Em meu post sobre o JavaOne mostrei que o Schwartz, da Sun, entende que quem briga contra o mundo do Software Livre briga contra a "lei da gravidade". Concordo que o movimento está consolidado. Mas os modelos de negócio derivados de tal movimento ainda estão em sua infância. Uma empresa 100% baseada na comercialização de "caixinhas de patentes" encontra-se numa encruzilhada nebulosa, mal sinalizada e tão esburacada quanto a Fernão Dias.
O que dizer então da Microsoft? Nos últimos 30 dias o Ballmer se reuniu com Michael Tiemman, presidente da OSI (Open Software Foundation) e Matthew Szulick, da Red Hat. Contratou Daniel Robbins, fundador da Gentoo. E anunciou para quem quis ouvir que está disparando várias iniciativas "Open". A mais barulhenta trata da "libertação" dos formatos de arquivos do MS Office, baseados em XML. Este artigo da eWeek mostra que a "carta de alforria" apresenta decepcionantes restrições. Como o uso dos formatos do Office em produtos que utilizam a licença GPL, por exemplo. Pior é que parece que a MS "protege" tais ativos atrás de patentes alegando que outros fariam o mesmo em seu lugar. Desculpa esfarrapada: abre de verdade (com GPL, por exemplo) que tal risco deixa de existir. Inclusive o risco de perder tais patentes, que seriam "mentirosas".
Entendo a angústia da MS. Pq e como mudar o modelo de negócio que em 25 anos tornou-a um império bilionário? Acho que "quando mudar" deixou de ser relevante. Os movimentos da MS (citados no parágrafo anterior) mostram acertado senso de urgência: é AGORA! Pq? Pq o mundo mudou, e quem gosta de dominá-lo não aceitará de boca fechada que 20% do market share de qq coisa esteja em outro bolso que não o seu. Ou seja, o título deste post já está devidamente respondido.
Resta saber "COMO" a MS entrará neste novo mundo. Por enquanto ela só tropeçou nos buracos da encruzilhada. Mas tá em movimento, o que já é grande coisa.
O Graffiti mudou!
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