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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
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O Graffiti mudou!

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Foi assim, de maneira nada sutil, que Linus Torvalds qualificou seu filho único, o Linux. Filhote que no último dia 26/ago atingiu a maioridade, fez 18 anos. Deve ser muito triste para um criador reconhecer que sua obra prima sofre d'um tipo de 'obesidade mórbida'.


Mas já tem uns 5 ou 6 anos que esse destino começou a ser traçado. Na luta por fazer vingar um "Desktop Linux", grande parte da comunidade mirou equivocadamente uma única referência: o Windows. Exemplo ruim gera comportamento ruim.

Linus não falou, mas bem que ele poderia ter apontado o dedo para Ubuntu (Canonical), SUSE (Novell) e outras dezenas de distros que fizeram de tudo, menos um trabalho realmente criativo.

Há anos sou um usuário relativamente satisfeito do Ubuntu (no laptop) e Kubuntu (no desktop). Muito mais satisfeito do que era com XP e Vista. Mas a questão não é essa.

O mundo mudou faz um tempão e nada mais justifica sistemas operacionais mastodônticos. O Windows nunca deveria servir de referência porque ele sofre de um mal aparentemente incurável: a obrigação de manter compatibilidade retroativa até com seus bisavós (Win 3.1 e afins).

A questão é também filosófica: a MS segue apostando várias fichas em desktops e laptops rechonchudos, apesar do mundo apontar para a nuvem e dizer: "Que beleza!".

O Linux nasceu para ser pequeno e performático. Estes eram dois de seus principais requisitos. Em algum momento eles foram esquecidos pela comunidade. O que fazer agora?

Acho que Linus deu um grito de alerta. Ele deveria ser ouvido. Há uma nova e boa referência vindo por aí, o sistema operacional da Google. Todo mundo que tem uma distribuição Linux deveria prestar bastante atenção nele. Não tenho dúvidas de que ele vai chacoalhar bem o mercado.

Outro item em minha "lista de desejos" é a drástica redução no número de distros. Fusões & aquisições, além de simples sumiços, serão festejados. Quero acreditar que ainda não é tarde demais.

6 responses to "Inchado, Imenso e Assustador"

  1. Até mesmo catedrais do software fechado já não pensam como antes. Duvida? É só observar os movimentos recentes da Apple -- a Apple já não é a mesma, graças à Deus (e a Steve Jobs).

    Ela saiu na frente ao fazer um upgrade de sistema operacional onde a versão nova é menor (ocupa menos espaço em disco) e mais enxuta quem a anterior em termos de recursos. Isso tudo sem abrir mão da inovação.

    ASF

  2. Pois é, caro Antonio.

    Resta saber se a turma do bazar seguirá melhores exemplos de agora em diante.

    Obrigado pela participação.

    Abraços!

    Paulo Vasconcellos

  3. Fala Paulo,

    Pedir a diminuição do número de distribuições linux é como pedir a diminuição do número de espécies na natureza.

    O processo de desenvolvimento de software livre é orgânico (alguém precisa -> alguém faz -> alguém usa -> alguém acredita que deveria ser diferente -> alguém faz um fork ou uma nova implementação, etc) e para que a seleção natural funcione tem que haver um ecossistema que tenha espécies para se adaptar e restrições ambientais (requerimentos hehe) para que motivem a mudança.

    Software livre morto é software livre sem usuários, pois isso sim pára (ainda tem acento?) a evolução do mesmo. A diversidade de opções de software (espécies) é sinônimo de boa saúde do ecossistema.

    O próprio Ubuntu é herdeiro do Debian com a proposta de ser mais atualizado e mais orientado a desktop. O Kubuntu foi feito por quem achava que o gnome não era adequado, preferindo o KDE como distribuição padrão. O Gnome foi criado como resposta ao KDE que fora criado como um avanço do CDE. Vários ficaram pelo caminho, aqueles que os usuários selecionaram evoluiram. E a vida continua :)

    Meus 2c.

    []'s Jonas

    Jonas Fagundes

  4. Sumido Jonas!

    Ainda no outro lado do mundo, é?

    Meu caro, gostei muito do seu argumento. Faz sentido.

    Mas minha sugestão pega outro ponto: precisamos de um pouco da dinâmica comercial nesta seara. Essa dinâmica aceleraria algumas coisas, assim como aceleramos (geralmente para o mal) a evolução de algumas espécies.

    Vish, soou complicado. Segunda de manhã é brabo! Então vou fazer o seguinte: esperar que o Google e seu sistema operacional comprovem minha tese. Aposto que ele vai acelerar muita coisa no universo Linux. Aposto 2c!

    Abraços e obrigado pela participação.

    Paulo

    Paulo Vasconcellos

  5. Fala Paulo,

    Na verdade estou em Sampa :) Avise-me quando estiver por essas bandas.

    Então, você tem razão quanto a "pegar dinâmica comercial". Mas diminuir o número de distribuições você está atacando o setor de Pesquisa & Desenvolvimento.

    Se for parar para avaliar não há tantas opções assim para o mercado corporativo: Ubuntu, Suse Mandriva, Debian, CentOS e Red Hat. Não necessariamente são as melhores, mas são as que têm foco comercial (o Debian é comunitário, mas é tão focada em estabilidade que a fez popular nos servidores de muitas empresas).

    O seu exemplo do ChromeOS é excelente, ele também é mais uma distribuição linux :) e eu também acho que ele vai revolucionar o mercado.

    []'s Jonas

    Jonas Fagundes

  6. Opa! Não sabia que vc tinha voltado. Estarei aí na sexta, mas na pura correria...

    Jonas, estou falando de reduzir esta listinha aqui:
    http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Linux_distributions

    É coisa demais. Concordo contigo, no "mercado" temos apenas 1/2 dúzia. Mas esse povaréo tá chovendo no molhado, reinventando rodas (e versões de Kernel)...

    Pensa bem: se 30% deixar de existir, e a turma concentrar esforços em linhas mais específicas, teremos outro mundo.

    Abraços,

    Paulo

    Paulo Vasconcellos

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