Management is telling people what to do, which is a vital part of any industrial economy. Leadership is figuring out what ought to be done then getting people to do it, which is very different. It is a vital part of any successful post-industrial economy, too, but most managers don’t know that.
Robert X. Cringely (em "Leadership: Post-industrial management requires a different skill set")
Embora Max Weber esteja morto há quase noventa anos, controle, precisão, estabilidade, disciplina e confiabilidade - as características que ele exortava em seu hino à burocracia - continuam sendo as virtudes canônicas da gestão moderna. Embora talvez deploremos a "burocracia", ela ainda constitui o princípio organizador de praticamente todas as empresas dos setores público e privado do mundo, inclusive a sua. E embora gestores progressistas possam trabalhar com afinco para atenuar seus efeitos imbecilizantes, há poucos que conseguem imaginar uma alternativa completa para ela.
Então aqui estamos: ainda aperfeiçoando os quebra-cabeças ao estilo de Taylor, e trabalhando em organizações ao estilo de Weber. Para ser justo, muitos dos novos desafios de gestão do século XXI foram reconhecidos nas salas do Conselho de Administração e dos executivos e, de vez em quando, vemos uma tentativa realmente séria de inovação gerencial. No entanto, nosso progresso até agora tem sido limitado por nosso paradigma de gestão baseado na burocracia e centrado na eficiência. A maioria de nós continua pensando como cães.
- Gary Hamel (no livro "O Futuro da Administração" (Campus, 2008)).
O texto do Hamel é de 2007. Ou seja, saiu antes da crise que nos assola. Mas é pesadíssimo, como meu negrito mostra. Já Roberto X, em todas as últimas colunas, está influenciadíssimo pelo momento. Chegou a sugerir um plano Cringely: proibir a fabricação de lâmpadas incandescentes. Parece coisa de doido mas tem uma lógica fenomenal. E não custaria US$ 700 bi. Mas eu fugi do núcleo do graffiare...
Iludidos pelas maravilhas tecnológicas e pela louca dinâmica dos tempos modernos, não percebemos que algo ainda mais importante está acontecendo. "Verdades" e fundamentos centenários estão sendo cada vez mais questionados. Por gente de todos os cantos. De Masi, Hamel, Cringely, Seth Godin, o Universo do Software Livre e o Manifesto Ágil. A mensagem é espalhada em escala astronômica e nos mais diversos formatos e vocabulários. Hamel fala com CEO's e gente do alto escalão de empresas. Cringely grita com CIO's e conversa com geeks. Godin fala com marketeiros e afins. De Masi com sociólogos, psicólogos e loucos. O Manifesto Ágil com outros tipos de loucos. Mas o núcleo da mensagem é o mesmo. E é legal, promissor. Outro atestado de que vivemos numa época muito jóia. (E louca e perigosa. Mas, acima de tudo, jóia).
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