Há tempos não falo sobre meu "xodó", né? Acontece que ele não me dá notícias! hehe.. Por um lado é bom. Aliás, excelente: esqueço que o SO existe. Por outro é meio ruim: a evolução é (ou parece ser) mais lenta do que a gente espera.
Pois bem, há uma semana saiu a tradicional versão "abril" da família (K)Ubuntu: 8.04 ou "Hardy Heron" ou "HH" ou simplesmente "Hardy" (para os íntimos). Mergulhando nos fóruns você verá a tradicional polarização que tanto caracteriza nossa área: "é a melhor distribuição" ou "é a pior versão"! hehe.. A gente adora brincar de Tom e Jerry, né?
Bom, não esperei. Fiz o upgrade de meu desktop e um "fresh install" no notebook. Breves comentários:
Já estava com a versão anterior, 7.10 (Gutsy), no desktop. 1 (hum!) ano sem "instalações do zero", utilizando apenas o upgrade de versão via Internet. O pacotão é pesado (900+ mb), mas meu desktop não anda fazendo nada da meia-noite às seis... então: Foi liso!
Primeiro susto: o boot agora leva metade do tempo. Aliás, tudo ficou consideravelmente mais rápido. O "não suportado" eye-candy (uso o Compiz) deu uma "desconfigurada". Nada que tenha me roubado uns 5 minutos. E tudo roda muito bem. Só um probleminha: sei lá pq resolveram colocar a versão 3beta5 do Firefox na distribuição. A maioria das (diversas) extensões (add-ons) que utilizo ainda não foram portadas para o FF 3. Tá feio e desajeitado. Mas, claro, muito rápido.
Fichinha: minha máquina é um Athlon X2 (64bits), com 1gb de RAM e placa NVidia. Tenho discos externos, uma "redinha" NFS, pastas compartilhadas, e uso intensivo (e doentio) da Internet. Tudo funciona sem problemas (ou travas ou afins). Só um risco não corri: não pulei no REMIX (KDE 4) - sigo no 3.5. Pelo menos até a versão 4.1 daquele ambiente. Questão de juízo.
No notebook eu seguia com o Kubuntu Feisty, 7.04. Ela tinha se mostrado um pouco mais estável que a 7.10. Mas, mesmo assim, eu não estava muito satisfeito. Então não pensei duas vezes ao programar uma instalação "do zero". A instalação (via CD) é muito rápida e sem dores. Só não pude experimentar o Wubi porque meu note não sabe o que é Windows há um bom tempo.
O resultado (feliz) é igualzinho ao que descrevi acima, então vou poupá-los. Só tem um probleminha: o Wireless demanda a instalação de um driver (Broadcom - blergh!). Ele deveria vir no CD. Como não vem, fui obrigado a colocar um cabo no note... Bobeirinha, né?
Fichinha: o note é um HP Pavillion dv6230br (quase Casas Bahia!). Tem um processador AMD Turion 64 (bits), 512mb (só!) de RAM e placa NVidia. Se você der uma olhada nos cubos, "wobbly windows" e outras frescurinhas (eye-candy) não acredita que a máquina tem (só!) 512mb de RAM.
Resumindo: devagar e sempre! A família (K)Ubuntu caminha firme e forte. Já há quem critique o ciclo de atualização de 6 meses. Não concordo: o compromisso com a data (e a liberação de versões que terão suporte por tempo prolongado, como a "Hardy") é um diferencial da família. Um tipo de compromisso (e comprometimento) que faz muita falta em algumas empresas.
Fui usuário da versão 6.10. É muito visível a evolução da distribuição. O maior problema, em meu ponto de vista, é uma certa falta de criatividade. Não dá para usar o Mac OS e o Vista como referências (particularmente em aspectos de usabilidade e visuais). Precisamos de alguns saltos (que não dependem exclusivamente dos mantenedores da família), como reconhecimento de voz e escrita, por exemplo. Trata-se duma cobrança que estico para todo o universo Linux.
Mas, apesar de (MUITO) chato, escrevo pra quem quiser ler que sou um usuário muito satisfeito do Kubuntu. Ele valoriza meu tempo!
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