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Graffiti \Graf*fi"ti\, s.m.
desenhos ou palavras feitos
em locais públicos. 
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O Sistema Operacional do Século XXI

Em "It takes a Monopoly", que citei no último graffiare, Bob X crava no sub-título: "Por razões que não têm quase nada a ver com o produto, o Windows Vista simplesmente não perderá". Bob X relembra os produtos "desastre" da MS, como o DOS 4 e o Bob. Mas mostra, citando os casos Win95 e WinXP, que a lógica da MS está mantida no lançamento do Vista. E crava que, pelo menos em 2007, está destinada a ser bem sucedida. É uma pena, mas o Bob nem sugere o que aconteceria a partir de 2008. Não fala sobre o que colocaria a 'lógica estratégica' da MS em risco. Tática de bom blogueiro (sim, finalmente o "I, Cringely" virou um blog). Ele sabe que tal 'suspeita' provoca comentários, palpites e mais audiência.

Bem, modestamente (e com menos de 0,1% da audiência do Bob), eu já fiz a mesma coisa aqui no Graffiti: sugeri que o Ano "A" é 2009. Hora de acabar com o (falso) suspense.

Mix usando uma foto de André.

O Windows Vista encerra um ciclo - uma geração - que teve início com o Windows NT 3.5, na primeira metade dos anos 90. Vivíamos ali o ápice do downsizing e a consolidação da arquitetura Cliente/Servidor. A combinação NT+Win95+Office transformou a MS na empresa que conhecemos hoje. Foi a vitória do NT na briga contra o Netware que possibilitou o nascimento de produtos como Exchange, SQL Server e outros. Foi a indiferença do Win95 e do Office em relação ao ambiente em que estavam (casa ou empresa), que os transformaram em fenômenos de vendas. É sacana e inteligentíssimo o ciclo vicioso/virtuoso (depende do ponto de vista) que caracteriza essa era: o auge da dupla dinâmica MS e Intel, que atendia pelo singelo pseudônimo Wintel. O software que força upgrades de hardware, tática aplicada novamente com o Vista, está bem explicada no post do Bob. É condenável? Não. Afinal, cai nela (comprando) quem quer (ou pode). Mas muita coisa parece indicar que essa era está terminando.

Há dois anos a MS percebeu isso, e esquartejou do Vista uma série de "inovações". Não se tratou exclusivamente de problemas com a arquitetura "macarrônica" do Windows e o caos que caracterizava o projeto Longhorn. Ray Ozzie, então recém-contratado, apontou os erros e o caminho. Argumentação aceita, Ozzie ganha o Grande Projeto da MS, o Windows Live, e o cargo de Bill Gates. Mas...

... O Longhorn (Vista) estava no forno. Há tempos a MS anunciava suas maravilhas futuras. Não dava pra simplesmente falar para o mercado esquecer tudo. Eles "resetam" o projeto, o tornam relativamente mais simples, e seguem como se nada tivesse acontecido. Taí, o Vista já está disponível para as empresas. E no próximo 30 de janeiro será liberado para as massas. Sei que não foi intencional, chega a ser engraçado, mas o Vista é na verdade só uma (imensa) nuvem de fumaça.

E um belo plano 'B'! Se o Ray Ozzie, a Google e eu estivermos errados, o Vista seguirá sua sina e não falaremos mais nisso. Mas o fato é que o Grande Plano da MS chama-se Windows Live. Ele é o plano 'A'. E isso muda tudo!

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No decorrer da semana falo mais sobre a Faísca, a Fumaça e o Fogaréu, o trio que dará início a uma nova era no universo de TI. (Pretensão pequena é bobagem).

Vou esticar o que toquei neste post.


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