No mundo dos foguetes reais isso não seria possível. Como no mundo do software (quase) tudo pode, a Adobe liberou na noite de sábado a primeira versão pública (alpha) do Apollo.
Infelizmente, por enquanto, ele rodará só em Windows e MacOS. A versão Linux tá esperando um versão melhorada do Flash Player.
Curiosidade: foi só desabilitar o plugin Flash que o meu Firefox ficou bem mais comportado. Desabilitar não é o termo correto. Na verdade, instalei um add-on que impede a execução de propagandinhas e afins baseados no Flash. Pode? Um addon que barra um plugin! hehe.. Ê mundo!
Seguindo com o Apollo, d'uma forma bem simplificada: ele é um executor de programinhas. Será invisível para usuários 'normais', assim como é o Flash Player ou o Java (run time). Como ficou subentendido 2 parágrafos acima, ele será multi-plataforma. Outra característica básica: ele rodará aplicações Web (escritas em HTML, JavaScript, Ajax ou Flex) em modo off-line!
Tá aí aquela que pode ser a principal característica do Apollo: rodar RIA's (Rich Internet Applications) mesmo quando não estivermos conectados. E sem precisar de um browser também.
Aí podem perguntar: quem precisa d'um troço desses?
Well, acho que um monte de gente. Enquanto a conectividade total e sem fio não estiver disponível em cada metro quadrado de nosso planeta (Antarctica incluída), aplicações off-line farão sentido. Serão necessárias.
Hoje vejo várias áreas onde o Apollo poderia ser experimentado: Vendedores que trampam na rua, corretores de seguros, prestadores de serviços gerais (ciganos), vistoriadores de qualquer coisa, etc. Vantagem: se esses usuários, quando conectados, recebem a mesma aplicação (via browser ou não), eles serão mais produtivos. Não têm que aprender uma coisa 'off' e também como lidar com um site na web. As aplicações serão, para o usuário, a mesma coisa. Uma aplicação bem feita saberá fazer o sincronismo dos dados. O Lotus Workplace, da IBM, tem algo parecido com isso.
Para o desenvolvedor há um ganho considerável também: a interface é uma só. A mesma. O mesmíssimo código! Quanta redundância...
E uma percepção que torço para ser falsa: a Adobe tem uma bela oportunidade na mão. Mas, assim como a IBM (e seu Workplace), parece que não tá ligando muito. Se é a MS, a Google ou a Apple lançando algo parecido, veríamos mais estardalhaço.
O Graffiti mudou!
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