Vi na edição de 9/ago do Computerworld: "Brasil tem um 'déficit' que gira entre 15mil e 20mil desenvolvedores". Já tem um certo tempo que esse tipo de 'preocupação' aparece em nossa mídia 'especializada', particularmente quando o tema é exportação de software.
Será real? Digo, estamos deixando de vender software e de encarar projetos pq tá faltando mão de obra? O tema é complexo e tem mais pontas soltas que nossa turva visão pode contar.
Empresas que vieram de longe e com uma estratégia bastante agressiva começaram a agitar nosso mercadinho de empresas de RH disfarçadas de prestadoras de serviços em TI. Pagam melhor e, pelo jeito, sabem escolher os melhores profissionais.
Os primeiros a sentirem o impacto (muito positivo) foram os profissionais Java. Já trabalham com valores consideravelmente maiores que aqueles praticados há 1 ano. A turma MS ainda gira em torno daqueles 'valores de referência' que perduram desde o final do século passado.
O chute do 'déficit' é tão crível quanto a meta de exportação do governo. Ou seja, é risível. Rs... Falta o quê? Falta quem? Onde? Sejamos claros. E objetivos. Alguns palpites:
- Falta qualidade. Algumas escolas particulares estão despejando muita gente sem o mínimo do mínimo no mercado: tem gente que sai sem ver nadinha de OO (Orientação a Objetos)!!!
- Falta mais comprometimento de boa parte de nossos empresários. Tanto com a formação dos profissionais quanto pela busca de vínculos empregatícios menos ridículos;
- Falta noção. Bom senso. Quando uma certa turma vai aprender que não dá pra competir com Índia e China usando as mesmas armas deles (escala e baixo preço)? Cadê a tão falada criatividade tupiniquim?
Sinceramente? O déficit mais sério não é o de desenvolvedores...
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