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Êita série enrolada... A Parte 1 é de novembro e a Parte 2 de dezembro. Vamos lá. Tem muito problema ainda pra comentar. Mas só lembrei que estava fazendo a 'série' agora, depois de dois artigos sobre o comentado tema SOA (Services-Oriented Architecture).

O 1o artigo, do excelente ZAPThink, cai na velha pergunta de 1 bilhão de dólares: como o sistema 'B' vai "entender" os dados transmitidos pelo sistema 'A'? O problema está aí há anos! Que bom que ele está voltando pra mesa de discussões.

Em 100% dos bancos de dados que conheci as únicas informações disponíveis sobre determinado 'dado' eram:

.Nome (que pode ser tanto 'CODIGO' quanto 'COD_PROD_PQP')
.Tipo do Dado (alfa, numérico, data, lógico)
.Tamanho do campo

Dependendo do carinha (o coitado do 'dado'), podemos também saber se ele tem alguma responsabilidade pelo 'relacionamento' com outra tabela. Só!

Pois bem, se eu pego o tal coitado (o 'dado'!) e mando para outro sistema, como este vai saber do que se trata? Bom, normalmente a ponte é 'hard coded'. Ou seja, explicamos para o sistema 'B' que aquele carinha é o COD_PROD_PQP. Cada nova integração vai requerer o mesmíssimo (chatíssimo) trampo.

Há tempos falamos sobre uma solução técnica 'maravilhosa' para o problema de 'entendimento' entre sistemas: os METADADOS. Dados que explicam dados. O COD_PROD_PQP teria metadados que explicariam seu sentido de negócio, forma de utilização, eventuais traduções, etc etc. Através de um conjunto de 'explicações' padronizado, um sistema seria capaz de compreender os dados que está recebendo ao identificar similaridades com seu próprio catálogo de METADADOS. Pô, mas tal padronização já não foi feita há tempos? EDI, projeto da ONU? Então... pq ainda é um problema?

Pq ninguém fez o dever de casa direito. Como eu disse, 100% das bases de dados que eu conheço (e olha que já vi muitas e terríveis bases) não se preocupam em explicar a razão de sua existência.

E o q q essa prosa (ruim e careca) tem a ver com SOA? Bom, quase todo mundo que "vende" SOA apresenta-a como a solução para todos os problemas de integração de sistemas. De novo a maioria tá começando de trás para frente. Outro bom conceito corre sério risco de vida...

Mas eu ainda aposto (quase) todas as minhas fichas no SOA. Outra série vai tratar apenas do lado bom da coisa. Em breve! (dívida velha... mas um dia eu pago).

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