Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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O tema muito me interessa. Desde que decidi entrar nesse mercado (pela porta dos fundos). Quero crer que interesserá também minha 1/2 dúzia de leitores. 
As editoras começam a enfrentar agora o mesmo desafio que as grandes gravadoras encaram há quase 10 anos: a inevitável conversão de seus átomos em bits. Saca só: tiveram pelo menos uma década para se preparar e aprender com os erros dos outros. Pelo visto, desperdiçaram o tempo. A última edição da EXAME (3/jun) tem um artigo chamado "O Papel vai Sumir?". Legal, o texto fala sobre o Kindle da Amazon e as mudanças que batem nas portas das editoras. Conclui, de maneira acertada, que "o papel não vai tornar-se obsoleto". Até aí, tudo bem.
Mas quando começam a tratar do perigoso tema "pirataria", a coisa desanda. Foram ouvir o Sr Roberto Feith, presidente da editora Objetiva. Saca só:

Os prejuízos com a pirataria podem ser mais graves para a indústria editorial do que para a indústria de música. E existe outro ponto importante: os artistas podem viver de shows, mas os escritores não têm uma fonte alternativa de receita.


Lá vem terrorismo de novo. Tipo de artimanha usada para justificar as práticas mais draconianas (como rootkits e outros esquemas miraculosos de proteção de conteúdo etc etc).
Caríssimo Sr Roberto Feith:
  1. A maioria dos escritores que conheço, tanto de ficção quanto de não-ficção, tem sim outras fontes de receitas. São palestrantes, professores, gerentes, coordenadores de cursos, cientistas, roteiristas etc etc. Uma parte deles licencia seus trabalhos para o cinema, TV ou teatro. Ou seja, o que não falta é alternativa de receita para escritores.
  2. O senhor está num mercado que gira cerca de US$ 400 bi por ano no mundo todo (dados da própria EXAME). Qual é a fatia dos escritores?
  3. O medo da mudança (que, saiba, é inevitável) é o pior ponto de partida que Vs Sa e seus colegas podem adotar. Duvida? Então leia de novo a história da Apple, do iPod e do iTunes e do impacto deles no mercado da música. 
  4. Não entendeu ou não concordou? Tente então o mercado de pastelarias. Lá a pirataria não chega, ok?

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