A "Melhores & Maiores", edição anual da EXAME, completa seu 35º ano de vida. Publicação chique, compilação necessária. Existem similares tupiniquins, mas nenhum atingiu o mesmo nível. Fiel retrato do mundo dos negócios (formais) de Pindorama, a "Melhores & Maiores" tropeça exatamente onde nossas empresas tropeçam. Nas mesmíssimas pedras.
A própria EXAME, na edição quinzenal, já dedicou capas e diversas páginas ao tema *Inovação*. Sabe que no século XXI este é um dos principais fatores de sucesso. De empresas e países. Mas seu guia com as "500 maiores empresas do país" simplesmente ignora o tema. Não deveria.
Ela já criou "bônus" para premiar Sustentabilidade e as melhores empresas para 'você' trabalhar. Deveria também inventar uma pontuação extra baseada em indicadores de inovação. Nada complicado: número de patentes registradas; participação de novos produtos no faturamento; coisas assim.
Apesar da fama de criativos, não temos tradição nenhuma de Inovação Empresarial. Quero crer que um primeiro passo já demos: reconhecemos a importância da inovação. O passo seguinte é buscar sua implementação.
Outra 'pedra' que compromete a acuracidade do retrato elaborado pela "Maiores & Melhores" é outro dado que escapa de sua análise contábil: a gestão de clientes. Aqui, mais que bônus, seria mais prática a adoção de uma penalização: quantas reclamações a empresa tem no Procon ou em agência reguladora? Quantos processos judiciais movidos por clientes a empresa responde? Campeãs do não-atendimento deveriam ter sua pontuação reduzida.
São critérios simples, de fácil verificação. Sua adoção pela "Melhores & Maiores" tornaria aquela publicação mais simpática. E, com certeza, mais real e útil.
O Graffiti mudou!
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