Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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A série Flashback foi criada para comemorar os 3 anos do Graffiti. No começo do mês vasculho meus arquivos atrás de algo que mereça ser relembrado. Acabo de voltar para dezembro/04 e me surpreendo: muitos temas que eu quero retomar aqui (de quando em vez bate uma vontade danada de parar de falar do meu grande amor, a MS). Os graffiares daquela época eram mais genéricos. Sei lá por que fase eu estava passando, mas saca só uma citação do Peter Drucker:

Poucos percebem o óbvio.

Parece óbvio? Sim, mas realmente poucos percebem. Pq? Talvez pq trabalhem demais. Né Millôr?

Quem se mata de trabalhar merece mesmo morrer.

Na mesma época eu estava mergulhado no trabalho e nas idéias do Nicholas Negroponte. Pré-OLPC. Fiz uma coletânea para comemorar os 10 anos de seu único livro, "A Vida Digital". Difícil destacar um único ponto de seu trabalho. Vou apelar para o óbvio:

Ainda estamos presos em um mind-set fundamentado em átomos. Um dia visitei uma empresa e a moça da recepção falou que precisava registrar a entrada do meu laptop. Perguntou o valor e eu disse, "uns US$ 2 milhões". Ela disse que não era possível. Viu que se tratava de um Powerbook e anotou na fichinha (de papel): US$ 2 mil. Ela não tinha idéia do que eu carregava gravado no disco rígido...

No meio de tanta inspiração legal, eu tinha que gerar algum conteúdo original, né? Blog que só cita é igual CD "best of". Só vale para preguiçosos. De preguiçosos para preguiçosos. Ancorei minha pseudo-originalidade em Chico Buarque (pecado mortal abaixo da linha do equador), e publiquei minha homenagem aos gurus:

O Meu Guru

Quando, seu moço, careço d'um alento
D'uma [declaração de] Visão prá enxergar
Já vou correndo atrás d'um homi
D'alguém que tenha um nome prá mostrar
Como vou comprando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua caretice ele um dia me disse
Que Enxergava lá
Olha aí
Olha aí, ai o meu Guru, olha aí
Olha aí, é o meu Guru
E ele chega

Chega com carro veloz e relusente
E traz sempre o presente pra me encabular
Tanta tendência de ouro, seu moço
Que haja bolso prá bancar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Note, palm, terço e patuá
Insenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me achar, olha aí
Olha aí, ai o meu Guru, olha aí
Olha aí, é o meu Guru


(Surrupiada de 'O Meu Guri', do grande Chico Buarque.)

Limpei a consciência citando T.S. Elliot:

Poetas imaturos imitam; poetas maduros roubam.

Hehe... Se meu mundo fosse só de átomos, eu ia precisar de muros bem grandes. E litros e mais litros de spray...

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