Sobre

Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

Visite a nova versão em pfvasconcellos.net

graffiare #016

28 dezembro 2004

"Poetas imaturos imitam; poetas maduros roubam."
- T.S.Eliot

Não detesto todos os "gurus", como minha paródia pode fazer crer. Há os legais: gente honesta que REALMENTE tem o q dizer. Prefiro aqueles que chamo "Provocadores" (tanto que no meu site há uma seção só pr'eles). Pr'eu, um guru de verdade só faz provocar.

Não vou perder tempo detonando os falsos profetas. Prefiro mostrar um trabalho sério. Uma grande provocação. Saca só:

Message: 19
Date: 1.1.95
From: nicholas@media.mit.edu
To: lr@wired.com
Subject: Bits and Atoms

The $400 Limit Applies to Atoms Only
When returning from abroad, you must complete a customs declaration form. But have you ever declared the value of the bits you acquired while traveling? Have customs officers inquired whether you have a diskette that is worth hundreds of thousands of dollars? No. To them, the value of any diskette is the same - full or empty - only a few dollars, or the value of the atoms.

I recently visited the headquarters of one of the United States's top five integrated-circuit manufacturers. I was asked to sign in and, in the process, was asked whether I had a laptop computer with me. Of course I did. The receptionist asked for the model, serial number, and the computer's value. "Roughly US$1 to $2 million," I said. "Oh, that cannot be, sir," she replied. "What do you mean? Let me see it."

I showed her my old PowerBook (whose PowerPlate makes it an impressive 4 inches thick), and she estimated its value at $2,000. She wrote down that amount and I was allowed to enter.

Our mind-set about value is driven by atoms. The General Agreement on Tariffs and Trade is about atoms. Even new movies and music are shipped as atoms. Companies declare their atoms on a balance sheet and depreciate them according to rigorous schedules. But their bits, often far more valuable, do not appear. Strange.


Hehe. É Nicholas Negroponte, do MIT. Reparem a data do e-mail (artigo da Wired): 1/Jan/95! Daí minha homenagem. "Vida Digital" vai fazer 10 anos!!



Mais um trechinho, 'profecia' dos últimos passos do Google:

Library of the Future
Thomas Jefferson introduced public libraries as a fundamental American right. What this forefather never considered was that every citizen could enter every library and borrow every book simultaneously, with a keystroke, not a hike. All of a sudden, those library atoms become library bits and are potentially accessible to anyone on the Net. This is not what Jefferson imagined. This is not what authors imagine. Worst of all, this is not what publishers imagine.

The problem is simple. When information is embodied in atoms, there is a need for all sorts of industrial-age means and huge corporations for delivery. But suddenly, when the focus shifts to bits, the traditional big guys are no longer needed. Do-it-yourself publishing on the Internet makes sense. It does not for paper copy.


Uma última provocação, agora de 01/Fev/95:

Bits Are Bits
But I did learn a few things as Imined my columns for the themes that run throughout Being Digital. The first is that bits are bits, but all bits are not created equal. The entire economic model of telecommunications -based on charging per minute, per mile, or per bit - is about to fall apart. As human-to-human communications become increasingly asynchronous, time will be meaningless (five hours of music will be delivered to you in less than five seconds). Distance is irrelevant: New York to London is only five miles further than New York to Newark via satellite. Sure, a bit of Gone with the Wind cannot be priced the same as a bit of e-mail. In fact, the expression "a bit of something" has new and enormous double meaning.

Furthermore, we are clueless about the ownership of bits. Copyright law will disintegrate. In the United States, copyrights and patents are not even in the same branch of government. Copyright has very little logic: you can hum "Happy Birthday" in public to your heart's delight, but if you sing the words, you owe a royalty. Bits are bits indeed. But what they cost, who owns them, and how we interact with them are all up for grabs.


O negrito é meu. Prá lembrar q em 95 ainda não existiam Napsters, Kazaas e eDonkeys da vida... Ele já questionava copyrights e patentes bem antes do CC e dos movimentos de Software Livre. Como Negroponte é coerente pracas, dá prá se deliciar com todas as colunas q ele escreveu prá Wired aqui. Aproveite!

O Meu Guru

22 dezembro 2004

Uma pequena homenagem aos verdadeiros malandros, particularmente aos imortais Dvorack (Walter Mercado de TI), Nick (New) Carr e Tom(a-lhe) Peters...

O Meu Guru


Quando, seu moço, careço d'um alento
D'uma [declaração de] Visão prá enxergar
Já vou correndo atrás d'um homi
D'alguém que tenha um nome prá mostrar
Como vou comprando, não sei lhe explicar
Fui assim levando ele a me levar
E na sua caretice ele um dia me disse
Que Enxergava lá
Olha aí
Olha aí, ai o meu Guru, olha aí
Olha aí, é o meu Guru
E ele chega

Chega com carro veloz e relusente
E traz sempre o presente pra me encabular
Tanta tendência de ouro, seu moço
Que haja bolso prá bancar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Note, palm, terço e patuá
Insenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me achar, olha aí
Olha aí, ai o meu Guru, olha aí
Olha aí, é o meu Guru


(Surrupiada de 'O Meu Guri', do grande Chico Buarque.)

Ontem eu arrisquei um chute: até 2006 a MS vai perder 15% do mercado desktop. Vou replicar aqui um trecho surrupiado da coluna de David Berlind de ontem:

" The question isn't about what desktop Linux will do to Windows. It's about what a $50-per-seat business productivity contract -- which, in addition to JDS (Java Desktop System), Novell has helped to legitimize in introducing NLD (Novell Linux Desktop) -- will do to Microsoft. Forget what's under the hood. If a solution delivers productivity reliably and securely, if it's manageable, if it costs less than $100 a seat (even on an annual subscription basis), and if Novell, Sun, and others (for example, IBM, which just launched a sub-$100 express version of its Lotus Workplace client productivity offering) end up in blood bath to prove who can do a better job delivering that contract and there's nuclear desktop fallout, then the majority of that fallout will be felt where there's something to lose and that's Redmond -- particularly if Microsoft doesn't respond."

A MS responderá? Ballmer já anda falando de WinXPLight por menos de US$50 e Office por US$2,50 (em países 'pobres', como a Índia). Aqui no Brasil rola um comercial de TV (com uma estranhíssima edição na última fala do garoto-propaganda) que mira as pequenas empresas. Outras iniciativas parecidas vão pipocar em 2005, com certeza.

Pergunto: Mkt basta? Pacotes de produtos 'podados' são a solução?
Seguinte: só reviso meu chute prá cima.

"Tentar? Isso não existe. Só existe fazer e não fazer!"
-Yoda (O Império Contra-Ataca)

Anteontem o New York Times publicou artigo de 2 páginas falando do Firefox (The Fox Is in Microsoft's Henhouse (and Salivating)). Saca só a ilustração:



Saca só um trechinho:

"With Firefox, open-source software moves from back-office obscurity to your home, and to your parents', too. (Your children in college are already using it.) It is polished, as easy to use as Internet Explorer and, most compelling, much better defended against viruses, worms and snoops."

Daí e dos 10 milhões de downloads o "estrondoso sucesso" que falei no post anterior.

Depois dos vários 'distros' GNU/Linux e do estrondoso sucesso do Firefox vem aí outra onda. Já está em fase de testes 'beta' a versão 2.0 do OpenOffice. Trata-se do maior projeto de Software Livre em desenvolvimento. Trampo pesado: 7,5 milhões de linhas de código.



A disponibilização de uma suite de escritório parruda e competente é vital para a consolidação de um mercado de desktops 100% baseados em Software Livre. Pequenos sinais, como o lançamento de um laptop Linspire pelo Wall-Mart (por menos de US$500), indicam o surgimento da onda. A Lenovo deve jogar pesado nesse campo, já que HP e Dell deixaram o flanco aberto. A Novell vai pegar carona.

O desktop é o único mercado realmente dominado pela MS (mais de 90% de mkt share). Qq % aqui significa milhares de micros. Pelos próximos 2 anos é bom ficar com um olho no placar e outro no campo.

Chute meu (nada a ver com IDC's e Gartner da vida - é só um chute mesmo): até 2006 a fatia da MS diminui, no mínimo, uns 15%.

"Poucos percebem o óbvio"
-Peter Drucker

As Boas, As Más e as Feias

20 dezembro 2004

Conforme prometido, uma "viagem" pelo panorama ITupiniquim:

As Boas: São tão raras que chegam a ser confundidas com 'lendas urbanas'. De alguns anos prá cá a coisa melhorou, principalmente com o advento das incubadoras e com a febre (louca) de investimentos em TI. Mas ainda é muito pouco pr'um país do tamanho de Pindorama. 99,9% das pequenas empresas de TI não nascem em torno d'alguma inovação. Elas chovem no molhado e escorregadio campo da "prestação de serviços". Não dá prá entender pq tanta publicidade em torno da nossa "Criatividade". Nosso "espírito empreendedor". Quando vão mostrar algum caso de sucesso sempre vemos as mesmas coisas: urnas e 'tecnologia" bancária'. Sinceramente? É muito barulho por NADA! A tal 'tecnologia bancária' é uma colcha de retalhos medonha. Boa parte baseada em tecnologia proprietária e antiga. Somos ágeis? Sim. Prá confecção de gambiarras somos praticamente imbatíveis! Mas existem boas pequenas empresas. Particularmente em torno das grandes (e sérias) universidades (São Carlos, Campinas, USP) ou em iniciativas como o CESAR.

As Más: As 'malvadas' globais se limitam a seguir aqui o q é traçado lá fora (portanto, pr'elas vale o q eu disse no post anterior). Já as 'malvadas' (grandes empresas) nacionais são muito particulares. As principais seguem um de dois modelos de negócio: ou vendem 'suor especializado' ou vendem sistemas integrados de gestão (assim eles eram conhecidos quando nasceram. Aí já foram rebatizados n vezes, de acordo com a moda). Vale o mesmo veredicto: é muito pouco pro tamanho de Pindorama. P&D? Piada. As poucas que "pesquisam e desenvolvem" tecnologia estão presas nos anos 80. Naquela cabecinha de "reserva de mercado" (o q explica o fato delas detestarem padrões? Delas inventarem linguagem de programação?!?!). Sinto pelos seus usuários e clientes. E o modelo 'body shop'? O q dizer? O q falar dos belíssimos projetos para desenvolvimento de sistemas contratados desta forma? Nada... eles falam por si.

As Feias: Ao contrário das feias globais (presa fácil das Más), as Feiosas tupiniquins podem ser a salvação da lavoura. Suas carteiras de clientes e seus portfolios de produtos/serviços não são "inquestionáveis" (da forma como são para as Más). Ou seja, elas podem (e deveriam) ser mais flexíveis que as grandes empresas. Diversificação ou especialização (depende do modelo) podem ser alcançadas através da aquisição de algumas poucas 'Boas' (pequenas). Dependendo do modelo as 'Feias' ficam exatamente entre o cliente e uma 'Má' (normalmente global). Tal posição na cadeia de valor é um inferno e um paraíso. O inferno todas já vivem (parcerias de meia tijela, hipocrisia, regras voláteis...). Resta aprender a andar na escadaria pro paraíso. Creio que gestão do relacionamento com clientes (de VERDADE, não aquela lorota vendida em caixinhas), VISÃO e AGILIDADE são os 1os degraus. Respeito por padrões e participação ATIVA em sua evolução são pre-req.


Ou seja: nosso mundo (TI) é igual, mas aqui TUDO é diferente. Ou não?


"Quem se mata de trabalhar merece mesmo morrer."
- Millôr Fernandes

comentei brevemente a orgia que marcou o mercadão de TI nos últimos dias. O tema merece mais algumas linhas e palpites.

O McKinsey Quarterly cravou: "The high-technology sector displays all the characteristics of a mature industry overdue for restructuring: slowing growth, slim profit margins, fragmentation. Soon, price pressures and the changing behavior of customers will probably get consolidation going. Smaller companies will have to choose between being acquired or working within the sphere of larger vendors."

Dan Farber, em seu blog na ZDNet, segue na mesma linha: "if you don't get big fast, you will be left behind. If you are swift, small and innovative, you'll likely get scooped up by a big fish. Companies in the middle will have the hardest time surviving in the current consolidation phase."

Agora eu:

The Good: a grande maioria das inovações que balançaram nosso mundinho nos últimos anos (www, pda, google, napster, etc) nasceu em pequenas organizações. Apple, HP, MS e outras são o q são pq um dia foram pequenas notáveis (e/ou espertas). Patentes, copyrights e a orgia da consolidação podem criar um mundo mais chato, lento e feio.

The Bad: IBM, Oracle, MS e outras poucas realmente "grandes" estão certas. É mais fácil e rápido "comprar" do que "desenvolver" conhecimento. Mas tem que existir um limite. Particularmente a MS e a Oracle precisam rever, urgentemente, sua estratégia de P&D. Passei o ano criticando, particularmente a MS. É inadimissível que a montanha de $$ destinada prá pesquisa renda tão pouco. É vergonhoso que só o desafio d'um 'Google Desktop', por exemplo, faça a MS perceber que seu mecanismo de buscas é bisonho.

The Ugly: Saca aquela definição de classe média? "Rico demais prá ser considerado pobre, Pobre demais prá ser considerado rico". Aqui estavam/estão (!) Vantive, JD Edwards, Peoplesoft, Veritas, Symantec, Documentum, Xerox, Rational, Lotus... Pq são feias? Pq parecem opção de "empresa pobre". Pq seus usuários vivem a temer seu destino inevitável: virar comida d'um peixe maior. Primeira reação imediata ao violento movimento de consolidação: esse pessoal não fecha mais uma única venda! Todos morrerão de medo de comprar uma "tecnologia" que pode morrer horas depois do pedido colocado. Feia é pesado? Então pode chamá-las "bonitinhas" (aquelas feinhas simpáticas).



A lógica "Boa, Má e a Feia" se aplica em terras tupiniquins? Não. Mas trato disso semana q vem...


...ps nada a ver: a ressaca (ainda) tá brava!

2o ps nada a ver: eu citando um bang-bang spaghetti???

Aconteceu ontem uma reunião rara e agradabilíssima. Pude rever dezenas de colegas. Alguns que eu não encontrava desde 2000! (Daí o 'graffiare' de hoje).



Vou surrupiar um trecho do e-mail de agradecimento do pessoal:

"Uma das frases mais interessantes que foram ditas esta noite é que as pessoas vivem tentando reeditar suas melhores experiências em grupo formando comunidades e a ITGROUP se sente honrada em proporcionar, mesmo que uma vez ao ano, uma oportunidade para que tantos amigos se conheçam, se reencontrem e relembrem algumas de suas melhores experiências."

Eu puxei o tema. Mas com certeza ele aconteceu em diversos outros pontos da imensa mesa em "U". Pois é. Há poucos dias eu reclamei o pouco valor que as empresas dão ao seu "capital intelectual". Que bom que toda regra tem exceção.



ps nada a ver: Vale até a ressaca! Pô, um convite nunca devia dizer "das 19hs até o último chopp"!!

Só existe uma coisa melhor do que fazer novos amigos: conservar os velhos. - Elmer G. Letterman

graffiare #011

16 dezembro 2004

"I'm proud to announce that we've been able to increase safety here at the plant without increasing the cost to the consumer or affecting management pay raises. However, for you semi-skilled workers, there will be no Christmas bonuses. Oh, and one more thing: Merry Christmas!" - Mr. Burns

Opinião do Chico Beto:

"[Nossos integradores e prestadores de serviços] são empresas muito familiares, caseiras, "caixas pretas". Falar de fusão com esse povo é muito difícil. Não acontecerá."

Pois bem, sei de pelo menos 2 (com certeza são dezenas) empresas muito legais, que há 5 anos mais ou menos eram queridinhas do mercado e da mídia "especializada". Eram então "especialistas" (vide curto debate no Finito).

O tal "mercado" (compradores s/ noção e vendedores s/ freios) jogou-as em projetos "bomba". Elas eram excelentes programadoras visuais. Péssimas programadoras de sistemas. Se meteram onde não deviam e agora penam. É muito conhecimento e muita experiência que simplesmente vai se evaporar. Não as experiências individuais, mas o QI coletivo (em futebol chamamos, simplesmente, de entrosamento. Mas é mais q isso). Nossa economia (que devia ser ponta de lança!, a tal TIC) não tem a mínima idéia do que seja "Capital Intelectual". Não sabe que vivemos uma "Nova Economia" (blergh!). Ainda... Besteira? Pega a coluna do Gaspari (Folha ou Globo) do último domingo.

Putz... deve ser o espírito mesmo:

.IBM -> Lenovo
.Peoplesoft -> Oracle
.Nextel -> Sprint
.Veritas -> Symantec (boataria, ainda)

Mais de US$50bi mudando de mãos... e bocas...



E eu passei o ano todo aguardando o início da "consolidação" do nosso mercado de ilustres integradores e prestadores de serviços de TI... Somos lentos em tudo mesmo, né? Tanto peixinho morto de fome por aí. Agora, nem concordata poderão pedir mais...

“Nesses tempos, em que acredita-se na existência de atalhos para tudo, a grande lição a ser aprendida é que o caminho mais difícil é, no longo prazo, o mais fácil.” – Henry Miller

Goooooooooooooooooooogle

14 dezembro 2004

O Google dá outro passo gigantesco prá conquistar o mundo (web, por enquanto). Assinou acordo com a biblioteca de Nova York e com as universidades Harvard, Stanford, Oxford e Michigan, para digitalização e disponibilização do conteúdo de centenas de milhares de livros. Michigan e Stanford vão disponibilizar a biblioteca inteira!! As outras ainda colocam restrições, principalmente sobre materiais ainda 'protegidos' por direitos autoriais.

Há mais de ano a Amazon vem trabalhando pesado na digitalização de livros. Seu objetivo é possibilitar a busca no conteúdo dos livros. O Google oferecerá a mesma coisa, sem o intuito de vender livros. A política de P&D e o modelo de negócios do Google é realmente intrigante. Saca aquele jogador de truco que não se incomoda em jogar pesado, em gritar "6 mio ladrão!" em todas as rodadas?

"Oracle's rottweiler-in-chief, Larry Ellison, showed yet again that his bite is as bad as his bark as he prevailed Monday in a long, bloody takeover battle with PeopleSoft."

Assim começa um artigo do San Francisco Chronicle.

Relembrando: (Peoplesoft + Vantive + JDEdwards) * Oracle ...

Não sei se deu tempo d'algum merge tecnológico da People com o JD. O CRM da People é um mosaico com 90% de código Vantive. Agora, segundo o artigo, em 3 anos os "antigos" (?) sistemas Peoplesoft receberão "tempero" Oracle. Q salada, né? Acho q quem mais sofre neste primeiro momento são os usuários JD. Não são nem lembrados mais...

Quem deve ganhar um pouquinho de share é a SAP. Lá. E aqui? Será que os fornecedores nacionais de ERP's e CRM's estão prontos pr'essa bela oportunidade?

“Os ativos intelectuais, ao contrário dos ativos físicos, aumentam de valor com o uso.” – James Brian Quinn

Estudo da Universidade de Stanford comprova: a qualidade do código do GNU/Linux é muito, mas MUITO superior a de seus equivalentes "fechados". Foram detectados 985 bugs em 5,7 milhões de linhas de código. Dá 0.17 bugs prá 1000 linhas de código. Prá se ter uma idéia, versões "comerciais" costumam apresentar de 20 a 30 bugs por 1000 linhas de código. Prá usar um jargão boleiro: trata-se d'uma baita goleada!!

Conclusão: o modelo de desenvolvimento de software livre (um dia tido como caótico e sem controle) é um belíssimo "tapa na cara" do mercado (me incluo aqui). Agora não só como negócio, mas também como referência de qualidade. E agora?

Timidamente nobres representantes do "mercado" (IBM, Bea, Sun e até a MS) estão "abrindo código". Cada um d'uma forma diferente, e quase sempre com tecnologias ou produtos periféricos ao seu "core". Mas parece que, independente da montanha de $$$ torrada em CMMs e 6sigmas da vida, nunca conseguirão a eficiência, flexibilidade e agilidade dos equivalentes "livres". E agora?

Acho que iniciativas como o "Avalanche" se tornarão mais comuns. Prá quem não conhece, trata-se d'uma cooperativa de grandes empresas estadunidenses (Cargill, BestBuy, Thomsom e Medtronic, dentre outras) que compartilham IP (Propriedade intelectual). Ou seja, trocam código, desenvolvem e contratam em conjunto, além de manterem um grande repositório de ativos de software reutilizáveis.



Revolucionário? Nem tanto. Como tá muito bem documentado no livro de Martin Campbell-Kelly (From Airline Reservations to Sonic the Hedgehog : A History of the Software Industry), a IBM usou a mesmíssima receita lá nos idos de 1960 prá salvar seu negócio. Os usuários achavam muito caro e demorado desenvolver e manter software...
A história se repete? E Agora?

Nhac!

13 dezembro 2004



Uma novela começa, outra termina. Finalmente a Peoplesoft cede, e por meros US$10bi vira comida da Oracle. Ellison diz que manterá o porfólio da People. Até quando?

ou "We still haven't found what we're looking for"

Saca só o q o Bob Muglia (Windows Server Chief) já tá falando:

"WinFS in not in the Longhorn client," ... "It is also not in Longhorn Server."



Muuu....

Já tem gente falando em "próxima década"... no Windows chamado Blackcomb.
[Blackcomb!?!?! Piranha Preta?? hehehe...]

Não acredita? Saca só!

"The thing with the guitar is it has six strings and I only have five fingers."
- Bono Vox



O OneStat registrou: no último sábado o Mozilla Firefox bateu a marca de 10 milhões de downloads. Na 3a semana de novembro a Raposa já tinha quase 8% de "market share". 5% a mais q maio. Os mesmos 5% q a MS perdeu. Mas enquanto isso, em Redmond, ouve-se o seguinte:

..."and what neither of these count is corporate intranets where users aren't actually hitting the Web." - Gary Schare, Microsoft's director of product management for Windows.

Do blog de Ross Mayfield:

"I believe their commoditization strategy is more than hardware. Levono was spun out of the Chinese Government's ICT Academy of Sciences, a hotbed of open source which also created Red Flag Linux, the Chinese Linux distribution. Given their competencies in open source, longer term political and business incentives, the leverage of their home market size and acquired 3rd place global market share -- this is the company to bring open source to the desktop."

Jonathan Schwartz suggests the commoditization move will be a shift from PCs as products to PCs as services. I'd suggest that that's Dell & HP's move, not Levono's. IBM wins not just in exit and financial performance -- they are forcing the commoditization of non-core business while encouraging the opening of the client they need to compete with MIcrosoft. Jeff Nolan points out that IBM is taking a 18.9% stake in Levono. Consumers, of course, win.

The press and blogs have given zero attention to the open source implications of Levono. The above is speculation and it will take either patience or real investigation to get to the bottom of this story.


+Ideas & Speculations...

Não é q a tal "comoditização" tá deixando nosso mercado MUITO divertido!


ps nada a ver: Tão divertido qto brincar de pique-esconde com babaca.

"It's no secret that a liar won't believe anyone else"
-U2 (The Fly)

graffiare #006

09 dezembro 2004

Two questions have often bothered me about software work. First, why do competent software professionals agree to completion dates when they have no idea how to meet them? Second, why do rational executives accept schedule commitments when the engineers offer no evidence that they can meet those commitments?
-Watts Humphrey

Thunderbird 1.0

08 dezembro 2004

Nasceu ontem o mano caçula da Raposa de Fogo: o Thunderbird 1.0. Trata-se d'um leitor de e-mails totalmente LIVRE.



Vale prá todos que já fugiram do IE em busca de segurança. O mecanismo anti-spam e outros features colocam o Trovãozinho na frente do Outlook, fácil fácil.

By the way: o Firefox 1.0 já passou da marca de 9 (nove) milhões de downloads. Tudo indica que o Thunderbird deve seguir o mesmo caminho. Começa aqui!

Atualização: Thunderbird 1.0 = Bullshitdigger

Pois é, andei falando sobre filtros e purificadores de notícias. Um dos novos features do Thunder é exatamente a possibilidade de cadastrar feeds RSS como se fossem contas. Dependendo da configuração, vc recebe um post exatamente como ele está no site ou blog. Muito legal.

..." Doubters will point to Apple’s time-tested ability to innovate in a way that has kept its operating system and user interface ahead of Windows since the dawn of PC-time. But to not have faith in Microsoft is one thing. To not have faith in the highly motivated open-source movement and all those behind it (Red Hat, SuSE, Sun, etc.) to bring desktop Linux up to speed is misguided. They’re the underdog. Never underestimate the underdog.
The question then becomes, what will happen when that day arrives? Will Apple have built such a large entertainment business that it might be willing to let the systems business die on the vine? Or, will it finally cough up an Intel-based version of OS X? Or, as I fantasized in a recent column, is there some crazy mixed up world where Apple ends up merging with another Unix server specialist like Sun with the end result being a magical blend of GNU/Linux, OS X, and Solaris that’s compatible with AMD and Intel, that’s light years ahead of any other desktop *ix on the market, that provides a killer platform for running and developing Java, and that affords the Apple technology a re-entrance into the corporate market through Sun’s customer base. Even I have to admit that the idea is crazy. But, in response to my column, my e-mail suggests that there are people who will get in whatever line they have to in order to get access to such a technology.
Stranger things have happened."

...

"Since I love wild speculation, allow me to embellish. Perhaps IBM needs to hedge in the event that some combination of intellectual property lawsuits ends up in the death of Red Hat. By not buying Red Hat, IBM gets to minimize its legal exposure while offering Linux-based solutions that target its nemeses Microsoft and Sun. By virtue of precedent, anything that kills Red Hat would also leave Novell mortally wounded (down, but not out). Nothing would leave IBM more exposed than a fatal blow to Red Hat. Enter Apple. As said earlier, it and IBM already share a passion for the PowerPC processor and Apple has some very slick servers and storage solutions (so slick that sed the storage gear). Also, given IBM's resources, the engineering work to swap the much more legally secure OS X for Linux would be child's play (perhaps it will also ring the cash register for IBM's Global Services division). Finally, a joint venture between Apple and IBM could flush out the oft-rumored OS X-on-Intel skunkworks project, thus giving IBM a much stronger and fully indemnified Intel-based desktop offering than what it currently has in Lotus Workplace.

Off the two longshot options -- acquisition vs. joint venture -- a JV is the more likely. I can't imagine Steve Jobs as an employee of IBM, nor can I imagine IBM running a bunch of retail stores. Big Blue has always failed at selling to consumers (should we dredge up the history of the Lotus acquisition?) and its ownership of Apple would almost certainly kill the company.

Isn't speculation fun?"


Ideas & Speculations by David Berlind.

"Na maioria das vezes, um pepino é somente um pepino."
-Freud

graffiare #004

07 dezembro 2004

Prazos largos são fáceis de subscrever. A imaginação os faz infinitos.
- Machado de Assis (Dom Casmurro)

Final Feliz?

06 dezembro 2004

A IBM vai realmente abandonar o negócio de PC's. A Lenovo (China) deve assumir as plantas, a clientela e o abacaxi.



▶중국 베이징시 상디에 있는 롄샹 본사. 임직원들이 드나드는 현관 위에 'Lenovo'라는 영문 사명이 큼직하게 자리잡고 있다. 이전의 사명인 'Legend'에 '혁신'을 뜻하는 'Novo'를 합친 것으로 '매일 혁신하는 롄샹'이란 의미다. 롄샹 측은 지난 1월 방문한 기자에게 "공장 견학은 하되 사진은 안 된다"면서 본사 빌딩 사진만 촬영을 허용했다. [김경빈 기자]

O IBM-PC desenhou a indústria como a conhecemos. Acidente ou não. Erro catastrófico (como diz o chato do Larry Ellison (Oracle)) ou não, o fato é que muita gente (boa?) não estaria aí não fosse a IBM. Quando ela escolheu MS (em detrimento da Digital Research) e Intel (ao invés de Zilog), ela definiu (sem querer) os dois monstros que mandariam no mundo nos próximos 20 anos. Ninguém pode garantir q DR e Zilog não fariam o mesmo. Mas, diz aí, vc contrataria o cara?


A única coisa que interfere com meu aprendizado é a minha educação. - Albert Einstein

O Newsmap (q sugeri na última semana) ganhou um concorrente legal. O 10x10 tbém se propõe a classificar notícias, mas oferece uma interface bem diferente daquela do Newsmap. Pena que não há a possibilidade de seleção de assuntos ou origem, como o Newsmap.

graffiare #002

03 dezembro 2004



Source: www.despair.com (muito bom!)

Apelei:: Cross Selling!!!

02 dezembro 2004

Depois de mais de mês, tem post novo (muito bom!, kuakua) no Finito. Não Percam!

Tem gente q vive me perguntando: "mas vc realmente lê aquilo tudo?".

Pô, fazendo as contas dá prá ver que não caberia num dia de 30 horas né? Então formalizo aqui algumas dicas legais prá acompanhar esse mundo lôco de TI e driblar, a la Carlitos, a tal "poluição informativa":

1. RSS (Really Simple Syndication):: Todo serviço minimamente decente de notícias oferece uma versão XML (RSS). Vc "assina" o tipo de notícias que te interessa e é avisado assim que uma nova é publicada. Costumo "trazer" minhas notícias favoritas para o MyYahoo (eWeek, graffiti e finito... hehe). Outra forma joinha de alimento prá cabeça é o IM (Instant Messenger) Miranda. Além de falar MSN, Yahoo e ICQ, ele tb recebe feeds RSS. É open source (só podia!). Q seria d'eu sem Miranda?

2. Newsmap:: Indiquei o bichinho aí n'um dos meus primeiros posts. Ele ainda é uma "experiência", mas funciona bem pracas. O Newsmap funciona assim: é uma ferramenta de BI que se "pluga" no serviço de notícias do Google e classifica-as (por importância, atualidade e número de referências). No início estranhamos um pouco aquela interface toda colorida (vide screenshot abaixo). Mas, com o tempo, vc repara que é um dos melhores filtros de "poluição informativa" que existe. Experimenta!



3. Finja que sabe TUDO sobre leitura dinâmica quando passar por títulos nacionais "especializados" em TI como Info (EGO) Corporate, Computer(OLD)World e afins:: Dá uma folhada e faz cara de intelectual. Só pare quando o assunto ocupar mais de 4 páginas e não tiver nenhuma foto de CIO fazendo pose e ocupando mais de meia página.

Taí. Bom divertimento!

Pois é. O mano aqui, L.Lawrence, é executivo de contas da MS (EUA). Depois do meu post anterior fiquei curioso prá conhecer um dos miletantos blogs de MSlaves. Parei no Lorenço e no post chamado "Does Microsoft Matter?". Saca só:

Today, I had a 2 hour meeting with a customer to review the agenda for a 3 day onsite briefing with their "technology evaluation team" next week. We're competing against IBM and another vendor for the privilege of being chosen as the company's technology standard for extranet portal infrastructure. This customer, very much like my other customers, has had a long standing relationship with IBM. Most of their major projects have been won by IBM, and most of their current mission critical systems and applications are based on IBM technology. So, any time there's an opportunity for a technology standard to be established, Microsoft is usually the overwhelming underdog. This can be really frustrating, but I try to look at it as a worthwhile challenge, which makes winning all the more satisfying.

Halfway through the meeting, someone blurts out, "We need something that can integrate with all of our existing applications [which are mostly J2EE-based]. We just can't change or get rid of any of them." Then, another person asserts, "Support for WSRP is very important because we want our remote portlets to run anywhere, especially in the B2B scenario." This is when I realize that this group of people is already setting us up to lose. Moreover, they are just a roadblock, not the decision makers. They don't want to hear "Why Microsoft"; rather, they are only interested in "Why not Microsoft" -- that is, they are trying to pigeonhole us into a corner of disadvantage from where we cannot effectively provide a compelling value proposition. I run into this all the time, so I take it in stride and calmly respond to each of their points by highlighting the application integration capabilities of BizTalk Server and Host Integration Server and explaining our support (as well as a 3rd party ISV's Visual Studio add-on) for WSRP. Still, I remain very troubled by their approach of comparing us against IBM instead of focusing on how we can solve their problem.

Break: Céus... se os caras possuem uma pancada de apps J2EE/Websphere, do q q o cara tá reclamando? Shortcut pro Lorenço (MS): Passa a oferecer o JBoss, o Geronimo ou então compra a Bea d'uma vez!!


We go through the rest of the meeting with a few more similar verbal flare ups, but we manage to accomplish our objective of finalizing the agenda for next week's briefing. On the way out of the building, the Account Team and I debrief in an empty conference room (hint: it's always good to know where the spare conference rooms are in your customer's building). The 3 of us agree that we need to escalate to the Project Sponsor by setting up a meeting with him ASAP. But what would we say? Obviously, we don't want to get into a feature comparison against IBM. We decide that what we need to have with this executive is the "Why Microsoft" discussion.

Which brings me to the question, "Does Microsoft matter?" that I kept asking myself on my long drive home after the debriefing. The context is similar to the controversial question, "Does IT matter?" that Nicholas Carr asked last May to which a ComputerWorld Q&A Panel so effectively answered. To answer my own question, which would be the basis for our meeting with the Project Sponsor, I will use some analogies. First, a company is like a vehicle - it contains many interconnected parts, it needs periodic maintenance to keep the parts moving well, and it needs a smart driver who can steer it down the right path without getting into any major accidents. The answer to the question of "Does IT matter?" depends on whether the driver (a.k.a. the C-level execs of the company) sees IT as the engine or just one of the tires (or even more simply, the gas). Fortunately, all of my customers, including this one, strongly believe that IT is the engine. Actually, to be more precise, IT software is the engine while IT hardware is more like the wheels and tires (a.k.a. commodity). However, many of my customers still see Microsoft as the engine of a Hyundai (a.k.a. cheap but somewhat unreliable) and IBM as that of a Mercedes (a.k.a. pricey but very reliable). In order for Microsoft to matter, we need drivers to believe that we are the engine of the BMW that is their company. Compared to the Mercedes, which some drivers inadvertently turn into a Bentley or Rolls Royce (thanks to IBM Global Services), the BMW is just as reliable but arguably more agile. We have many customer case studies that show how Microsoft has indeed become the engine for many BMW-esque companies, but I need to convince this particular customer to take us for a test drive. How I do that will be the topic of another blog entry in the near future.


Break: Não conhecia a analogia Motor/Pneus/Gasolina. É boa... pode servir pr'alguma coisa.

In case you're curious, I liken Linux to be the engine of a Honda, which is analogous to a company that prefers to buy upgrades for the vehicle and manually installs, configures, and constantly tweaks them (or just pays someone else to do it). Ultimately, the tweaked vehicle ends up costing not much less than the BMW, but it looks like crap, gets broken into more often, and doesn't drive as well. :-)

Break!!! É esse tipo de discurso que condena a MS... versão "For Dummies" do "Get the Facts"??? Pr'um profissional de vendas em médias e grandes empresas??? Céus!!!

Google? Well, with them you no longer even need an engine because they'll just provide you with a magic carpet. Of course, the more you depend on Google (a.k.a. the Genie), the higher the risk of being stuck somewhere someday when you are no longer able to communicate with the Genie to request or to receive the magic carpet.

Break (bué...) FUD barato ou ameaça de derrubar (literalmente) o Google?!?! PQP...
Lembrem-se: trata-se d'um executivo de contas (médias e grandes) estadunidense!!! Cerca Lorenço!!!

Do Seattle Times: "Microsoft has one of the most prolific corporate blogger bases, with at least 1,100 employees running their own Web logs, but the company has not made it easy for users to do the same -- until now."

Pois é, quase 3 anos depois do Blogger (serviço Google -hehehost do graffiti), a MS tá lançando o MSN Spaces. Prá quem tem conta Hotmail ou Messenger, a blogagem é de graça. Objetivo? Atrair audiência pro MSN. Demorô...

Uma nova série? Who knows?? Mas gostei da idéia, do título (arranhar?) e, principalmente, da frase que a motivou:


"The higher up you go, the more mistakes you are allowed. Right at the top, if you make enough of them, it's considered to be your style."
- Fred Astaire

Putz!! A parte 1 é de 03/Nov!!! Q relaxo...

Bom, a 1a parte reclamou da "sopa de letrinhas hipercomplexa" que caracteriza o universo SOA (culpa dos fornecedores).

Agora o 2o "culpado": NÓS!! Explico:

SOA (Services-Oriented Architecture) exige que tratemos SOFTWARE de uma forma diferente. Por "tratar" entenda-se:

.Desenvolvimento
.Aquisição
.Manutenção / Evolução

Infelizmente o núcleo da questão gira em torno d'um termo que devíamos aposentar por desgaste: reusabilidade. Um "Serviço" só faz sentido se reutilizado. Aí esbarramos em dois grandes problemas:

1) Objetos de negócios (agora, "Serviços") precisam ser compostos de forma a facilitar sua reutilização. Demanda afeta diretamente os "usuários" e "analistas de negócios";

2) Programador detesta reutilizar código. Mito ou verdade? 50/50.

Só que SOA não faz sentido sem reutilização. Artigo de David Chappell mostra como SOA pode, finalmente, fazer a tal "reusabilidade de código" vingar.

Muita gente tá apostando que 2005 será o "Ano SOA". Não acredito. Ainda mais falando exclusivamente de pindorama. Se os estadunidenses andam preocupados com a disponibilidade de profissionais devidamente preparados, o que dizer da gente?

Casos de sucesso (gente fazendo grana com algo) costumam acelerar o ciclo de adoção de tecnologias/conceitos/padrões. A Amazon é uma grande plataforma de serviços web. E criou uma teia que tá fazendo muita grana girar. Não sabia?

Pois é, tá completando 1 década a simples idéia de Tim Berners-Lee. A maior prova de que a Internet deve permanecer 100% livre de patentes e afins. Quem ousar questionar que pare um pouco prá pensar no porrilhão de inovações que vieram depois do WWW. Elas seriam possíveis se (des)governadas por uma filosofia doentia de "posse"?

Legal é ver que Tim não precisou pagar licença, royalties ou afins mas se "apoderou" d'uma idéia bem mais velha. E dá o crédito merecido para Vannevar Bush, que em 1945 publicou "As We May Think". Saca só um trechinho:

"The owner of the memex let us say, is interested in the origin and properties of the bow and arrow. Specifically he is studying why the short Turkish bow was apparently superior to the English long bow in the skirmishes of the Crusades. He has dozens of possibly pertinent books and articles in his memex. First he runs through an encyclopedia, finds an interesting but sketchy article, leaves it projected. Next, in a history, he finds another pertinent item, and ties the two together. Thus he goes, building a trail of many items. Occasionally he inserts a comment of his own, either linking it into the main trail or joining it by a side trail to a particular item. When it becomes evident that the elastic properties of available materials had a great deal to do with the bow, he branches off on a side trail which takes him through textbooks on elasticity and physical constants. He inserts a page of longhand analysis of his own. Thus he builds a trail of his interest through the maze of materials available to him."

Pois é... o cara tava ali pavimentando o caminho prá invenção do "hiperlink".
Memex= Memory Extension. Prá conhecer um pouco mais sobre esse Bush legal, clique aqui. E aqui prá conhecer o Tim.