, "sim" ou "não", seria rápida e problemática.

Pior.. a resposta de Maria acentuou aquela dor fdp, genericamente chamada "gastrite nervosa" e genericamente tratada com uma cópia qq de Mylanta++. No sofá azul de seu apartamento, a TV sintonizada no "S! - The Single Channel", João tenta planejar o evento de sua vida. Puxa o laptop da mochila multicolorida e confirma que está em casa na tela de login, com uma voz cansada mas reconhecida pelo sistema sem fio. Ignora os alertas de mensagens recebidas em modo off-line [em trânsito] e chama o Flock 1.5yyz. Abre a página MeuGuiaMais+ e clica na opção 'Jantar Romântico'. Aceita a atualização via del.icio.us e confirma que o evento deve ocorrer nos limites do centro expandido da Grande Sampa. Cinco opções ganham destaque na tela, ladeadas por três propagandas geradas pelo AdWords do EPIC (antigo Google). João sempre preferiu os resultados 'orgânicos', ainda mais agora que são amparados por 'iguais' que os indicam via del.icio.us. Navega pelas 5 sugestões e descobre que cometeu um terrível engano: não conhece as preferências culinárias de Maria. E agora?

Maria é recatada demais e nunca manteria informações desta natureza em Abaetetuba (antigo Orkut). Mas Maria tem uma ativa vida virtual. João pede ao EPIC-sets a indicação de 5 mulheres com o perfil mais próximo ao de Maria. Batata... ou melhor, peixe com batatas! Era a melhor pista até então. Com um tradicional (e pouco sofisticado) vinho branco alemão. Ele não estranhou. Maria, apesar do sucesso profissional como pesquisadora de padrões de comportamento, é uma mulher de gostos simples. Avessa a marcas, modas e modismos. Efeito colateral da profissão.

João deveria escolher um restaurante pouco badalado mas bonito. Pequeno, com um máximo de 12 mesas. E, principalmente, que fosse incomparável no quesito "peixes". Como o EPIC-sets sinalizou um potencial de desvio acima da margem de segurança (12,34%), era recomendável que João não optasse por um restaurante 'monotemático'. Ou seja, frangos e carnes vermelhas deveriam constar do cardápio #3. Um mínimo de 10 tipos de frutas tropicais e sorvete artesanal no menu sobremesas (todos "orgânicos") seria considerado um + (plus).

Nosso herói clica no botão "IT Really Matters", submetendo ao MeuGuia+ todos os requisitos, dicas e pistas selecionadas via del.icio.us, EPIC e Abaetetuba e que estavam neste momento reunidas em um rascunho virtual gerado automaticamente. O guia sugere 11 restaurantes que atendem 99,989% dos requisitos apresentados. Os 4 últimos da lista aparecem na cor vermelha. A incidência de assaltos em suas regiões foi alto nas últimas 48 horas. Sete opções e um só dia. Com o estômago em chamas João decide dormir. Não sem outra dose de Mylanta++ com leite, como sua vó sempre recomendou via GTalk, antes de dizer "bjinho, bjinho, tchau tchau" com emoticons. João se despedia com um "Bença Vó", sem figuras ou firulas. Ele as detestava.

Sequência não programada do post de ontem.

[E eu aqui, adiando um post muito bom sobre "A Busca" -
é que o tema tá quente.]

E Roberto X tem a mão pesada ( Microsoft Is Leaking Internal Documents to Make Us Think They Have a Plan). Chega a sugerir que o Ozzie anda fumando algo estranho, hehe. Mas, como eu no post anterior, concorda em linhas gerais com a visão apresentada pelo Ozzie naquele memo 'estranhamente' grampeado. Seguinte: o memo foi divulgado pq Bill e Ozzie quiseram. Trata-se da estratégia.. melhor: da enésima execução da mesmíssima estratégia "segura a boiada que eu tô chegando". O termo 'boiada' veio com o Longhorn (Berrante) pra ficar... Meus 2 cents...

Mas voltando ao Roberto X - Saca só:

... "Their homage to competition is hollow. Ray Ozzie is a very smart man, but if he thinks he can really pull this off, he's been smoking something. What's key here is Microsoft innate inability to do something right the first or even the second time. The nature of Internet services is that to be successful, they have to come at little or no cost and JUST PLAIN WORK. What Microsoft products or services would that historically describe? Certainly not Windows or Office or any of the other shrink-wrapped products. And the services? Hotmail has had more than its share of service problems compared to Yahoo Mail or GMail. MSN has had huge service and reliability problems. The fact is that Microsoft doesn't have a culture of quality or reliability and -- short of outsourcing EVERYTHING -- that isn't likely to change soon.

So here's what will happen. Microsoft will make a huge effort and get some good press toward the beginning. I'm not saying they don't mean this stuff, just that they don't really know WHAT it means. They'll attract developers and, by doing so, maybe take a small bite out of Open Source, but mainly they'll just sell stuff, which for them is good enough. Then, to maintain earnings growth, they'll turn on their developers. Finally, when things still don't work right, they'll turn on their customers, jacking up prices and milking the monopoly.

They can't help themselves. It's all they know. And booting Allchin for Ozzie won't change that fact."

...

"Ten years ago, Microsoft realized the importance of the Internet and revamped the company to meet the challenge and opportunity. Back then, it was well understood what needed to be done. Bill's Internet Tidal Wave memo at that time led to new business plans, new projects, and a new direction for Microsoft. As I read the recent Microsoft memos, they seem to be lacking in substance. Where's the beef? I can see only two possible explanations:

1) Microsoft's execs don't know what to do.

2) The memos are a facade.

Microsoft's core businesses are slowing down. Google could become a major threat to Microsoft. What harm could Google cause Microsoft? Microsoft's greatest business vulnerability is Office. If a competitive product (or service) hit the market it could further dilute Microsoft's earnings since they'd have to lower Office prices to compete. Another great threat is Google could become an organizing influence in the Open Source world. They could guide the Open Source community and it could become a greater threat to Microsoft.

If I were Microsoft and afraid of Google, I think I'd try to figure out what they are going to do and how. These Microsoft memos look like a plan to do the same thing Microsoft "thinks" Google will be doing. By publically stating their plans and putting those plans in the hands of Wall Street, Microsoft is giving the perception they are doing the same things as Google, so Microsoft will be as good an investment as Google.

But what if Google isn't doing what Microsoft thinks it is? I personally think Google's plan is bigger than Microsoft can even imagine, and Microsoft tends to think big. I'll explain this next week."


Artigo integral do Roberto X aqui. Já já (antes dele), brincarei de adivinhar suas adivinhações sobre o Google (aquele artigo sobre "A Busca" que citei ali em cima).

Mas é complicado concorrer com alguém que diz que em breve a MS pode tornar o Windows totalmente grátis.

... "ZDNet's test proves that OS X on Intel is viable, but more than that it proves that x86 users are looking for alternatives to the Windows OS. I doubt that Apple will release OS X for generic Intel boxes any time soon, as it will surely cannibalize their hardware business, but it may force Apple to consider becoming a software company in the interest of greater market share.

If Apple plays their cards right and allows the Intel Macs to dual boot (sans hack), they'll lift one of the major barriers in the platform wars of the past two decades. Users will finally have a choice of OSes and they won't have to resort to surreptitious methods to get them. The last remining barrier to the Mac OS taking over the world will be price, and Apple will have to learn to compete in that arena."


Surrupiado da ZDNet.

"Life is too important to be taken seriously."
- Oscar Wilde

Bill & Ozzie

10 novembro 2005

Ray Ozzie, 'adquirido' pela MS junto com sua Groove Networks, parece que ganha mais espaço e moral que qq outro braço do Bill em todos os tempos. Saca só uns trechos (surrupiados da ZDNet que surrupiou do Wall Street Journal) de um memo que ele mandou para o alto escalão da MS:

"We should've been leaders with all our web properties in harnessing the potential of Ajax, following our pioneering work in OWA (Outlook Web Access)."

"We knew search would be important, but through Google's focus they've gained a tremendously strong position. Google is obviously the most visible here, although given the hype level it is difficult to ascertain which of their myriad initiatives are simply adjuncts intended to drive scale for their advertising business, or which might ultimately grow to substantively challenge our offerings. Although Yahoo also has significant communications assets that combine software and services, they are more of a media company and--with the notable exception of their advertising platform--they seem to be utilizing their platform capabilities largely as an internal asset."

"The same is true of Apple, which has done an enviable job integrating hardware, software and services into a seamless experience with dotMac, iPod and iTunes, but seems less focused on enabling developers to build substantial products and businesses."


A leitura que Ozzie faz do mercado é correta e objetiva. Mas é, acima de tudo, surpreendente:

"Developers needing tools and libraries to do their work just search the Internet, download, develop and integrate, deploy, refine. Speed, simplicity and loose coupling are paramount."

"It's clear that if we fail to do so, our business as we know it is at risk. We must respond quickly and decisively."

Bill mandou um memo tbém:

"The broad and rich foundation of the internet will unleash a "services wave" of applications and experiences available instantly over the internet to millions of users. Advertising has emerged as a powerful new means by which to directly and indirectly fund the creation and delivery of software and services along with subscriptions and license fees. Services designed to scale to tens or hundreds of millions will dramatically change the nature and cost of solutions deliverable to enterprises or small businesses."

"We will build our strategies around Internet services and we will provide a broad set of service APIs and use them in all of our key applications."



"This coming 'services wave' will be very disruptive. We have competitors who will seize on these approaches and challenge us - still, the opportunity for us to lead is very clear. More than any other company, we have the vision, assets, experience, and aspirations to deliver experiences and solutions across the entire range of digital workstyle & digital lifestyle scenarios, and to do so at scale, reaching users, developers and businesses across all markets."


Bill com certeza estava pensando: quem foi o idiota que matou o NetDocs?

Avaliação:

Vision - 3
Assets - 9
Experience - 7
Aspirations - 10?

Quem sabe?

update: MS: becoming a faster follower... again

update2: "Gates's desktop era is over. Ozzie's internet era has begun."
Um belíssimo graffiare de... Nick Carr?!?!

1. Seja mesquinho
2. Seja incompetente

A Sony parece estar seguindo a receita direitinho. Primeiro ao adotar a antipática "solução" DRM (Digital 'Restrictions' Management) para evitar a pirataria de seus CDs; E, na sequência, implantar uma "solução DRM" tão ruim e tão mal arquitetada que já foi classificada como 'spyware'.

Resultados 'on-demand'?

1. Boicote aos produtos Sony;
2. O depto de RP (relações públicas) bombardeado e mais perdido que fdp em dia dos pais;
3. A elevação de uma até então desconhecida empresa para a condição de uma das mais detestadas - a tal First4Internet; e
4. A possível extensão do boicote aos outros clientes da First4, gente como Universal, Warner, EMI...

Com os boatos de seríssimos problemas no projeto 'Playstation 3', mais a derrapada no mercado de 'música portátil' (abocanhado pela Apple), parece que a Sony vive um terrível inferno astral. Merecido?

"Is MS Windows ready for the desktop?"

- H. Kwint (via Braga - valeu bro-tas! Hilário)

MS NetDocs

08 novembro 2005

Microsoft’s new stealth service, known as Netdocs, is slated to be one of its showcase .Net building blocks, but company officials steadfastly refuse to discuss it publicly.

.Net is Microsoft's shorthand for its corporate strategy to deliver software as a service. According to its .Net road map, applications and pieces of applications soon will be delivered as "services" that can be rented over the Internet.

Microsoft officials would not comment on when Netdocs will debut. The service is not yet thought to be in alpha or beta testing, however.

According to sources, Netdocs is a single, integrated application that will include a full suite of functions, including email, personal information management, document-authoring tools, digital-media management, and instant messaging. Microsoft will make Netdocs available only as a hosted service over the Internet, not as a shrink-wrapped application or software that's preloaded on the PC.

Netdocs will feature a new user interface that looks nothing like the company’s Internet Explorer Web browser or Windows Explorer. Instead, Netdocs is expected to offer a workspace based on Extensible Markup Language (XML), where all applications are available simultaneously. This interface is based on .Net technology that Microsoft, in the past, has referred as the "Universal Canvas."

Some people inside Microsoft describe Netdocs as a ".Net application/service for knowledge workers." Others call it a next-generation productivity suite being designed for individuals to share personal information and collaborate.

Whether Netdocs is targeted for individuals, small businesses, or corporate customers, the technology could change the way Microsoft customers handle many tasks--ranging from signing up for their online services, to building configurable home pages, to managing their own .Net billing, support, and administrative services.

"If you think of what a hosted version of Microsoft Office would look like, if it worked properly, you'd have Netdocs," said one source who was familiar with Microsoft's plans.

Netdocs is a product of Microsoft’s competitive team culture. Different teams are encouraged to work on competing software projects within the company; the project favored by Microsoft's top brass ultimately is christened the winner.

The battle between the Netdocs and Office teams has been one of the fiercer ones, according to sources close to the company. The challenge has pitted Microsoft senior vice president of Office Steven Sinofsky and his troops against senior vice president of subscription services Brian MacDonald and his forces.

In many ways, the Netdocs-Office face-off epitomizes the challenges Microsoft, as a company, is facing as it attempts to move from offering packaged PC software to delivering software services over the Web. While some within the company continue to bank on the future of shrink-wrapped applications, others believe hosted applications that are "rented" via a subscription model are poised gain acceptance soon.


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Não adianta reclamar quando eu digo que a MS é muito ruim em inovação. A notícia aí de cima foi publicada no dia 22/Dez/2000!!!! O NetDocs nunca saiu 'do papel' pq a parte 'conservadora' da MS achou que ele mataria a 'vaca leiteira' da MS (aka Office).

Há estrategistas e estrategistas, né? Um com um pouquinho mais de inteligência (e esperteza) desenvolveria o NetDocs em sala escura, e o teria como uma belíssima carta na manga quando aparecesse qq mínima ameaça, como o Google por exemplo. Agora a MS tem que tirar exatos 5 anos de atraso, com coisinhas como o Live e o OfficeLive. Demorarão no mínimo uns 3 anos pra ter algo parecido com o que o NetDocs prometia. Correndo como loucos!

Como diria o melhor locutor esportivo do Brasil, o Milton Leite (SporTV), naqueles momentos de 'bizarra cagada': "QUE BELEZA!!!!"

"This is integrated innovation loaded into the cylinder and blowing a big hole in Microsoft's foot."
- Mini-Microsoft (comentando o lançamento do VS2005)



pv: Ontem (7/nov) a MS lançou o novo Visual Studio e o SQL Server 2005. Festas, foguetes e mais show do Ballmer.

Em agosto e setembro eu mostrei como a MS consegue ignorar por completo seus 'fregueses' e uma coisinha chamada 'bom senso'. E não é só o Mini-Microsoft (pra quem não sabe, um funcionário 'anônimo' do Bill Gates) que destila toda sua insatisfação. Tá em toda parte, na imprensa marrom da nova era, a Blogosfera.

Roy Osherove, citado nos dois links acima, é um respeitado MVP (Microsoft Most Valuable Professional). Deixo com ele a conclusão deste extenso graffiare:

"It's completely amazing to me that VS.NET 2005 RTM, after a big cycle of testing, alphas, betas and LOTS of community feedback, can be this buggy."

Do depto de pesquisas da MS:

"Singularity is a research project focused on the construction of dependable systems through innovation in the areas of systems, languages, and tools. We are building a research operating system prototype (called Singularity), extending programming languages, and developing new techniques and tools for specifying and verifying program behavior.

Advances in languages, compilers, and tools open the possibility of significantly improving software. For example, Singularity uses type-safe languages and an abstract instruction set to enable what we call Software Isolated Processes (SIPs). SIPs provide the strong isolation guarantees of OS processes (isolated object space, separate GCs, separate runtimes) without the overhead of hardware-enforced protection domains. In the current Singularity prototype SIPs are extremely cheap; they run in ring 0 in the kernel’s address space.

Singularity uses these advances to build more reliable systems and applications. For example, because SIPs are so cheap to create and enforce, Singularity runs each program, device driver, or system extension in its own SIP. SIPs are not allowed to share memory or modify their own code. As a result, we can make strong reliability guarantees about the code running in a SIP. We can verify much broader properties about a SIP at compile or install time than can be done for code running in traditional OS processes. Boarder application of static verification is critical to predicting system behavior and providing users with strong guarantees about reliability."




Quem conhece um pouquinho de SO (não é muito meu caso) sabe que este papo de microkernel, SIPs e afins rola faz tempo em outras praias. Meno male: a MS vai aos poucos confirmando um dos meus chutes: o "Vista" será o último rebento de sua geração. Basta a turma de pesquisa do 'Singularity' parar de reinventar a roda, além de evitar o "ciclo de inovação em câmera lenta" que caracteriza a MS nos últimos tempos (25 anos?).

Tem uma definição legal na Wikipedia. (?!?)

ou "Uma SOA que transpira" (sic 100k-x!!) hehe

Saca só!:

"When we think of interfaces between human beings and computers, we usually assume that the human being is the one requesting that a task be completed, and the computer is completing the task and providing the results. What if this process were reversed and a computer program could ask a human being to perform a task and return the results? What if it could coordinate many human beings to perform a task?"

Escorregada viajante numa maionese elétrica?

Não. O papo é sério e é da Amazon: conheça o Amazon Mechanical Turk.

"O mesmo engano que nas fases iniciais de um projeto custa 1 tostão, pode valer 1 milhão se detectado tardiamente."
-PV (depois de 1 milhão de derivações da mesma conclusão)

Google Everywhere

04 novembro 2005

Hehe.. o Braga reclamou ontem que não agüenta mais ouvir falar no Google. Tá difícil 'seu' Braga!

O Hélio Gurovitz pegou carona em "A Busca...", livro de John Battelle, e naquele videozinho que divulguei aqui há alguns meses para estampar a dupla dinâmica que fundou o Google na capa da Exame desta quinzena.



Se vc quiser conhecer melhor a história, com detalhes sórdidos & cômicos (hehe), aconselho a leitura do material original: "A Busca: Como o Google e seus competidores reinventaram os negócios e estão transformando nossas vidas".. ufa! John Battelle é editor/fundador da Wired e idealizador(?) do HotBot - ou seja: ela sabe muito do q está falando).

Mirando no Google e na "Busca" de uma forma geral, Battelle acaba contando boa parte da história da Internet e da grande bolha. Tem histórias curiosíssimas desde a época em que o Google era só um trabalho de escola de Page e Brin. Tem depoimentos de vários 'atores', ex-funcionários e concorrentes inclusive. Leitura fácil, gostosa. E, de certa forma, obrigatória pra quem quer entender (e PARTICIPAR) do novo jogo que se desenha na Web. R$59 contos honestos.

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update: O New York Times tbém fala do Google. E do medo do Wal-Mart.

Liberada a versão final do Google Desktop.



Agora ele brinca com imagens de satélites tbém. E...

Dozens of new third-party Sidebar panels are now available, Google said, like iTunes, dictionary Winamp and an American Express panel to track and view credit card transactions in real time. The new software can also display maps related to the sites one visits while surfing the Net.

In addition, developers can use simple JavaScript to write plug-ins for Google Desktop 2, the company said.

Google Desktop for Enterprise, also free, now provides enhanced administration, integration and security features for corporations that want to let employees search for data on their desktop, intranet and the Web, Google said.

Google also launched a new Google Desktop Blog on Thursday.


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Não deixe de dar uma olhada nos brinquedinhos!

Multimídia hoje:

http://www.tarmo.fi/arc/monkeydance.mpeg

190.. e aí?

Chama a polícia? O hospício?
A vigilância sanitária ou a carrocinha?

Q será q esse cara bebe? Céus!

S/ comentários. Já bloguei o suficiente (pra uma semana).

The day the great Microsoft mash-up began.


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update: ok ok.. não resisti. Saca só os dizeres na home do Windows Live:

Firefox Users
Firefox support is coming soon. Please be patient :-)


Detagli: tô usando o Flock!

ou, "Que 'Trem' é esse, uai?"

Há 2 ou 3 semanas vejo o nome incomum (para um framework) em quase todas as minhas 'fontes'. Ainda não sei o que é o 'trem' Ruby on Rails - nada além do "framework peso-leve para desenvolvimento web".



Mas o papo de tornar programadores mais produtivos, do Phil Windley, e as colocações do criador do 'trem', David H. Hanson, tipo "the trick is to 'slaughter the holy cows'", fazem barulho.

Cuidado ao comprar CDs de música da Sony BMG (Titãs, Lulu Santos, Skank, Los Hermanos, Audioslave, Pearl Jam, Velvet Revolver, Santana, Wanessa Camargo (ops.. cuidado 2x!) etc bem extenso). É que parece que seu sistema de proteção anti-pirataria (aka DRM - Digital Rights (?) Management) funciona como um cavalo de tróia quando o CD é colocado num micro com Windows.

"Not only had Sony put software on my system that uses techniques commonly used by malware to mask its presence, the software is poorly written and provides no means for uninstall."




Detalhes e evidências no blog Mark's Sysinternals.



Pois é, é hoje: 03/Nov!


Lógico que serve pra comemorar os avanços.
Pra refrescar um pouco a cuca dos PMs.
Para colocar os PMs em seu devido lugar,
Ou seja: PM é uma PROFISSÃO.

Longa vida aos PM's!
Melhor vida para nossos projetos!

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pv: Devia ser pecado programar qq milestone para 03/nov.
Btw: Devia ser feriado, não?

graffiare #188

01 novembro 2005

O papo abaixo:

"We have Active Directory, which we are making a lot richer. There's a lot of talk about that here. And we have Passport. So we're making those very symmetric and having this federation capability be central to the architecture those things follow. We have e-mail where we have Hotmail and Exchange. We'll have hosted Exchange from some of the telcos, too. In terms of Web sites, we have some people doing hosted SharePoint now, we have Spaces, which is a low-end version of that. We'll bring those together."

do Bill Gates, me lembrou muito outros altos-papos redmondenses:

"One question might be, and I'll be as direct as I can be about this, what is .Net? Unlike Windows, where you could say it's a product, it sits in one place, it's got a nice little box. In some senses, it's a very good question."
- Microsoft CEO Steve Ballmer, at a Microsoft .Net briefing day in July

"We don't have the user-centricity. Until we understand context, which is way beyond presence -- presence is the most trivial notion of context."
- Microsoft chairman Bill Gates, on the same topic at the same briefing

"Our biggest problem was policing the use of .Net. Things like .Net Enterprise Servers. That's a great example of where the confusion came from, because it looked like we were slapping .Net on a bunch of random products."
- Charles Fitzgerald, general manager of Microsoft's platform strategy group, in August on ZDNet News

"It's about connecting people to people, people to information, businesses to businesses, businesses to information, and so on. That is the benefit."
- Steve Ballmer, trying again, in an October interview with News.com

Vou explicar (ou complicar um tanto) aquele papo sobre a travada do zagueiro central da MS. Ops: Pq o mundo SaaS (Software as a Service), novo horizonte e novo cenário dos novos inimigos da MS, é um dos maiores (se não o maior) desafios da empresa de Bill Gates em toda a sua história.

[Sacanagem: trata-se de um post preguiçoso. Na verdade vou listar uma coleção de citações e referências (links). Se necessário, comento alguma coisa. - zzzzzzzzz]

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Asking people to pay for the privilege of using the software isn't offering a service, it's taking a liberty.
True on-demand application vendors understand this. Conventional software vendors seem to think the world still owes them a living, just for bothering to write some software.
[Phil Wainewright]

I've always been wary of the term software-as-a-service, not only because SaaS is such an ugly acronym, but also because it conveys completely the wrong message. It gives the impression that all you need to do is take any old software package, run it up on a server in a data center, do a bit of financial engineering so customers can pay on a monthly plan, and hey presto! you've got an on-demand application. Nothing could be further from the truth.
I think it's time to coin a new acronym that nails that model much more accurately: Same old Software, as a Service. This makes it easy to identify on-demand applications that are not worthy of the name— they're just SoSaaS.
[Phil, again]

"The idea that the computing industry can simplify its offerings dramatically by having this server-equals-service approach, and having richer services, absolutely I believe in that, and we need to be at the forefront of that."
"We have Active Directory, which we are making a lot richer. There's a lot of talk about that here. And we have Passport. So we're making those very symmetric and having this federation capability be central to the architecture those things follow. We have e-mail where we have Hotmail and Exchange. We'll have hosted Exchange from some of the telcos, too. In terms of Web sites, we have some people doing hosted SharePoint now, we have Spaces, which is a low-end version of that. We'll bring those together."
"So our services have started out as very inexpensive but not feature-rich. Our servers are very feature rich. So as we bring these things together, we give you the richness and also the choice of having it as server or as a service. And that is a very big deal to us. The place we are strongest in this today is in instant messenger, where the MSN Messenger is the service, and Live Communications Server is the server. So those things are very symmetrical."
[Bill Gates]

Microsoft has come to realise that most of the value in an always-on broadband world derives from 'the cloud' - aka the Web. So if Microsoft is going to stay competitive with the likes of Salesforce.com - and keep Google and their web-based Office at bay - then they need to start the transition to the Web platform NOW.
[Richard MacManus]

Conventional application software simply isn't built for the on-demand model. It doesn't have the same economies of scale, agility and extensibility, and its implementation-centric architecture makes it incapable of delivering equivalent business value. Any vendor that takes their existing software and simply delivers it as an online service just doesn't get it— and their on-demand offering will inevitably be much slower, less flexible and more expensive than rivals that have rearchitected their applications afresh for the on-demand model.
[Phil, over]

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Sorry se soei sono.. digo, repetitivo. Usando um algoritmo parecido com o zip de Mineiro vou resumir pro seguinte: Não se trata de browserizar uma aplicação, ok? Mais: nem toda aplicação 'web' (blergh!) pode ser oferecida como um SERVIÇO. Btw: não conheço nenhuma tupiniquim!
[PV zzzzzzzz]

Gizmodo’s new Norwegian correspondent SilverSnake sends shocking—shocking!—news about Microsoft’s Xbox 360 retail marketing demands. Retailers in the land of King Herald V are each being alloted a supply of 20 consoles, 6 core editions and 14 premium versions. But there is a catch: In order to get all of them, each shop or chain has to sign an agreement saying that they will sell out of all 20 consoles on the release date (which is December 2 over there). On top of that, the retailers must agree to sell a minimum of 2 games per console.

“Microsoft Norway even said them selves that they’re gonna use the ‘Sold Out’ as a marketing strategy to hype the console.”




A lógica por trás da tática: Cada caixinha vendida significará um pequeno número vermelho (preju mesmo!) nas contas da MS. Cada joguinho, aliás como todo software, música, etc etc, colabora com um pequeno número azul. Um joguinho apaga o preju. O outro gera lucro. Creiam! A lógica funciona!


Surrupiado daqui.