Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

graffiare #250

24 fevereiro 2006

O Nostálgico

Ele só chegou em casa hoje. Bermuda suja, camiseta de um bloco da Bahia. Quando ia começar a falar, ela levantou a mão e disse:

- Espera. Vou chamar as crianças.

As "crianças", na verdade, tinham 18 e 16. Olharam o pai com curiosidade.

- Onde você andou, papai?
- Eu...

A mulher o deteve outra vez. Foi chamar os vizinhos. Só quando já tinha uma dúzia de pessoas dentro da sala, incluindo seu Euclides do andar debaixo, ele pôde começar a falar. Mas estranhou a cara da mulher. Não era cara de uma mulher indignada com um marido que desaparecera na sexta-feira antes do carnaval e só voltara na quinta, de bermuda suja e camiseta do "Muqueca com Farofa". Ela estava sorrindo. Ela estava olhando para ele com carinho.

- Que cara é essa, mulher?
- Você não existe, sabia?
- Como, não existo?
- Você é uma anedota antiga. Marido que foge no carnaval e volta com uma explicação ridícula. Isso é pura nostalgia. Só você, mesmo...
- Deixa ele dar a explicação, mãe.

Ele hesitou. Depois contou que tinha sido seqüestrado por alienígenas e, quando vira, estava atrás de um trio elétrico em Salvador. Fora trazido de volta pelos mesmos alienígenas.

Foi aplaudido. O seu Euclides, do andar debaixo, era o mais emocionado. Aquilo lhe lembrava o seu tempo, quando ele também escapava no carnaval e depois precisava inventar uma desculpa para a patroa. Bons tempos. Não voltavam mais. A não ser assim, como reconstrução histórica, para as crianças.

A mulher estava abraçando o marido, dizendo "Vá tomar seu banho, vá". Ele devia estar cansado, depois de pular todos aqueles dias atrás do trio elétrico. Sem falar das viagens de ida e volta, na espaçonave. Só ele mesmo...

Quando arrombaram a porta do banheiro, horas depois, ele tinha saído pela janela. Ainda bem que a nave ficara por perto. Vai pegar no mínimo mais três dias de carnaval, em Salvador.

- Luis Fernando Veríssimo
(de verdade, surrupiado do excepcional "Orgias")



Precisando d'um disco voador, fale comigo. Boa viagem. Feliz carnaval!
Aproveita pq dia 1º (ou dia 2, né?) finalmente começa 2006.

Sou fã do Google e utilizo várias de suas ferramentas, principalmente a principal (busca), o GMail e o Blogger (que hospeda todos os meus blogs). Acho que nenhuma outra empresa apresenta hoje a agilidade e a "visão" que o Google tem do mundo virtual. Mas simplesmente perdi a paciência com o Google Desktop. Depois de um bom tempo (utilizo-o desde a 1ª versão) resolvi mandá-lo para o espaço.

Não foi temor de ver meus precisos dados (e MP3s) indexados e compartilhados com MIBs da administração Bushit ou algo do tipo. Minha razão foi uma só: o Google Desktop é guloso demais. Seus benefícios não compensam a quantidade de recursos que ele consome. Meu 'index' já tinha uns 2gb. A máquina fica mais lenta em todas as operações de I/O por causa de seu 'overhead'. Quem organiza minimamente o conteúdo de seu disco rígido pode dispensar o recurso de busca local. So... bye bye Google Desktop. Por enquanto o Google faz mais sentido bem de longe.. alcançável e utilizável só pelo meu Firefox*.




* Btw, que anda meio estranho tbém em sua última versão: armazenar as 8 últimas páginas de cada tab para 'agilizar' o botão de retorno? Vai papar RAM assim lá na China... Ainda mais para quem usa 'tabs' como eu: em média tem umas 8 abertas o tempo todo. Mas sigo com ele. Aliás, depois do Greasemonkey e do Stumbleupon será quase impossível abandoná-lo.

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Outra Provocação

23 fevereiro 2006

O graffiare de hoje ficou light. Pq provocação mesmo é o lucro imoral publicado por nossos grandes bancos, inclusive aqueles que deveriam ser "públicos". 80% de crescimento (do lucro líquido!) em um ano!?!?? Somando todos quanto temos: uns R$20 ou R$30 bi? Em um país como o nosso, alguém pode achar isso "normal"? Justo?

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"Man is always something more than what he knows of himself. He is not what he is simply once and for all, but is a process..."
- Karl Jaspers


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Por aqui a gente chama isso de 'pão com taio'...

É exatamente o que a gulosa Oracle vai comprar, segundo Bruce Perens. Saca só:

You can't really buy an Open Source project. The GPL was designed to make it possible for any Open Source participant to circumvent any other party who gets in the way. Other Open Source licenses are similar. Larry Ellison can buy business and influence over an Open Source project, but if he tries to have absolute control, Open Source developers will code elsewhere, replace whatever Larry holds close, and create new businesses.

JBoss, the Open Source J2EE company said to be a $400 Million Oracle acquisition, hardly owns its market today. Commercial Java projects, even those using Open Source code, may develop on JBoss but predominantly deploy on proprietary software from IBM or BEA. Years ago a large contingent of JBoss developers split off into what is now Apache Geronimo project, an eminently viable competitor to JBoss.

If Oracle is true to their history of eating their own ecosystem, they might now use JBoss to go after BEA. BEA moved this week to beef up their own presence in the Open Source community by releasing some previously proprietary work as Open Source. Why? they'll be using Open Source to go after Oracle. Open Source developers smile as proprietary software companies fight each other by collaborating more.



Atenção ao grande graffiare que encerra o artigo:

"Open Source developers smile as proprietary software companies fight each other by collaborating more".


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O debate continua: até que ponto é inteligente (e economicamente viável) a manutenção de um sistema de e-mail dentro dos muros de uma corporação?

Phil Wainewright, da ZDNet, é taxativo: "Forget Exchange, the hosted email debate has moved on". Saca só um trechinho onde ele compara duas "propostas":

Same old Software, as a Service (SoSaaS) — "Take any old software package, run it up on a server in a data center, do a bit of financial engineering so customers can pay on a monthly plan, and hey presto! you've got an on-demand application." To be fair to Microsoft, there is a version of Exchange Server that's specifically designed for high-volume hosting providers, which makes it a little bit more sophisticated than the efforts of most conventional software vendors. But the fact remains that this is a software package that is designed and built for on-premises installation, and therefore it always will be less than ideally suited for operation in an on-demand environment (as George Ou points out for example, it passes attachments around instead of sharing a single master copy, thus ensuring abysmal performance on anything except a high-speed local LAN connection. How dumb is that?)

Software that actually works — "The on-demand model isn't about delivering software per se. It's about delivering the results of successfully using the software." When email is delivered as an on-demand service, what you get isn't a hosted email server — the internal mechanics aren't of any interest at all — what you get is a commitment from your service provider to make email work for you. That's vitally important in this day and age because, as Dion notes in his posting, "The nature of e-mail itself is changing and evolving. And IT shops will have a hard time keeping up … Folks want to add voice, video, chat, RSS feed subscriptions and more to their e-mail systems."


Quero ver o pessoal que adorou o papinho "doesn't matter" largar esse (óbvio) osso.

Saca só o 'Google Graffiti':



Surrupiado da Time, foto-artigo "Life in the Googleplex".

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graffiare #247

21 fevereiro 2006

God - Part II

Don't believe the devil
I don't believe his book
But the truth is not the same
Without the lies he made up

Don't believe in excess
Success is to give
Don't believe in riches
But you should see where I live
I...I believe in love

Don't believe in forced entry
Don't believe in rape
But every time she passes by
Wild thoughts escape
I don't believe in death row
Skid row or the gangs
Don't believe in the Uzi
It just went off in my hand
I...I believe in love

Don't believe in cocaine
Got a speed-ball in my head
I could cut and crack you open
Do you hear what I said
Don't believe them when they tell me
There ain't no cure
The rich stay healthy
The sick stay poor
I...I believe in love

Don't believe in Goldman
His type like a curse
Instant karma's going to get him
If I don't get him first
Don't believe in rock 'n' roll
Can really change the world
As it spins in revolution
It spirals and turns
I...I believe in love

Don't believe in the 60's
The golden age of pop
You glorify the past
When the future dries up
Heard a singer on the radio late last night
He says he's gonna kick the darkness
'til it bleeds daylight
I...I believe in love

I feel like I'm falling
Like I'm spinning on a wheel
It always stops beside of me
With a presence I can feel
I...I believe in love


- U2


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graffiare #246

20 fevereiro 2006

Um graffiare um pouco diferente hoje, surrupiado do Luciano Pires:

OS PREÇONHENTOS


Alguns conhecidos voltaram da China impressionados. Um determinado produto que o Brasil fabrica um milhão de unidades, uma só fábrica chinesa produz quarenta milhões... A qualidade já é equivalente. E a velocidade de reação é impressionante. Os chineses colocam qualquer produto no mercado em questão de semanas... Com preços que são uma fração dos praticados aqui.
Uma das fábricas está de mudança para o interior, pois os salários da região onde está instalada estão altos demais: 100 dólares. Um operário brasileiro equivalente ganha 300 dólares no mínimo. Que acrescidos de impostos e benefícios, representam quase 600 dólares. Comparados com os 100 dólares dos chineses, que recebem praticamente zero benefícios... Hora extra? Na China? Esqueça. O pessoal por lá é tão agradecido por ter um emprego, que trabalha horas extras sabendo que nada vai receber...

Essa é a armadilha chinesa. Que não é uma estratégia comercial, mas de poder. Os chineses estão tirando proveito da atitude dos marqueteiros ocidentais, que preferem terceirizar a produção e ficar com o que “agrega valor”: a marca. Dificilmente você adquire nas grandes redes dos
Estados Unidos um produto feito nos Estados Unidos. É tudo “made in China”, com rótulo estadunidense. Empresas ganham rios de dinheiro comprando dos chineses por centavos e vendendo por centenas... Mesmo ao custo do fechamento de suas fábricas. É o que chamo de “estratégia preçonhenta”. Enquanto os ocidentais terceirizam as táticas e ganham no curto prazo, a China assimila as táticas para dominar no longo prazo. As grandes potências mercadológicas que fiquem com as marcas, o design... Os chineses ficarão com a produção, desmantelando aos poucos os parques industriais ocidentais. Em breve, por exemplo, não haverá mais fábricas de tênis pelo mundo. Só na China. Que então aumentará seus preços, produzindo um “choque da manufatura”, como foi o do petróleo. E o mundo perceberá que reerguer suas fábricas terá custo proibitivo. Perceberá que tornou-se refém do dragão que ele mesmo alimentou. Dragão que aumentará ainda mais os preços, pois quem manda é ele, que tem fábricas, inventários e
empregos... Uma inversão de jogo que terá o impacto de uma bomba atômica. Chinesa.

Nesse dia, os executivos “preçonhentos” tristemente olharão para os esqueletos de suas antigas fábricas, para os técnicos aposentados jogando bocha na esquina, para as sucatas de seus parques fabris desmontados. E lembrarão com saudades do tempo em que ganharam dinheiro comprando baratinho dos chineses e vendendo caro a seus conterrâneos... E então, entristecidos, abrirão suas marmitas e almoçarão suas marcas.

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Feliz SEXta

17 fevereiro 2006



Excelente final de semana. Juízo!

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Há tempos não me divertia tanto com o John "Dimas Toledo" Dvorak. Numa das últimas ele tava ensinando seu ídolo BillU a matar o Linux: adotando-o e escrevendo drivers proprietários. Pensei ser seu ápice. Mas John "Dick Cheney" Dvorak sempre se supera, com ou sem espingardinha de chumbinho. A última dele: a Apple vai abandonar o OS X e adotar o Windows. Wishful thinking... Ou um jeito desesperado de aparecer, chamar audiência para suas colunas e manter o emprego. Vai saber... Na dúvida, colaborei com o vovô. BillU, BillU...



Igualmente divertido mas muito mais sério é o Roberto X. Na coluna de hoje ele mostra como a Apple pode salvar a Blockbuster (!). É sério!

"Your karma check for today:
There once was a user that whined
his existing OS was so blind
he'd do better to pirate
an OS that ran great
but found his hardware declined.
Please don't steal Mac OS!
Really, that's way uncool."


- Poema encontrado no código do Mac OS X



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graffiare #244

16 fevereiro 2006

¿Por qué usar Ruby On Rails?




Je je je, un poco exagerada la cuestión pero una imagen vale mil palabras :-)


He he he, surrupiado de 'La Cara Oscura del Desarrollo de Software'*



* Q nome fantástico para um Blog!

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Foi inevitável. Parece que todo grande cara, em determinado momento da vida (após uma série de realizações que comprovam o rótulo 'grande cara', obviamente) cai de paixão por um de seus projetos. O que era só uma 'Visão' vira 'Missão'. Nicholas Negroponte é um desses (raros) grandes caras. E ontem o MIT comunicou seu desligamento. Motivo? Vai se dedicar exclusivamente ao OLPC (One Laptop Per Child).



Quantas crianças no mundo devem ser beneficiadas pela iniciativa do Negroponte? 1 milhão? 10 milhões? 100 milhões? É cedo pra dizer, mas acredito em números ainda maiores. O (grande) cara tá obcecado e é um grande Vendedor.

Ah, e a idéia é muito boa apesar da Exame desta quinzena chamá-la de 'mico'. Nenhuma surpresa. É exigir demais que a Exame saiba a diferença entre R$215 e R$1200. Mais absurdo ainda é esperar que eles entendam que 500mb de armazenamento é espaço suficiente. Somos nós consumistas e piratas (e usuários de programas ruins) que não vemos a hora de comprar outro HD externo de 300gb. Mas eles não compararam o OLPC ao PC-Conectado, como se fossem a mesma coisa? As crianças carregariam o micrão como, cara pálida? Com carrinho de mão? Deixa pra lá...

A criançada lá (e aqui) só deve ganhar um caderninho mágico, que vira livro e permite que elas se relacionem com outras crianças, distantes só na geografia.

O Nicholas tá fazendo a parte dele. A nossa, Exame inclusive, deveria ser o debate dos métodos pedagógicos e das disciplinas que ganharão essa nova e revolucionária ferramenta.

Ops... Ontem eu sugeri que a gente copiasse os "modelos de relacionamento 'Capital X Trabalho'" das empresas indianas. Tsc, tsc... esqueçam. Saca só:

"A Tata é acusada de exigir que funcionários não-americanos que trabalham no País endossem e transfiram para a empresa as restituições de impostos federais e estaduais."
...
"A empresa exige que cada subordinado assine um contrato que estabeleça que a sua renda bruta seja incluída como ganho nos EUA e divulgada ao Serviço de Rendimento Interno dos Estados Unidos."

Surrupiado do IDGNow.


Se bem que por aqui já temos algumas práticas parecidas, não? Quando uma empresa exige que o funcionário assine uma promissória reconhecendo uma dívida toda vez que é mandado para um curso no exterior. Ou quando a empresa requer as "milhas" obtidas em viagens de negócios. São só ensaios, eu sei. Mas na zona das falsas pessoas jurídicas, cooperativas e afin$, não falta muito pra ter empresa exigindo uma parcela da restituição do leão. Tipo: "Troco dois recibos médicos por uma NF complementar... não 'contabilizável', se é que vc me entende... O recibo? É quente! Meu cumpadre é médico do trabalho, entende?"


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Naquela historinha legal do Hélio Gurovitz um gerente foi mandado embora pq aconselhou que seus subordinados utilizassem uma conta no serviço gratuito H. O gerente temia que a transição do servidor de e-mails (!?haha) da empresa L para o da empresa M não fosse bem sucedida. Aliás, como não foi. O drama se deu nos idos de 2002.

Aí, em pleno 2006, a empresa M começou a falar numa versão de seu produto para liquidar de vez com o moribundo* produto da empresa L (que agora é I).

O mundo mudou um cado de lá pra cá. Se alguém da empresa M der uma olhadinha para os lados verá que uma tal empresa G pode ter idéias um tanto diferentes para o mesmíssimo nicho.

Não vou nem comentar. Faço minhas as palavras de Paul Kedrosky:

"Beyond advertising, we are beginning to see how Google might monetize the great Gmail -- and perhaps more importantly, cause huge heartache to Microsoft in the process. Because this is the email solution small and medium (and large?) business is (or should be) looking for -- hosted Gmail is fast, friendly, and easy to maintain -- not the next iteration of the IT-staff-full-employment-act otherwise known as Outlook. And add Google Calendar into the mix and .... well, Microsoft suddenly starts to look like an investment short."


Deu na Exame:

Veja abaixo os cinco setores com mais fusões e aquisições no Brasil, em 2005:

  1. — Serviços financeiros: 54 operações
  2. — Informática, TI e internet: 41 operações
  3. — Comércio varejista e atacadista: 24 operações
  4. — Prestação de serviços: 18 operações
  5. — Alimentos: 16 operações

Não será em 2006 que o mercado de seguros verá a realização de alguns antigos desejos*, fato que deve disparar um grande movimento de fusões e aquisições. Os bancos devem seguir se livrando dos "abacaxis" mas, em números absolutos, nada que supere a marca geral (54) de 2005. Portanto o 1º lugar no ranking do 'fish eat fish' em 2006 tem tudo para ficar com a área de TI. Arrisco citar duas áreas específicas:

  • Serviços de Desenvolvimento e Manutenção de Sistemas: dois drivers: a sombra dos indianos, espanhóis e chilenos (que chegam com fome) e o hype (além da absurda meta**) de exportação deste tipo de serviço. Tem muito player P, M e até G, louquinho para ser abocanhado por aí. Principalmente por uma IBM da vida;

  • Software empacotado: aqui é uma batata quente só. A ameaça das multinacionais atacarem o mercado PME projeta um cenário em que parece caber apenas um, ou no máximo dois players nacionais. Grana tem. Será que há coragem? De qq forma alguns nobres pequenos e médios fornecedores devem 'ceder' suas carteiras de clientes para peixes mais graúdos. Ah, estou falando especificamente de pacotes de gestão, aka ERPs.






* Privatização do IRB; 'popularização' de alguns produtos como 'Vida' e 'Residência'; regulamentação de alguns 'novos' produtos como 'Meio-Ambiente' e 'Agro-negócio' são alguns dos principais 'desejos'. Alguns antigos demais e todos na 'plataforma de lançamento'. Com um congresso renovado (haha) em 2007, quem sabe?

** US$ 5 bi em 2010?? Formar 50k profissionais?? Sei que sonhar (ainda) é isento de impostos, mas não tá na hora de alguém falar sério? Gente, uma das maiores "universidades" particulares de Sampa AINDA NÃO ENSINA ORIENTAÇÃO A OBJETOS!! Nós não temos nenhuma universidade entre as 200 melhores do mundo!!! Apesar de gastarmos o dobro do que os ingleses gastam com as universidades públicas.

Sinceramente não sei dizer o que precisamos fazer para nos tranformarmos num player minimamente decente no mercado mundial de software. Mas tenho certeza de que não será com a fixação de metas que ignoram por completo o "estado real das coisas". Queremos copiar a Índia? Comecemos pelos seus processos de ensino e modelos de relacionamento 'capital X trabalho'. Eu copiaria a Irlanda. Da forma mais mineira possível...

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O Larry parece ter um estômago de avestruz. E deve estar vivendo uma (momentânea?) crise de identidade. Depois de papar alguns pequenos gigantes vendedores de licenças (Siebel, Peoplesoft etc), com 'gordura' suficiente para motivar mais 2 mil demissões (que devem ocorrer logo), ele agora vira sua bocarra (leia-se uns US$600 milhões) para o universo do Software Livre. Mira JBoss (servidor de aplicações Java), Zend (PHP - hehehe.. ainda tem um baita anúncio IBM em sua página principal) e Sleepcat (SGBD).
(soluço)



Risco iminente em todas as frentes (barrigudas) abertas pela Oracle: Autofagia*. Explico:

Quando vc compra a Siebel e dispensa 2k funcionários seus, vc diz para o mercado: os produtos e processos deles são melhores. Até aí, (quase) tudo bem. Vc cria uma 'cortina de vapor' Fusion, contrata o Lero-Lero e empurra o negócio (claro: com a Barrigona). Os clientes (bi)atolados não verão motivos para trocar de fornecedor. Ou para interromper o fluxo pré-programado de remessas de $$ para o pagto de licenças.

Mas quando vc adquire empresas especialistas em serviços para produtos Livres e Abertos, qual mensagem vc passa? Como justificar agora a venda de seu servidor de aplicações e, logo logo, de sua vaca leiteira, o gerenciador de bases de dados Oracle? Não seria mais fácil sinalizar (como IBM e Sun) a abertura gradual de seus próprios produtos? A última história de um cara assim rechonchudo em cima de um muro não terminou muito bem não...




Segundo este post, a Oracle espera que o negócio de "assinaturas" gere receitas de US$ 7 bi (!) com 90% de margem!?!?!. Que maluco divulga um negócio desses? Quer agradar acionistas afugentando a clientela toda? Ou tá chamando todo mundo de besta?




*Autofagia (segundo a Wikipédia):

A autofagia é um fenómeno em que organelos celulares já não funcionais e em desuso são englobados por uma membrana e lisossomas e decompostos, enquanto a autólise ocorre por simples ruptura da membrana lisossômica libertando as enzimas hidrolíticas que provocam a digestão e desintegração celular.



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"Why is it so hard to get hold of information about how my company is running when my teenage daughter can instantly bring up the answers she needs for her homework just by tapping queries into a search engine?"

How long is it going to be before CEOs start asking the same question, not about information this time, but about functionality? "Why does my billion-dollar organisation take six months to change a business process or implement a new capability when my sixteen-year-old son can set up a new business on the Web in a few hours?"



SOA + Web 2.0 (AJAX * API's)^Agilidade

O papo começa a ficar MUITO interessante.
Tanto quanto as novas *provocações.



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... "Can we really expect private companies to effect national and international policy? Perhaps if they banded together - Google, Yahoo, Microsoft, AOL - and said 'Enough! We ask the Chinese government to respect the basic rights of humans to free speech and free association!'...

"Oh please, I then say to myself. Don't be freakin' naive. Unity on an issue as freighted as national policy on China? This from a group of companies who can't even interconnect their goddamn IM networks? It'll never happen."

- John Battelle


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"There is a well known saying that no smaller system can encounter a larger system without being fundamentally changed by the experience. Once you see a much better way to do something, you can't wait to start. While traditional IT efforts still routinely underdeliver and underperform, the so-called Web 2.0 approaches to applications and user interaction are raising the bar on expectations for how software should work. These new models are offering practical techniques that seem to result in simpler, better software that's recognizably more engaging, changeable, and reusable. And as important as any of this, people and their connections to each other are put where we've always needed them to be, at the center of the software experience."


Surrupiado do novo blogueiro da ZDNet, Dion Hinchcliffe.
Vale a pena ler o post inteiro.


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"All of life is a dispute over taste and tasting."
- Friedrich Nietzsche

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Marley's Law

09 fevereiro 2006

Seguinte: em maio do ano passado um estudo inglês afirmou que "o QI (Quociente de Inteligência) de pessoas preocupadas com suas caixas de e-mails sofre perdas maiores do que o QI daqueles que fumam maconha". Agora uma pesquisa bancada pela Symantec descobriu que 75% dos entrevistados (?) são viciados em e-mail! Caramba! Vicia mais que maconha tbém!!

Agora só falta descobrir que tá aí a causa da baixa produtividade de alguns de nossos surrados knowledge workers. Manchete proposta: "Doidões viciados em e-mail têm apenas 25% da produtividade de uma 'pessoa normal'". ic.. Aí outra pesquisa vai achar que tá aí a razão de tanta 'obesidade'. Êita 'larica'...

Contribuição do grande Marley: a melô do viciado em e-mail:

But I know, now, that I'm way down on your line,
But the waitin' feel is fine:
So don't treat me like a puppet on a string,
'Cause I know I have to do my thing.
Don't talk to me as if you think I'm dumb;
I wanna know when you're gonna come - soon.
I don't wanna wait in vain for your love;
(repita até a chegada da próxima mensagem)



E a lei de Marley:

"Don't worry about a thing, 'cos every little thing is gonna be alright. "

NT: Se não pintou no e-mail corporativo não encana, com certeza pingou no Hotmail, ou no Yahoo, quem sabe no GMail... um scrapzinho no Orkut, talvez...

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"As minhas idéias são as as minhas putas."
- Diderot (em 'Nipote di Rameau')


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graffiare #239

08 fevereiro 2006

Não sei se se trata de um senso de humor ímpar ou de uma brincadeira de extremo mau gosto. A MS está nos convidando para "adivinhar a data do lançamento do Vista (aka 'Berrante')".

Só uma dúvida: será que o Jim AlChin Cheñor (arquiteto chefe do Hasta la Vista) saberia dizer?

Detalhe (não é brincadeira, não de minha parte):

Join & win!

  • 1st Prize: Trip for one person to the official launch event of Windows Vista, return flight, economy class, 3 nights in a 4-star hotel (breakfast included) and the entry to the launch event
  • 2nd–4th Prize: New XBOX 360
  • 5th–10th Prize: XBOX Core System



Why (uai): pq não dão uma cópia do Vista como prêmio? Céus...
Os caras se superam. Vou imitar o Macaco Simão: tá virando a empresa da "piada pronta".

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Krugle

07 fevereiro 2006

Programadores! Que tal um "Google" que só busca código fonte? Ele existe e se chama Krugle!



krugle/the search engine/
for developers/

findcode/
findanswers/krugle makes it easy for developers to find source code and technical information—fast!

enablesyou/01/to quickly find and review source code 02/find code related technical information 03/save, annotate and share your search results with others...all from within a single, easy-to-use, web application.
learn more »



Lógico que nossos velhos amigos reinventores da roda ("NIH" - Not Invented Here) detestarão a novidade.

O Novo comercial da Apple+Intel [Vídeo].

Tipo: "Libertamos os chips da Intel", hehe..


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Criatividade (passou longe)

06 fevereiro 2006

Registered beta testers have been told to get ready for the beta of Office Live, according to an internetnews.com story this week by Susan Kuchinkas. There will be three different packages of on-demand applications targeted at small businesses, she reports:

  • Microsoft Office Live Basics "provides domain-name registration, site-design tools, Web hosting, Web site traffic reports and a still-to-be-determined number of e-mail accounts."
  • Microsoft Office Live Collaboration "is a hosted version of Windows SharePoint. It lets a business create shared, password-protected collaboration sites. The offering includes online business applications to manage customer, project, sales and company information."
  • Microsoft Office Live Essentials "combines Office Live Basics and Office Live Collaboration, adding additional company e-mail accounts, enhanced access features, advanced Web traffic reports, and Microsoft Office FrontPage Web design software. "
When Microsoft first announced its on-demand intentions I said it would have to buy some existing players if it wants to have a credible offering. Judging by the motley ragbag of packages above, it clearly hasn't done so yet. The Basics package is just a website deal, indistinguishable from thousands of others already out there in the marketplace. Collaboration is just SharePoint server wheeled out once more as a shared service. And Essentials is the other two combined, with FrontPage thrown in. All of this has been tried by Microsoft before and largely failed. What makes the company think that rebranding any of it as Office Live will make a blind bit of difference?

Surrupiado daqui.
Se eu posso, pq a MS não consegue surrupiar umas idéias alheias? Por exemplo: aqui tem umas 380!! Pô BillU, vc é a maior prova viva de que "nada se cria"... Então?


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"Ricos adoram Havaianas porque elas são a primeira coisa que os novos-ricos deixam de usar."
- Eugênio Mohallem (Almap - out/96)


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Me esqueci d'algo (que não é pequeno) quando comentei nosso (bom) hábito de varrer 'complexidades' para debaixo de tapetes. Enfatizei as ferramentinhas (IDE's - Integrated Development Environment) e simplesmente não citei algo que, desconfio, aumenta a produtividade de desenvolvedores tanto quanto elas: os Design Patterns (ou Padrões de Projeto/Desenho). Não se trata de papo novo, particularmente no mundo do Java corporativo. Um arquiteto de verdade domina 'patterns' assim como um cozinheiro de verdade domina temperos. Pois bem, o mundo AJAX é (relativamente) muito novo mas, felizmente, começa a ganhar suas receitinhas. Este tutorial é um bom começo.


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Pensei que ia encerrar a epopéia para a aquisição de ingressos para o show do U2 na parte II. Mas seguimos vivendo e não aprendendo. Então vamos lá:

Algum gênio concluiu que o canal Internet é uma bosta. Os servidores trupicam, escorregam na maionese de código e infra mal escritos/configurados e custam a levantar de novo. O mesmo gênio pede pra uma "big five" subscrever seu diagnóstico e desenhar uma solução. Relógio correndo, com um frio danado na barriga, meia-dúzia de "big gênios" decidem que o melhor canal para a venda de ingressos é a loteria d'um telemarketing que nem msg de agrado (tipo "O senhor tem que estar pegando uma senha...") tinha. Show de horror pra lá de bizarro. Repórteres do UOL falam em 50 tentativas mal sucedidas. O Cacá deve ter ligado umas 250x... Os caras receberam quase 1 milhão de "tentativas". Para vender 70k ingressos.

Não se trata de chororô de quem não conseguiu. Até pq conseguimos todos os ingressos que precisávamos. E, dependendo do fanatismo, vc ainda pode comprar um dos cambistas virtuais. Tem um monte (por quase o dobro do preço) no MercadoLivre. As questões aqui são outras:

  • Quanto custa tratar mal e desagradar 830 mil consumidores?
  • Que gênio que acha que um canal que vende 100 ingressos por minuto pode ser melhor que um site minimamente decente?
  • Quem fixou o preço dos ingressos (quase US$ 100 o mais barato!) tinha noção da demanda. Pq não negociou um número maior de apresentações? E em outras praças? Agenda sempre tem. Tanto que Bono e sua turma chegam no dia 18 (dia do show dos Stones na praia - para 2 milhões de pessoas!)
  • Quem fez as cagadas tem noção do tamanho da oportunidade perdida? Ou vai ficar satisfeito em ganhar uns milhares de reaizinhos e a má fama de ser péssimo organizador?


update: Caramba! Até esqueci de comentar o belíssimo processo desenhado pelos 'big gênios'. Seguinte: Quem conseguiu falar no telemarketing ("eu vou estar transferindo a ligação") tem 2 dias para fazer um depósito (em dinheiro!, hehe). Então ele poderá retirar seus ingressos, até no dia do show (!?!? - haha) em locais pré-determinados. Coisa de gênio! Taylor deve estar sambando com vestimentas de pierrot. kuakua.. Só faltou uma coisinha: os carimbos!! Caramba! "Onde eu posso estar carimbando meus ingressos?" hehe.. Com selinho "design by [nome_da_big_five]"...
Céus! Será que os caras cobraram por isso?
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graffiare #236

03 fevereiro 2006

"I'm looking for a fixer-upper with a solid foundation. Am willing to tear down walls, build bridges, and light fires. I have great experience, lots of energy, a bit of that 'vision thing' and I'm not afraid to start from the beginning."

- Objetivos de Steve Jobs, segundo seu currículo.

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SOA X Open Source

02 fevereiro 2006

Calma, não se trata de um duelo como costumamos ver. A questão foi colocada por Joe McKendrick, da ZDNet, ao comentar dois artigos. A pergunta: "Which is killing the software industry (as we know it) faster — open source or SOA?"

Para Rikki Kirzner é o mundo do Software Livre. Já para Christopher Koch, da CIO Magazine (!), SOA é o "grande assassino" da indústria de software (as we know it).

Fico com o Rikki. É a escalada (sanguinolenta) de produtos abertos, livres e "gratuitos" que está promovendo estragos mais consideráveis. Comoditização na marra e em ritmo nunca visto em nenhuma outra indústria. Praticamente não há mais nenhum elemento de infra de software que não possua uma versão "free". Com o stack básico consolidado, a pilha aumentará? Traduzindo: veremos aplicações de negócios (de verdade) recebendo a mesma atenção dos Apaches, Ubuntus e Raposas-de-Fogo da vida? Espero que sim. Creio que não. Não no curto prazo.

Assim como não vejo SOA como uma proposta "rompedora" no curto prazo. Mas quem quiser ter um produto minimamente decente nos próximos 2-3 anos, deve começar a se preocupar agora. Ou comerá pó (empacotado).


Alguns conhecidos e outros desconhecidos sempre tentam me desanimar quando falo das incríveis possibilidades abertas pelo Ajax. Principal ataque: Ajax é complexo demais. Sempre concordei sem nunca abrir mão de meu entusiasmo. Tudo de novo em nossa área é "complexo demais". Mal de uma área que, por natureza, é "complexa demais". Mas que também é (quase sempre) muito ágil e criativa. Assim, criamos abstrações/tapetes e sempre varremos a complexidade pra baixo deles. Lógico que, de vez em quando, algumas gambiarras acontecem. Como algumas 'características' do Visual Basic.

Pois bem: quase todo mundo (relevante) da nossa indústria está definindo o padrão Open Ajax. Estão lá IBM, Google, BEA Systems, Red Hat, Borland Software, Novell, Oracle e Yahoo, dentre outras. É questão de tempo (pouco - 6-9 meses) para termos ferramentinhas Ajax 4 dummies. Depois, mais um ano mais ou menos para termos uma oferta satisfatória de programadores satisfatórios. Mas que não serão tão satisfeitos quanto os pioneiros que arrancam (com mérito) uns $$ acima da média. Mérito de não temer a tal "complexidade".



pv: Sentiu falta d'alguém na listinha de empresas acima? Pois é.. trata-se da definição de um PADRÃO. E é ABERTO. A empresa ausente não sabe o que é isso.

São exatamente 10:22. Acabei de procurar nos nossos principais sites de notícias (leia-se UOL, Terra, Exame, Info) a principal notícia sobre tecnologia/internet que saiu ontem e até agora... NADA! Seguinte: o comércio eletrônico brasileiro ultrapassou a marca de US$1 bilhão em vendas em 2005! Crescimento de 355% em relação a 2001 (o ano da ressaca da bolha). 40% acima dos números de 2004. E a projeção para 2006 é de, pelo menos, 50% de crescimento. Já somos cerca de 5 milhões de consumidores "virtuais".

Engraçado (a provocação) é que quem mais deveria ter interesse em tal notícia (leia-se UOL, Terra, Abril) dorme no ponto. São lentos. São míopes com cataratas. Meio burrinhos mesmo. Mas, apesar deles (e de todos os urubus q falaram que comércio eletrônico e os "e"qqcoisa nunca "pegariam"), aí estão os números. Que jóia!

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This is too good to pass up. Jeff Schneider, president of MomentumSI, has posted what he calls "The Great Microsoft WSDL Hunt."

Enabling software with Web Services Description Language is perhaps one of the most basic aspects of SOA-enabling applications. According to Schneider, "over the last five-plus years, Microsoft has been incorporating SOA into their own products. The 'Great Microsoft WSDL Hunt' is an effort to identify which products have already been 'service oriented', or at least 'WSDL-enabled'."


The prize for a verifiable submission is an SOA T-shirt (supplies are limited to about 100). The rules are to 1) Find a supported WSDL from ANY current and supported Microsoft product (hosted or shrink-wrap), and 2) send Schneider the name of the product and the WSDL as well as where it was found (URL, etc.).

So far, Schneider reports, only five WSDLs have been found. "I've looked around myself and they're not as easy to find as you might think," he admits. "I'm still encouraging any and everyone (including Microsoft employees) to send me the WSDLs!"

WSDL-enabled products identified so far: Microsoft SharePoint, MSN Search (beta), TerraServer, MapPoint, and Microsoft Digital Rights Management.






Surrupiado (integralmente) daqui.



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"My tax return in the United States has to be kept on a special computer because their normal computers can't deal with the numbers."
- Mr Bill(ionário) Gates



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