As novas tecnologias digitais são essenciais à consolidação bem-sucedida dessa nova lógica empresarial. No passado, as empresas eram, em alguns aspectos, forçadas a ignorar os indivíduos, pois não possuíam tecnologias capazes de gerenciar a complexidade individual. Na verdade, a maior parte das tecnologias comerciais dedicava-se ao objetivo da simplificação. Seu foco era eliminar a complexidade no sentido de tornar as coisas sempre mais eficientes, de forma que um número cada vez maior de pessoas pudesse comprar mais, e mais barato. Hoje, porém, há uma infra-estrutura tecnológica totalmente nova, baseada nas informações. O mundo físico dos átomos se traduz em dígitos, onde pode ser coordenado e comunicado com graus quase infinitos de complexidade e detalhes. As redes que ligam pessoas ao redor do mundo continuam a se desenvolver em termos de velocidade, inteligência, precisão e amplitude. As novas tecnologias da informação reformularam os processos de negócios em muitos setores. Até o momento, entretanto, submeteram-se aos propósitos do antigo consumo, de acordo com os princípios do velho capitalismo. Continuaram a ser usadas para fazer mais e de forma mais eficiente. Se há uma certa decepção com o que produziram, esse é o motivo.
- Shoshana Zuboff e James Maxmin (em "The Support Economy")
A parte I de "Canais Carnais" tá aqui. Ainda não terminei.
0 responses to "graffiare #411 (ou "Canais Carnais - Parte II")"
Leave a Reply