Era um 'tiozinho' que convivia sem problemas com a molecada. Nenhum choque cultural. Além do espírito jovem, compartilhava os mesmos gostos e o mesmíssimo espírito 'nerd'. Seu tesão por tecnologia e sua sede de aprender sempre foram exemplares. O apelido era óbvio. O bigodão e a pequena estatura faziam dele um Asterix bem mais fiel que aquele do cinema. Um Asterix bem tupiniquim e baiano, que trocava as misturas mágicas do Druida por um belo e gelado copo de chope. Em casos assim, quando um amigo parte dessa pra uma melhor, gosto só de recuperar boas lembranças.
Aquele projeto era um 'inferninho' só: Freguês mala; tecnologia nova; prazos 'imexíveis' etc etc etc. Já era noite quando uma nova versão (ou algo do tipo) recebia retoques finais. Como algo tinha que dar errado, claro que um servidor despencou sem dó nem piedade. Asterix, sem pensar duas vezes, disparou pelo corredor. Elevador para 2 andares. Imagino sua cara ao perceber que aquela subidinha de 2 andares, naquele caso, durou uma eternidade. A porta mal abriu e ele saiu em disparada. Esborrachou o narigão (Asterix+Depardieu) na porta de vidro. Machucou tanto que foi parar no hospital. Claro, não antes de colocar no ar aquele desgraçado servidor.
Folclórico, Asterix ganhou uma estranha homenagem. No dia seguinte a porta mereceu belas pinturas, em cores bem vivas. Nunca mais ninguém quebraria o nariz ali. Por crítico que fosse o projeto, por desgraçados que fossem os servidores.
Descansa Washington. E vê se não gasta toda a banda disponibilizada por aí, ok?
O Graffiti mudou!
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