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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
Aqui eles têm a intenção de 
provocar papos sobre TI e afins.

O Graffiti mudou!

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Lá na pré-história do Graffiti rolou uma pequena série (tão antiga que não foi devidamente tageada, sorry) que tinha o singelo pseudônimo "Saca Só". A utilizei para apresentar alguns notórios casos de fracasso. Contraponto, acreditava eu, para uma prensa especialista que só sabe noticiar cases-press-releasados-censurados. Como várias outras séries graffitadas, ficou meio abandonada.

Até hoje, quando uma imensa empresa tupiniquim resolveu dar uma verdadeira aula sobre Integração de Sistemas. Saca só:

Até então a empresa parecia lidar muito bem com a questão. Fruto da fusão de várias empresas menores, passou sem chamar muito a atenção pela terrível fase de integração das operações. Estamos falando de altíssima tecnologia. Como não vimos a história narrada nos tradicionais publicadores de cases-press-releasados-censurados, podemos suspeitar que a coisa não rolou assim tão... redonda. Não importa: seus clientes e usuários não notaram.

Até que a dita cuja resolveu lançar um serviço complementar, um tipo de cartão de crédito. Uma subsidiária seria responsável pelo novo serviço. Idéia boa, avançada, que colocaria a dita cuja num oceano menos tingido de sangue.

Para acelerar o processo (e antecipar o ROI), a dita cuja resolveu que seus descontos promocionais seriam transformados em bônus que deveriam ser administrados pela tal subsidiária. Assim, todo mundo que fizesse uma nova compra (ou upgrade) seria imediatamente apresentado ao novo serviço. No papel, as always, beautiful! Um luxo.

A empresa-mãe (dita cuja) deve continuar faturando, é claro. E nas suas contas mensais enviadas para todos que aproveitaram algum desconto promocional aparecia a seguinte instrução (em cima do código de barras): "Não pague esta conta. Ela aparecerá na fatura de seu cartão de crédito". Os termos não são exatamente estes, mas você entendeu.

Há um descompasso de uns 15 dias entre uma fatura e outra. Em alguns casos, a diferença foi de 45 dias! Em terras de juros campeões, imagine só o tamanho do estrago. Mas espere... tem mais.

Um cliente gasta de 3 a 5 ligações para entender a bagunça. Afinal ele gastou e não tem como pagar! Liga para dita cuja, claro, porque é ela a prestadora de serviços. Mas ela não sabe falar sobre a própria conta! E te encaminha para outro atendente (outro telefone!), que encaminha para outro e outro... até alguém descobrir o telefone daquela tal "subsidiária". Tercerização de atendimento ao cliente dá nisso... cliente perdido (como um jogador do Mengo na última quarta) e pessimamente atendido. Tem mais...

A instrução que vem na conta da empresa-mãe(zona) mudou: "ATENÇÃO: Verifique na fatura do seu cartão de crédito XXXX o lançamento da cobrança desta conta. Caso não tenha sido efetuado o lançamento pague esta conta XXXX".

Uau! Que bela solução encontraram! Será que eles se lembram que quando essa conta vence a tal fatura ainda não foi entregue? Será que eles acham que resolvem problema de integração de sistemas transferindo uma responsa (não solicitada) para o cliente?

O pior é que a dita cuja pretende crescer... que dó que dá do pessoal de sistemas de lá. Nem dreyer resolve...

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