Papo fantástico rola neste momento no "Linha de Passe" da ESPN Brasil. Papos fantásticos o título do Mengo tá motivando. Tese do quase sempre certeiro Trajano: o Mengo foi campeão porque seus jogadores são mais felizes. E são mais felizes porque têm mais liberdade.
A liberdade que o Adriano mereceu. O comportamento humilde e sereno do Andrade. O tratamento dado ao Pet. São várias as "provas" da liberdade que gerou a felicidade do Mengo. Felicidade retribuída na forma de felicidade para a maior torcida do Brasil.
Juca Kfouri e PVC ajudaram a lembrar outros momentos do futebol onde a felicidade (produto da liberdade) rendeu frutos ou, melhor dizendo, troféus. Romário no Barcelona e na Copa de 94; a Democracia Corinthiana; O Botafogo mágico de Nilton Santos e Garrincha etc.
Trago o papo para nosso mundinho (raramente feliz). Dias atrás folheei um livro dedicado a CIO's. No capítulo sobre Desenvolvimento o autor resumiu assim suas dicas: Contrate bons programadores e trabalhe para mantê-los felizes. Não vou me lembrar agora do título ou do autor (o livro é fraquinho). Mas a dica acima vale muito.
E o que vemos por aí, como práticas default de nosso mercadinho? Programadores engravatados em pleno verão de 32°C de média em Sampa; Profissionais aprisionados por horários fixos de entrada e variáveis na saída (comumente estendidos e transferidos para um banco de horas que raramente será convertido em grana); Estilão "comando & controle" na condução de projetos de desenvolvimento; Esquemas draconianos que impedem que profissionais do conhecimento possam utilizar a Internet; Projetos malucos e atividades caducas que só fazem sentido no Pinel ou em filmes do Buñuel; Planos de longo prazo e promessas tão críveis quanto aqueles de nossos amados políticos...
Eu poderia ficar aqui por horas listando coisinhas que contribuem para a infelicidade de muitos de nossos colegas. Mas você já entendeu meu ponto. Periga até ter se lembrado, como eu, do refrão d'um som do Fagner (quem?): "Não dá pra ser feliz, não dá pra ser feliz ..."
Olha, até que dá. Desde que você não seja palmeirense nem tenha medo de mandar seu empregador ir na esquina ver se te encontra lá. Diga para ele que, caso não o encontre, aproveite o passeio e cate latas.
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Realmente Paulo, sem felicidade ninguém rende bem. E muitas vezes a felicidade para o cara que trabalha em TI é tão fácil de conseguir, um projeto desafiador, um plano que dá certo, uma liberada mais cedo, uma entrada mais tarde, conversando as coisas saem!!
Leonardo Fortunato
12/08/2009 12:49 AM
É Paulo,
Muitos não enxergam isso (tanto os profissionais quanto as empresas). Mas existem alguns que viram essa luz e estão colhendo bons resultados. Acho que a chave da discussão é que as empresas tem que correr atrás desse débito com sua equipe, senão vão ficar pra trás. E os bons profissionais devem correr atrás de onde são valorizados, existem alguns "oásis" neste deserto de Pindorama tentando sobreviver. Se não encontrar, quem sabe estes profissionais não possam criar seu próprio oásis.
Att
Fabricio Buzeto
12/08/2009 8:08 AM
Olá, Leo e Fabrício.
Pois é, mesmo numa área que sempre apareceu como "vanguarda", conceitos assim tão básicos só aparecem em "oásis"?!
Fabrício, não precisa ficar cheio de dedos aqui no Graffiti não, ok? Se quiser citar nomes de empresas "oásis", fique a vontade! Elas merecem ser conhecidas.
Abraços e muito obrigado pelos comentários.
Paulo
Paulo Vasconcellos
12/08/2009 9:15 AM