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Lá no início do mês eu palpitei sobre a estratégia de preços da MS para seu novo Windows. Roberto X - que andava sumido daqui - achou uma explicação bem melhor que a minha. Afinal, o Win7 (e 7 é conta de mentiroso, nunca se esqueça!), é caro lá na América de cima também. O engraçado é que o que mereceu um certo esforço do esforçado Roberto X é escancarado como a coisa mais normal do mundo aqui em Pindorama.

Trocando em miúdos: cada nova geração do Windows sempre gerou um ciclo "virtuoso" de atualização de máquinas. O SO de Redmond sempre exigia mais e mais recursos de hardware, especialmente CPU e memória.  Netbooks, o lixo chamado Vista e crises financeiras, não necessariamente nesta ordem, mudaram o jogo. E o Win7 simplesmente não pode exigir mais recursos, por mais baratos que eles estejam. No entanto, por razões que Ballmer e sua turma não vão explicitar nunca, a MS ainda se sente obrigada a gerar demanda por novas máquinas a cada atualização do Windows. Eles não podem falar, mas é uma questão de compensação. Fabricantes de hardware divulgam que "recomendam o Win qq coisa" e entucham o SO em suas máquinas novas. A MS dá um jeito deles venderem mais máquinas. O ciclo é o mesmo desde o início dos tempos.

Agora o Win7, por uma questão de sobrevivência, não pode exigir mais máquina. Qual é então a fantástica estratégia da MS? Encarecer (no primeiro mundo) ou simplesmente não vender (no resto do mundo) o upgrade. Só isso! Roberto X percebeu a lógica por lá. Aqui ela foi escancarada por Osvaldo Barbosa de Oliveira, diretor-geral da MS Brasil (na Folha de ontem):

Barbosa afirma que a forma mais comum e econômica de ter o Windows é por meio da compra de um computador novo.

Eu sigo me perguntando: pra que serve a MS Brasil? Será que ninguém ali teve coragem de avisar para Redmond que milhões de máquinas foram vendidas nos últimos 2-3 anos? Será que ninguém ali percebeu que 95% dessa turma não terá motivo algum para comprar uma máquina nova (mesmo que em 17 parcelas sem juros nas Casas Bahia)?

Se eu me importasse e fosse importante em Redmond faria uma única sugestão: fecha a subsidiária tupiniquim e converte a economia gerada em descontos para a patuléia. Antes disso, faça a assessoria de imprensa divulgar que textos como o da Folha de ontem funcionam como um tiro de bazuca no dedão do pé. Afinal, afirmar que "em geral, o novo sistema se comporta tão estável e rapidamente quanto o XP" é um péssimo argumento de vendas.

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