Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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Quando você passa horas e até dias dentro de ônibus e aviões não há nada melhor a fazer do que ler um bom livro. Ops.. Há sim. Puxar papo com a bela morena que senta ao seu lado. O problema é que belas morenas andam raras em aviões e ônibus... Pelo menos naqueles que pego. Restam os livros.

Depois de muito hesitar, comprei em Maringá "A Cabeça de Steve Jobs". Explico a hesitação: apesar das credenciais do autor, Leander Kahney, editor da Wired.com, o título me afastou um pouco. Conferi, é a tradução correta do nome original, "Inside Steve's Brain". Não tenho o menor interesse em mergulhar na indecifrável cabeça de Jobs. E não acredito que alguém tenha condições de transcrevê-la, seja em que meio for. Outro item do livro que espanta na primeira folheada são os checklists que encerram todos os capítulos. Coisinha "for dummies" ou para aquela turma que só lê os resumos. Mas, na falta de melhor alternativa e com a certeza de mais um vôo atrasado, fiquei com o livro.

Que sorte eu dei! Estava totalmente enganado sobre o livro - o título poderia ser bem melhor. Leander traça um belo histórico de Steve, da Apple, da Pixar e da NeXT. Inevitável que ele acabe tocando também MS, HP, Xerox, Dell e outras. Ou seja, está ali uma boa parte da história da nossa indústria, contada de forma simples, objetiva e... apaixonada. Sim, Leander não consegue disfarçar que após 12 anos cobrindo a Apple se tornou um fã daquela empresa. Mas não um fã bobo. Ele consegue descrever os fracassos daquela empresa, inclusive os erros do Jobs. De forma econômica e breve, mas consegue.

Quando um livro dispensa marca-textos é porque ele só pode ser lido de uma forma: de cabo a rabo, na sequência originalmente proposta pelo escritor. E, saiba, a sequência é estranha. Os capítulos são organizados em torno de características da "cabeça" de Steve Jobs: Foco, Despotismo, Perfeccionismo, Elitismo, Paixão, Espírito Inventivo... Estranha mas bem sacada, já que permite que o escritor conte histórias que ilustram bem facetas de Jobs e, principalmente, da Apple. É jóia poder conhecer um pouco mais sobre Jonathan Ive, Ron Johnson e Tim Cook - três caras fundamentais na história recente da Apple mas que aparecem muito pouco.

Devo escrever alguns posts e graffiares para destacar alguns pontos do livro. Mas a maior provocação eu já deixo aqui: você trabalha em TI? Dê o livro de presente para seu patrão. Você trabalha no varejo? Dê o livro de presente para seu patrão. Seu trampo é uma chatice só? Dê o livro de presente para seu patrão. Você é o patrão? Compre o livro! Não entendeu nada? Compre o livro!!!


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